Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 16
Aquele com o Batman


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem? Esse aqui já é capitulo novo hah
Como pedido de desculpas pelo atraso do capitulo anterior decidi postar um capitulo extra nessa semana, mas ainda irei postar um capitulo no domingo. Aproveitem!



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A semana foi longa, mas foi maravilhosa. Bruno virou outra pessoa, era fofo e gentil, mas sem perder seu charme e seu jeito sexy. Não sabia que esse lado podia existir nele. Mas era claro que ele de vez em quando ele pedia para que eu matasse alguma aula para que pudéssemos ficar um pouco sozinhos em algum lugar do campus.

– O que você acha de viajarmos? – disse se afastando de mim – só nós dois, por três dias.

Nós estávamos no estacionamento, minhas costas encostavam-se à fria lataria do carro dele. Bruno começou a me buscar todo dia em casa.

– Por que só três dias? Logo vamos estar de férias, podíamos passar uma semana em algum lugar.

– Eu conheço o lugar perfeito, já foi para Campos do Jordão?

– Nunca – disse sorrindo – mas que tal se a gente conversasse sobre isso mais tarde?

Ele entendeu o que eu disse e voltou a me beijar. Esqueci de todo o mundo, naquele momento só conseguia me concentrar em Bruno. Seu corpo tentava ocupar o mesmo lugar que o meu enquanto sua mão deslizava por minhas costas.

– O que você acha de matar as duas ultimas aulas?

– Para que?

– Que tal conhecer meu apartamento?

– Mas eu já conheço – disse confusa.

– Eu não moro lá, aquele é onde meu irmão que mora. Por ser mais perto da faculdade eu fico por ali de vez em quando.

Entrei no carro dele e ele dirigiu pela cidade. Ele morava meio longe, mas ou menos uns vinte minutos. Ele estacionou na garagem do prédio e subimos no elevador. Ele não me beijou no caminho da garagem até a cobertura, mas não me largou em nenhum momento. A porta do elevador se abriu e mostrou uma sala enorme, muito bem decorada. No balcão da cozinha americana tinha um bar, maior do que normalmente se vê por ai, e uma sacada gigante.

– Quer alguma coisa?

– Não, obrigada – olhei para o corredor – os quartos e todo o resto da casa ficam aqui, o que tem lá em cima?

– Vai lá ver, já estou indo.

Subi as escadas e me encontrei em um corredor. A primeira porta deu em um quarto escuro, com um retroprojetor e decorado com cartazes de filmes clássicos. Na segunda porta encontrei um quarto bem decorado, mais arrumado do que o de baixo, tinha um computador que estava ligado e provavelmente era o quarto de Bruno. A terceira porta dava para mais uma escada, menor que a outra também. Subi e encontrei uma piscina, uma jacuzzi e algumas espreguiçadeiras almofadadas. Uma área para festas, com equipamentos de DJ e, do lado, uma área fechada equipada um uma cozinha completa. Me sentei em uma das espreguiçadeiras para esperar pelo Bruno. Não tinha sol, afinal estavamos entrando no inverno, mas também não estava frio. Ele apareceu só de bermuda, óculos e sol e com o sorriso que eu mais amava ver.

– Gostou daqui?

– É perfeito, mas eu queria pedir uma coisa – ele tirou o óculos e se sentou do mau lado – vamos entrar na piscina?

– Você não trouxe roupa de banho – disse ele e depois me olhou de cima a baixo – mas a gente pode dar um jeito nisso.

Me levantei e tirei minha blusa e meu shorts, ficando apenas com as roupas intimas. Bruno me olhou com um sorriso malicioso e se levantou vindo em minha direção. Achei que ele fosse me beijar, mas ao invés disso me pegou no colo e pulou na piscina, só então me beijou enquanto eu ria.

Passamos o resto da manha na piscina, as vezes nos beijando, as vezes apenas abraçados e depois eu me sentei fora da piscina e fiquei vendo ele nadar. Os ombros largos dele se mexiam de forma rápida e sincronizada. Dava para ver que ele tinha algumas tatuagens nas costas também, apenas três ou quatro.

Quando ele parou do lado oposto de onde eu estava fiz algo que estava com vontade desde hora que eu cheguei. Pulei na piscina e nadei até ele. Sem falar nada o beijei. Não preciso dizer que transamos, também não preciso dizer que cheguei ao orgasmo, duas vezes, mas preciso dizer que quando nos deitamos abraçados na espreguiçadeira eu consegui me sentir segura pela primeira vez e sabia que estaria segura enquanto os braços dele estivessem em volta de mim.

– Lógico que você estaria aqui – disse uma voz masculina atrás de nós – quem é a garota dessa vez?

– Pai, o que faz aqui?

Me vesti rápido, sem que ele visse que eu estava só de roupa intima e me levantei.

– Posso saber quem é essa?

– Ela é a Catarina, minha namorada – disse Bruno com uma voz seca – ainda não me respondeu, o que faz aqui? – manteve o peito estufado, mas dava para perceber que estava tenso.

– Só vim aqui te perguntar o porquê de terem impedido a venda da casa da praia.

– Eu pedi pro meu advogado achar um jeito de impedir isso, e ele conseguiu – disse mantendo a voz firme.

– Seu irmão sempre foi tão mais fácil que você – disse o pai com tom de reprovação – você nunca foi capaz de levar alguma coisa a serio. A casa já foi vendida. Você achou que ia conseguir me impedir de vender a minha casa?

Bruno não disse nada.

– Você é um inútil, um desgosto para a família .

– Tão inútil que consigo me virar sem ter que pedir dinheiro para você toda semana.

– Mas trabalha para mim, então cala a boca ou eu te demito e ainda te tiro desse lugar – o pai dele se virou e foi embora.

Bruno ficou imóvel e eu fiquei sem saber o que fazer. Decidi ir até ele e coloquei minhas mão em seu peito.

– Eu posso ir embora se você quiser.

– Não, fica – disse me abraçando – eu quero que você fique.

Ficamos abraçados na sala por algum tempo, pude ver como ele tinha ficado triste. Queria poder fazer alguma coisa. Ofereci para dormir ali, afinal era sexta, ele ficou um pouco animado com a idéia. Fui para casa e peguei algumas trocas de roupa e tomar um banho.

Voltei para casa e arrumei uma pequena mochila com apenas algumas coisas. Já estava indo em direção a porta quando Elena entrou. Ela olha para minha cara e depois para a mochila, e sua expressão se fecha, ela solta uma risada debochada e vai para a cozinha. Chamo ela três vezes e só então ela me responde.

– O que ta acontecendo? Você ta estúpida de mais – disse nervosa.

– Você ta com o meu ex e ainda quer que eu fique toda feliz por vocês?

– Você disse que tudo bem, lembra? Disse que ele sempre gostou de mim e que você estava feliz com o Rafa. Que saco, só aconteceu.

– Você ficou com ele antes? Quando eu ainda estava com ele.

– Não, sempre existiu atração – disse sem conseguir olhar para ela – mas eu nunca fiquei com ele.

– Eu posso ter dito aquilo, mas ver acontecer é outra coisa. Eu preciso de tempo para me acostumar com tudo isso – disse suspirando – mas não me pede pra ficar toda feliz por vocês, não por enquanto.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? tem muito problema acontecendo né? o próximo ainda vai ter um probleminha, mas, para sorte da Catarina e do Bruno, vão vir uns capítulos mais calmos e românticos. Até domingo gente xoxo