A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 14
Rejeição


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas ! Awn que saudadees! Sérioo muita saudadees de vcs... enfiim...este capítuloo estava prontoo mas já que houve manutenção naõ é ? Então ...queroo agardecer muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo a Oboro pela recomendação linda ! Cara eu estou muitoo feliz mesmoo ! Sérioo vc se tornou muito especial pra mim garota! Sinta-se esse capítuo dedicadoo a vc!
Enfim boa leitura e nos vemos nos reviews!
Xx



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Capítulo XIV- Rejeição.

“Há alguém tentando me encontrar? Alguém virá me levar para casa? ,tentando entender essa vida, você não vai me levar pela mão?...Leve-me para algum lugar novo, eu não sei quem você é, mas eu... Eu estou com você. Eu sinto sua falta.”-Avril Lavigne.

A madrugada era silenciosa, o céu alaranjando estava declarando que uma forte chuva iria cair ao amanhecer. O vento era gélido mais que o normal, o som do balançar das galhas das árvores deixava o local mais tenebroso, ainda mais para o ser que ali se encontrava só. Seus passos podiam ser ouvidos à alguns quilômetros de distancia pelo silencio da hora, não só os seus ,mas também passos do animal que serviu de sua montaria por três dias contando esse. Animal que agora estava sendo puxado por ele pois estava muito cansado.

–Zeus!- a voz de Edmundo ecoava pela floresta sombria ao ver o cavalo levar uma brusco tombo . Alguns pássaros negros que pousavam sobre as árvores saíram debandando com o barulhos, o que assustou o garoto de cabelos negros. Por um momento Edmundo achava que ele estava cansado demais para continuar, até avistar algo peludo e negro entranhado no calcanhar do animal de pelo branco.- Oh meu Deus.- Ed sussurrava para si mesmo ao perceber o que o algo era e o que estava fazendo. Um ser com corpo de aranha e cabeça de caranguejo, tinha um rabo de escorpião , um ser que ele e nem ninguém nunca vira.

O cavalo deu um rincho alto e agudo de dor ,fazendo o restante de pássaros que sobraram no topo das árvores também debandarem. Os olhos do Pevensie transmitiam horror ao ver aquela cena. Em poucos minutos o animal havia escurecido, sua cara havia enrugado , seus olhos ficaram cor de sangue; naquele momento Edmundo dava passos cautelosos se afastando da tal cena e à algumas palmas de distancia pôs-se a correr o mais rápido possível.

A cada passada faltava-lhe a respiração, seus olhos não piscavam sequer um segundo , olhadas para trás ele fazia a todo o momento . Quanto o mais longe estivesse dali melhor pra ele. O silencio da madrugava o agoniava , corvos que sobrevoavam o céu faziam um som estranho que o colocava em pânico. Naquele momento ele desejou estar em Cair Paravel e não sair de lá. Estava sem destino, ela já percebia que estava numa parte da floresta à qual nunca esteve, uma parte obscura que nunca tivera o desprazer de conhecer, até agora. Depois de tanto correr já não conseguia mais fazer tal alto no que resultou numa parada atrás de uma das altas árvores da floresta. Suas mãos estavam sobre seus joelhos , ele arfava tentando respirar fundo. “O que deu em mim?” era o que o mesmo se perguntava naquele momento.

Depois da viagem no Peregrino da Alvorada nunca sentiu tanto medo como sentira agora. Seus olhos vasculharam todos os lado à procura de alguma saída mas nada avistada. Uma neblina branca tomava aos poucos todo o local. Seus olhos se fechavam enquanto sentia o suor escorrer pela sua testa, seus cabelos estavam colados na mesma, sua pele branca estava suja por lama e pelos limos que alguma árvores soltavam ao contato com as mesmas. Enquanto as costas da sua mão enxugava sua testa sentia algo pousar sobre seu ombro, o que o fez estremecer e congelar por um momento.

–Olá Rei Edmundo!- uma voz fina falava ao seu ouvido o que o fez virar imediatamente fazendo o que estava sobre si sair imediatamente. Procurou por todos os lado e nada avistou.- Aqui em baixo! – a voz voltara a falar fazendo os olhos de Ed direcionarem para o chão. -Olá.- um sorriso de alívio apareceu no rosto do jovem rei.

