Eu & Elas escrita por Ana Wayne, Vick Wayne e Mia Oliveira


Capítulo 1
Tédio


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Essa é a minha nova fic e Espero que todos gostem!
A história se passa em UA.

Enjoy!



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Tédio.

Essa era a palavra que descrevia esse dia. E muitos outros. Eu estava sentado na porcaria da minha confortável poltrona de couro que custara £500 lendo a porcaria de um contrato de 5 Milhão de Dólares enquanto havia um dia magnifico do lado de fora da minha janela. Céus! Por que infernos eu resolvi me tornar empresário mesmo?

Ah sim. Meu pai, Orion Black! A causa do meu sucesso e da minha raiva. Sorri. Minha rixa com meu pai já durava muito tempo. Algo como dez ou treze anos. Não sei ao certo. Acho que começou quando eu recusei trabalhar com ele em sua empresa e disse que queria crescer sozinho. Tsc!

Olhei para o relógio em cima da mesa. Era 12h, uma das poucas horas em que eu tinha alguma paz. Me levantei e saí do meu escritório, assustando Katie Bell, minha secretária de pouco mais de 25 anos. 

– Sr. Black precisa de algo?

– Não! – Respondi-lhe ríspido. – Vou almoçar volto antes das 14h, e sugiro que também vá.

– Sim, senhor. Lembre-se que tem uma reunião importante com o Sr. Malfoy hoje.

– Certo!

Em nenhum momento da conversa lhe dirigi o olhar. Já conhecia Bell muito bem. Os olhos negros, os cabelos castanhos claros e a pele clara. Era bonita, mas nada fora do normal, não possuía nada que fosse marcante ao meu ver.

A medida que avançava para a saída do edifício, eu recebia cumprimentos e saudações de funcionários, que eu raramente via e que a maioria não sabia sequer o nome. Também sabia que algumas funcionárias me olhavam com olhares inquietos e carregados de luxuria, o que já era de se esperar.

Eu, Sírius Black, malhava todos os dias. Era bonito e alto. Mas mais do que isso. Eu era rico, mas não o filhinho de papai. Não! Tudo o que eu tinha eu mesmo construí. Começando por uma casa em Bath, aos 19 anos, que transformei em uma pousada, e depois comprara outra pousada. Então outra. E quando completei meus 29 anos já era conhecido como um dos empresários mais bem sucedidos da época, competindo diretamente com meu pai. Eu era dono daquele edifício. Eu pagava o salário delas. Eu podia dar a qualquer uma delas tudo o que elas quisessem.

Mas eu não queria elas. Quem eu queria estava na Africa, em um trabalho voluntário, há mais de um mês. Marlenne foi a terceira mulher que mais desejei em toda a minha vida. Antes dela fora a minha prima, Bellatrix, que me deixara por Rodolph. E a primeira... Bem a primeira foi simplesmente única. Aquela que eu não podia me lembrar sem sentir o peso da culpa nos meus ombros.

Eu não precisei pegar o carro para ir onde eu queria. O restaurante onde eu frequentemente almoçava ficava à duas quadras do edifício Black Empire, construído por mim para afrontar o meu pai e o Black Tower. Claro que foi divertido ver meu pai se irritar com meu desafio. No restaurante fui atendido rapidamente. E simplesmente esperei pelo meu prato. 

Então vi a mulher mais detestável do reino unido entrar naquele restaurante. Rita Skeeter. Aquela mulher insuportável trabalhava no Observador, um tabloide de quinta categoria que nunca falava verdades sobre ninguém, e duvidava-se muito sobre a veracidade de suas notícias ou a fonte delas. Skeeter possuía uns 50 anos no mínimo. E mesmo que tingisse os cabelos de loiros platinados e usasse roupas "sensuais" e/ou espalhafatosas com mais de um quilo de maquiagem, ainda sim, todos sabiam que Skeeter hoje estava bem longe do que era a trinta anos atrás, no auge de sua carreira como repórter. 

– Sr. Black! – Disse ela animada assim que me viu. Ela parecia sozinha e quase correu para minha mesa, olhei-a com o ar enjoado. Céus! Como a odiava.

