Ezio e Antonio se encontravam na ponte, no topo de um dos pilares da Tower Bridge. De lá, eles observavam a cidade, de olhos atenciosos, e ouvidos bem preparados, para tentar achar qualquer indício de problemas. Mesmo ambos sendo contra aquela luta de séculos, não gostavam da maioria dos vampiros. Não existiam mais vampiros nobres e respeitáveis como Alucard, e isso os deixava extremamente nervosos. De repente, escutaram bem ao longe, gritos.

-O que você acha?

-Hummm...difícil saber...esta cidade tem se tornado mais violenta com o tempo, e pode ser só um assalto...

-É, mas eu prefiro arriscar verificar...vou rápido. Se for problema, eu te chamo.

-Combinado.

Antonio então desceu do pilar, e foi em direção ao lugar de onde achavam que tinha vindo o grito. Ezio se manteu observando o amigo, até que ele sumiu de vista.

-Tá tudo bem?

-AAAAH!

Com um repentino susto, Ezio golpeou com as garras para trás, e então, saltou para frente. Quando virou-se para ver quem era, viu Victoria agachada, com as mãos tocando o corpo na altura dos seios.

-O que foi isso?!

-Ah...Victoria! Eu...caramba...me...me desculpe, eu...POR QUE RAIOS VOCÊ ME ASSUSTOU?!

Celas, ao mesmo tempo que pensava em gritar com o rapaz, se sentia um pouco envergonhada. De fato, ela chegara de surpresa.

-Me desculpa...é que eu queria saber se você tava legal, já que estava encarando aquela direção tão fixadamente...

-Tudo bem...me desculpe também...estou te devendo uma blusa dessas...aqui, tome.

E então, retirou seu sobretudo, e colocou na vampira, e enquanto ele ainda estava atrás dela, ela aproveitou para poder tirar as mãos dos seios expostos, e fechar o sobretudo.

-Obrigada. Mas por que estava encarando aquela direção tão concentrado?

-Antonio foi para lá. Ouvimos um grito, e ele resolveu ir investigar. Fiquei concentrado para poder ouvir todos os sons dele, para o caso de ele me chamar. Mas que bom que...

Então, Ezio parou de falar, e ergueu levemente a cabeça.

-O que foi?!

-Preciso ir!

E se levantou rapidamente, virando as costas, e correndo na direção em que Antonio fora.

-Ei! Espera! Ah não!

Celas puxou uma pistola Heckler & Koch, engatilhou, e saiu correndo atrás de Ezio. Ela achava praticamente impossível acompanha-lo, de tão rápido que ele corria. Parecia um fugitivo, que sabe exatamente o caminho da fuga, sem errar uma rua sequer. Conseguiu mante-lo em campo de visão, até que chegaram em um beco. Ezio ofegava um pouco, mas estava de pé, encarando alguém. Quando Celas finalmente chegou no lugar, levou um susto. Antonio estava jogado no chão, totalmente ensanguentado, com vários rasgos nas vestes. Parecia estar com dificuldade para respirar. Ao olhar para a sombra que estava de pé na frente de Ezio, Celas viu que a sombra segurava alguma coisa em sua mão direita. Ao olhar atentamente, percebeu que era uma cabeça. O provável corpo estava no chão, do lado oposto ao de Antonio.

-Celas...- a voz de Ezio estava ficando mais grave.

-S...sim?!

-Pegue Antonio...e...saia...daqui...

-M...mas e voc...

-AGORA!

Celas não hesitou mais. Guardou a arma, e correu na direção do corpo de Antonio. Quando estava se aproximando, a criatura avançou para cima dela. Ezio então saltou na criatura, recuando-a. Ele agora já estava transformado, porém, pronunciou algumas palavras para Celas:

-Alu...card...chame...

Ela consentiu com a cabeça, mesmo sem perceber que ele não estava olhando para ela. Carregou o corpo de Antonio para longe, e enquanto o fazia, tentava se comunicar com Alucard.

-Ce...las...

Ela parou de correr, e deitou Antonio no chão.

-Antonio! O que está acontecendo?!

-F...fuja...rápido...e...ch...chame...A...Alu...Alucard...

E desmaiou.