–Está assustado?- o castor que lhe olhava com um sorriso perguntava curioso.

–Não...eu... só estava passando.- mentiu ao dizer, com certeza se dissesse a verdade ganharia uma chacota bem grande daquele roedor.

–Uma hora dessas?- questionava mais um vez não acreditando no que Ed lhe falara. -Bom eu...- iria começar a explicar-se ,mas também se perguntou o que aquele ser fazia vagando assim como ele, por aí.

– E você? O que faz também aqui?

–Eu perguntei primeiro majestade.- brincou.

–Pra onde vai?- Edmundo insistiu.

–Eu vou para casa, afinal moro aqui. -respondeu dando alguns passos à frente indicando com um minúsculo dedo o local. Os olhos de Edmundo pousaram sobre uma toca muito pequena , uma toca pertencente a uma árvore velha ,grossa e enrugada.

–Onde eu estou exatamente?- perguntou tentando localizar-se.

–A majestade está perto das ruínas do Castelo da Feiticeira Branca.- aquelas palavras fizeram o seu estomago se revirar. Ele havia fugido justamente para ficar longe do que “pertencia” e lembrava Jadis. A vontade que teve de sair dali era imensa, um rancor crescia dentro de si ,assim como a dor que entranhava em seu peito em lembrar que Danielle era a filha de sua pior inimiga, uma dor que o confundia por estar sentindo.- Majestade?- o castor o chamava para a realidade.

–Pode me dizer para que lado vou para Arquelândia?- Ed sabia que eram terras ao Norte de Nárnia e já foi lá algumas vezes, mas de onde ele estava nunca saberia se localizar. Estava disposto a sair de Nárnia definitivamente.

–Se seguir essa estrada direto chegará ao destino que procura.- o castor não tinha mais seu tom dócil enquanto indicava o caminho a Edmundo que o olhou desconfiado.

–Obrigada.- Ed tentou sorrir mas a sua desconfiança não permitiu. Logo em seguida o Castor desapareceu, Ed presumiu que o mesmo já estivesse entrado na sua casa. Pensava duas vezes antes de seguir aquele caminho, mas assim fez a sua decisão.

A vontade de estar longe de tudo e de todos falou mais alto. Em poucos minutos se encontrava numa pequena estrada de chão , o vento chicoteava aos seus ouvidos, o céu permanecia alaranjado e alguma gotas frias da chuva começavam a cair sobre ele, em poucos minutos o chuvisco se tornou uma forte chuvarada trazendo com sigo alguns relâmpagos.

–Droga.- sussurrou. O ar frio o incomodava, a sua armadura não era o suficiente para mantê-lo aquecido, seus lábios antes rosados agora tinha coloração roxa, seus cílios seguravam algumas gostas da chuva. Seu caminhar era atencioso até que percebeu que algo se movia por trás de algumas árvores. Imediatamente sacava a espada que tinha na cintura. Com a mesma em mãos observava todos os lados até que algo quente arfou em seu pescoço. Edmundo virava-se e reconhecia os seres que estavam a sua frente.

–Você vem conosco.- a voz grossa falava o deixando sem ação observando as figuras enquanto só o que ecoava naquele momento era o som da chuva caindo sobre o chão e os trovões que agora estrondavam no céu.

–----------------------------*-----------------------------

Ainda era madrugada , em Nárnia todos dormiam, exceto a realeza. O sumiço de Edmundo os deixou preocupados, um sumiço de três dias que pareciam trezentos anos, principalmente para o ser que o amava. Todos estavam no salão principal junto a Aslam a espera de alguma noticia do Justo rei. Todos estavam sentados , espalhados pelo cômodo, o silencio reinava ali. Miles e Lúcia se encontravam no sofá abraçados. Susie estava junto a Pedro e Mag , enquanto Caspian estava sozinho num canto assim como Katherine. Aslam estava em silencio no trono, seus olhos dourados observavam todos presentes, quatro guardas estavam no salão principal junto aos reis e o restante do lado de fora do Castelo. Centauros arqueiros estavam em lugares altos próximos ao grande portão.

