Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 12
Aquele com a verdade


Notas iniciais do capítulo

Como foi o Natal gente? espero que tenha sido ótimo!
Aqui esta mais um capitulo da historia e espero que aproveitem. O capitulo da proxima semana pode sair na sexta, se assim for eu posto no domingo também. Aproveitem (:



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Ainda era meia noite quando cheguei ao apartamento, mas já estava exausta. E ficaria ainda mais.

Clara estava sentada no sofá e chorando. Fiquei preocupada com a minha amiga, mas quando ela olhou para mim estava com raiva e jogou um dos saquinhos de Davi em cima da mesa.

– Justo você? Que não bebe, não fuma e jurou nunca usar nada disso. Eu não acredito nisso.

– Não é meu, é...

– Como não é seu – ela gritou – encontrei isso nas suas coisas, dentro de uma de suas caixas de sapato.

Davi e Elena saíram dos quartos, mas não falaram nada.

– Seu namorado sabe? Ele sabe que você ta usando essa merda?

– Você não ta entendendo...

– Cat, como pode fazer isso? – disse Davi, mentindo e me tirando do controle.

– Seu filho da puta – avancei em cima dele e comecei a socá-lo – você fez isso, você ferrou com a minha vida.

Clara e Elena me seguravam, mas eu ainda berrava e tentava me soltar.

– Ela ta louca, vou pegar água – disse Davi.

– Não coloca o pé na minha cozinha. Você chegou à minha casa, me ameaçou e depois me bateu. Você é um canalha, te quero fora desse apartamento, agora!

– Isso é verdade? – perguntou Elena.

– Claro que não – disse Davi nervoso – ela precisa de ajuda.

– Cala a boca – gritei usando todo o fôlego que tinha – você é um cachorro, só queria meu dinheiro.

As meninas olharam para ele esperando uma resposta, e assim ele fez.

– Essa vagabunda viveu mimada por todos e cheia de dinheiro, não era nada de mais ela me ajudar.

– Sai daqui, ou eu ligo para policia – disse Elena pegando o telefone.

– Vocês três vão me pagar por isso – disse ele entrando no quarto e Elena o acompanhou enquanto ele fazia as malas – vão pagar muito caro – ele saiu e bateu a porta atrás de si.

Só então comecei a chorar. Soluçava sem parar e tentava falar ao mesmo tempo.

– Ele prometeu que ia parar. Ele prometeu que ia tentar – respirei fundo – ele disse que me amava.

– Calma amiga, eu já chamei Bruno e Carlos e eles vão passar essa noite aqui – Elena disse e me fez chorar mais ainda.

– Boa idéia, vai saber se aquele louco decide voltar.

Bruno tinha razão, eu estaria condenada. Davi não tinha encerrado, ele ia voltar. Mesmo assim, não queria ver Bruno hoje.

Fui até meu quarto e coloquei um pijama, limpei a maquiagem a prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto. Quando voltei para sala, os meninos já tinham chegado. Carlos me deu um abraço e Bruno, ainda estava de terno, tinha um olhar triste e culpado.

Clara preferiu colocar colchões na sala, ela não queria sair de perto de mim, então fizemos uma noite do pijama. Tomamos sorvete e comemos pipoca. No final das contas eu consegui me divertir um pouco.

– Vou buscar mais pipoca – disse me levantando e indo para a cozinha.

Enquanto o milho estourava ouvi a voz de Bruno dizendo que iria vir beber água.

– Como você está? – disse ele ao chegar do meu lado.

– Melhor, bem melhor – disse seca – desculpa ter te atrapalhado enquanto você beijava minha prima.

– Ta com ciúmes daquilo? Pelo amor de Deus, ela tem 15 anos.

– Não me importa, a gente não namora – senti a necessidade de fazer algo mais – seu irmão me chamou para sair, eu disse que ligava se largasse Davi.

– Você não pode sair com ele.

– Por que não? – disse saindo da cozinha.

Voltamos para a sala e procuramos o que estava passando na televisão, escolhemos a comedia romântica Jerry Maguire, mas pelo Tom Cruise do que pelo filme.

– Gente, obrigada por tudo, mas já vou dormir. Preciso ver o que vou fazer amanha.

– Vamos sair, você precisa ver gente nova – disse Clara.

