A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 19
Primeiro Golpe: A Bela Adormecida em Nárnia.


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora Narnianos ! Finalmente livre da escola para escrever pra voces! Esperooo que gostem ! Um beijão!! Xx



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Capítulo XIX- Primeiro Golpe: A Bela Adormecida em Nárnia.

“Por mais que a vida lhe aplique golpes baixos, não desista e acerte o rumo, fazendo dos tombos a direção.”

Era dia, ainda do período da manha , o céu estava azul e os pássaros cantavam ao nascer do sol. Um sorriso cínico abria-se nos lábios de “Katherine”, na verdade o servo que a possuía. Era cômico para tal criatura olhar Susana e não lembrar da situação em que ela se encontrava no momento, o ser vasculhava cada parte perturbadora da memória da filha de Miraz. Seus olhos tinham agora o mesmo lampejo verde de quando Caspian voltou consigo para Cair Paravel. Ela aproximava da Pevensie que treinava no pátio do castelo a sua pontaria com seu arco e flecha.

–Tenho que admitir ...você é boa nisso Susana.- “Kat” falou de forma sorridente.

–Obrigada.- Susana se conteve e respondeu o mais conveniente possível retribuindo o sorriso, uma flecha acertou em cheio o centro do alvo.

–Mas eu sou melhor.- o sorriso de ambas se desmancharam instantaneamente. Susana respirou fundo, fechou os olhos e contou até dez. Como estava de costas para a mesma continuou fazendo tal pratica com as flechas e nada respondeu ,nem tão pouco se virou.

– Bom era que eu pensava.- a voz da garota ecoou mais uma vez pelo pátio solitário, a não ser somente pela presença das mesmas.

–Não acho que seja melhor que ninguém aqui.- Susana finalmente verbalizou fazendo “Kat” que estava indo em direção ao castelo parar no caminho. Agora a rainha a encarava, seus olhos verdes eram calmos apesar do tom poderoso em sua voz. “Katherine” se virou.- Afinal não foi ninguém aqui que invadiu terras já habitadas, causando dor, ódio e principalmente a descrença em muitas pessoas e criaturas.- a Pevensie era dura nas palavras , a cada pronuncia um passo era dado, a rainha estava se controlando, não seria nada bom uma briga corporal naquela situação, ela apenas queria deixar bem claro que quem dava as cartas do jogo era ela, Aslam e seus irmãos.

–Ora ,ora, mostrando as garras!- a Telmarina berrou em tom irônico jogando as mãos de leve para o ar.- Não é assim que deve se comportar alguém que é nomeada de “A Gentil”.- fez as aspas com os dedos e não pode comprimir um sorriso cínico e diabólico brotar em seus lábios.

. -Ora sua...- Susie deu um passo a frente mas respirou fundo fechando suas orbes verdes, depois as abrindo com calma, levando um susto ao faze-lo. Kat estava a menos de um metro de si com aquele sorriso de dar nos nervos.

–Bom...meu papai pode ter feito tudo isso, mas devo lhe lembrar que ele foi perdoado, achei que o lance do incompreensível era com o Edmundo.- falou em tom brincalhão indo em direção ao alvo onde as flechas de Susana estavam, arrancando uma sem a menor dificuldade. Aquilo chamou a atenção da rainha, mas nada que condenasse que a garota não era ela.- Bom... pulando essa parte de família e blábláblá ...-virou para Susie que a encarava com a cabeça levemente caída para o lado tentando entender onde aquela conversa iria parar. No fundo ela sabia, só estava com medo de admitir para si mesma.- Mas pelo menos não fui eu que consegui perder Caspian da noite pro dia.- continuou falando com escárnio enquanto limpava as unhas com a ponta da flecha.

Susana fechou os olhos e respirou fundo mais uma vez, era esse o seu medo. Do assunto ser destacado , da filha de Miraz mexer naquela ferida que tanto a atormentava todas as noites ao deitar a cabeça ao travesseiro e toda vez uma lágrima cair.

