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Coloquem a música para ouvir, mas esperem eles começarem a cantar para começar a ler, se não, não tem graça.

Sabrina ...

Nós tínhamos acabado de chegar da escola quando alguém toca a campainha.

– Vou ver quem é. - diz Felipe.

Eu fui junto e para nossa surpresa era o Jonathan. O que ele estava fazendo aqui?

– O que ele está fazendo aqui?- pergunta Felipe.

– Calma, deixa eu falar com ele.

– Tudo bem, mas rápido.

Eu abri o portão.

– Oi Jonathan, o que ta fazendo aqui?

–Você é uma vadia! Como pode fazer aquilo comigo? Ele me espancou e você volta correndo para ele assim que eu viro as costas?

Ele gritou. Aquelas palavras me cortaram mais que uma faca. Meus olhos como que imediatamente começaram a lagrimejar.

– Você acha que tem o direito de gritar comigo desse jeito?Você nem lembra de tudo e já logo soube que tinha uma namorada. Você tem uma namorada, eu também tenho o direito de ter o meu namorado. - acusei.

– Acontece que minha namorada nunca fez nada para você.

– Será? Você não sabe o quanto eu sofri com o namoro de vocês. Quando eu mais precisei de você, você estava se agarrando com ela. Essa foi a pior maneira de descobrir suas mentiras. E sabe o pior de tudo? Eu descobri tudo isso depois da minha mãe ter morrido e eu ter brigado com ela por sua causa.

– Você sabe que não tenho minhas memórias, por isso me desculpe se não lembro do seus sofrimentos, mas eu não estou assim porque quero. Isso tudo é SUA CULPA! Olha, ter uma amiga assim é melhor não ter nenhuma. NUNCA MAIS OLHA NA MINHA CARA, entendeu? NUNCA MAIS. Você é uma mentirosa.

Eu segurei ele pelo braço.

– Por favor, me perdoa, eu já pedi desculpas.

– ME SOLTA, EU TE ODEIO. - ele gritou.

Meu mundo caiu, foi como se não houvesse mais planeta Terra. Meus joelhos tremeram e eu cabei caindo no chão. Ele não fez nada, só voltou para o carro com a ajuda do motorista. Fiquei ali chorando vendo o carro se afastar.

– Levanta agora Sabrina. - disse Felipe.

Ele me pegou pelo braço de forma grossa. Não tirava a razão dele, eu estava chorando por causa de outro homem.

– Me desculpa. - falei entre soluços.

Nós entramos.

– Eu não acredito que você ta chorando por causa dele. NÃO ACREDITO. - estourou.

– NÃO GRITA COMIGO.

– Claro, até porque ele pode e eu, que SOU SE NAMORADO, não posso, né? Você é engraçada.

– Por favor, não briga mais comigo.

– Sabrina, você ainda ama aquele filho da puta?

– Desculpa.

– RESPONDE. Você ainda ama o Jonathan?

– Amo, me perdoa, por favor.

Cai ajoelhado aos pés dele.

– Fazer o que né? Não podemos controlar o coração. O seu escolheu amar ele, o meu escolheu amar você.

Chorei mais.

– Se levanta, pega suas coisas e vai embora. Se é por minha causa, você não vai mais precisar sofrer, vai embora.

– Por favor, me perdoa. - continuo implorando.

– POR FAVOR, digo eu. Não sou obrigado a ver você sofrer por outro cara! Não preciso de lembretes que você nunca deixou de amar ele e nunca nem sequer chegou a me amar.

– Eu te amo, não duvide disso.

– VAI EMBORA.

Eu não conseguia parar de chorar, ele me pegou pelo braço e me jogou dentro do quarto, cai no chão.

– Pega suas coisas e VAI EMBORA.

Saiu batendo a porta.

Meus joelhos sangravam, pois estava de shorts. Estava suja, porque lá fora tinha barro exatamente onde eu tinha caído.

Me sentei no chão, abracei meus joelhos e comecei a me balançar feito uma criança. Meus soluços aumentavam cada vez mais. Meu coração não existia mais, nunca senti tal dor, sinto muito, mas não consigo suportar tudo isso. Por favor, me de forças, porque não me restou nem mesmo uma gota.

...