A Herdeira de Ravenclaw escrita por Bruna Gioia


Capítulo 2
Beco Diagonal e o Expresso de Hogwarts




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–Vamos ter que usar a Rede de Flu?-Perguntei já meio irritada.Não gostava de viajar em lareiras,eu sou claustrofóbica.(mas nãããão,o Tio Bart tinha que bater com o carro do papai em um poste!)

–Vamos sim.-Respondeu minha mãe.

Aquela lareira do nosso apartamento. Empoeirada, pequena, quente...e...quente! Minha mãe jogou o pó prateado e, imediatamente, a lareira tingiu-se de um verde vivo, e eu entrei nas chamas.(Já falei que lá dentro é quente?)

Meio que "Aterrissei" na sala de estar da casa da Tia Amy.Ela morava em frente ao Caldeirão Furado, nossa passagem para o Beco Diagonal.Minha mãe chegou alguns instantes depois.

Cumprimentamos a Tia Amy rapidamente,depois,descemos as escadas em direção ao bar. O Caldeirão Furado era um lugar bem mirrado, na minha opinião.

Minha mãe abriu a porta. Caminhamos até a bancada de bebidas, onde Tom,o dono do bar,lavava alguns copos.

–Olá,Tom.Beco Diagonal.-Minha mãe falou.

–Olá,Srta Scott.-Ele respondeu

O Caldeirão Furado não tinha um cheiro muito bom, devo admitir,mas, eu adorava aquele lugar.Tinha sempre bruxos e bruxas viajantes com quem conversar,alguns com um aspecto meio sinistro...mas, o bar é legal.

Andamos em direção a parede atrás do Caldeirão Furado.Minha mãe bateu no tijolo correto,que primeiro, formou uma abertura muito pequena ,que se expandiu e virou um arco enorme.

Passamos pelo arco.E Como sempre, eu desejei conseguir enxergar tudo aquilo de uma só vez. São tantas lojas e pessoas! Vendedores ambulantes, pais com crianças que corriam desesperadas...Mas, não tínhamos tempo.

Andamos até o Empório das Corujas.Minha mãe parou em frente a vitrine.

–Já sabe o que você quer?-Ela me perguntou.

Fazia muito tempo que eu queria uma coruja.Só que a minha mãe falou que eu só poderia tê-la quando chegasse o momento de ir para Hogwarts.Então, a hora era agora.

–Sim,uma coruja.-Respondi.

Entramos na loja.Eu só tinha ido lá uma vez, para comprar o gato da minha irmã Elizabeth,Galileu. Por isso,não lembrava de ser tão barulhento. Havia pios de corujas, coaxar de sapos e miados frenéticos de gatos.

– E aí, Gostou de algum?-Minha mãe perguntou.

–Er...eu não sei... são tantos.-Respondi.

Vi um coelho de olhos cinzas mirrados, um gato preto de pelo sedoso que espumava pela boca,um sapo de um leve tom avermelhado...até que... vi uma coisa que me surpreendeu. Uma coruja com penas completamente vermelhas, como uma coruja ruiva. Suas penas brilhavam a cada simples movimento de seu corpo.

Havia uma menina de rabo de cavalo em frente a coruja que tentava atrair atenção dela.Sem sucesso.A coruja olhava diretamente para mim.

A garota desistiu da coruja e foi para outro lugar.Me aproximei da coruja avermelhada.Ela permitiu tocar-lhe suas penas.Eu estava entretida com a coruja,até que uma voz ao meu ouvido me fez dar um pulo.

–Ele não é lindo?-A dona do Empório falou.

–É,sim.-Respondi,ainda tentando me recuperar do susto.

A coruja piou satisfeita depois que fiz um carinho em seu bico. Havia uma cicatriz que emoldurava um de seus olhos negros e intensos.Mas eu não ligava.Ele era mais bonito assim.

–Vai levar ele mesmo?-A mulher perguntou.

–Acho que sim- Respondi.

Minha mãe apareceu alguns segundos depois.Encarou a coruja,maravilhada.

–Nossa,Ally.Ele é lindo!

–Eu sei, e é ruivo...

Minha mãe riu.

A mulher recolheu a gaiola da coruja avermelhada.

–São 12 galeões,senhora.

–Tudo bem. Obrigada.-Minha mãe disse.

–Vamos,Alicia.

Saímos da loja,voltando ao Beco Diagonal.

–Mas, e aí?Qual vai ser o nome dele?-Minha mãe perguntou.

–Que tal...Ezylpro? É um bom nome.

–Ezylpro? Desculpe, filha. Mas parece nome de hamster. Imagina só: "Ezylpro, o hamster".

Eu ri.

–Mas, ele tem cara de Ezylpro.

–Então ele tem cara de hamster.-Ela retrucou.

Passamos na Floreios e Borrões para terminar de comprar meus livros.Fomos a uma loja de vestes comprar meu uniforme,e depois, voltamos para o Caldeirão Furado.(Minha mãe já tinha comprado o resto do material semana passada.)

Caminhamos até o ponto de ônibus mais próximo para irmos a Estação de King's Cross (já expliquei a história do carro do papai e do Tio Bart.)

Chegando lá, notei que as pessoas nos seguiam com o olhar,por causa de Ezylpro,mas eu não ligava.Estava animada de ir para Hogwarts!

Andamos até metade da plataforma 9,parando em frente a uma parede que dividia a plataforma 9 da 10.

–E agora? -Perguntei.

–Sabe essa parede? Então,corra bem rápido,e poderá atravessá-la, chegando na plataforma 9 e meia.-Minha mãe explicou.

–Tudo Bem,te vejo lá.

Corri o mais rápido que pude.(E se eu me estatelasse na parede? Não sobraria Alicia para contar história.)

Acabei atravessando a parede.A Plataforma 9 e meia estava cheia de pais, de malões , de gaiolas e de crianças que corriam apressadamente até o Expresso de Hogwarts.

–Faltam 2 minutos,querida, é melhor você ir.-Minha mãe falou,a beira das lágrimas.

Olhei para ela.Minha mãe tinha olhos verdes muitos bonitos,ao contrário dos meus, que eram azuis como os do meu pai.Ela tinha uma expressão que tentava transparecer calma,mas...não conseguia.

–Mãe, vai ficar tudo bem.Eu volto no Natal.

–Tá,eu te amo, Ally.

–Também te amo,mãe.Escreva para mim.-Respondi.

–Pode deixar.

E,assim,corri em direção ao trem.








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Notas finais do capítulo

Segundo capítulo pronto! ;DDD pretendo postar o terceiro amanhã!



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