Rivais... Ou Amantes? escrita por HeyLuce
Notas iniciais do capítulo
GENTEEEEEEEEEEEE, STOP, AGORA
QUE RECOMENDAÇÃO MAIS LINDA, MDS
Foi praticamente isso que me fez adiantar esse cap, que eu pretendia programar para daqui à dois dias, então agradeçam á sua colega leitora.
LilyLove, esse capítulo é para você.
"Os bons conselhos desagradam aos apaixonados como os remédios aos que estão doentes."
— Marquês de Maricá.
POV Nate:
Eu estou quase indo dormir quando vejo pela minha janela uma movimentação estranha, e abro as cortinas. Avisto o carro do tal Castiel, e do lado de fora duas pessoas próximas demais. Identifico a cabeleira loira da Payne, mas o sujeito que a está agarrando não é ruivo.
Rafael, o filho da mãe!
Não sei de onde tiro força de vontade, mas fico olhando até que Payne o empurra e saí correndo para dentro de casa. Aproveito a deixa e corro até seu quarto, me jogo na sua cama e espero, mal contendo o ciúme.
A loira abre a porta e hesita quando me vê. Sinto mais raiva quando vejo que seu batom está borrado. Cruzo os braços na frente do corpo e a encaro. E eu vejo nos seus olhos que ela sabe que eu vi.
— Alguma defesa? — dou uma chance.
Ela suspira e senta ao meu lado na cama. Não suporto mais ver seu batom borrado e saber que a causa é porque Rafael a beijou, então pego um lenço na sua cômoda do lado da cama e limpo o borrado. Depois mostro para ela.
— Hã... Ele me beijou. Você estava espiando, então viu. Eu não retribui juro, eu só não o afastei logo. É uma surpresa para mim também, Nate. O Rafael sempre foi meu amigo, e do nada... — tagarela.
— Amigo! Que ótimo amigo! Pay, só você para não ter percebido o jeito que ele te olha. Eu o vi uma vez com você, e já percebi.
— Nate, Nate. — ela põe as mãos no meu rosto e suspira. — Sem cobranças.
— Como assim sem cobranças? Nós...
— Nós o quê, Nate? — me interrompe Payne.
Aí a ficha caí. Por enquanto eu não tenho mesmo direito à absolutamente nada, nada de explicações ou coisa assim. Porque eu e Payne não somos nada além de ficantes. Por enquanto.
— Acho isso tão clichê, mas... — suspiro e me ajoelho na cama mesmo. — Payne Halle River, você quer ser minha namorada, com direito à cobranças, reclamações e socos de direita no Rafael?
Ela joga a cabeça para trás e ri levemente. E aquele riso poderia ter salvado toda a Alemanha nazista e judaica. Payne se ajoelha também e segura minhas mãos.
— Nathaniel River Halle, sim, eu aceito. Com direito à beijos e mais beijos. — diz.
O que mais eu posso fazer além de beijá-la? Envolvo sua cintura e acaricio com os dedos. Ela retribui, colando mais seu corpo ao meu. É aí que eu lembro que estamos na sua cama e ela está de saia. Separo o beijo rapidamente.
— O que foi? — pergunta.
— Hm... tenho um problema.
Levanto e viro de costas rapidamente, evitando lhe dar uma visão constrangedora. Ela percebe, e então cora, depois ri. Rio também, já indo em direção á porta e xingando mentalmente meus instintos.
— Merda. Boa noite, namorada. — digo.
— Até amanhã, namorado cheio de direitos.
Sorrio, e fecho a porta atrás de mim.
–--**---
Qualquer um diria que forçar seu namorado á comer o pudim que você achou que estava estragado é maldade.
Qualquer um, menos a Payne.
— Eu falei que esse caramelo por cima estava suspeito. — comenta ela com Violette, jogando o pudim com uma parte de uma dentada faltando no lixo. E por acaso essa parte está na minha pança agora.
— E nada melhor do que fazer seu namorado de cobaia. Boa irmã-namorada, você. — resmungo.
— Isso é tão incesto! — exclama Violette, em tom de brincadeira. — Já pensaram no que vão fazer?
Eu e Payne trocamos olhares rápidos, mas significativos. Violette revira os olhos.
— Além daquilo. — explica.
Payne finge estar ofendida e começa um discurso super feminino sobre não ser um objeto e tudo isso, enquanto eu finjo escutar, quando na verdade me concentro em procurar Vitor com o olhar.
E evitá-lo, é lógico. Não vai ser nada fácil mantê-lo longe de mim agora que sabe que Payne está morando na minha casa, e eu não estou a fim de começar á afastá-lo agora. Vitor não é tão inteligente para saber que está levando um fora.
É quando Violette me chuta que percebo que estavam falando comigo. Ergo a sobrancelha, dizendo um “o quê?” silencioso.