No dia seguinte, mandei uma mensagem para André e nos marcamos de jantar naquela mesma noite. Me arrumei para sair, coloquei uma roupa confortável, mas elaborada e esperei André na portaria. Deram oito horas e ele não chegou, mas mandou um sms dizendo ter ido para casa e tomado um banho. Entrei, me sentei no sofá do saguão do prédio e esperei por André, mas quem chegou foi Bruno. Ele se sentou em um dos sofás e fingiu esperar comigo.

– Ta perdendo seu tempo – disse ele sem olhar para mim – ele deve ter achado algum motivo para brigar com a Julia e sair com você hoje, mas amanha eles voltam e você sai sem nada.

– Só quero me diverti, depois de três semanas vivendo no inferno.

– Ele não é interessante, você não vai gostar dele como gosta de mim.

– Nossa, você é tão confiante assim?

– Ele nasceu e cresceu cercado do bom e do melhor. Eu nasci antes, quando meu pai tinha acabado de herdar uma empresa falida. Vivi viajando por ai, não sou mesquinho. André vai tentar de tudo pra te impressionar, inclusive tentar me humilhar. Você não faz esse tipo.

– Não acredito em você.

– Se eu estiver certo – ele virou pela primeira vez para mim – você me chama para sair e se eu recusar vai tentar de novo.

– Ahã, não vou correr atrás de você como se fosse desesperada.

– Um dia você vai perceber que me quer, talvez seja nessa noite.

– Bom, e a Elena?

– O que você acha que eu vim fazer aqui? – uma buzina tocou e nos dois olhamos – seu encontro chegou.

– Se você magoar ela eu te mato.

– Só depois que você assumir que esta caidinha por mim – ele entrou no elevador e a porta se fechou cortando as palavras que eu estava pensando em dizer.

Sai do portão e entrei no carro. Como já era esperado, André estava um gato. Usava uma camisa branca, calça jeans e tênis social. O cabelo estava bem penteado para o lado e, mesmo estando de noite, ele usava óculos escuros estilo aviador. Bruno tinha razão, eles eram o oposto um do outro.

André me levou em um restaurante italiano, escolheu a comida e o vinho. O lugar era sofisticado e todos estavam bem vestidos. Conversamos um pouco de tudo, ele era muito divertido. Mas queria mostrar-se melhor do que o irmão e vivia se comparando.

Fiquei imaginando como seria se fosse Bruno na minha frente. Ele tentaria me provocar o tempo todo, seria divertido. Sempre era quando eu estava com ele.

– Podemos ir embora, estou ficando com dor de cabeça – vi o olhar nervoso nos olhos dele – eu tive uma noite agitada, você sabe.

André suavizou o olhar e deu um sorriso do tipo “tudo bem, me desculpa” e me levou até em casa. Ele saiu do carro e abriu a porta para mim e me deu um longo beijo. Senti a lataria fria nas minhas costas e, por mais que tentava afastá-lo, ele não parava. Até que eu gritei para ele parar.

– O que foi? – André parecia assustado.

– Eu não estou bem hoje, mas quem sabe se sairmos de novo... – menti, sabia que não sairia com ele.

– Tenho que ir, ta tarde – ele entrou no carro e abriu o vidro – dá próxima avisa qual a sua intenção, ok? – e acelerou o carro.

Subi para casa rindo de mim mesma. Clara e Carlos estavam se pegando no sofá e ficaram vermelhos quando me viram ali. Contei tudo para Clara, que riu também. E então Elena apareceu, não estava triste nem nervosa. Mas disse que Bruno terminou com ela, e ela deu graças a Deus. Parece que ela estava saindo com o Rafael.

– Depois que eu percebi que o Bruno só tinha olhos para você decidi aceitar um dos mil convites do Rafa – ela continuou, interrompendo o que eu ia falar – e aproveita o Bruno, ele sempre foi seu. E ele é muito bom de cama.

Fui para o quarto e, depois de tomar um banho e tirar a maquiagem, me deitei na cama. Peguei o celular e passei dez minutos me perguntando se ligava para Bruno. No final das contas eu não fiz nada, achei que a faculdade seria o lugar ideal.


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Notas finais do capítulo

E ai, curtiram? Pelo visto as coisas vão ficar boas. Por mais que queira, Bruno não vai ceder tão rápido para Cat. André também esta ai para atrapalhar, então só resta esperar. Creio que estamos chegando na metade, pretendo fazer entre 25 e 30 capítulos. Até a próxima xoxo