Rivais... Ou Amantes? escrita por HeyLuce


Capítulo 33
A primeira das despedidas


Notas iniciais do capítulo

Por favor, leiam isso, é importantíssimo.
Hey cabritas
Primeiro, eu quero dizer que simplesmente amei a recomendação da HeyJude (don't be afraid HUEHUUEHEHU) e apesar de achar que não mereço tanto de vocês, esse capítulo é dedicado à ela.
Uma única pergunta que vai definir os próximos capítulos de completo, então, por favor, respondam, até vocês gasparzinhos: vocês querem uma segunda temporada de Rivais... Ou Amantes? Porque eu não quero que se torne enjoativo se houver continuação, mas também não estou pronta para dar "adeus" à Payne, Nate e aos outros, então sejam sinceros.
Atendendo á pedidos, esse capítulo tá meio hot :3



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"A pessoa que gosta de enrolar, deveria saber que a vítima pode cansar de esperar."

— Juliana Martins.

POV Nate:

Payne se aconchega mais no sofá, e ela já parou de tremer, enquanto beberica mais do seu chá, me xingando o tempo inteiro.

— A culpa foi sua! — resmunga.

— Ah, claro, fui eu quem me empurrei na piscina!

— Você é tão infantil, Nate.

— Desculpe, senhorita adulta responsável.

A loira fica escarlate e se apoia nos cotovelos, chegando com o rosto mais perto do meu, e a coberta que nós dividimos se repuxa um pouco.

— Sou mais responsável que você. — diz. — Além disso, eu poderia estar, sei lá, ligando para o Batman para marcar uns encontros e dar uns amassos com ele, e estou aqui com você.

— Gosto mais da sua boca quando está na minha, loira.

Um sorriso repuxa os cantos da sua boca e no instante seguinte nós estamos de pé, com o cobertor caído aos nossos pés e nossas línguas em perfeita sincronia. Payne me surpreende ao me empurrar contra a parede da sala, e quando eu a ergo, ela enlaça os pés ao meu redor e me agarra pelo pescoço. Prenso-a contra o corrimão, segurando-a pelas coxas para ela não cair e continuamos nos beijando.

Quando o fôlego não é mais suficiente, terminamos o beijo em selinhos prolongados, e eu desço a boca para seu pescoço. Payne geme e joga minha camisa no chão para arranhar minhas costas. Então eu volto à sua boca, pensando seriamente em subir as escadas e continuar no meu quarto.

— MAS QUE MERDA É ESSA?

Com o susto, quase derrubo Payne, mas ela se segura no corrimão quando separamos o beijo. Meu pai tá totalmente furioso, como se quisesse arrancar o coração de alguém e comer. Sinistro.

— Pai...

— O QUE EU FALEI SOBRE CARINHOS INTÍMOS? — grita ele. — NÃO PRECISO DE UMA AMOSTRA GRÁTIS DE QUASE SEXO NA MINHA CASA, OBRIGADO.

Payne fica tão vermelha que acho que ela vai sair correndo á qualquer instante, mas ela permanece parada ao meu lado. Mordo o lábio e coço a cabeça.

— Só estávamos nos beijando. — tento retrucar.

— Beijar não envolve chupões no pescoço ou arranhões nas costas!

Olho para o pescoço de Payne, e realmente está roxo. Ela parece ficar mais vermelha ainda, e joga o cabelo para cima, tentando cobrir. Faço um gesto de apanhar minha camisa, mas meu pai impede.

— Não, não. Sentem no sofá, os dois. Eu e sua mãe vamos ter uma longa conversa com vocês, e para isso preciso que ela saiba a gravidade do assunto.

Ele sobe as escadas furioso, e eu e Payne sentamos no sofá com pesar. A loira bagunça meu cabelo e eu a encaro, confuso.

— Já tive umas conversas dessas com minha mãe. É uma aula falando sobre as consequências do sexo, nada que nós não saibamos. — ela revira os olhos. — Então vamos nos divertir um pouco. Vamos fazê-los pensar que somos tarados.

— Mas nós somos tarados. — sorrio sugestivamente.

— Cala a boca e me agarra logo, só temos cinco minutos até que eles voltem.

–--**---

Sinceramente? Não sei como sobrevivi ao dia de hoje. Sem dúvida foi a conversa mais longa e totalmente chata que já tive na minha vida. Quando nossos pais desceram a escada, e meu pai viu nosso estado, pareceu que ia ter um troço. Isso porque Payne estava com os cabelos todos bagunçados, uma mancha enorme no pescoço e outras mais pelo corpo, e eu estava com os cabelos igualmente trágicos, batom espalhado por todo meu rosto e corpo, uma mancha roxa no pescoço e fios de cabelo da Payne espalhados.

