Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 10
Aquele com a nova chance


Notas iniciais do capítulo

Quem diria, já chegou sexta-feira! Como prometido aqui está o novo capitulo e não se esqueçam que, nessa semana, o capitulo novo sairá nesse domingo. Aproveitem



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Não sabia o que me esperava para o dia seguinte. Guilherme foi à faculdade e eu fiquei na casa dele, esperando que ele voltasse. Minha cabeça latejava, então fiz um chá para relaxar. Enquanto a água fervia alguém tocou na porta. O interfone não tocou, então imaginei que fosse um vizinho. Abri a porta e dei de cara com um Davi.

– Por que não voltou para casa? – disse ele entrando no apartamento.

– Porque eu quis passar a noite aqui – disse firme – e por que você não esta na faculdade?

– Eu só fiquei preocupado, Guilherme disse que não acordou bem – disse ele mais calmo – alias, fiquei a noite toda preocupado. Você esqueceu o celular.

– Ah – aquilo me surpreendeu – desculpa, deveria ter ligado né?

– Tudo bem, quer almoçar? Mais tarde, ainda são dez horas da manha.

– Que tal um café da manha?

Davi me levou para casa e eu tomei um banho e me troquei. Fomos para uma lanchonete e comemos bolos, lanches e doces. O suficiente para ficar sem comer até a hora da janta. Nos divertimos muito, até me lembrou como éramos a um mês atrás. Eu sabia que o que eu falaria agora poderia estragar aquele dia, mas eu precisava arriscar.

– Davi, posso te fazer uma pergunta? – ele fez que sim com a cabeça – você já pagou o que devia?

– Sim, mas no que isso é da sua conta? – percebi que ele ficou tenso.

– Que tal esquecer tudo aquilo e continuarmos namorando como o casal feliz que éramos antes? Posso te ajudar a largar as drogas e te ajudo no que for preciso.

– Você pode esquecer, mas eu não – disse ele olhando triste para mim – eu te bati, eu te machuquei por dias e te forcei a ir para a cama comigo.

– Mas olha agora, você não esta drogado e esta sendo um amor comigo. Por favor Davi, vamos tentar. Eu te amo, caramba.

– Eu também te amo – ele pegou minha mão e deu um sorriso.

– Vamos, temos que buscar Elena, Carlos e Clara na faculdade – disse levantando e o puxando pela mão.

Davi me deu um abraço e enterrou o rosto em meu ombro. Pude sentir que ele tinha vontade de mudar, mas não seria fácil. Talvez ele ignorasse e fizesse tudo de novo naquela mesma noite.

Peguei meu carro e dirigi até a faculdade. Já era meio dia quando chegamos ao estacionamento. Os seis estavam nos esperando, Gui e Victor conversavam sobre algo que parecia ser interessante, Carlos e Clara estavam abraçados e rindo de alguma piada, enquanto Elena tentava desesperadamente chamar a atenção de Bruno, que quando nos viu se agarrou nela e deu um beijo intensamente selvagem e impróprio para o lugar.

– Ei, vocês – disse chamando a atenção dos seis – precisamos ir. Te vejo mais tarde no trabalho Gui?

– Tenho escolha? – ele riu e se despediu de todos e olho torto para Davi – preciso falar com você depois Cat.

– To morrendo de fome, espero que tenha algo bom para comer em casa – disse Elena – vamos?

– Claro – disse Bruno e abriu a porta do meu carro.

– Você não tem carro não?

– Claro que tenho Cat – disse debochando - mas sempre tem alguém que me dá carona. Não sou louco de usar eles para vir para a escola – e entrou no banco de trás.

– Ok, vamos logo. Quer vir Victor?

– Hm, não, obrigada. Tenho um, hm, compromisso.

– Tudo bem, a gente marca pra outro dia.

No apartamento sentamo-nos à mesa enquanto a comida não ficava pronta. Estávamos todos animados e se tirarmos eu e Bruno, que não parávamos de brigar, tivemos uma tarde super agradável. Mas de certa forma eu fiquei triste, Bruno não estava sendo aquele garoto que adorava me provocar, estava sendo um garoto que fazia isso tentando me magoar de verdade e chamar minha atenção.

– Já chega vocês dois – disse Clara – que tal no sábado irmos ao cinema? Nos oito? Tenho certeza que Guilherme, Victor e Rafael aceitam.

– Não posso – disse eu.

– Não posso – disse Bruno ao mesmo tempo.

– Posso saber o por quê? – disse Clara, que estava muito irritada.

– Tenho a festa da minha prima, lembra? Comprei o vestido na semana passada.

– Espera, festa de quem?

– Não que seja da sua conta, mas é da Clarisse.

– Você lembra que conheceu o meu irmão? – disse rindo, como se não acreditasse no que ia dizer - Ele tinha uma namorada chamada Julia, lembra? Ela tem uma irmã mais nova. Sua prima tem uma irmã?

– Por favor, nem continua – disse sentindo minha cabeça voltar a latejar.

– Eu te pego ou a gente se encontra lá? – disse Bruno com uma voz sedutora.

– Vá pro inferno Bruno – disse me levantando – o papo está quase bom, mas tenho que trabalhar. Me leva Davi? O Gui me trás de volta.

Fui para porta e quando olhei para trás vi Bruno sorrindo maliciosamente para mim.

Eu devo ter dançado Pole Dance na cruz, só pode. Eu estava com uma sorte tão grande. Minha vida podia ser mais simples, não podia? Eu merecia paz, pelo menos eu acho que sim. Agora eu teria que ter paciência e respirar fundo, talvez nem fosse tão ruim. A final, Bruno só sabe brigar comigo. Não devo ser o tipo de companhia que ele espera para uma festa. Eu tenho tantas primas lindas da minha idade, ele vai achar alguém para se divertir e me deixar em paz.

De tarde fui para o trabalho, Gui tinha alguma coisa para me contar e eu vou admitir que estava muito curiosa. E então, quando cheguei ele estava beijando Victor.

– Quem diria – disse assustando eles – estou tão feliz por vocês.

– Achei que chegaria mais terde, era isso que eu ia te contar – disse Guilherme dando mais um selinho em Victor.

– E não vão contar para mais ninguém?

– Vamos, mas Gui quis contar primeiro para você – disse Victor – tenho que ir, a gente se fala – eles trocaram mais um beijo e Victor se foi.

– Não era só isso que eu queria falar com você, eu queria perguntar o que vai fazer em relação ao Davi.

– Nada – Guilherme me olhou como se fosse dar uma bronca, mas eu o impedi – a gente conversou hoje e ele aceitou minha ajuda e vai tentar se recuperar. Eu preciso dar uma nova chance para ele, nem os pais querem mais saber dele.

– Eu não gosto disso – disse Guilherme e foi atender um grupo de adolescentes que chegaram – se separa dele enquanto ainda dá tempo, ninguém muda do dia para a noite.

Sábado chegou como em um piscar de olhos. Fui ao salão de beleza e cortei as mechas na altura do ombro, mas não foi o suficiente. Então peguei o catalogo de cores e decidi fazer ombre hair, pedi ajuda e o meu cabeleireiro me indicou a cor perfeita que combinasse com os meus cabelos loiros escuros. Quando acabou, eu estava com o cabelo na altura dos seios e com as pontas em degrade.

Em casa tomei um longo banho na banheira. Fiz uma maquiagem perfeita, delineador gatinho, cílios postiços e batom vermelho, coloquei o vestido e o sapato e então estava pronta para o que quer que venha a seguir.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? já tenho rascunho de mais seis capítulos e já vou começar a revisar o de domingo. Até lá gente, beijos!