— Você — diz Payne, apontando o dedo para mim. — Vai dar um jeito de vasculhar sua memoriazinha e lembrar do que eu estava falando agora a pouco, ou faço greve.
— Greve tipo ficar sem comer? — indago.
— Greve tipo “você não vai me tocar”. — devolve, erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços.
— Tudo bem, hã, você tava falando sobre não ser um objeto. É isso? — tento. Como resposta, ela sorri.
— Bom saber que presta atenção no que eu digo. — fala, revirando os olhos.
— Beleza, foi mal Pay. — me rendo. Violette acena com a cabeça, aprovando minha atitude.
— Tá, eu estava falando sobre nós organizarmos um jantar para nossos pais, e aí darmos a notícia que somos mais do que “irmãos”.
Me pergunto por que Payne ficou com o cérebro e eu com o coração da relação. Sério, essa garota é uma caixinha de ideias boas.
— Ótimo! Então, eu te espero na saída, ou vai se encontrar com seu amiguinho Vitor? — provoco.
Em resposta, ela se aproxima e me dá um selinho rápido, revira os olhos, e vai para sua aula de Literatura, puxando Violette pela mão.
Como ela foi gostar justo de mim?
POV Payne:
Como eu fui gostar justo daquele cafajeste?
É, todo mundo erra, Payne. Mas você não podia ter escolhido outra pessoa sem ser o seu, hã, irmãozinho?
Sim, eu costumo falar sozinha quando estou irritada.
Enfim, agora estou esperando Nate, encostada na sua moto de boas, e continuaria assim, se Melody e umas líderes de torcida cabeças de vento não parassem na minha frente de braços cruzados e uma carranca no rosto.
— Legal, o que eu fiz? Coloquei creme de barbear nos seus xampus? — pergunto, sorrindo.
— Não se faça de desentendida... Capitã. — diz uma garota que identifico como Laurie, cuspindo a última palavra. — Todas sabemos que você faltou o treino de hoje, além de faltar à comemoração da nossa vitória. E é tipo uma tradição!
— É! — apoia outra garota. Marly ou algo assim. — Como capitã, você não deveria faltar.
— Espera aí, ninguém me avisou disso tudo. Posso parecer uma bruxa, mas não tenho cartas de tarô ou bola de cristal, desculpe. — resmungo.
— Exatamente isso! Você não sabia! — Melody dá um passo á frente, desafiadora. — E se não sabia, por que é a capitã?
— Ah, mil tretas. Perguntem para a treinadora. — respondo.
Quando percebo que as coisas estão ficando nada legais para mim, Nate aparece, girando a chave da moto no dedo e parece surpreso ao ver as garotas, todas unidas contra mim. Pego meu capacete que está pendurado na moto e Nate entende a deixa para ligar o motor da moto e subir nela.
— Sinto muito, podem deixar a reuniãozinha para depois? Adoraria passar no clube das meninas e tomar chá. — digo, ironicamente.
Aceno para elas quando Nate acelera, e não vejo mais a cara de Melody, à ponto de explodir.
Confesso que isso me deixa mais tranquila.
Sem explicar, Nate para na frente de um supermercado. Franzo o cenho e desço da moto. Entrego o capacete a ele e ele finalmente explica:
— Vamos comprar coisas para um ótimo jantar surpresa.
— Não podemos pedir uma pizza?
— Não. Vamos.
Ele me puxa para o supermercado, e eu pego um carrinho. Primeiro, passamos na sessão de legumes. Nate joga tomates, aipo e algumas batatas no carrinho.
— O que vamos cozinhar? — pergunto.
— Surpresa! Continue dirigindo nosso carrinho e vai saber.
Reviro os olhos, mas empurro o carrinho para onde ele está, que é a seção de congelados. Nate apanha um frango embrulhado e o coloca dentro do carrinho. Abro a boca para perguntar de novo o que vamos fazer (ironizando, óbvio), mas ele já está em outra sessão, e joga orégano e outro tempero no nosso carrinho.
— Pronto! — diz. — Vamos para o caixa.
— E a bebida? Pensei em levar vinho, assim eles aceitariam melhor.
Nate se vira para mim.
— Você tem grana pra comprar um vinho?
— Não.
— Então vai ser refrigerante mesmo. — determina, colocando uma Coca no carrinho.
Continuo pensando que seria melhor vinho, mas não temos dinheiro mesmo. Guio o carrinho até um caixa de 20 volumes e espero a moça da frente terminar de pagar para passar as compras.
— Você paga. — falo para Nate. Ele me agarra pela cintura e ri.
— Isso é exploração. — então faz uma pausa e continua. — Ih, acho que esqueci uma coisa.
— Não vai fugir e deixar a conta para eu pagar. Vou acabar tendo que lavar o chão. — grito, enquanto vejo ele se distanciar.
Coloco o frango na esteira e vejo um Cheetos na prateleira. Pego ele e o jogo na esteira também, antes de olhar para os dois lados.