Resultado: um sermão enorme duplo, com Cate e Learn se revezando nas broncas. O mais zangado era meu pai, com certeza. Depois de uma gritaria sem noção, enquanto eu e Payne sorríamos inocentemente, fomos mandados para o quarto (“Quartos separados!”, como lembrou meu pai) e depois do banho que tomei, só me resta ler uma revista em quadrinhos que achei na minha prateleira.

— Quem precisa do Batman quando se tem o Hulk? — digo para o quarto vazio.

— Quem precisa de quartos separados quando posso vir para o seu? — retruca uma voz que eu reconheceria em uma multidão.

Payne abre um sorriso maroto e balança-se á porta do meu quarto. Eu quase nunca presto atenção no que ela veste, mas nesse momento é impossível não notar. A loira tá usando uma camisola branca com um coração estampado e a frase “Toc toc” ao lado. Uma camisola que mal cobre sua calcinha azul marinho.

Antes que eu desvie o olhar da sua roupa — ou da sua nudez — ela vem na minha direção e senta na cama, esticando o pescoço para ler a capa da minha revista em quadrinhos, como não consegue, porque deixo a revista aberta na página que eu estava lendo, Payne esquece a delicadeza que estava tentando demonstrar e arranca a revista da minha mão.

— “Hulk” — ela lê em voz alta. — Sério? Você não quer emprestada minhas revistas do Batman?

— Você ama me provocar, loira.

— Elas estão escondidas embaixo da minha cama, porque é quase como se fossem as revistas Playboy que os caras colecionam, sabe... — continua, como se eu não tivesse dito nada.

— Por que você não casa com o Batman então, droga? — resmungo, perdendo a cabeça.

Payne deixa cair os quadrinhos do Hulk no chão e deita por cima de mim. Tento não reparar que ela está com essa camisola que mais parece uma camisa, e que está tão sexy. E que é tão linda.

— Porque eu amo você. — diz ela.

Seu rosto está a poucos centímetros do meu, e então a loira diminui essa distância, segurando meu rosto enquanto me beija. Eu a seguro pela cintura, e continuo o beijo. Isso quando lembro que a porta está aberta, e que nos encrencaremos porque com certeza nossos pais estão com marcação cerrada, por isso separo o beijo.

— O que foi? — pergunta Payne.

— Não acha que já conseguimos bronca o suficiente por hoje?

— Nossos pais não estão. Eles relutaram em sair e nos deixar sozinhos, mas uma tal de tia Margareth do seu pai foi atropelada e eles saíram correndo para o Hospital.

— Tia Margareth... Nunca gostei dela, mas ao menos dessa vez ela fez algo de bom pra mim.

— Você é um idiota. — murmura Payne, mas ela ri. — Vamos quebrar mais regras.

Num instante, continuamos nos beijando, e no outro, a camisola de Payne estava no chão, assim como minha calça de moletom, e como o resto das nossas roupas.

— Eu também. — sussurro no ouvido de Payne, enquanto massageio seus seios.

— Você também o quê? — responde ela, meio ofegante.

— Eu também te amo.

Ela sorri e finalmente eu a faço minha, e ela me faz dela. E dessa vez é melhor — não só porque temos uma cama em vez de um telhado — porque depois das provações, eu acho que a amo mais ainda do que antes.

–--**---

Meu celular não para de tocar.

Abro um olho e depois o outro, e verifico que Payne não acorda com o barulho do toque do celular, então, com todo cuidado, eu estico o braço por cima do corpo de Payne aconchegado ao meu e apanho o celular, e o atendo.

POV Payne:

Acordo, e solto um longo bocejo. Só então percebo que Nate não está ao meu lado. Me embrulho com o cobertor e levanto da cama. Pra onde o loiro pode ter ido? Abro a porta do seu quarto e arrisco colocar a cabeça para fora do corredor.

— Nate? — chamo-o.

Um segundo depois, Nate sobe as escadas, mordendo uma maçã. Ele já está vestido com uma bermuda jeans e uma camisa verde, e quando me vê usando só o cobertor, dá um sorrisinho, mas não como o que ele costuma dar, o que me faz perguntar se tem algo errado.

— Não. — responde. — Nossos pais passaram a noite no Hospital, acabei de falar com eles. Parece que a tia Margareth entrou em coma ou algo assim. Eles vão voltar na hora do almoço depois das nossas aulas para nos buscar, não confiam em nós dois sozinhos.

Dou uma risada sarcástica e Nate entra no quarto, seguido de mim. Nossos pais tem razão em não confiar em nós dois.

