Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 11
Aquele com a dança


Notas iniciais do capítulo

Voltei e dessa vez foi mais rápido. To indo viajar amanha e não vou poder postar na sexta, por isso o novo capitulo sai hoje. Só volto na sexta- feira, dia 3. Mas vou tentar achar um dia para postar, os capítulos estão no meu e-mail. Aproveitem o novo capitulo.



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Peguei meu carro e dirigi até a festa, o que eu odiei fazer. Dirigir de salto me irritava muito. Felizmente não tive que estacionar, existia manobrista para isso. Entrei e pude ver um salão perfeitamente decorado de azul, branco e dourado.

Fui até o balcão do barman e pedi uma batida, sem álcool, e comecei a conversar com ele. Era muito bonito, mais namorava, eu também. Depois de me servir ele tinha que servir mais gente. Ao me virar vi os dois irmãos mais lindos que conheço. André estava lindo de terno cinza, mas Bruno está incrível. O terno, a camiseta e a gravata eram pretas e os olhos azuis dele se realçaram, o cabelo estava à mesma bagunça de sempre e o sorriso dele, ah que sorriso, o mais lindo que eu já vi. Balancei a cabeça e voltei a minha mesa, que agora estava vazia de pessoas, mas cheia de petiscos. Sem nada para fazer comecei a comer.

– Sempre comendo – Bruno se sentou do meu lado – deve se matar na academia.

– O que você quer? – disse levando o copo a boca.

– Dizer oi – ele se levantou – e dizer que você esta maravilhosa, mas sei já estou de saída.

– Espera – eu me levantei e ele se virou – se ainda vale, eu queria te dizer que você também não esta nada mal.

– Guarda uma dança para mim? – disse ele colocando as mãos no bolso e me olhando de canto de olho.

– Não exagera – disse rindo e voltando a comer.

Bruno foi até o barman que me atendeu e pediu um Martini.

Me arrependi de recusar a oferta de trazer alguém comigo, todas as minhas primas trouxeram alguém e eu fiquei sozinha. Pelo menos não era a única. De tanto observar Bruno já tinha decorado todos os seus movimentos e visto umas dez garotas chegando nele e depois indo embora, e eu sabia o porquê. Bruno sempre apontava para mim com a cabeça quando elas chegavam, ele me usou como desculpa para recusar todas elas. Depois de um tempo me rendi e fui até lá falar com ele.

– Nunca vi tantas garotas dando as costas pra você, normalmente elas insistem tanto – disse rindo.

– Hoje não é meu dia, talvez melhore – ele olhou para mim e virou a taça, terminando com o resto do conteúdo – posso te oferecer um?

– Eu não bebo e você sabe.

– Só um não vai te matar – ele chamou o barman bonitinho e pediu um Martini para mim – se você beber esse, eu prometo não ficar bêbado e estragar com a festa.

– Ok – olhei para ele desconfiada.

Dei um pequeno gole e senti minha garganta queimar. O gosto era bom, mas não continuei, devolvi para Bruno e ele não tentou me convencer a terminar de beber. Conversamos por um bom tempo e quando começou a homenagem ele se sentou comigo, com meu pai e mais três primas minhas.

A homenagem foi linda e a valsa foi melhor ainda. Ela apareceu com um vestido longo e rodado, o vestido era branco e tinha uns detalhes dourados. Ela dançou com seu pai, com o meu pai – que era tio dela – e com o namorado, seu príncipe. E aos poucos vários casais lotaram a pista.

– E aquela dança? – disse Bruno, se levantando e oferecendo a mão.

Depois de pensar um pouco, aceitei. Ele me conduziu até a pista e eu coloquei meus dois braços em volta do pescoço dele e ele colocou as mãos na minha cintura. Ficamos em silencio por um tempo, olhando um nos olhos do outro, e então aquilo começou a ficar constrangedor demais.

– Gosto mais de você assim, quando não critica cada palavra que eu faço.

– Eu sou seu amigo, mas temos três problemas. Você não quer ser minha amiga, Davi não gosta de mim e Elena não gosta de mim perto de você, eu só te protejo.

– Eu sei me proteger e quero ser sua amiga, mas... – disse nervosa, mas dei uma risada.