– Skeeter! – Respondi-lhe seco. Não queria prolongar nosso contato. Ela sentou-se na minha mesa e eu me irritei profundamente com sua ousadia.

– Está esperando alguém sr. Black? – Perguntou-me com irritante interesse.

– Não acho que seja da sua conta, Skeeter!

– Oh! Vejo que o senhor está mal informado! – Ela deu um sorriso pretensioso antes de completar. – Tudo é da minha conta!

– Oh! Certo! E devo simplesmente falar da minha vida para você por que você acha que vou acreditar em qualquer palavra que saia de sua boca!

– Ora Sr. Black, você sabe que posso levá-lo a o topo do mundo se o senhor me ajudar!

– Se não aceitei a ajuda de meu pai! Por que diabos aceitaria a sua!

– Porque sabe que eu não o colocaria em segundo plano! – Colocando meu irmão nessa história. – E também porque possuo meios mais eficazes e rápidos de levá-lo ao topo!

– Sabe Skeeter, sua voz está começando a me irritar! – Respondi-lhe irritado. – E eu não quero sua ajuda, posso chegar até onde quero sozinho, e você sabe disso!

– Oh, certo, certo! Sabe Black, eu sei que tem algo errado em você! Você esconde um segredo! E eu farei de tudo para descobri-lo!

– Claro! – Disse-lhe descrente e com a voz já irritada. Ela me olhou com superioridade, mas ela estava enganada. Meu único segredo estava bem escondido! E ela jamais saberia dele. – Devo pedir para a senhora se retirar, agora! – Disse quando vi o meu prato chegando. Ela me olhou, como se me desafiasse. – A não ser que prefira que os seguranças te acompanhem!

Ela olhou-me descrente. E eu sorri de canto. Skeeter sempre esteve envolvida em escândalos, desde homens à invasão de propriedades alheias. E muitas vezes já fora processada. Lembrava-me com felicidade quando foi descoberto que várias de suas noticias sensacionalistas publicadas pelo Planeta Diário foram invenções e mentiras, ou continha omissão de fatos, e depois de tantos processos enfrentados, aquele fora o estopim para o Planeta Diário que a demitira.

– Passar bem, sr. Black! – Disse-me falsamente enquanto se dirigia a outra mesa.

O resto do meu almoço foi tranquilo. Ou eu achava que seria. Pois enquanto eu almoçava um casal sentou-se ao meu lado, eles pareciam um pouco frustrados.

– Já soube quem ganhou o prêmio esse ano?

– Sim, eu já soube... Devison! – E meu sangue congelou por um momento. E mesmo sabendo que é falta de educação escutar conversas de estranhos eu não pude evitar. Aquele nome me trazia tantas lembranças.

– Mas já era de se esperar, depois daquela reportagem sobre os manicômios... Era óbvio que ela conseguiria.

– Sim! E parece que vai haver uma festa no Plazza Black Hotel...

– Eh... A homenagem a Albert Roberts, afinal o velhote se aposentará nesse ano! – Roberts? Podia jurar que ele morreria na sala do editorial.

– Parece que ele teve um tumor na coluna e a família ficou preocupada e está quase o forçando a se aposentar... – Disse o primeiro homem.

– Eh... Mas também soube que a Devison está namorando com Adam Prince, não?

– Prince? O apresentador dos Games of Silk House?

– Ele mesmo!

– Caramba...

E eu passei a ignorar a conversa. Aquela conversa não era minha. E eu só prestara atenção por causa daquele maldito nome. Nome que inclusive era comum. E também quem me garante que era ela? Ela tinha duas irmãs não tinha? Sem contar que Devison não é um sobrenome tão incomum...

Mas mesmo assim aquele nome me trouxe lembranças que eu acredite, mais de uma vez, ter esquecido. Lembranças que eu não queria, mas tinha que esquecer. Pois agora, já não podia fazer mais nada em relação ao passado.

Fechei meus olhos. Forçando a minha mente a esquecê-las, nem que apenas por agora. E fiz meu dia voltar a ser como estava antes.

Tédio.

No mais irritante e perfeito tédio.


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Notas finais do capítulo

Bjs!



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