Uma hora se passara e alguns deles já adormeciam por ali mesmo , Aslam já havia se retirado, apenas Dani não conseguia pregar os olhos. Seu coração de alguma forma estava ligado a ele, ela não conseguia mais esconder tal sentimento. Ela pedia com todas as suas forças para que o achassem, o achassem bem. Alguns passos até a janela e o seu olhar era fixo nos portões do castelo, queria que a qualquer momento ele entrasse. Toda essa angústia pra ela era como estar em uma ponte, o esperando no escuro , queria que Ed estivesse ali agora, mas não há nada exceto a chuva. É uma maldita noite fria... Porque nada está dando certo, e tudo está uma bagunça...E ninguém gosta de ficar sozinho. Dani se perguntava : “Por que tudo está tão confuso?...Talvez eu esteja fora de mim.”- não sabendo ela que naquele momento Edmundo se fazia a mesma pergunta. Passando-se vagarosos minutos os portões se abriram trazendo a imagem que ela mais queria ver naquele momento. Edmundo era trago pelos centauros que fizeram as suas buscas ,seu rosto birrento era reconhecível.

Danielle ficou tão feliz em vê-lo que não pensou duas vezes antes de sair em disparada ao seu encontro. Em pouco tempo seus cabelos loiros ficaram molhados sua roupa colada em seu corpo. Os centauros o trouxeram e em seguida se retiraram os deixando as sós naquela rua solitária. Ele até então não havia notado a sua presença ,mas ao notar seu caminhar parou e ele pôs-se a observa-la assim como ela o fazia.

–Onde você estava?- Danielle andava rapidamente em sua direção enquanto a chuva caía sobre ambos que respiravam com dificuldade por causa do ar gelado que passava.

–Não interessa.- Ed respondia ríspido e confuso por certa preocupação da garota. E poucos segundo começava a andar em direção ao castelo. Seu cabelo estava ensopado o colando cada vez mais na testa. Suas bochechas estavam mais rosadas, Ed estava congelando.

–Eu preciso te falar algo.- a voz de Dani o fez parar e virar-se para a mesma, mas antes que ela começasse a falar ele se pronunciou.

–Olha, eu não sei o que você quer dizer, mas acho que não deve ser nada de bom , nem ao menos de você deve vim algo de bom ,afinal você é filha de um monstro.- ele era rígido.

–Ed eu...

–Não eu não quero que me diga nada. E pra você é Edmundo.- ele a olhava às luzes que acendiam ao céu, os relâmpagos que ali formavam pareciam as vezes ser fogos de artifícios sobre os dois.- Fica longe de mim.- aquelas palavras a fizeram estremecer , seu olhar mudara e uma lágrima não percebida por causa da chuva escorria por seu rosto. Por alguns minutos os dois se olharam.

–Como quiser.- ela respondia com um nó na garganta enquanto trovões altíssimos faziam a trilha sonora daquele momento. Segundos depois ela saiu dali o deixando sozinho. Só então Ed percebeu que ela tinha algo em mãos que amassara e jogara no chão. A sua curiosidade foi maior e o mesmo desamassou o papel que quase não teve salvação ,ensopado. Suas mãos pálidas desamassavam com cuidado o papel molengo em mãos.

A imagem estava borrada obviamente por causa da água....mas quando pôs os olhos na figura imediatamente se reconheceu. Seus olhos arregalaram-se ao ver o que Danielle iria entrega-lo. Seu coração diminuiu pois de alguma forma se arrependeu do que fez.

–Ed!- Lúcia o abraçava enquanto os outros acordados por Danielle estavam as portas os observando.

–Lúcia você se molhou toda! –Susie a “repreendeu” sorrindo enquanto ela e Ed caminhavam para o castelo. Edmundo sorria junto ao abraço que lhe davam , mas antes que entrasse no castelo tratou de colocar o seu retrato no bolso. Com certeza ele já havia visto aquilo em outra ocasião e com certeza iria dormir pensando naquilo. Os trovoes se instalavam mais altos parecendo de propósito fazer o mais barulho possível para abafarem o sofrimento da Herdeira da Feiticeira Branca.





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