A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 23
Traitor.The Heir of Caspian. Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas pipoquinhas! Meus fieis narnianos do meu coração....peço mil perdoes pela demora..é que eu viajei nesse fim de ano...e bom... chgueiii hj...o o capítulo já estava prontoo mas como eu já falei meus motivos não deu pra postar antes... queroo agradecer aos reviews estou amando! Quero pedir desculpas se eu fui um tanto rude com alguns.. riticas são construtivas certo? enfim...é isso e esperoo que gostem do capítulo..obviamente terá parte dois por que a mamae aqui colocou parte um uhuuuuuuuuuuuu...ta eu sei que vcs sabem ler heheueheeueh me ignorem. Beijo na popoza e até mais! Xx



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Capítulo XXIII- Traitor.The Heir of Caspian. (Parte 1)

“Tantas perguntas, tanto na minha cabeça, tantas respostas que eu não consigo encontrar, eu gostaria de poder voltar naquela época, eu me pergunto por quê...”

O espelho estava a sua frente, mas ela não conseguia fitar-se. Cada vez que sentia suas mãos, seus corpos como os de um animal lágrimas rolavam pelos seus olhos. Olhos que apesar de tornar-se um fera continuavam lá, com o mesmo brilho de sempre, o mesmo brilho encantador.

Não estava totalmente abominável, a sua aparência era como a de uma raposa, quem ler contos de fadas a iriam comparar com o gato de botas, uma versão feminina do mesmo. Suas orelha humanas obviamente haviam sumido dando lugar a orelha cumpridas, pontudas e peludas. Suas mãos haviam se tornado patas, uma longa calda havia nascido, um focinho cor de rosa no lugar do seu perfeito nariz, bom , só que havia permanecido fora seus cabelos, seus lindos cabelos castanhos, que continuavam ali, intactos.

Vários magos e feiticeiros ,vieram-na consultar , fizeram varias porções, vários feitiços , mas esclareceram que nenhum desses meios usados trariam Lúcia de volta. Deixaram bem claro que aquela magia era negra, como a usada em Susana que ainda adormecia, e que só podiam ser quebradas com algo desconhecido, fora de seus rituais mágicos e suas porções.

Os Narnianos assim como na situações de Susana estavam preocupados com a Rainha Lucia, um povo tão amoroso e centrado à seus reis e rainhas. Uma fidelidade invejável por muitos povos. Mas havia um lado com em algo, sabiam que Katherine não estava do seu lado, sabiam agora que ela era a causadora das desgraças plantadas em Nárnia, desde o adormecer de Susana, até à transformação feroz em Lúcia.

Ao se lembrar Caspian ajudara da reunião que fizeram logo depois que encontraram Lúcia neste estado. Ele se lembrara das atitudes que Katherine tivera para com ele, e deixou claro a todos que ali não era a verdadeira filha de Miraz, caso contrario os Narnianos invadiriam Telmar e mais uma guerra desnecessária aconteceria. Caspian revelara que ela estava possuída e que o problema era maior do que todos imaginavam . Juntando as peças descobriram que havia um inimigo por trás disso tudo, alguém que tinha o mesmo plano de Jadis ,tomar Nárnia. Só que eles mal sabiam que além disso, também queriam a alma da pobre Danielle para todo o sempre.

–Lúcia?- a voz de Edmundo ecoou do lado de fora do cômodo que Lúcia encontrava-se.- Posso entrar?- questionou já empurrando de leve a porta até sentir uma pressão do outro lado, fechando-a não tendo espaço algum agora para sua passagem.

–Vá embora.- a voz dela não estava irritada nem tão pouco mandona, mas estava triste ao empurrar a porta com todas as suas forças.

–Lúcia...por favor. Eu preciso te ver.- ele rebateu empurrando mais uma vez na porta, não surtindo efeito.

–Me ver? Você não me verá Ed, você verá a fera que está neste quarto, verá a abominação que jamais será sua irmã.- ela respondera e ambos podiam sentir o tremor em sua voz.

–Você será minha irmã de qualquer jeito Lú. Por favor.- Edmundo verbalizou e não houve resposta, logo depois de um chute na parede e um longo suspiro o birrento preparou-se a sair dali, até que ouviu o ranger da porta ao ser aberta.

