Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 4
Aquele com o quase início de uma amizade


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, foi mal pela demora, mas eu não abandonei a historia. É só que eu demoro mesmo para escrever. Eu acabei de entrar de ferias e passar pelas provas finais, mas espero adiantar bem durante esses dois meses. Aproveitem a historia!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/415975/chapter/4

No meio da tarde, Bruno passou no nosso apartamento e ajudou Elena a colocar as malas no carro, enquanto eu e Clara nos viramos para fazê-lo. Havia dois carros, um era uma BMW preta e uma Pick-up cabine dubla.

– Clara, Carlos me pediu que você fosse na Pick-up com ele. Eu, Elena, Clara e Davi vamos depois na BMW, ainda temos que buscar o Davi.

– Tudo bem, vejo vocês lá – Clara definitivamente adorou a idéia de ir sozinha com Carlos.

– Vocês duas podem entrar, eu termino de arrumar o porta malas – disse Bruno.

Elena entrou no carro e eu deixei minha mala no chão, quando olhei para cima vi Bruno com um sorriso malicioso.

– Tenho certeza que você vai amar a festa.

Revirei os olhos e me sentei no banco traseiro e coloquei meu fone de ouvido, na esperança de não ser incomodada. O que, graças a Deus, aconteceu.

Chegamos à praia uma hora depois. Davi passou a viajem toda conversando com Bruno, Elena dormiu e Clara e Carlos não tinham chegado ainda, o que era estranho.

– Davi, o seu quarto é o primeiro do corredor – disse Bruno – Carlos sabe o dele e o seu Cat, é o ultimo do corredor, se não se importar Clara dividirá ele com você. Temos o dia livre, assim que Carlos e Clara chegarem vou levar vocês ao melhor restaurante de Guarujá.

Ao subir as escadas notei o longo corredor do segundo andar, a casa era maior do que esperava, fui até o final do corredor e abri a porta para me deparar com a suíte mais linda que eu já vi. A cama de casal era enorme e a mobília combinava perfeitamente com o ambiente. Fiquei impressionada com os detalhes do quarto. Fui para o quarto de Davi, que era simples, mas não deixava de ter a mesma elegância da suíte, mas era a metade do tamanho. Dei uma olhada nos outros quartos e estranhei Bruno ter deixado o maior quarto para mim e para Clara.

Voltei para o quarto do Bruno e encontrei a mala revirada mais ele não estava lá. Encontrei ele revirando o carro, o que me deixou mais preocupada.

– Davi, o que foi?

– Eu não posso ter esquecido – disse ele sussurrando – como eu fui esquecer aquela merda? – berro dando um soco no carro.

– O que você esqueceu?

– Não é da sua conta, tenho que sair.

– Davi, calma – agarrei seu braço – onde é que você vai?

– Já disse pra me deixar em paz – ele tentou se soltar, mas o agarrei com as duas mãos – é melhor você me soltar.

– E se eu não fizer?

O que aconteceu me surpreendeu mais do qualquer coisa. Davi me deu um tapa no rosto e depois ficou parado, ora parecia arrependido e ora confuso. Ouvi Bruno gritando, mas Davi saiu correndo para a cidade.

– Cat, você está bem? Desculpa não ter chegado a tempo – ele me ajudou a levantar.

Eu o abracei e chorei em seu ombro, seus braços se envolveram em mim e ele tentou me consolar o que me fazia chorar ainda mais. Parei quando Clara chegou, Bruno contou o que aconteceu para eles, e quando eles se distraíram eu fui para a cidade.

Não conhecia nada ali, mas sabia para onde queria ir. Para a praia. Queria um lugar deserto, sentar na areia e esquecer tudo, ou pensar a respeito. Fui até o limite de alguma delas e me sentei nas pedras, aos poucos vi as pessoas indo embora, por sorte nenhuma delas conseguiam me ver de onde estavam. Quando anoiteceu senti meu celular vibrando, mas o ignorei por um bom tempo. Quando decidi atender já eram três horas da manha, a voz de Bruno me trouxa as lembranças, mas não chorei. Antes que ele pudesse falar alguma coisa eu falei, e me surpreendi com a voz que saiu. Parecia com a de uma criança perdida.