– Você não sabe se proteger e não passa maquiagem tão bem quanto pensa, outro dia vi seu olho roxo – ele disse e sua expressão se encheu de preocupação – o que você ainda ta fazendo com aquele cara?

– Não é da sua conta, ok? Ele me ama e eu amo ele – disse confusa – isso foi só uma briga depois de uma noite que ele chegou bêbado em casa.

– Você merece coisa melhor.

– Como o que? Você? – disse eu, indignada.

– Sim – disse ele parando de dançar – eu acho que seria dez vezes melhor do que aquele vagabundo é.

– Acho que a gente já dançou de mais – disse gritando, mas ele me segurou pelo pulso.

– Ei, calma vocês dois – disse André – posso dançar com ela?

– Você tem namorada André.

– Você também, e a minha ta dançando com o pai dela – disse ele abrindo um sorriso.

– Não se recusa a mão, Bruno – disse eu me soltando dele.

– Ela é toda sua – Bruno disse sem olhar na nossa cara indo para o bar.

Estava com raiva do Bruno. E não parei de falar sobre isso com o André, que ria toda vez que eu xingava o irmão.

– Ele pensa que eu gosto dele – disse indignada.

– E não gosta?

– Não – soltei um grito agudo – eu amo meu namorado.

– Vou ignorar essa ultima parte e te chamar para sair comigo. Gosta de massa?

– Por enquanto não, quem sabe um dia eu não te ligo.

– Vou esperar.

– E a sua namorada?

– Sou seu, hm, amigo – o tom de ele usou me fez lembrar do que eu disse quando o conheci.

– Eu te ligo – disse sabendo que nunca ligaria.

– Ok – a musica acabou – é melhor eu ir ver como esta a Julia enquanto você vai falar com Bruno. Desde que ele foi para o bar já virou seis copos de whisky.

Fui até o bar e tirei o copo dá mão de Bruno, que olhou para minha cara, pegou de volta o copo e virou na boca, pedindo mais um para o barman.

– Você prometeu que não ia ficar bêbado.

– É minha mãe agora? Vai encher o saco do seu namorado – ele riu – melhor não, vai que ele te bate de novo. Você esta condenada enquanto não colocar um fim naquele...

Dei um tapa na cara dele e sai do salão para me sentar em uma das mesinhas da sacada. Bruno me seguiu e sentou do meu lado com o copo cheio.

– Desculpa pelo o que eu disse, não é dá minha conta.

– Você é um idiota – disse sem olhar na cara dele – me arrependo de cada segundo que eu passei com você, de cada vez que dormimos juntos. Eu me arrependo de ter te desejado.

Bruno olhou para mim surpreso, mas não disse nada.

– Pois é, a pobre Catarina desejou Bruno enquanto seu namorado louco e drogado batia nela tentando forçá-la a transar com ele. Eu pensava em você e achava que tudo ficaria bem. Eu fui uma idiota – disse segurando a vontade que tive de chorar.

– Cat, você não foi idiota e pode evitar virar uma. Larga esse cara e, quem sabe, nós dois podemos ter uma chance.

– Eu ainda amo o Davi e ele me prometeu que mudaria. Já faz alguns dias que ele esta sóbrio e não me bate – só então me virei para ele – nós não temos uma chance, Bruno.

Eu me levantei e entrei na festa na mesma hora de cantar os parabéns. Bruno ficou lá fora e eu só o vi entrando duas vezes para encher seu copo.

Comi dois pedaços de bolo, me despedi de algumas pessoas e pedi para o manobrista pegar meu carro. Enquanto esperava podia ver Bruno na sacada. Ele estava acompanhado pela minha prima, a aniversariante, mas quando me viu não desgrudou os olhos. Ele pegou o celular e começou a digitar alguma coisa. Segundos depois meu celular vibrou.

“Não desisti de você, mas cansei de me esforçar. É a sua vez”

O carro chegou e eu entrei. Dei a volta para sair do estacionamento e quando olhei de novo, Bruno estava em um longo beijo selvagem com a minha prima.


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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram? Será que a Cat vai lutar pelo Bruno? Bem, ela ta com Davi e está confiante de que ele mudou. Agora é esperar e ver o que vai acontecer. Bom, até a próxima. Beijos xoxo