Quando adentrou o local avistou o ser que Lúcia se transformara num canto do local , sentada com os braços entrelaçando suas pernas. Logo ela levantou o olhar pra Edmundo que a olhava perplexo. Aqui a matou por dentro. Não que Ed fizesse aquilo para magoa-la de fato, era impossível e não olhar com certa pena para a mesma que até um dia atrás era uma das mais belas daquele reino.

–Lúcia.- a voz do garoto de cabelos e olhos negros saiu num cochicho enquanto o mesmo aproximava-se com cuidado, não por medo, mas em respeito e paciência. Em poucos segundos ele sentou-se ao seu lado. Por um bom tempo o silencio pairou sobre os dois que apenas se olhavam . Só era ouvida a respiração de ambos e os fungos que Lúcia não contia ao chorar.

–Ei, ei...shhhhh. Não chora.- Edmundo a puxou e colocou a cabeça dela sobre seu ombro e afagou seus cabelos com todo o carinho possível.- Eu estou aqui. Nós estamos aqui.- continuou ainda fazendo tal pratica.

–Não há como não chorar, olhe no que eu me tornei. Eu sou um monstro Ed, um monstro.- a cada palavra embargada pelo choro a garota afundava-se mais no peito do irmão molhando a camisa do mesmo.

–Você não é um monstro. Pare com isso! Não é culpa sua, foi Katherine que fez isso com você, ou pelo menos o que está dentro dela. – Edmundo a encarava com um semblante sério ,mas ao mesmo tempo reconfortante.

–Onde estão os outros?- questionou passando o dorso das patas nos olhos para secar as lágrimas que saiam de suas orbes.

–Estão lá em baixo, a sua espera.- ele respondeu permitindo-se sorrir. – Ele está lá. – referiu-se a Miles. –Ele não te deixará Lúcia, se é o que pensas estás totalmente enganada. Miles a ama mais do que todos nós imaginávamos. – completou a frase levantando-se e estendendo uma das mãos para ajuda-la a fazer o mesmo.

Lúcia permitia-se sorrir com o que seu irmão lhe disse, uma alegria imensa lhe preenchia em saber que Miles não desistira dela, mesmo assim. Esse era o maior motivo para que se trancasse no seu quarto, o motivo pelo qual morreria se o que pensava fosse verdade. Desde que Miles lhe olhara de forma espantada nos estábulos dois dias antes ela imaginara que ele a deixaria, que não seria digna do seu amor por torar-se algo assim, e ouvir aquilo da boca de Edmund era reconfortante, mas ela só se sentiria melhor se ouvisse isso dos próprios lábios do ruivo. Assim sua felicidade estaria completa.

Em poucos minutos Edmundo descia as escadas chamando a atenção de todos que se encontravam no grande salão .

–Onde está? Ela não irá descer?- Danielle questionava decepcionada por não encontrar a Destemida junto a seu amado. Todos pensavam que com Edmundo indo chama-la ela viria, todos estavam cabisbaixos por acharem que não conseguiram , pois Lúcia estava trancada desde que tudo acontecera. Só recebia a alimentação por Dani. A única pessoa depois de Susana que ela sentia-se amiga. Sim ela gostava de Maggie, mas com Dani era diferente, talvez pelo fato de ter convivido mais tempo e ali nascido uma grande amizade.

–Apresento a vocês a Rainha Lúcia : A Destemida e a mais amada de todas!- Edmundo fazia reverencia e quando todos captaram em suas mentes o que o jovem rei acabara de dizer abriram largos sorrisos e fizeram reverencia assim como Edmundo.

Todos se uniram para que ela não se sentisse só, apesar de Susana estar adormecida e isso ser um fator gravemente serio, Lúcia precisava deles mais do que nunca.

–A mais inteligente.- Dani verbalizou a abraçando.

–A mais encantadora.- Pedro sorriu a enlaçando em seus braços.

– A mais especial.- Maggie disse soltando um leve riso.

–A mais amiga- Caspian falava a envolvendo em seus braços como se fossem irmãos, um irmão mais velho que acolhe sua irmã pequenina no colo, que a nine até toda a dor passar.

