A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 22
Segundo Golpe: A Bela e a Fera em Nárnia.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente , estou aquii para comunicar que devo postar o proximo capitulo ano que vem kkkk hehehehe tá não teve graça. Enfim... mais um pedaço de Nárnia pra vcs e espero que gostem. Desejo a todos um feliz 2014 e tudo o que não realizaram esse ano, que realizem nessa nova etapa de suas vidas! Obrigada por todos que acompanharam a fic esse ano e estejam prontos pra ler também ano que vem! Um beijão pra todos vcs e mil abraços de tudo de bom! Xx



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Capítulo XXII- Segundo Golpe: A Bela e a Fera em Nárnia.

“ Não podem jamais tocar a bela que respira a fera.”- Mestre dos Magos.

Caspian caminhava confuso pelo corredor, uma dor de cabeça insuportável lhe acompanhava, sua memória era falha, o mesmo não lembrava do que acontecera mais cedo, apenas que tomara seu café e até então apagara e se encontrara caído sem qualquer explicação no chão da biblioteca.

Ele descia as escadas rapidamente dando de cara com um ser loiro com orbes azuis e outro moreno de olhos intensamente verdes, ambos sentados num sofá.

–Caspian, onde estava?- Pedro questionava desconfiado ao reparar tal aparência amarrotada do mesmo.

–Na biblioteca , então eu apaguei. Acho que é o cansaço .- explicou inocentemente sentando-se em outro sofá de frente o que os outros repousavam, passando cuidadosamente um olhar em Susana.

–Bom...- Pedro voltava a falar avistando Edmundo e Danielle entrarem no lugar, eles vinham do pátio.- Mag teve outra premunição .

–Quando?- o rei de olhos e cabelos negros questionou imediatamente.

–Hoje pela manhã.- o loiro respondeu fitando todos enquanto segurava a mão da amada.

–Mas como? Não houve gritos de dor vindos de canto algum.- Dani perguntava logo em seguida afirmando levando em conta como as premunições vinham na maioria das vezes.

–Dessa vez não.- Pedro verbalizou e todos arquearam suas sobrancelhas em direção a guerreira.

–Como?- Caspian agora perguntava entrando na conversa.

–Eu também não sei. Mas a única coisa que sei é que não sentir dores e as imagens à minha frente não se equalizaram como antes, estavam turvas , mas eu captei a mensagem.- Mag respondeu ganhando os olhares de todos sobre si.

–O que foi exatamente o que você viu?- Edmundo era atencioso.

–Quando digo que captei a mensagem não digo que vi exatamente , como já disse as imagens eram turvas.- Maggie respondeu comprimindo os lábios.

–Parem de andar em círculos.- Caspian olhava para o Justo.- Mag continue.- indagou.

–Eu ouvi uma voz. Uma voz masculina, parecia ser a de Aslam.- Mag revelou fazendo a loira arquear umas das suas sobrancelhas.

–Não há como ser de Aslam, nem mesmo agora ele está aqui.- Dani falou com descaso mas certamente triste. Como da primeira vez que Nárnia estava em crise, nas preliminares desses, Aslam não se encontrava ninguém o via. Sim, eles sabiam que o grande leão certamente estava se esforçando para solucionar o mal que ele preocupava-se. Mas mesmo assim, continuava sendo difícil para o grupo ter de lidar com tudo “sozinhos”.

–Dani.- Edmundo indicou para que a mesma deixasse Mag prosseguir, já que a curiosidade lhes matava a cada segundo.

–Ela soou bem próxima à minha audição, pronunciando... “ Jamais toquem a Bela que respira a Fera.”- falou e todos se olharam.

–Um enigma.- o garoto de olhos negros sussurrou, mas um sussurro audível, pois o silencio predominava.

–Temos que descobrir o mais rápido possível o que isso quer dizer.- Danielle verbalizou.

–Exatamente.- Caspian concordou levantando-se.- Já estamos sofrendo demais com Susana, não podemos deixar que algo ruim aconteça com mais ninguém aqui.- completou lançando seu olhar com suas orbes escuras à garota que estava adormecida.

–Onde está Lúcia?- Pedro perguntou sentindo a falta da irmã.- Temos que avisa-la.- completou.

–Está com Miles. Saíram cedo.- a herdeira da feiticeira branca respondeu enquanto passava as mãos pelos cabelos e os prendia em algo que parecia ser uma poupa.

–Só espero que não aconteça nada com eles. O que está causando tudo isso não está de brincadeira.- Caspian desejou proteção ao casal, parecia ele que estava adivinhando que algo de muito estranho iria acontecer.