– Vem me buscar?

– Graças a Deus você atendeu – a voz dele tinha um tom de alivio e preocupação – onde é que você está? Sabe como a cidade é perigosa de noite?

– Estou escondida e com frio, estou em alguma praia com pedras grandes e vi vários surfistas por aqui, estou no limite dela.

– Não saia daí, e fique atenta – ele desligou.

Tentei ao máximo que pude, mas acabei adormecendo. O dia foi cansativo e aquele telefonema gastou o resto de minhas energias. Acordei quando senti alguém mexendo em mim, se fosse alguém perigoso eu saberia que não tinha chances, estava perdida. Ele me colocou em um carro e eu pude ouvir sua voz.

– Eu sinto muito – era a voz de Bruno – você não merecia isso.

E voltei a dormir.

Acordei com batidas na minha porta, já era de tarde. Senti uma pinçada nas costas e uma enorme dor de cabeça. Minha barriga doía a cada roncada que dava em busca de comida e o cheiro de laranja que invadiu meu quarto assim que a porta se abriu fez com que a dor aumentasse.

– Imaginei que estava com fome – disse Bruno trazendo uma bandeja – pedi a ajuda de Clara para fazer seu café. Torrada, salada de frutas e suco de laranja, ela me disse para trazer café, mas acho que você precisa de mais vitaminas.

– Onde foi parar todo aquele ódio?

– Não é disso que você precisa agora, e eu preciso me desculpar pelo o que te disse.

– A ultima coisa que eu preciso agora é que os outros sintam pena de mim.

– Não é pena, eu realmente sinto muito, mas achei que você não acreditaria em mim se eu fosse falar com você,

– Então porque disse tudo aquilo?

– Por que você... Acho que... Esquece. Preciso ir pagar o iluminador, a gente se fala depois.

– Espera, cadê o Davi?

– Ele voltou para São Paulo, pegou um ônibus – e fechou a porta atrás de si.

Depois do café eu me troquei e desci. O quintal era mais impressionante que a casa. Tinha uma enorme piscina, um espaço com alguns sofás, pufes e almofada bem legais e uma plataforma no topo de uma escada, feita especialmente para o DJ.

A iluminação e o DJ já aviam chegado, uma equipe montava uma enorme bancada preta que deveria ser para o barman. As mesas já estavam cheias de copos e o Bruno tomava sol no trampolim da piscina. Me aproximei dele e me sentei na borda da piscina.

– Obrigada, por ontem. Você me defendeu e me buscou já era tarde da noite. Em fim, obrigada por tudo.

– Eu realmente me preocupei com você. Já ouviu falar que as praias estão cada vez mais perigosas? Te procurei a noite toda, Clara e Carlos foram até o outro lado da cidade. Da próxima vez que decidir sumir, pelo menos vá para um lugar seguro.

– Por que você está tão nervoso?

– Por que eu me importo – ele se levantou e foi até a geladeira, pegou uma cerveja e entrou na casa.

Elena se aproximou e se sentou onde Bruno estava deitado.

– Olha, se seu relacionamento está uma droga não vem ferrar com o meu. Eu sei que você sumiu para chamar a atenção, mas sai do pé do meu namorado, entendeu? E, sobre o apartamento, eu vou ficar lá de olho em você.

– Elena, não é nada disso.

– Dá um tempo – ela se levantou e foi na mesma direção que Bruno.

O dia já tinha sido ruim o suficiente, não via a hora de a festa começar e eu me distrair. Nessas horas eu queria poder encher um copo de vodca e esquecer tudo, mas eu não podia beber, não com todas aquelas lembranças.

Algumas horas depois todos já estavam arrumados, esperando os convidados. Depois que um apareceu, não parou mais de chegar gente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem sua opinião, indique aos amigos e, se eu demorar, não vou abandonar a historia. Xoxo
até a próxima!