–A mais linda de todas. Por fora e especialmente por dentro.- a voz de Miles ecoou pelo salão neste momento em silencio fazendo seus olhos azuis pousarem sobre os dela verdes. –Porque trancou-se ? Não sabe que te amamos? Não sabe que eu te amo?- com a ultima frase dita pelo ruivo eles abraçaram-se da forma mais pura que já abraçaram alguém .

Lúcia podia parecer com todas as criaturas do Universo, o que importava a Miles era o amor que ele sentia por sua alma. Aquele abraço podia durar por toda a vida se Mag não desse um grunhido esganiçado e sufocado ,assim sendo levada ao chão com mais uma premunição.

***

–Mag!- Pedro berrou jogando-se ao chão para amortecer a queda, o que foi inútil pois a mesma estava imóvel olhando para o teto quando ele conseguiu aproximar-se.

–Ela está bem?- Dani perguntou aflita enquanto apertava com força a mão de Edmundo ao seu lado. Enfim ambos abaixaram-se para ouvir o que seria dito pela garota ,quando perceberam que ela movia os lábios.

–Vou pegar água.- Caspian que havia abaixado para prestar-lhe socorro levantava-se , mas foi puxado novamente pela garota de olhos esverdeados e fixos no seu.

–Eu...eu não aguento mais essas visões, mas eu sei que é necessário para a nossa segurança.- Mag respirou fundo enquanto segurava uma das mãos de Pedro. Seu coração batia a mil por hora, era como ela se sentia, toda vez que tinha alguma nova premunição.

–Diga Mag.- Miles disse temeroso apertando uma das patas peludas de Lúcia. Ele não sentia incomodo nenhum com isso , pois ele a amava de uma forma incondicional.

–Caspian...- voltou os olhos para o rei.- Você será pai.- completou fazendo todos arregalarem os olhos.

–Então quer dizer que Susana está gravida?- Lucia perguntava perplexa mas ainda assim com uma ponta de felicidade.

–Não.- Mag respondeu secamente.- Conte a eles Caspian.- Mag aconselhou. -Eu vi.- completou .Ele congelou. Mas sua voz não tinha um tom de acusação, pois a cena que viu não estava clara, apenas viu Caspian em ato sexual com “Katherine” e uma criança , uma criança tão pálida quanto a neve, uma criança de olhos verdes intensos.

–Nos contar o que?- Edmundo levantou-se desconfiado enquanto arqueava uma das sobrancelhas finas e elegante.- Sim, Caspian havia contado tudo sobre Katherine , exceto essa parte, pois sabia que traria sofrimento a todos os envolvidos naquela batalha.

–Eu... – antes que Caspian terminasse de falar Pedro arregalou os olhos o interrompendo.

–Se Susie não é a mãe de seu filho, quem é Caspian?- perguntou o loiro sentindo seu sangue ferver em suas têmporas.

–Katherine.- a voz dele saiu num sussurro derrotado.- Mas não foi minha culpa, não foi...

–Você a engravida e diz que não é sua culpa?!- Edmundo já encontrava-se exaltado precisando Miles e Pedro lhe segurarem para não partir para cima de Caspian.

–Edmundo eu não...

–Traidor!- Ed berrou deixando todos pasmos por sua fúria.

–Edmundo deixe-me explicar!

–Não há nada para explicar aqui Caspian.- Miles intrometeu-se decepcionado.

–Eu preciso que vocês...

–Saia de Nárnia, você não merece mais o título de rei. Você trouxe desonra a Susana e toda a nossa família. – Edmundo disse incrivelmente calmo.- Você está exilado.- suas ultimas palavras soaram como um soco , machucaram profundamente.

–Vocês não vão dizer nada?- Caspian perguntou desesperadamente sentindo os olhos castanhos inundarem por lágrimas frustradas e raivosas.

–Desculpe.- Pedro respondeu balançando a cabeça negativamente enquanto virava as costas.

Caspian estava desolado, com tantos olhares acusadores sobre si. Ele seria julgado por todo o reino. Ali ele se arrependia profundamente desde o dia que deixara Susie por uma aventura que só trouxera desgraças para sua vida. O peso de seu coração amargurado aumentava ao lembrar que tinha um herdeiro seu a caminho.


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