A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 25
“ Stefan ...O Príncipe da Escuridão.”


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal enfim, sei que too pisandoo na bola por estar demorandoo de escrever, mas mina vida é assim, quando parece que tá tudoo bem vem uma bola de neve e bum! Tive uns problemas de saúde mas agora estou bem graças a Deus, enfim , por isso que não deu pra escrever, até em hospital eu fui parar..enfim me desculpem pela demora, e bom..capricheii nesse capituloo ao meu ver tem surpresinhas pra vcs... e o desfechoo dessa história será algoo que aconteceu no início de tudo. Enfim, esperoo que gostem um beijão e nos vemos nos reviews ! Esperoo! Xx



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Capítulo XXV-“ Stefan ...O Príncipe da Escuridão.”

“Eu sou o Alfa e o Ômega , o Início, Meio e Fim.”

Algumas semanas haviam se passado desde a morte de Katherine no grande salão em Cair Paravel. Seus familiares Telmarinos foram avisados de toda situação, alguns mesmo se rebelaram querendo dar inicio a mais uma guerra entre Telmar e Nárnia, se não fosse por Caspian ser o responsável de explicar toda a situação com certeza estariam em batalha.

Depois da grande revelação que a filha de Miraz fizera apesar do clima de luto instalado no castelo por sua morte, ficara também as dúvidas, o cansaço, a tristeza, o medo. Caspian ainda preso no calabouço vira a situação deplorável de Lúcia como uma verdadeira fera sanguinária pronta para atacar a qualquer momento se estivesse a solta, mas nada mais lhe abalava como ver Susana ainda naquele estado onde só piorava a cada dia, a cada hora, a cada minuto, a cada segundo de sua existência.

Ver seus lábios carnudos antes rosados agora num tom de roxo, lhe mostrava que estava perto, não muito, mas perto o suficiente para saber que se não andassem rápido seria o fim. Mas esse era o principal problema. “Andarem rápido”. Como você pode fazer alguma coisa se está de mãos atadas? Como pode pensar em algo ao ver as pessoas que mais amam indo-se aos poucos? Como pode bolar um plano se não há nada que se possa fazer?

E apesar dessa situação Caspian ainda era obrigado a conviver nessa realidade de que tivera um filho com a mulher que não era o amor da sua vida, não desmerecendo Kat , pois aos olhos do rei Narniano ela era uma grande mulher, mas lembrar que aquela criança era um anticristo , o possível fim de Nárnia lhe causava náuseas e principalmente culpa, apesar de ficar esclarecido e todos reconhecido que ele fora usado.

A única solução para isso tudo era ir ao submundo e derrotar a Feiticeira Verde já que agora graças à Katherine sabiam o nome do seu inimigo, e com certeza procuraram saber mais sobre tal ser repugnante e maligno de que se tratavam. E bom... para Danielle a situação não era nenhum pouco melhor que a de Caspian.

No dia em que todos souberam a verdade ela teve a revelação que poderia perder a sua alma , por conta de um pensamento mesquinho e doentio de sua mãe , sua própria mãe, e isso obviamente não era nenhum pouco reconfortante. Por mais que seus amigos e principalmente Edmundo lhe dissessem que estariam com ela até o fim infelizmente não era o suficiente , saber que sua alma provavelmente estava condenada ao inferno não era algo que pudesse se pensar ao respeito.

Nesse momento estavam todos almoçando em silencio no grande salão ,todos se resumiam à Pedro, Maggie, Caspian, Miles, Edmundo e Danielle.

–Pedro, o que acha que destruir o tempo quer dizer?- Edmundo não mais se continha, aquele silencio o corroía por dentro , seus pensamentos não paravam à um segundo sequer, afinal o de todos ali não paravam.

Por um momento Pedro encarou o irmão e suspirou.

–Eu não sei.- sua voz saiu baixa, ele não queria dizer aquilo, o que ele mais queria naquele momento era dizer que tinha um plano e que logo tudo ficaria bem assim que destruíssem a tal Feiticeira, mas ... ele não sabia nem como destruí-la quiçá entender uma metáfora que não lhe levava a lugar algum.- Desculpe, mas eu não sei.- sua voz era culpada quando completava sua frase.

–Pedro...você não tem que se desculpar por não saber...- Caspian começou a conforta-lo mas antes que pudesse continuar o mesmo foi interrompido.

–Eu tenho sim Caspian, eu falhei com rei, falhei como amigo, falhei como irmão.- na ultima palavra ele referiu-se a Lúcia e a Susana.

–Se falhaste como irmão eu também falhei Pedro.- Edmundo se pronunciou largando o talher que tinha em mãos sobre seu prato. Na verdade quando citados que almoçavam não era muito bem isso, mal tocavam na comida à sua frente.

