Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 7
Aquele com a falsas flores


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vão? Bom, eu disse que agora nas ferias eu teria tempo de sobra para postar. Já tenho três capítulos pra postar, mas preciso revisa-los ainda e eu não vou acabar com a historia de uma vez né? Aproveitem o capitulo ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/415975/chapter/7

Durante a viajem de volta Bruno e eu parecíamos duas pessoas totalmente diferentes. Cantamos, conversamos e riamos de tudo. Parecia que éramos amigos desde sempre. Felizmente não falamos sobre nada relacionado ao final de semana, aço que tanto eu quanto ele decidirá esquecer tudo. Bruno me deixou na frente do condomínio e na frente do portão estava Davi com um buque de rosas vermelhas. Ele me ajudou com as malas e me entregou as rosas, antes que eu pudesse me despedir, Bruno acelerou fazendo o pneu cantar.

O apartamento estava vazio e pelo que Davi disse, Carlos e Clara passaram ali para deixar suas malas e saíram.

– Davi, eu agradeço as flores e eu te desculpo, mas eu estou muito magoada ainda. Posso te ligar mais tarde?

– Não – Davi foi até a porta e trancou – a gente precisa conversar.

– Davi, o que você ta fazendo?

– Meus pais me tiraram de casa, eu to sem grana e to devendo pra gente perigosa. Você é a pessoa mais rica que conheço, então, você vai me dar um lugar pra morar e dinheiro ou eu jogo meu problema com eles para cima de você?

– Como assim?

– O que foi? Achou que eu era limpo? – ele riu – amor, você não é tão inocente assim, né? Eu me drogo e já te droguei varias vezes. Você era chata demais com aquele papo de não beber – ele foi até a geladeira e pegou uma cerveja - Mas você já bebeu varias vezes comigo, já fez coisas que nem faz idéia.

– Seu filho da puta – arranhei o rosto dele – sai daqui agora ou eu chamo a policia.

– Faz isso, eu mando revistarem o apartamento. Tem droga o suficiente pra te manter 10 anos na cadeia – ele me agarrou no pescoço e fincou as unhas no meu braço – vai fazer o que eu to pedindo meu amor?

– Tá.

– Sem me denunciar e sem contar pra ninguém?

– Sim – disse sem fôlego – agora me solta que eu to ficando sem ar.

– E bom, quero que se afaste do Bruno e Carlos, a não ser que queira que eles se machuquem. Você é minha namorada, lembra? – ele me soltou, mas não afastou.

– Eles são meus...

Bruno me deu um soco no rosto.

– Seus o que? Não ouvi querida.

– Nada. Não são nada – segurei o choro.

– Ótimo. Mais uma coisa, como uma boa namorada você vai até o quarto e vai tirar essa roupinha linda e dar pra mim, entendeu?

– Não, eu te dou dinheiro, casa e me afasto de quem quiser. Mas isso não – dessa vez me mantive firme, mesmo morrendo de medo.

– Tudo bem, por enquanto eu aceito isso. Por enquanto – ele trocou de roupa e saiu.

Desabei no chão e comecei a chorar. Depois de me recuperar procurei pela casa toda e achei vários saquinhos com algumas pedras dentro. Era cocaina. Coloquei em um saco plástico, joguei em uma lixeira na rua e coloquei fogo. Guardei apenas dois, para que não corresse o risco de apanhar de novo. Fui até o banheiro e me olhei no espelho, tinha uma marca roxa em baixo do meu olho esquerdo e meu braço direito estava com três furos com um pouco de sangue e roxo em volta.

– Como eu vou me livrar disso? – perguntei olhando para o meu reflexo.

Tomei banho e passei maquiagem para esconder as marcas, e quando Clara chegou, contou sobre o incrível final de semana, e eu agi como se nada tivesse acontecido. Então eu disse, como se fosse a melhor noticia do mundo, que Davi iria morar ali. Ela me olhou meio desconfiada, mas fingiu estar feliz por mim. Ela nunca foi boa atriz mesmo. Davi chegou com três malas e me beijou de um jeito selvagem, enquanto eu tentava, disfarçadamente, empurrá-lo.

