Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 17
Aquele com o pesadelo sem fim


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo! Galera, minhas aulas começam na quarta e, por conta disso, eu talvez me atrapalhe um pouco. Por enquanto não, já tenho alguns capítulos prontos, mas pode ser que logo logo isso se torne um problema. Mas eu vou fazer de tudo para ficar em dia, nem que tenha que virar a noite de sabado para domingo.
Bom, aproveitem esse capitulo!



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Depois de algumas horas chegamos naquele mesmo campo que estive a alguma semanas atrás e a que estive pela primeira vez com a minha mãe. Estendi uma manta que tinha no porta malas do meu carro e me sentei no chão envolvida pelos braços de Bruno.

– Qual o segredo desse lugar? – perguntou como se tivesse lido a minha mente.

Contei a ele sobre a primeira vez que fui lá com a minha mãe. Ele não me interrompeu nenhuma vez, mas me abraçou mais forte quando comecei a chorar. Ficamos em silencio por um tempo. Os faróis do carro iluminavam tudo, então podíamos ver alguns patos nadando no lago e alguns coelhos andando de lá pra cá.

– Já trouxe alguém aqui antes?

– Não, aqui era o meu lugar e o da minha mãe – disse suspirando – nunca tive vontade de trazer ninguém até aqui, até me apaixonar loucamente por você.

– Loucamente é?

– Você não faz idéia – disse dando um beijo nele – nunca estive tão feliz em toda minha vida.

Passamos mais uma noite conversando. Ele falou sobre a mãe dele, que morreu a oito anos atrás e eu falei sobre a minha, pelo menos o que me lembrava dela e expliquei que foi a morte dela que me fez odiar a bebida. Depois conversamos sobre varias coisas, nunca perdíamos o assunto, e depois dormimos ali. O braço de Bruno me serviu de travesseiro enquanto o outro me abraçava. Pude senti-lo tendo uns espasmos durante a noite, algo que nunca tinha o visto tendo antes, pensei que ele pudesse estar tendo um pesadelo.

Acordamos um pouco depois das sete. Bruno alongou os braços e me desculpei por ter ficado em cima dele a noite toda. Guardamos as coisas de volta no porta-malas e então eu dirigi de volta para a cidade. Bruno acabou dormindo de novo no carro e então coloquei na cabeça que mais tarde perguntaria se estava tudo bem. Cheguei no apartamento dele, coloquei um pijama e ele apenas tirou a roupa, ficando apenas de boxer, e fomos dormir mais um pouco, acordando na hora do almoço com a Clara me ligando, nos chamando para o almoço.

Tomamos um banho e fomos para o meu apartamento. Elena tinha saído com o Rafa, então éramos só eu, Bruno, Clara e Carlos. Ela tinha feito lasanha e frango grelhado, a famosa receita da mãe dela e que eu tinha que admitir ser uma delicia. Jogamos conversa fora até que alguém tocou a campainha, como o interfone não tinha tocado imaginei que Elena esqueceu as chaves de novo. Abri a porta e congelei diante do que vi.

– Sabia que seus porteiros são subornáveis? – disse Davi entrando no apartamento. Ele estava um pouco mais magro e com olheiras enormes

– O que você quer? – disse mantendo a calma.

– O que você ta fazendo aqui? vai embora antes que eu chame e policia – disse Bruno

– Achou um namorado novo? Sabe que não vai durar muito tempo né? Mas hoje eu vim só para conversar – disse ele se sentando no sofá – senta aqui amor – disse dando dois tapinhas do lado dele..

– Fala logo o que você quer – disse ficando de pé. Bruno, Carlos e Clara ficaram um pouco atrás de mim.

– A sós.

Olhei para meus amigos e eles foram para o quarto, menos Bruno.

– Escuta, se encostar um dedo nela eu te mato.

– To morrendo de medo – disse Davi rindo.

Me sentei na poltrona que ficava de frente ao sofá. Ouvi Davi falando algumas besteiras e sobre como ele tinha me olhado de longe desde que eu briguei com ele.

– E você sabe que Bruno é só um passatempo, você só ta esperando eu voltar pra você.

– Ahã, era só isso que tinha para me falar?

– Não – ele se levantou e me puxou pelo braço – não grita que vai ser pior. Quero grana, entendeu? Não é porque você me botou para fora que eu vou te deixar em paz.

– Eu te dou, mas me solta. Ta machucando!

– Claro que te solto meu amor – disse me empurrando em direção a mesa de canto.