–Por favor não se culpem.- Danielle verbalizou primeiramente quebrando o silencio que ficara no ar depois da dala de Edmundo.- Não falharam, fizeram o que podiam enquanto podiam. Vocês não podiam adivinhar que isso aconteceria com Susana e Lúcia- Miles e Caspian ficaram cabisbaixos ao tocar nesse assunto de forma tão direta.- Vocês não podem se martirizarem por uma coisa que nem ao menos sabiam que aconteceria. Se tem alguém culpada de tudo dou eu...

–Dani...- Edmundo tentou a interromper mas não funcionou.

–Não Ed, de certa forma eu que causei tudo isso. Não serei hipócrita ao ponto de mandar pararem de se lamentar e logo após me lamentar mais ainda, mas temos que ser francos, temos que reconhecer que tudo é minha culpa, afinal é minha alma que ela quer.- ninguém se pronunciou , apenas a fitavam cuidadosamente. Todos já desconfiavam onde a herdeira da feiticeira branca queria chegar. Naquele momento Edmundo estava temeroso do que sairia da boca de Danielle.- Talvez...se eu me entregar de vez, toda essa loucura acabe.- todos fecharam os olhos e baixaram a cabeça sincronizadamente. Mag a olhava com seus olhos cor de esmeralda cheios de lágrimas que ela trancava a qualquer custo em suas orbes, Edmundo estava no mesmo estado.

–Não. Isso é loucura.- incrivelmente a voz de Edmundo soou calma depois de ouvir tal sugestão insana da boca da loira sentada a sua frente.

–Você não pode fazer isso Dani, não pode.- Pedro lhe lançava um olhar triste mas ao mesmo tempo admirado pela coragem da mesma, ela estava disposta a sacrificar-se por Nárnia.

–Pelo que eu vejo, essa agora é a única solução.- a garota tentava defender sua ideia para que todos concordassem apesar daquilo doer mais que tudo no momento, ela estava se esforçando ao máximo para não desabar em lágrimas.

–Me diga... você ama Edmundo?- a voz do ruivo antes quieto pronunciou tal pergunta que surpreendeu a todos que o olharam institivamente.

–Claro que sim, o amo mais até que a mim mesma. Acha que esse sacrifício é somente por Nárnia? Pois não é, eu seria capaz de dar a minha alma para mantê-lo vivo.- Dani respondeu se sentindo ofendida pela pergunta aos olhos dela sem cabimento que o ruivo lhe fizera.

–Por favor não se ofenda Dani, mas não acha que nesse caso o sacrifício seria algo insano? As vezes o amor é muito mais que sacrifícios, sofrimentos, nesse caso seria uma pera inestimável para Edmundo. Você acha mesmo que fazendo isso seria a solução pra tudo? Talvez fosse ,para o bem de Nárnia ,mas e pra ele?- apontou Edmundo ao seu lado com o polegar.- Ele sofreria até seus últimos dias. Eu digo isso Dani, porque sofro por Lúcia e só não me mato por que tenho esperança que isso ainda acabe , e sei que Lúcia sofreria muito, isso é o que me mantem aqui, a fé Dani, pois sei que Lúcia precisa de mim.- o ruivo completou sentindo seu rosto e seus olhos queimarem por conta das lágrimas que já jorravam por suas orbes azuis.

Danielle e Edmundo, enfim todos ali não estavam diferente do amor de Lúcia, as palavras de Miles faziam sentindo, eles choravam por que sabiam que estavam perdendo a fé, mas Miles os lembrou de que a esperança é a ultima que morre, quiçá vive eternamente.

–Vamos superar isso tudo.- Dani dizia abraçando Edmundo o mais forte que podia.

–Vamos superar. Tenham fé. Por mais que Aslam não esteja aqui, vamos esperar nele , afinal ele nunca nos abandona, tenho certeza que ele juntara-se a nós quando menos esperarmos.- a voz de Caspian soou meio sorridente meio emocionada ao encarar todos os presente que assentiram em concordância. Mas tudo não era um mar de rosas...

– Mag o que houve?- Pedro perguntava à garota ao seu lado que estava de cabeça baixa, todos seguiram em sua direção o olhar.

A mesma levantou a cabeça deixando os olhos antes esmeraldas agora que queimavam num verde que cintilava mais que a pera preciosa qual a cor comparava à seus olhos. Em instante ela abriu os lábios para pronunciar , sua voz não era mais a mesma mas sim a de um homem.

–Juntem...- começara a falar e todos entenderam o que viria a seguir. Em minutos todos saíram às pressas para avisar o povo Narniano que viveriam mais uma história bíblica.

***

Estava tudo escuro , mas uma fumaça verde rondava o herdeiro de Caspian que se encontrava dentro de uma cesta como veio ao mundo enquanto a seguintes palavras eram pronunciadas pela vilã daquela história.

