Fraque E Olhos Verdes escrita por Jane Timothy Freeman
Notas iniciais do capítulo
Olá, queridos!
Puxa, estou adorando os comentários! Não parem! x.x
Espero que gostem! ;D
Annie F.
Carole fumegava de raiva. Que absurdo! Brincar assim com os sentimentos de alguém!
Decidiu que não pensaria mais em Maximilliam, o rapaz não merecia. Para provar a si mesma que aquilo era verdade, deu o livro Orgulho e Preconceito a Britany e participou de cada reunião social de sua mãe. Conversas não permitiam que sua cabeça voasse.
A estratégia funcionou por alguns dias, mas, quando a carruagem dos Ferrars parou no portão, Carole soube que estava perdida.
Apenas Lily, Maximilliam e o irmão deste, Michael, desciam do veículo. Carole sentou-se em uma cadeira da sala de visitas e abriu um livro, evitando o olhar penetrante da mãe.
- A família Ferrars, Sra. Adler. - Anunciou um criado.
- Oh, que prazer recebê-los! - Pollyanna levantou-se e cumprimentou cada um com grande alegria. - O pequeno Michael Ferrars. Há quanto tempo não o vejo! Já é quase um homenzinho. - E apertou-lhe a bochecha.
Mike Ferrars tinha 15 anos na época.
Um silêncio constrangedor tomou conta da sala, pois Carole não levantara para receber os convidados.
- Caro - Chamou a mãe e a moça quase estremeceu. A Sra. Adler só utilizava esse diminutivoquando a filha estava em sérios apuros. - Veja só quem recebemos. Deixe esse livro de lado e venha cumprimentar os convidados.
A moça controlou-se para não fazer uma cara de desgosto. Por que os Ferrars deveriam visitá-las? Que inapropriado!
Beijou as faces de Lily e cumprimentou os dois rapazes com um aceno distante.
Suas faces ruborizaram ao perceber o sorriso nos olhos de Maximilliam. Que petulante!
Sentaram-se e conversaram algumas amenidades. Maximilliam e Carole ficaram em silêncio (por motivos diferentes), mas as duas senhoras aproveitaram bem a situação e estimularam o mais novo a falar.
Carole sorriu ao ouvir o irmão do Ferrars mais velho. Era um rapaz encantador, cheio de vida e certamente engraçado.
Sentiu olhos sobre si e virou-se. Encontrou o olhar penetrante de Maximilliam e, com uma careta, desviou as faces ruborizadas. O rapaz estava ficando cada vez mais desagradável!
Como era de praxe, os visitantes foram convidados a caminhar pelo jardim da casa. Pollyanna, Lily e Michael iam à frente. Maximilliam ofereceu o braço a Carole, mas esta gentilmente recusou.
O rapaz riu.
- O que é tão engraçado, Sr. Ferrars?
- Seu orgulho ferido.
Carole teve vontade de espancá-lo.
- Orgulho ferido? Que ideia mais absurda! O que o faz pensar assim?
Os olhos do rapaz brilharam.
- Você é sempre uma moça muito expansiva. É curioso, portanto, que tenha ficado tão distante justamente após a visita da semana passada.
Os olhos de Carole estavam arregalados.
- Senhor, sinto informar que está errado. Não estou com bom humor. E isto é tudo!
O sorriso de Maximilliam ficou ainda maior.
- Conheço-a há tantos anos e nunca vi sinal de mau humor.
Foi a vez de Carole sorrir.
- Deve ser porque não me conhece tão bem, Sr. Ferrars.
O sorriso sumiu dos lábios, mas os olhos de Maximilliam gozavam dela.
- Quer que eu a conheça melhor?
Carole engasgou.
- Que-que modos são esses? Não se trata uma dama desta maneira!
- Queira perdoar-me. - E beijou-lhe as mãos enluvadas.
Continuaram o passeio em silêncio, mas o coração de Carole permanecia disparado.
Desconfiava que as desculpas de Maximilliam não eram sinceras e isto a intrigava.
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