– E ai Clara? ficou sabendo da novidade?

– Já sim – disse Clara desconfortável – eu tava pensando em pedir uma pizza, e pelo visto agora ela vai ter um motivo de comemoração. Carlos foi buscar Bruno e Elena daqui a pouco esta aqui também.

Ela ligou para a pizzaria enquanto Davi ficava me beijando, eu sentia raiva dele e de mim. Quando os meninos chegaram, eu me levantei e fui arrumar a mesa. Tinha vontade de quebrar tudo aquilo, vontade de pegar uma faca e matar Davi. Olhava para ele e Bruno conversando e tinha raiva dos dois. As vezes Bruno olhava para mim e então a raiva aumentava. Qual era o problema dele? A pizza chegou e eu desci para pegar.

Depois da janta eu tirei a louça. Por um momento cansei de arrumar tudo, mas era melhor do que ficar com os braços de Davi ao meu redor.

– Gente, to cansado. Boa noite pra vocês – Davi se levantou e foi para o quarto – Cat, me ajuda aqui rapidinho.

Fui para o quarto e ele me agarrou nos roxos que me deixou no braço, o que fez a dor voltar.

– Cadê minhas drogas?

– Joguei fora a maioria – me soltei dele e fui até o armário – mas aqui tem dinheiro e algumas delas.

– Por que fez isso?

– Não quero que Clara ache.

– Eu iria recolher.

– Já recoloquei o dinheiro, ok? Agora eu vou voltar pra sala.

– Faça aqueles dois irem embora rápido e vem dormir.

Sai do quarto e encontrei apenas Bruno na sala. Quando perguntei, ele disse que Carlos foi ao banheiro e Clara foi pegar sorvete e calda. Típico dela.

– Então é verdade? Davi mora aqui?

– Sim – respondi seca.

– Aconteceu alguma coisa?

“você é bipolar e eu estou em um relacionamento falso por causa de drogas” – pensei, mas respondi que não, seca de novo.

– Olha, eu sei que eu tenho...

– Eu cansei – disse olhando nos olhos dele – queria ser sua amiga, mas você me xinga, se preocupa comigo, se declara, transa com migo, me xinga de novo e agora finge ser meu amigo.

– Eu sou assim, escondo meus sentimentos. Mas você, de algum modo, conseguiu achá-los.

– Cansei de procurar, vai ver é melhor não sermos amigos.

– Se é o que quer – ele se levantou, me deu um rápido beijo na boca e saiu.

Por um minuto tive vontade de contar tudo para ele, tive vontade de pedir sua ajuda. Mas eu não sabia como e então ele saiu, batendo a porta atrás de si.

Carlos apareceu e perguntou por ele e antes que eu respondesse Clara fez o mesmo. Eu disse que alguém ligou para ele e ele teve que sair. Elena chegou logo em seguida, disse ter encontrado Bruno na frente do prédio e que ele estava meio distraído.

– Ele pediu pra avisar que vai faltar na faculdade amanha, tem que resolver algumas coisas – disse Elena olhando para Carlos.

– Vou dormir, foi um final de semana cansativo – menti – até amanha.

Cheguei ao quarto e Davi tentou transar comigo de novo, eu já estava sem esperanças de que as coisas iriam melhorar, então não o impedi. Sem duvidas foi a pior noite que já eu tive.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai ai gente, eu preciso pedir um favor. Eu estou tão desanimada com a historia, não sei se ela está boa, se está indo muito rápida, se esta agradando vocês. Então, sejam bem sinceros e me digam onde eu to errando e onde eu to acertando, pode ser? Só quero oferecer o melhor para vocês, e não quero parar de postar. Beijos e sexta tem capitulo novo, até lá ! xoxo