— Ele não vai se importar. — comento sozinha. A mulher no caixa olha para mim e sorri.
— Namorado? — pergunta.
E praticamente irmão também.
— É. — respondo, corando.
— Vou te dar um conselho: agarre-o e não solte mais, porque deve estar cheio de garotas loucas para agarrá-lo.
Ela para de falar porque Nate chega, trazendo manteiga em tablete. Ele sorri para mim e bagunça meu cabelo.
— A manteiga. — explica.
A mulher passa a manteiga e calcula o valor da compra. Nate tira um cartão de crédito do bolso e paga. Depois de segurar as sacolas com as compras, nós saímos dali, não sem antes a mulher piscar para mim como quem diz “lembre-se do meu conselho”.
Não posso dizer que ela está errada, porque assim que organizo as sacolas na moto, uma garota passa secando Nate. Eu o agarro, em um impulso. Ele parece não notar, para minha alegria, porque sobe na moto, espera eu subir e acelera.
Ele estaciona na nossa garagem e descemos. Pego uma parte das sacolas e Nate as restantes, e nós entramos. Penso que parecemos um marido e uma mulher levando as compras para casa, e rio desse pensamento. Nate sorri.
— Está rindo para disfarçar o medo que tem porque sabe que cozinho melhor que você. — me acusa. Abro um sorriso.
— Você deveria estar com medo. Sou quase uma mestre-cuca.
— Veremos.
Colocamos as sacolas em cima do balcão, e eu olho no relógio enquanto Nate tira as nossas compras das sacolas. Temos três horas até que nossos pais cheguem. Ou seja, temos tempo de sobra.
— Comece picando isso aqui. — pede Nate.
Ele coloca dois tomates, aipos, cebolas e batatas na tábua a minha frente. Dá a volta e coloca o frango na pia. Desvio o olhar enquanto ele o limpa, e pego uma faca na gaveta. Começo á cortar o tomate em rodelas, e quando termino pego o aipo e o pico. Separo tudo dentro de vasilhames diferentes. Pego as batatas e as corto em tiras, e é a vez da cebola.
— Merda, eu vou chorar. — resmungo. Nate dá uma espiada no que estou fazendo e sorri.
— Vai sim. Limpe as lágrimas na minha camisa depois.
— Posso assuar nela também?
Ele me bate com o pano de prato.
— Que nojo. — diz, rindo.
Começo á picar a cebola e instantaneamente á chorar. Maldito cheiro infeliz. Termino o quanto antes e coloco junto do aipo. Viro com os vasilhames e entrego para Nate, que recheia o frango. Eu o assisto, sorrindo comigo mesma.
Nate coloca o frango no forno e ajusta o grau. Se vira e quando me vê o olhando, abre um sorriso e me puxa pela cintura.
— Ninguém nunca te disse que é feio encarar os outros?
— Ninguém nunca te disse que você fica super sexy enquanto cozinha?
Ele ri.
— É, já disseram uma ou quatro vezes.
— Convencido! — eu o soco de brincadeira.
Nate ri e quando estamos quase nos beijando a porta da frente se abre com um clique. De tão nervosos que ficamos, eu cambaleeio e Nate praticamente se joga para trás, esbarrando em umas panelas, que caem todas na cabeça dele. Solto uma risada nervosa, e minha mãe e Learn aparecem na sala, olhando para nós e sorrindo.
— Oi garotos. — diz Learn.
Ele olha para Nate, que dá um pulo meio atrapalhado e eu dou outra risada. Minha mãe coloca sua bolsa e fareja a cozinha. Learn olha de mim para a tábua suja e para a pia também suja, depois para minha mãe.
— Estão cozinhando? — pergunta ela, surpresa. É verdade que eu nunca fui de cozinhar, e deve ser uma surpresa.
— Estamos, mas não por mim. — respondo, sorrindo.
— Como assim? — indaga Learn, curioso, encostando no balcão.
— Nate é o chef aqui. — eu aponto para ele. — Sou só uma reles auxiliar.
— Uma auxiliar bem... — começa Nate, mas se interrompe. Merda. Ele ia dando em cima de mim na frente dos nossos pais! Arregalo os olhos, alertando-o. — Hm, carismática.
Carismática. Argh.
— E o que estão cozinhando, chef Nate? — questiona mamãe.
— Segredo! Aliás, não fiquem aqui por muito tempo, vão sentir o cheiro e descobrir. Deixem para daqui há pouco. — diz Nate.
— Tudo bem, vamos querida. — responde Learn.
Ele ergue a sobrancelha em tom de brincadeira para mim e Nate e sobe as escadas com minha mãe. Assim que escuto a porta bater me permito rir.
— Por pouco.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No próximo capítulo, um pequeno spoiler: vão ter cenas "hot" :333
Comemorem, pupilos.