–Repugnas potestas satânicas perivertas, xanom espredetr. Regna terrae, cantate deo, psallite dominio…Tribuite virtutem deo.Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incuriso infernalis adversarii, omnis legio, omnis congredatio et secta diabólica. – um sorriso se implantava em seus lábios a cada pronuncia daquela palavras em latim , palavras macabras que tornariam aquela criança numa arma bíblica em Nárnia. –Agora!- berrou e de repente a fumaça torneou a criança como um furacão em cor verde , sua risada macabra ecoava pelo local mucoso e mal cheiroso enquanto a criança chorava como um condenado.

Aos poucos o tornado em volta do herdeiro de Caspian foi esvaindo-se os olhos da feiticeira observavam tudo com atenção aos poucos avistou pés maiores, pernas levemente cabeludas ,um membro em puberdade, um tórax definido, um rosto afilado com olhos incrivelmente castanhos como os de Caspian e um cabelo negro como a noite, sua pele era bronzeada e um sorriso escapou dos seus olhos ao recuperar a consciência que acabava de se tornar mais inteligente e ativa.

–Olá meu pequenino...quero dizer...não tão pequenino assim.- a feiticeira cumprimentou o garoto a sua frente que não mais esboçava um sorriso nos lábios, mas que tinha um semblante sério e uma sobrancelha arqueada à medida que a mulher aproximava-se.

–Quem é você? Afinal que sou eu?- o garoto que aparentava ter dezoito anos de idade questionou quando a mão da feiticeira deslizava sobresseu corpo.

–Bom, eu sou alguém que quer o poder, o poder de um reino que deveria ser meu, ou nosso.- apertou o membro do garoto que a olhou espantado pela sensação inusitada que sentira.- Me ajude e terá o poder de governar, você foi rejeitado, ajude-me a derrubar o trono de seu pai e seus amigos para que possa vingar-se pelo seu abandono.

–Como posso saber se devo acreditar em você?- o garoto questionou e ela rolou os olhos pegando em seguida seu caldeirão e logo uma cena se formou. Era Caspian e Katherine andando de mãos dadas por uma floresta com uma cesta em mãos.

–Vamos deixe-o aqui o jogue-o no rio.- Caspian pronunciava-se com ódio na voz.

–Você tem razão, deixamos por aqui mesmo , não passara de hoje, afinal os coiotes aqui existentes a noite farão um bom trabalho.- Katherine se pronunciou no mesmo tom que Caspian.

E assim deixaram a cesta no meio daquela floresta densa e escura, a imagem foi se aproximando-se de tal objeto e lá estava um bebe.

–Esse é você meu pequenino.- a feiticeira falou próximo ao ouvido do garoto.

–Eles eram meus pais?- o mesmo questionou agora olhando a feiticeira com um tom decepcionado em sua voz.

–Sim. Caspian e Katherine. Ela morreu, mas ele ainda está vivo e odeia você.- ela respondeu sentindo o ódio tomar conta do rapaz.

–Eu farei o que você manda e me vingarei de Caspian.- os seus olhos castanhos cintilaram verdes por alguns segundos enquanto ele olhava ao nada.- Mas você não me respondeu quem sou.- olhou para a mulher que já sorria diabolicamente vitoriosa.

–Você é Stefan... o Príncipe da escuridão.- respondeu e ele sorriu de canto tendo mais uma vez um cintilo verde emanando de seus olhos.

***

–Esse é um momento de uma espécie de apocalipse, um estado de alarme para todos nós!- Edmundo pronunciava tendo os reis de Nárnia ao seu lado enquanto estavam à frente de todo o povo Narniano reunido em frente à Cair Paravel.- Isso foi uma premunição de nossa guerreira-indicou Mag.- Conto com vocês para que isso esteja pronto em três dias.- o rei completou sua frase e Pedro e Miles gritaram:

–Por Nárnia! Por Aslam!

–Por Nárnia !Por Aslam!- o povo respondia e aplaudia enquanto saíam daquela “reunião” prontos para trabalharem no que os reis lhe pediram.

–Vão se trocar, ajudaremos o nosso povo.- Caspian verbalizou e assim os reis foram colocar suas vestes mais simples para ajudar seu povo naquela ornamental construção a qual fora construída a milhões de anos atrás. Todos tinham uma só coisa em suas mentes, as palavras da voz masculina pronunciadas por Mag, usada por um sábio homem:

Como meu Deus me ordenou e somente a ele obedeci repito as palavra santas de teu Deus teu Único Senhor: Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. E desta maneira a farás: De trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro. Porque hei de vir um dilúvio de águas sobre a terra. Mas aviso-lhes pois tem os corações nobres assim como teu povo: e entrarás na arca junto a eles, desde homens a mulheres, crianças a adolescentes... E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão.Das aves conforme a sua espécie, e dos animais conforme a sua espécie, de todo o réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os conservar em vida. E leva contigo de toda a comida que se come e ajunta-a para ti; e te será para mantimento, a ti e a eles.

Assim fariam os Pevensie, como o Senhor ordenou, assim o fez.


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