–Como se sente Susie...em saber que ele está comigo? Que ele me quer e não a você? Como se sente sabendo que ele deseja meu corpo, que enlouquece em meus braços?- a voz de Katherine era dura, mais um sorriso maléfico ainda estava estampado em seu rosto, cada palavra era uma bomba atômica explodindo Susana por dentro, só dela imaginar o ser a sua frente e Caspian juntos, lhe embrulhava o estomago e lhe doía o coração como uma ferida aberta sendo exposta ao sol.

–Cala a boca!- a Pevensie berrou fechando as duas mãos com tanta força partindo uma flecha ao meio. Suas orbes verdes estavam enfurecidas , sua pele pálida estava gélida, apesar da raiva suas mãos suavam.- Quem é você para falar dos meus sentimentos? Você não pode dizer o que não sabe!- continuou a todo o custo tentando não chorar.

–Eu sei muita coisa sobre você Susie... eu sei o que sente.- “Kat” sussurrava de forma sarcástica. –Sei que está com medo.- a essa altura a mesma estava bem próxima a Susana que não se mexia, ela sussurrava ao seu ouvido. Em poucos segundo “ela” se afastou. O ser que possuía Katherine podia sentir as emoções da Pevensie, podia ver que seu ponto fraco naquele momento era seu afastamento a Caspian, sabia que era uma tática a ser usada, foi então que decidiu que aquela seria a sua chance de uma cartada de mestre.Da Primeira Cartada de mestre.

Em alguns segundos Susana saiu dali sem dizer nenhuma palavra, seus passos pareciam firmes, mas ela sentia como fosse desabar a qualquer momento. As palavras de “Katherine” ecoavam sem parar a sua cabeça. De alguma forma ela sabia que a mesma estava certa, um medo tenebroso lhe assombrara desde que pensava no ser que amava, uma dor fina rasgava seu peito e uma tristeza absurda lhe inundava.

–Susie você está bem?- Edmundo perguntou vendo a agitação da tal enquanto estava sentado a mesa junto aos outros na refeição matinal, Susie apenas o olhou e negou com a cabeça subindo as escadas rapidamente, ao chegar ao topo deparou-se com o ultimo ser que ela queira ver naquele momento.

–Bom dia Susie.- a voz de Caspian era amistosa assim como seu sorriso, mas sua aparência mudara quando via o estado da garota a sua frente.- O que aconteceu?- perguntou preocupado.

–Nada que mereça a sua preocupação.- respondeu tão baixo que quase o mesmo não a escutou. Ela baixava a cabeça tentando esconder e secar o mais rápido possível a lágrima que escorria de suas orbes esverdeadas, mas seu queixo foi suspenso por uma das mãos do mesmo e o toque fez a suas têmporas ferverem, ela quase havia se esquecido de quão bom era o seu toque, o seu cheiro, o seu abraço, o seu olhar.

–Vamos Susie, me conte o que houve, acho que mereço saber.- seu olhar era tão sincero que a fez querer desabar em lágrimas, mas ela se conteve, era difícil mas ela conseguia.

–Você não irá entender.- respondeu seguindo em direção ao seu quarto deixando o Navegador sozinho e confuso. Ela não queria mais sair dali.

–Alguém sabe o que aconteceu com Susana?- Caspian perguntava enquanto descia as escadas indo à mesa onde todos se encontravam.

–Não... ela passou como um furacão por nós.- Pedro respondeu com um semblante preocupado.

–Verdade, Edmundo perguntou se ela estava bem, e ela negou com a cabeça.- Dani entrava no dialogo ganhando a atenção de Caspian.

–Onde ela estava antes de entrar?- Caspian tornou a questionar.

–Ela me disse que iria treinar sua pontaria.- a voz de Lúcia ecoou.