–----------*----------

–Já fez o que eu pedi?- a feiticeira perguntava no submundo ao servo que havia voltado.

Ele hesitou em responder, pois em vez de ter feito o que foi mandado, a Luxúria preferiu brincar com o Telmarino. O ser se encolheu ao perceber o olhar severo da Feiticeira sobre si.

–Não, mestre, ainda não tive a oportunidade.- respondeu cabisbaixo como um mendigo quando pede algo. Seus olhos não conseguiam encarar os dela pois ele sabia que se encontrasse, sentiria a pior dor existente em todas as dimensões.

Depois da resposta da Luxúria o silencio predominou no lugar, ou melhor, naquela sala que mais parecia uma caverna pantanosa com um enorme caldeirão no centro, o que lembrava as bruxas dos contos de fadas. Os lábios da feiticeira se comprimiram em desprezo, mas logo transformou-se num sorriso diabólico. Aquilo deixou o servo fora de órbita.

–Bom... devo admitir que gostei do que fez com Caspian.- começou e um sorriso de entendimento se firmou nos lábios do servo.- Fazer investidas bastantes eróticas me deu até vontade de...- parou e sorriu cinicamente igualmente ao ser à sua frente.- Sua investidas foram boas, não nego, deixou o telmarino louco com esse pecado infernal.- o olhou e soltou uma piscadela.- Mas falhou em um ponto.- seu sorriso desapareceu imediatamente.

–Em que Mestre?

–Devia ter se divertido mais com aquele brinquedo.- novamente o sorriso voltara a sua boca, deixando claro que aquilo era uma espécie de pegadinha.- Mas agora, falando sério.- sua expressão carrancuda voltou-lhe à face.- Quero que aplique aquilo que lhe pedi.- completou tendo severa afirmação na voz.

–Sim. Sim irei aplicar o que me pediu. Peço perdão.- curvou-se em piedade diante do ser.

–Seu perdão será dado quando tiver o feito.- falou dando a ultima palavra. Assim fazendo “Katherine” sair imediatamente voltando a superfície. “Ela” aplicaria o Segundo golpe.

...

Miles e Lúcia andavam por uma longa estrada de chão em suas montarias. Lúcia seguia sobre um cavalo negro e o ruivo com um branco. Ambos voltavam de terras vizinhas à procura da cura para Susana, mas com a mesma repetição não encontravam.

Ambos estavam cansados haviam saído durante boa parte do dia, saíram de Cair Paravel ao meio dia e agora já se encontravam voltando no fim da tarde. Os músculos de ambos eram tensos por causa da preocupação que sofriam durantes estes longos e cansativos dias.

Mas o amor dos dois , ao contrario do de Susana e Caspian estava felizmente inabalável, com toda certeza e ganho de causa, o que os matinha de pé diante das dificuldades, apesar do amor que sentiam por Susana, era o amor que sentiam entre si. Ambos ao estar na presença um do outro eram como se encontrassem a porta do céu, pois o sentimentos dentro daqueles corações era arrebatador.

Nesse momento os olhos de Miles olhavam Lúcia cavalgar ao seu lado, suas orbes azuis observavam com atenção até mesmo, as mínimas sardas que Lúcia possuía, sardas que ele nomeara de beijinhos de anjos.

–O que foi?- Lúcia se permitia sorrir de leve quando percebeu que Miles lhe olhava com uma expressão meio lunática.

–Só estou vendo mais uma vez como você é linda.- ele respondia sorrindo de canto deixando alguns raios de sol em meio ao caminho iluminar seu rosto e inevitavelmente seus olhos que nesse instante ficaram incríveis. Como o mar em meio à ondas tranquilas. – Venha.- antes que ela pudesse responder ele indicou para que ela o seguisse, e ela o fez.

Pararam os animais debaixo de uma grande árvore amarrando as rédeas dos mesmos num dos troncos mais baixos.

Miles lhe puxava pela cintura, a puxava para si a deixando centímetro de distancia de si. A rainha sorria de forma meiga, por um momento ela fechou os olhos sentindo a respiração de ambos misturarem-se. Quando os abriu avistou os olhos do ruivo mais perto do que nunca, lhe colocando num transe do que ela nunca queria mais sair. Para Lúcia seria maravilhoso olha-los por toda eternidade. Era como olhar um céu azul, o mar com ondas tranquilas, um céu estrelado a noite, olhos cheios de significados.

Dentre os minutos que passaram olhando-se finalmente ambos fecharam os olhos selando seus olhos. A língua de Miles passava de forma delicada pela de Lúcia, seus lábios sensíveis era como tocar a boca em nuvens ou em algodão. Suas mãos desciam a silhueta perfeita da mesma. Ela tinha as mãos pousadas sobe seu pescoço o puxando o mais perto possível, para sentir seu cheiro, seus beijos, seu toque.

