Rivais... Ou Amantes? escrita por HeyLuce


Capítulo 32
Esfriando as coisas, literalmente


Notas iniciais do capítulo

Cara, que coisa mais linda. Os reviews de vocês foram absolutamente tão perfeitos que eu sacrifiquei meu sono pra vir postar esse capítulo o mais rápido possível...
Além do mais, conheci mais duas Team Rafael ~cujos nomes não vou revelar porque as Team Nate são meio barraqueiras como eu HUUEHUEH~ e recebi mais conselhos pra melhorar a fic. ~oi Misake Mei chan, não esqueci sua sugestão~ E que bom que vocês gostaram do casal inusitado, haha
E mais duas coisas que fizeram meu dia: a recomendação da Andrielly (sua diva) e a segunda recomendação - por comentário, não rolou recomendar duas vezes hueuhhue - da Mar Menezes, já posso morrer em paz, awn :3 Dedico esse capítulo ás duas igualmente...
So, deliciem-se pupilos.



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"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."

— Friedrich Nietzsche.

— Porra! — exclama Andrea, de repente, separando nossos lábios.

— O que foi? — pergunto, ainda sem soltar seu rosto.

— Tô atrasada. Meu curso já deve ter começado, mas que droga. — ela resmunga. — Eu adoraria ficar aqui, mas tenho que ir.

Com certeza isso me lembra da minha aula de História, e eu tenho teste, então concordo e Andrea me dá um selinho rápido antes de sair correndo para o prédio da escola, para onde eu a sigo.

Fortes emoções antes do teste. Espero que isso não valha como um F bem vermelho.

POV Payne:

Afinal, quem diabos foi o inventor da eletricidade? Eu simplesmente sei que levei bomba no teste de Ciências, e isso me deixa incapaz de rir até a hora em que Violette solta uma piada completamente escandalosa sobre um pastor e um pão francês e eu explodo em gargalhadas.

— Ai... minha barriga... eu preciso... de ar. — murmuro entre risadas, me dobrando de tanto rir.

— Payne, seu celular tá tocando! — avisa Rosalya, erguendo meu celular na mão.

— Acho que ela não vai conseguir atender. — responde Violette, porque Kim também tá se dobrando de rir.

— O.k., eu atendo então. — Rosalya leva o celular ao ouvido. — Alô? Não, não é a Payne. Eu sou a amiga dela, Rosalya. Hm, ela não pode atender agora, mas, ei, quem tá falando?... ah, sim. Você quer deixar recado? Hmm, o.k. Tudo bem, até mais.

Quando Rosalya desliga, eu já estou recuperada, então tenho fôlego para perguntar:

— Quem era?

— Aquele seu amigo Rafael. Ele disse para você esperá-lo na saída. — responde Rosa, me devolvendo o celular.

Rafael. Eu nem quero pensar no que Nate dirá (ou fará) se souber que ele anda me procurando. Então uma ideia maluca me passa pela cabeça.

— Rosalya! Você pode ir no meu lugar? Por favor?

— Como é?! — assusta-se ela, me encarando.

— É que... O Nate tem ciúmes dele, mas eu não queria acabar minha amizade com o Rafael. Não agora. Por favor, vai no meu lugar.

— Ai Jesus. — reclama ela, mas por fim aceita.

— Temos prova do quê agora? — pergunta Kim.

— Trigonometria. — responde Violette.

— Ah, merda, estamos tão ferradas. — concluo.

Ninguém discorda.

POV Nate:

— Já disse mil vezes, Ambre, mil vezes: eu não vou terminar com a Payne. Mas que porra você tem na cabeça?

Desde que o sinal para a saída tocou, Ambre tem me enchido o saco com indiretas e diretas que eu deveria dar um pé na bunda da Payne. E eu estou prestes a dar um pé na bunda dela.

— Mas Nathaniel! Ela é uma grossa, uma indelicada, e uma bruta infeliz...

— Não esqueça: antipática, sarcástica, e principalmente, tem uma ótima mão direita. — completa a voz de Payne.

Ela chega mais perto de nós de braços cruzados e andando devagar com um sorriso maluco no rosto. Ambre para de falar e a encara. Payne fica bem na sua frente e sibila:

— Bu.

Ambre dá as costas para ela e sai pisando duro. Minha risada se une com a de Payne, que me abraça de lado, e eu deixo um beijo na sua cabeça.

— Ela destila veneno. — reclama a loira.

— E você destila terror, senhorita.

— É minha especialidade.

Agarro a Payne pela cintura e a beijo. A loira retribui, mordendo meu lábio provocantemente. Eu perco o controle e a empurro contra um carro, aprofundando o beijo, trocando carícias mais pesadas. Ela desce a mão pelas minhas costas e, impressionantemente, aperta minha bunda. Eu desço com a boca pelo seu pescoço e paro no colo dos seios, tentando me lembrar que estamos na escola. Mas fica impossível, e eu já sinto um volume se formando.