Bati de frente com ela e o vaso que tinha em cima quebrou, fazendo um caco vidro entrar no meu braço. Antes mesmo de gritar de dor, Bruno sai do quarto e se agachou do meu lado. Ao ver o machucado se levantou e deu um soco no olho direito de Davi, que caiu do meu lado, e antes que pudesse se recuperar recebeu vários outros socos de Bruno, que estava por cima dele.

– Para – disse gritando – Bruno, para! Não vale a pena.

Bruno deu mais alguns socos e só parou depois de ver o nariz de Davi começar a sangrar.

– Sai daqui, agora! – disse Bruno colocando Davi de pé – e fica longe dela.

– Eu to morando de novo com meus pais, é só você deixar o dinheiro lá.

Eles me levaram para o hospital. Levei oito pontos no braço e dois na barriga, nem tinha notado que havia me machucado lá. Pude sair do hospital em menos de duas horas e então me levaram para casa.

Ninguém conversava, o clima estava tenso de mais para alguém dizer qualquer coisa. Bruno segurava minha mão e de vez enquando olhava para mim e eu podia ver a procupação estampada em seu rosto. Como eu fui me meter nisso? E fiz coisa pior, meti pessoas que eu amo e me importo. Tive que segurar a vontade de chorar. Já estava farta daquilo tudo, tem que ter um fim. Eu tenho que por um fim nisso.

– Bruno, me leva para a delegacia?

Ele concordou com a cabeça e mudou o caminho. A delegacia estava vazia, tinham três policiais e duas pessoas sentadas nas cadeiras. Fui até um dos policiais, que me pediu um momento.

– No que posso te ajudar?

– Quero saber onde posso fazer uma denuncia contra violência, invasão e trafico de drogas.

Ele me levou até outra sala de espera, tinham duas pessoas sentadas ali. Peguei um lugar e Bruno sentou do meu lado, apenas ele tinha entrado comigo enquanto Carlos e Clara foram buscar algo para comer em uma lanchonete que tinha ali do lado. Esperei por quase duas horas e então me chamaram. Como o esperado, entrei sozinha em uma sala pequena.

Conversei com o delegado e contei para ele tudo, inclusive sobre hoje. Disse que, se ele precisasse, eu tinha testemunhas do lado de fora da sala, mas ele disse que por enquanto não iria ser necessária nenhuma testemunha.

– Amanha iremos atras dele na casa da sua mãe. Muito provável que você tenha que voltar aqui, mas se ele falar a verdade você não precisara mais voltar aqui.

– Muito obrigada senhor – disse apertando a mão dele.

Sai da sala exausta. Passei na farmácia para pegar os analgésicos que o médio havia recomendado e depois, finalmente, fui para casa.

Tentei dormir um pouco, mas, alem daqueles curativos super desconfortáveis, sabia que não relaxaria até receber noticias. Clara foi me chamar na hora da janta, embora estivesse sem fome me obriguei a sentar a mesa. Bruno não tinha ido embora ainda e eu fiquei feliz com isso. Elena tinha chegado e ela se mostrou solidaria pelo que aconteceu, mas evitou olhar para mim e para Bruno.

Fiquei feliz por acharem assuntos para a janta, me animou um pouco. Depois de comer, eu e Bruno fomos dormir.

– Obrigada por ter ficado comigo hoje – disse para Bruno.

– Eu não seria louco de te deixar hoje – disse me beijando – e se você quiser posso faltar amanha.

– Nem eu vou falta, é a ultima semana antes das nossas férias e da nossa viagem – disse animada.

Bruno me deu mais um beijo e me abraçou. A respiração quente dele batia na minha nuca e me deixava mais tranqüila. No dia seguinte acordei com o celular tocando por volta das nove horas. Era da delegacia, atendi nervosa.

– Por favor, Catarina Albertini.

– Aqui é o delegado Moreira, tenho que informar que fomos até a casa do seu agressor, mas a senhora que estava lá, mãe dele, afirmou que ele fugiu pela saída sul do condomínio assim que ouviu a sirene. Ela prometeu ligar no caso dele voltar. Sinto muito, vamos fazer o que for possível. Mas aconselho a não ir para a faculdade nessa semana. Vamos fazer o que for possível para te manter segura.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? até que enfim a Cat denunciou aquele cara, mas ele fugiu e agora? o jeito é esperar para o próximo.
Falando nisso, o que vocês acham de capitulo novo duas vezes por semana? Vocês preferem de terça e sabado ou quarta e domingo? Até a próxima xoxo



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