–Sim, e eu a vi mais cedo quando fui dar ordens aos soldados que ficam na guarita.- o ruivo, Miles se pronunciou dando mais confirmação a resposta de Lúcia.

–Tudo bem, mas não há motivos até agora para que ela chegasse desse jeito.- com uma voz baixa Mag quebrou o silencio de alguns segundos, olhando para Caspian que a essa altura já sentava à mesa.

–Bom dia a todos!- “Katherine” adentrava o salão sorridente seu olhar varreu todos os presentes mas em segundos voltado para um único ser. Danielle. O motivo pelo qual estava ali, é claro que sua mestre também queria destruir os filhos de Adão e Eva, mas queria mais do que tudo a alma da herdeira da feiticeira branca.

Em poucos segundos minutos se sentou à mesa ao lado de Caspian lhe dando um suave beijo nos lábios trazendo incomodo aos presentes, especialmente aos Pevensie que ainda não tinham se acostumado com a ideia.

–O que houve ? Por que estão todos com essa cara?- a “filha” de Miraz perguntava fazendo-se de boa moça.

–Jura que você não sabe?- Edmundo arqueou uma sobrancelha de forma irônica.

–Ed! O que está insinuando? –Caspian perguntou levemente ofendido.

–Nada que todos não duvidam.- o Pevensie respondeu frio olhando para o mesmo, segundos depois lançando um olhar mortal para a garota.

–Afinal do que estás me acusando Rei Edmundo?- “Katherine” pronunciou-se levando uma das mãos ao peito fazendo um papel de ofendida. Maggie apenas a observava.

–Queremos saber se você sabe o por que de Susana estar em prantos.- Pedro foi claro e objetivo. Assim todos ficaram atentos para ouvir qual seria a resposta.

–Não, eu não sei. E me desculpem ...por que eu deveria saber?- perguntou timidamente o que fez Miles silabar mudamente um “cínica”.

–Ora, você estava lá fora.- o ruivo se pronunciou surpreendendo a todos.

–Mas não significa que eu saiba.- ela rebateu. O servo não tinha cogitado a possibilidade de um interrogatório , isso o deixou meio temeroso.

–Então onde estava?- Lúcia perguntava arqueando também sua sobrancelha fina e elegante, seus olhos azuis observavam atentos.

–Parem com isso!- Caspian berrou dando uma batida forte na mesa com as palmas das mãos, se pôs de pé e com um olhar severo sobre todos, implantou o silencio. O servo sentiu-se aliviado por tal defesa de Caspian e um sorriso escondido ficava no canto da boca. Com essa defesa ela tinha um tempo para dar o golpe de mestre em Susana , era questão de horas, ou minutos.- Não podem acusar Kat desse jeito, estão sendo injustos.- olhou para Edmundo.- Covardes.- olhou para Lúcia.- E medíocres. – seu olhar se plantou em Pedro.

–Tudo bem Caspian, eles tem todo o direito.- ela falava baixando a cabeça aquilo fez Caspian ficar mais furioso com os outros.

–Não Kat, eles não tem .-respondeu.- Vou comunicar essa acusação a Aslam.- continuou até que um servo adentrou um salão.

–Desculpe ,mas não teve como não escutar. Mas devo lhe avisar que Aslam sumiu outra vez- se curvou em direção aos outros ainda sentados entregou uma tratado a Edmundo e saiu dali.

–Ed? O que é isso?- Pedro perguntou curioso.

–Nada demais, apenas negócios de Aslam.- o garoto de olhos e cabelos negros respondeu normalmente dobrando o papel e o guardando da cintura. Enquanto isso, mentalmente algumas palavras eram pronunciadas pela Telmarina, um feitiço poderoso. Magia Negra.

–Bom ...voltando a minha acusação.- “Katherine” levantou-se .- Acreditem em mim, eu não fiz nada com Susie.

–Prove. –Edmundo provocou fazendo todas a olharem.