— Payne!

Nós separamos o beijo de imediato com o grito, e Payne limpa a boca, corando. Eu devo estar com seu batom espalhado pelo meu rosto, mas não me dou o trabalho de limpar. Rosalya vem andando na nossa direção, e parece furiosa.

POV Payne:

— O que foi Rosalya? — questiono.

— Eu vou indo, loira. Vou te esperar na minha moto. — diz Nate, e sai depois de me beijar uma última vez.

Rosalya praticamente fuzila Nate com o olhar. Ela se aproxima mais de mim e quando abro a boca para repetir a pergunta, sou recebida com um tapa na cara dado por ela.

— Você é uma vaca. — silva.

E então ela vai embora pisando duro. Boquiaberta, levo a mão até meu rosto. Merda, isso vai ficar a marca. Do nada, Kim aparece atrás de mim com uma expressão penosa.

— Você sabe o que a Rosalya tem?! — indago.

— Ela foi falar com o Rafael no seu lugar. E ele desabafou com ela, e... é, agora ela te considera uma vaca filha da mãe.

Raciocino um pouco.

— Quer dizer que ele contou que gosta de mim? — sugiro.

— Exatamente. E outras coisas mais. — Kim olha no seu relógio — Ih, eu tenho que ir. Tô atrasada.

Ela não espera resposta, e sai correndo. Me deixo encostar no mesmo carro em que eu e Nate estávamos nos pegando á poucos segundos atrás. Merda, eu faço tudo errado sempre.

Mas ficar me lamentando não vai mudar nada, então eu volto para o colégio, procurando alguma coisa pra fazer. Exatamente quando o microfone grande da escola começa a falar:

— Todos os alunos que ainda estão na escola, escutem: olhamos todas as sugestões que vocês deixaram na caixinha do professor Fitz, e acabamos por nos decidir pelo mais votado e pelo de maior popularidade. E os escolhidos serão realizados na Sexta-feira. O baile e um show. A pessoa que sugeriu o show, poderia, por favor, comparecer á sala da direção para sugerir uma banda que se habilite a tocar também? Esse comunicado será repetido até o dia do baile para os que não estão na escola. Obrigado.

Quase não consigo acreditar. O baile, mas o mais importante: o show. A minha sugestão foi aceita. Em que universo paralelo isso acontece? Sexta-feira é daqui á dois dias. Começo a andar para a sala da direção, já com uma banda em mente: Insônia, claro.

— Com licença. — digo, abrindo a porta da diretoria. — Oi, hã, eu dei a sugestão do show.

— Ah, claro, entre. — convida a diretora, com um sorriso enorme. — Você tem o contato de alguma banda que possa aceitar tocar aqui?

— Foi disso que vim falar. Conheço uns caras de uma banda de pop-rock e tenho certeza que eles vão aceitar tocar aqui.

— Perfeito! Anote o número para contato nesse papel aqui, por favor.

A diretora me passa o papel e eu escrevo rapidamente o número de Castiel. Ela agradece e eu escapulo da sua sala, sem saber para onde ir. Ironicamente, avisto Nate perto da sua moto, e lembro que ele me disse para esperá-lo lá.

— Oi. — digo.

O tapa que Rosalya me deu ainda dói. Mas não no físico. Nem a notícia do show foi suficiente para me distrair disso.

— Tudo bem? — pergunta Nate, deslizando um dedo pelo meu rosto que deve estar vermelho.

Sacudo a cabeça no negativo e Nate me enlaça com seus braços em um abraço apertado. A culpa me atinge de repente como um soco. Eu sou uma egoísta. Uma filha da puta egoísta, e eu machuco as pessoas, mas não posso me prender somente a isso.

Então expulso tudo isso da minha mente.

— Quer conversar? — sugere o loiro.

— Não, eu só quero ir pra casa.

— Então nós vamos para casa.

Dizendo isso, Nate sobe na moto e gira a chave na ignição. Eu subo na garupa e o agarro em um abraço. Ele acelera e eu lembro do que Castiel me falou sobre a festa de Íris e abordo o assunto quando paramos em um sinal vermelho.

— Eu fiquei sabendo algo curioso...

— O quê? — questiona ele, e eu vejo seu olhar pelo retrovisor.

— No dia seguinte a festa da Íris, eu misteriosamente acordei na minha cama. E fiquei sabendo hoje que não foi Castiel quem me levou para casa.

O sinal fica amarelo, e então abre, e Nate acelera, não antes de responder:

— Achei que nunca fosse descobrir.

Ele estaciona na garagem da nossa casa (que estranho é falar “nossa casa”, soa como se fôssemos casados) e quando descemos da moto, eu o seguro pelo pulso.

