Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 8
Aquele com o novo emprego


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vão? Eu disse e aqui está o novo capitulo. Eu sei que veio meio tarde, mas eu tive um dia corrido.
Eu decidi que os capitulos vão ser todas as sextas, exceto nas semanas de natal e ano novo. Nessas semanas eu pretendo postar dia 22 (domingo) e 29 (domingo). Mas se eu achar tempo, posto na sexta normalmente.
Aproveitem ;)



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Fiquei aliviada de não ver Bruno na faculdade, ele era a ultima pessoa que eu queria ver. Não que eu o odiasse, longe de amá-lo também, mas eu o afastei e em troca ganhei um beijo. Eu não entendia aquele garoto, e tinha a impressão de que nunca iria entendê-lo.

As aulas passaram rápidas para o meu gosto, e logo já estávamos nos despedindo para ir para casa. Davi tinha se acalmado um pouco, não me batia e não me obrigava a fazer nada que eu não queira. Mas vivia drogado e me pedindo dinheiro, me proibia de sair com todo mundo e o único homem que ele não criava briga era Guilherme.

Guilherme se tornou meu anjo. Nunca tive alguém que cuidasse tanto de mim e era exatamente isso que eu precisava. No final de semana ele já sabia de quase todos os meus segredos e eu os dele. Os pais dele moravam no sul e até onde eu sei Guilherme não veio para São Paulo porque quis. Depois que os pais dele descobriram que ele era gay, o mandarão para cá com dinheiro para ele viver por três meses e então ele teria que se virar. Os pais pagavam a faculdade, então ele arranjou um emprego de garçom em uma lanchonete estilo retro e tem uma ótima vida. Ao contrario de Davi, que não saia de casa e vivia as minhas custas, enquant eu vivia as custas do meu pai. Então, na segunda de manha, tomei a única decisão que jamais imaginei antes.

– Gui, você acha que consegue um emprego pra mim no Retro’s?

– Você? – ele riu alto e exagerado – você tem tudo o que precisa, por que quer trabalhar?

– Para sair de casa. Vai me ajudar?

– Claro, vamos hoje à tarde comigo – disse ele colocando a mão na minha perna – tem certeza, né? Pode ser lanchonete de dia, mas de noite vira bar.

– Tudo bem, qualquer coisa ta ótimo – disse meio em duvida, mas era aquilo que eu precisava.

Mais tarde, Gui me levou até a lanchonete e me apresentou ao chefe dele. Chamava-se Ricardo e era muito bonito. Loiro, olhos azuis, rosto quadrado e um corpo perfeito, ele não parecia real de tão bonito. Ele gostou de mim, disse que precisava de uma garçonete e que eu ficaria incrível de uniforme, o que pra mim pareceu uma cantada. Ele me entregou o vestido vermelho com o colarinho branco e as botas vermelhas. Era ridículo e incrivelmente curto, mas era engraçadinho e combinava com a temática do lugar. Eu trabalharia com o Gui das seis horas até a meia noite.

Depois de me trocar e fazer minha habitual trança, comecei a trabalhar. No inicio eu me atrapalhava um pouco, trocava alguns pedidos ou pedia errado, mas no final da noite eu já tinha pegado o jeito. Ao chegar em casa, desabei na cama. Antes de pegar no sono descobri que era aquilo que faltava para mim, um pouco de independência, parar de sempre pedir dinheiro para o meu pai.

No dia seguinte foi a mesma rotina. Faculdade, estudar e trabalho. Era terça-feira, então não enchia muito, as pessoas que apareciam jantavam ou iam embora, alguns trabalhadores estressados e adolescentes que não queriam saber de nada. Falando em adolescentes que não queriam saber de nada, por volta das dez horas Bruno apareceu e, pelo o que Guilherme tinha me falado, ele quase sempre estava lá. Bruno se sentou no meu setor, então tive que servi-lo.

– Boa noite, o que deseja? – disse como de habitual.

– Você – ele riu – só que olhando bem, acho que prefiro uma cerveja.

Fui buscar a cerveja e quando voltei tinham duas loiras sentadas com ele.

– Quer que eu pegue mais?

– Sim, e se puder trocar essa cerveja por vodca eu adoraria. Cerveja me deixa com sono e hoje a noite vai ser longa.

– E a Elena? – virei para as loiras – vocês sabiam que ele namora?

As duas loiras olharam com nojo para Bruno e se levantaram. Ele fez o mesmo, mas ao invés de ir embora ele se aproximou de mim.

– Ta louca? Não se conta pra duas gostosas que você namora, se ficou com ciúmes era só falar que nós podíamos ir para casa.

– Vá para o inferno!

– Só se for com você gatinha – ele piscou e abriu um sorriso mordendo o lábio inferior.

– Bebeu muito foi? – disse nervosa.

– Docinho, eu acabei de chegar e meu pedido ainda ta na sua bandeja. Eu nunca estive mais sóbrio na minha vida.

– Então pega isso e para de encher meu saco – disse entregando para ele – a não ser que seja para pedir alguma coisa, não fala comigo.

– Vou te denunciar por mau atendimento a não ser que... – ele parou para pensar.

– A não ser o que? – a esse ponto eu já estava com vontade de quebrar a garrafa na cabeça dele.

– Que você repita aquela noite comigo.

– Você é patético.

Nunca faria aquilo de novo, mas valeu a tentativa dele. Quem sabe em outras circunstancias eu não aceitaria. Mas Elena e eu tínhamos nos aproximado muito,. Já Davi, eu não me importava e ele merecia.

Bruno ficou até o final da noite e só foi embora porque tivemos que fechar o lugar. Fui pegar minhas coisas e quando voltei para a porta, Bruno estava sentado nas escadas. A garrafa em sua mão estava quase cheia e aquela ainda era sua primeira garrafa. Parei ao lado dele e, com o barulho que aquelas botas faziam, ele olhou para mim e sorriu.

– Nossa noite esta de pé?

– Sai fora - fui seca, mas acabei rindo.

– É, eu tentei. Pelo visto você não quer mesmo nada comigo, nem minha amizade - disse ele virando a garrafa e bebendo metade do conteúdo - Já vi que essa noite, graças a você duas vezes, eu vou ficar desacompanhado.

– É pra isso que existe site pornô.

– Não é a mesma coisa, Cat. Não tem o calor, a emoção e nem mesma sensação – sua voz soou rouca e baixa e então ele me olhou com aqueles olhos azuis bem nos meus olhos e eu sabia que não resistiria.

Guilherme apareceu naquela hora e me ofereceu carona.

– Eu vou com Bruno, a minha casa e caminho da dele.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Então, já tenho alguns esboços de capítulos aqui prontos, mas queria saber o que vocês acham.
Um novo personagem vai aparecer e ele vai trazer mais algumas brigas e dessa vez parece que vai abalar de vez essa amizade complicada entre Cat e Bruno. Quem será?
Até sexta, xoxo