–Bom, a única coisa que eu fiz ,foi falar que Caspian me trouxe de volta depois de ter me encontrado perdida na floresta, mas antes disso estamos conversando a assim foi o rumo da história.- mentiu.

–Então confessa que mexeu na ferida dela.- Pedro propôs mas ela negou com a cabeça.

–Apenas, falei de mais, não fiz por mal. –respondeu lançando um olhar para uma xícara de chá próxima a si.

–Estão vendo?- Caspian disse orgulhoso enquanto sorria.

–Deixem –me mostrar que e não fiz por mal. Alguém me acompanhe por favor, eu vou levar esse chá para ela.- “Kat” disse na forma mais doce possível enquanto pegava uma mínima bandeja de prata que estava sobre a mesa, pondo logo em seguida na mesma ,a xícara com chá e uma colher também de prata ao lado.

–Eu vou.- Lúcia se pronunciou, e assim seguiram ao quarto de Susana.

Susana estava deitada em sua cama enquanto pensava em Caspian, no quanto ela sentia sua falta, não podia mais senti-lo, era como uma prisão sem muros não poder chegar perto dele e não sentir seu beijo, sua pele, seu corpo.

–Susie?- a voz de Lúcia soava do outro lado da porta enquanto batidas leves eram dadas.

–Pode entrar Lú.- respondeu enquanto sentava-se na cama ,ajeitando-se. -O que faz aqui?!- perguntou já ficando levemente irritada com a garota de olhos mel e cabelos dourados parada em frente a porta.

–Vim me desculpar.- respondeu mostrando a bandeja em mãos.

–Sai daqui agora.- Susie retrucou imediatamente enquanto Lúcia assistia a cena.

–Mas eu...

–Sai!- ordenou uma ultima vez , e a filha de Miraz saiu dali deixando a bandeja nas mãos de Lúcia. “Katherine” saiu com um sorriso nos lábios, pois sabia o que inevitavelmente aconteceria a seguir.

–Desculpe, mas não tivemos escolhas. Tínhamos que deixar ela vir, ou aconteceria uma guerra como a que aconteceu em Londres. –Lúcia adentrava o quarto deixando a bandeja na cama ao lado da irmã.

–Sei que não tem culpa.- Susana respondeu sorrindo de leve.

–Afinal o que aconteceu?- a Destemida questionou curiosa.

–Depois conto a você. Não quero falar sobre isso agora.- respondeu dando uma piscadela para Lúcia que sorriu.- Esse chá foi preparado pela Medusa? –brincou referindo-se a Kat.

–Não ,não, foi pelos criados. Ela só trouxe pra você.- Lúcia respondeu levantando-se ,ela voltaria para o salão.- Quer que eu leve?

–Não pode deixar. Eu irei tomar.- respondeu e assim sua irmã saiu do cômodo. Susana encarou tal bebida por alguns segundos antes de ingeri-la. Não sabia ela que aquilo estava enfeitiçado. Em poucos segundos ela levara tal bebida a boca gostando do sabor. Dois minutos depois ela podia sentir as suas vistas se embaçando, um suor frio escorria por sua testa, uma falta de ar lhe permitia arfar descontroladamente. Ali ela percebeu que houvera algo de errado.

Ela tentou gritar, mas era inútil, ou ela pedia por ajuda ou respirava , tudo foi girando, transformando-se em mil cores antes de faze-la sentir um dor insuportavelmente fina em seu peito. Um tombo foi o que ela sofreu a levando ao chão a xícara antes cheia em sua mão rolava pelo tapete o manchando parando alguns centímetros distante de si.

Um suspiro alto foi dado quando alguém adentrou o quarto gritando seu nome, o tombo foi tão alto que foi ouvido do andar de baixo.

–Susana! Susana!- Edmundo berrava enquanto entrava no local sendo seguido por seus irmãos, foi quando seus olhos se fecharam de vez a levando ao mais profundo sono. No qual não poderia acordar nunca mais.


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