— Por que me levou de volta pra casa? Nós nos odiávamos.

— Tá, vou mandar a real. Meu pai mandou eu te dar uma carona pra casa. Ele e sua mãe já estavam juntos, e acho que ele queria agradá-la. Aí eu fui meio que obrigado a te levar em casa.

— Mas você me deixou no meu quarto, poderia ter me largado em um sofá.

Nate me olha, como se estivesse ponderando a ideia de poder ter feito isso também. Então coça a parte de trás da cabeça.

— Eu não sei por quê. Eu acho que eu nunca verdadeiramente te odiei. Nem quando você me ameaçou com um lagarto. — ele sorri. — Eu ainda te coloquei na cama, e deixei um beijo na sua bochecha. Acho que você não lembra disso, você apagou.

— Eu não lembro...

— Essa era minha intenção na época. — ele me dá um sorriso cafajeste. — Topa um banho na piscina?

Levanto a cabeça para o céu, que está cinzento e com umas nuvens que não parecem ser amigáveis.

— Vai chover. E tá frio. — comento.

— E daí? Você vai derreter com sua doçura toda?

Acerto um soco de leve no seu peito e Nate ri. Ele me puxa pela mão para trás da casa, e então olha para a piscina longamente. Começa a chuviscar.

— Porra, tá frio mesmo. — diz, como se só agora tivesse percebido o quão idiota é sua ideia.

Aproveitando que meu humor melhorou bastante, eu vou por trás dele e o empurro para que o que eu quero aconteça: Nate caí em cheio na água. Ele submerge, xingando alto e amaldiçoando de todas as formas possíveis.

— CARALHO, ISSO AQUI TÁ CONGELANTE.

Só consigo rir, e minha barriga começa a doer de tantas gargalhadas, por isso não consigo me defender quando Nate me puxa para dentro da piscina também. Porra, a água tá tão fria que paro de rir imediatamente, e submirjo, ofegando e tremendo. A chuva agora caí sem dó.

— Ai meu Deus! Eu vou morrer de frio! — grito, dando socos no peito de Nate.

— Meninos! — um grito corta o ar.

Nos viramos no mesmo tempo para a porta que leva à cozinha, e vemos um Learn nada contente. Não conseguimos escutar mais nada por causa do barulho da chuva, e as gotas estão começando a me açoitar, então eu e Nate saímos de dentro da água e corremos para junto de Learn.

Minha mãe vem correndo as escadas e nos embrulha com duas toalhas grossas, e manda que nós entremos e sentemos no sofá, o que fazemos de bom grado. Nate está tremendo tanto quanto eu, e penso por um instante que vou morrer de frio, e é quando minha mãe chega com duas xícaras de chá.

— Mas que droga, o que vocês tem na cabeça?! — reclama ela, nos entregando o chá.

— Vão pegar uma pneumonia! — completa Learn, parecendo muito puto.

Meus dentes começam a bater, e eu percebo que a coisa tá feia, então beberico o chá. É de hortelã, e não tá ruim, então eu o bebo todo de uma vez, e o líquido desce aquecendo minha garganta.

— Desculpem. — dizemos eu e Nate em coro.

Nossos pais só nos encaram, um olhar de repreensão no rosto.

POV Rafael:

Então Payne tinha mandado uma amiga no seu lugar para falar comigo. A garota de cabelo branco, Rosalya, foi um bom consolo. Eu acabei desabafando tudo o que sentia por Payne, e tenho a leve impressão que a Rosalya não gostou muito do que falei, porque ela saiu apressada no fim da nossa conversa.

Meu celular toca no caminho para a garagem de Alex, e eu o atendo.

— Alô.

— Rafael? Cara, você não vai acreditar.

— Espera, onde você tá? Eu tô indo pra garagem.

— Isso, eu e o resto do pessoal já estamos aqui. Vem rápido.

Lysandre desliga e eu enfio o celular no bolso, e começo á andar mais depressa. Assim que entro no nosso local de ensaio, me deparo com os caras com um sorriso no rosto, e Castiel vem na minha direção mostrando um papel com um valor alto.

— O que é isso? — pergunto, agarrando o papel.

— Isso é o quanto vamos ganhar para nosso primeiro show. Nós vamos tocar no baile da escola da Payne!

Eu sei que eu deveria estar feliz pela banda, e estou, mas o meu primeiro pensamento é: Um baile. E eu vou com a Payne nesse baile.


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Notas finais do capítulo

Ah, o meu estoque de imagens está acabando, e eu não sei se já coloquei essa, então perdão se estiver repetida, preciso rever meu repertório, haha X-X
Quem estava com saudades da Ambre? Alguém? Não? Nhaaaah...
~oi fantasminhas, oi~



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