— Ei, que horas são? — pergunto.

— Você acordou em cima da hora, porque temos meia hora pra chegar na escola sem nos atrasarmos.

Ao ouvir isso, saio correndo do quarto, ainda com o cobertor enrolado ao meu redor e entro de cabeça no chuveiro regulado no morno, porque o frio não se esvaiu por completo. Saio do banheiro e logo coloco uma calça jeans cinza e uma camiseta azul com uns detalhes, enfio também minha jaqueta pelos braços. Calço minha sapatilha preta e penteio o cabelo com os dedos enquanto desço as escadas.

— Só temos dez minutos, toma. — alerta Nate, e joga uma maçã que eu apanho no ar.

— Mas eu tô com muita fome! — protesto.

Nate me ignora completamente e me puxa para fora, na direção da sua moto. Nos apressamos em subir e quando Nate acelera, quase leva o asfalto com ele. Tenho que me segurar forte e quase não consigo comer a maçã, tendo sucesso só em quatro mordidas.

Chegamos na escola e eu nem tenho tempo de me recompor antes de Nate me arrastar para o interior da escola, o que acaba derrubando minha maçã.

— Vou morrer de fome por culpa sua. — resmungo.

— Você tem prova de Latim, é melhor correr. Eu tenho de Gramática, então já vou indo.

Observo enquanto Nate corre para o fim do corredor e percebo que ele não me deu um beijo de boa sorte como fez nas provas passadas. Isso me perturba um pouco, mas como sou péssima em Latim, tento não pensar enquanto corro para a minha sala de aula.

–--**---

Esbarro em Rosalya no exato momento em que saio da sala em que fiz a prova de Latim — que por sinal eu devo ter tirado um D — e quando a garota de cabelos prateados tenta escapar, eu consigo impedí-la agarrando seu braço.

— Rosalya! Dá pra me explicar o que eu fiz pra você?! — exijo saber, quando ela tenta se soltar.

— Pra mim nada, mas você deve saber bem pra quem fez!

— O quê? Droga, a Kim me contou que você falou com o Rafael, mas, Rosa, ele...

— Ele o quê? Vai julgá-lo por estar a fim de você?!

Agora é ela quem me segura pelo braço, com um vinco profundo no cenho e o olhar fixo no meu.

— Não! — exclamo. — Não, mas... Rosalya, eu não posso mais ficar falando com ele! Eu namoro o Nate, pelo amor...

— Oh, claro. Eu tinha me esquecido. Nate. Antes de tudo, Rafael é seu amigo. Não troque um amigo por um amor, Payne.

— Só que ele me quer mais do que como um amigo. Não tô a fim de ferrar o que já tá bem entre eu e Nate. Você é minha amiga, e não deveria ficar tomando as dores de uma pessoa que mal conhece!

Eu consigo me soltar do seu aperto e me dirijo ao pátio. Rosalya que venha atrás de mim se quiser se desculpar, eu já fiz o que podia. Continuo andando pelo pátio e decido sentar em um banco e me acalmar, que é quando vejo Violette sentada em um dos bancos falando ao celular e parecendo animada. Eu me aproximo de fininho.

— Violette! — exclamo, perto do seu ouvido.

Ela dá um pulo e o celular quase cai da sua mão. Ao constatar que eu a assustei, recebo um tapa na nuca.

— Sua idiota. — reclama ela, levando o celular de volta à orelha. – Desculpe, a Payne chegou pra estragar meu dia, eu ligo depois.

— Como assim estragar? Eu vim pra ser o sol do seu dia, querida violeta. Com quem tava falando?

— Com o Armim. — responde ela, corando.

— Eu nem te perguntei como o Alexy reagiu quando você terminou com ele!

— Ah, ele foi tranquilo. Acho até que se aliviou. Disse que tava gostando de outra menina também...

Quem me dera essa sorte.

— O que foi? — indaga ela, se ajeitando no banco pra olhar para mim.

Abro a boca para contar tudo, mas o sinal indicando que o intervalo acabou toca e nós entramos na escola. O microfone instalado começa a repetir a informação sobre o show e sobre o baile, e as pessoas que ainda não ouviram param no meio do corredor para escutar, incluindo Violette, por isso, me desvencilho daquele pessoal e entro na sala em que farei prova de Geografia.

Isso quando vejo uma figura ruiva sentada em uma cadeira no meio da sala vazia, sorrindo para mim.

— O que faz aqui?


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Notas finais do capítulo

Desculpem pela imagem de merda e pela monotonia.
Vocês devem estar tipo "Como assim A PRIMEIRA das despedidas? wtf?" bem, existem vários tipos de despedidas... UHEHUEUHE



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