Sim, Susana se encontrava numa situação nada agradável ,mas com um amor daqueles dois acontecer isso era inevitável. Ambos sorriam levemente enquanto se separavam -contra a vontade- do beijo.

–Eu te amo muito Miles. Nunca esqueça-se disso. – foi a primeira pronuncia de Lúcia naquele lugar.

–Eu também te amo muito minha rainha. Haja o que houver.- ele a respondeu selando seus lábios novamente, logo em seguida de volta para suas montarias saindo dali.

Já chegando as terras de Nárnia , Miles e Lúcia cavalgavam mais perto um do outro do que antes, sendo possível tocar-se as mãos. Em meio há sorrisos doces disparados de ambos algo chamara a atenção de Lúcia. “Katherine.”

–Kat!- Lúcia gritara chamando a atenção da mesma.

–Olá Lúcia... Miles.- ela cumprimentara chegando perto do casal que parara em alguns minutos.

–Onde estava?- Miles questionou sem menor cerimônia.

–Bom, estava cavalgando por aí.- Mentiu enquanto segurava as rédeas do animal que montara.- E vocês?

–Estávamos em outras terras a procura de um novo mago para Susie.- Miles disse secamente não deixando espaço para que Lúcia respondesse. Ele não gostava nenhum pouco da filha de Miraz. Ele era um dos poucos que percebiam algo sombrio na mesma.

–Ah sim.- “Kat” pronunciou-se docemente.- Bom então é melhor irmos.- completou , e o trio seguiu para o castelo.

Chegando a Cair Paravel os três puseram-se a guardar os cavalos nos estábulos.

–Vamos Lúcia.- Miles a chamava depois de já ter guardado seu animal e percebendo que Lúcia também.

–Vou esperar Katherine.- a jovem rainha respondeu indicando a garota que se atrapalhava ao guardar o animal. Propositalmente.

–Ela sabe o que faz. Vamos.- Miles chamou mais uma vez sem a menor cerimonia.

–Não Miles, pode ir. Eu ajudarei Katherine.- insistiu enquanto a filha de Miraz permanecia em silencio.

–Dou-lhe cinco minutos.- falou e saiu dali. Parecia que o ruivo pressentia assim que algo de ruim aconteceria em breve.

–Acho que Miles não gosta de mim.- “Katherine” falava enquanto estava virada fingindo que tirava a sela do cavalo para guarda-la. Mas na verdade ela tirara o pote que a Feiticeira lhe dera e derramava no chão um líquido esverdeado e do mesmo brotava uma linda rosa vermelha.

–É só impressão sua.- Lúcia tentou conter a conversa para que não acabasse em uma conversa tensa.- Mas...- antes que a mesma terminasse de falar a outra “garota” a interrompeu.

–Olhe Lúcia, que tamanha beleza!- exclamou tendo os olhos fixos ao chão.

–Oh , há quanto tempo não vejo tamanha beleza em uma flor.- Lúcia concordava enquanto chegava mais perto pegando a rosa.- É estranho onde ela nasceu não é?- Lúcia questionou e a essa altura “Katherine” tinha um sorriso demoníaco nos lábios. Mas antes que a rainha pudesse responder uma grande explosão aconteceu, uma explosão de luz que chegou ao castelo fazendo todos inclusive Miles correrem para ver o que havia acontecido. Em um passe de mágica “Katherine” sumiu dali.

– O que aconteceu?- Edmundo adentrava o estábulo juntos com outros narnianos e os próprios moradores do castelo. O local não havia sido destruído, apenas estava coberto por uma camada grossa de poeira no ar. Os cavalos relinchavam alvoroçados.

Quando a poeira cessou em meio há outros animais estava um ser com uma rosa vermelha em mãos que reconheceram imediatamente por causa de seus cabelos.

–Lúcia!- Miles berrou indo em direção a mesma que quando virou-se deu um repleto susto em todos os presentes.

–Oh não!- Danielle pronunciou pondo as duas mãos na boca em sinal de susto.

–Katherine.- Miles lembrou-se concluindo que a culpa era dela, revelando assim a todos que a filha de Miraz com certeza não era nada de bom.

O silencio agora caia sobre o local, todos estavam pasmos ao ver a fera que Lúcia havia se transformado.

Jamais toque a bela que respira a fera. Mais uma premunição se cumpriu.- Pedro quebrava o silêncio fazendo todos estremecerem.


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