Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 35
Tretas Part. III - final


Notas iniciais do capítulo

Chegueeeeeeeeeei povo :33
Tava em semana de provas, por isso não deu pra postar.
Mandando aqui um obrigadão a todo mundo que comentou e dizer também que essa é a parte final, mas não a última treta que ocorre por aqui (to bolando umas coisas aq hehe).
Deixo-os com esse capítulo metade reflexivo e metade zoero.
ENJOOOOOOOOOOOOOOOOY!



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– Então você realmente achou que tudo ficaria assim? – no começo de um corredor sem saída, lá estava Ally. Seus olhos não transmitiam nada mais do que puro ódio. Ela, provavelmente, havia perdido a sua melhor amiga para uma mentira esfarrapada, e não estava nem um pouco a fim de perder mais alguma coisa para a vaca que estava a alguns metros dela. – Acha mesmo que a patricinha malvada que manda SMS’s em anônimo vai ganhar a luta? Aw, Kira... Eu não sei o que é mais patético, essa sua vontade de se tornar uma vilã de filme clichê ou o fato de não ter superado que perdeu o Austin pra mim.

– Você se acha, não é garota? – a menina dos cabelos negros disse ao fim do corredor, enquadrando o seu medo, tentando não demonstrar o temor de estar ali encostada na parede e sem ninguém para testemunhar aquela “conversa”.

– Eu nunca me perdi, meu bem. – Ally falou. No fundo, a morena mal se reconhecia naquele momento. Tudo bem que ela nunca fora de levar desaforo pra casa, mas desde quando havia se tornado tão petulante?

– Olha só... Temos uma nova Kira por aqui, não é mesmo? – Kira disse, custando a dar dois passos para frente, fazendo Ally recuar por instinto. – Ou não. Acho que você precisará de umas aulinhas para aprimorar essa obra que eu criei – a garota disse, uma risada sem humor ao final da frase.

– E quem disse que eu quero me tornar uma puta? – Ally sorriu ao ver a expressão da garota. – Além de que para se tornar uma, para se tornar você, não precisa exatamente de aulas.

– Cala a boca! – exclamou.

– Quem deveria calar a boca é você! Não fui eu quem andou por aí inventando mentiras sobre mim! E tudo isso por causa de um garoto que não te quer, que nunca quis pra falar a verdade.

– Você não sabe do que está falando. – a morena falou, sua voz saindo embargada, o que surpreendeu Ally. As duas ficaram caladas, espantadas com as reações de ambas as partes. – Eu não sou uma puta. Eu lutei, e muito, pra chegar aonde cheguei. Conquistei cada coisa que hoje eu tenho em minha vida, e você não sabe o quão importante foi para mim ter conquistado Austin Moon. Acha que eu gosto de ser chamada de vagabunda por 90% do colégio? Acha que eu gosto de ser aquela que é usada e jogada fora? Eu gosto do Austin, Dawson, sempre gostei, e no dia em que eu o tive pra mim eu soube que nunca mais o deixaria ir embora, mesmo sabendo que ele gostava de ti.

– “Mesmo sabendo que ele gostava de ti”? – Ally disse, mesmo sabendo do que a morena falava.

– Ah, fala sério Ally Dawson, vai se fazer de desentendida, agora? Eu via a forma que o Austin te olhava, estava sempre na tua cola, e você sempre o xingando, o dispensando. Você era uma burra mesmo. Enquanto umas querendo um pouco do doce, você recusando toda uma tigela.

– Você é maluca, Kira. Se você o quisesse mesmo, teria conquistado de outra forma, uma forma que não o fizesse querer ficar a cem metros de você.

– Eu fiz o melhor que eu pude – a garota disse, dessa vez se recuperando de todo derramamento de sentimentos que expôs para Ally. Seus passos aumentaram até que ela ficasse cara a cara com a castanha – E eu vou continuar tentando. – disse por fim e passou pelo espaço livre ao lado da Ally, esbarrando em seu ombro no processo.

Largada sozinha naquele corredor deserto, Ally deixou que o ar reprimido em seus pulmões tomasse liberdade e saísse, se preparando para dar o fora dali e enfrentar os vários olhares em cima dela – novamente - por chegar atrasada à aula.

...

– A aceleração da gravidade na superfície de um asteroide é igual a 3,0m/s ao quadrado. Se o raio do asteroide é igual a 500km, então... – Sr. Rubens, professor de Física, tagarelava na frente da sala, não percebendo que praticamente toda sua classe dormia enquanto o mesmo explicava a sua matéria. Perdida em seus pensamentos, Ally soltou um gemido baixo ao ser atingida por uma bolinha de papel na cabeça. A morena olhou para os lados, encontrando o arremessador olhando para ela. Austin gesticulou com os lábios para que a garota abrisse o papel, mas o mesmo já não se encontrava perto dela, e sim, na palma da mão do Sr. Rubens.

Austin e Ally, ambos imóveis em seus lugares, procurando lá no fundo, na parte mais obscura do cérebro, alguma forma de pegar aquela bolinha da mão do homem.

– Engraçado, não lembro de eu ter permitido que a minha aula virasse um campo de arremessos de bolinhas de papel. – Sr. Rubens riu, sua risada ecoando por toda a sala silenciosa.

– Professor, que mal lhe pergunte – um garoto lá atrás disse – Mas o senhor é algum tipo de ninja? Porque eu num vi nem você pegando esta maldita bolinha – sua pergunta fez com que risadas explodissem dos alunos. A face bronzeada do homem enrubesceu, mas o mesmo manteve sua postura, e ignorando a pergunta do garoto, disse:

– Quem atirou essa bolinha na cabeça da Srta. Dawson? – o silêncio se fez novamente, causando um suspiro do professor. – Se ninguém se manifestar eu vou ser obrigado a presentear a todos com uma semana de deten... – foi interrompido por gritos vindo de um canto da sala.

– Ai meu Deus, eu vou morrer – a garota dizia enquanto se contorcia na cadeira. Todos olhavam espantados para ela, inclusive o professor, que correu apressado para perto, esquecendo-se completamente da bolinha de papel, a qual foi rapidamente recolhida por um ruivo.

– O que aconteceu? O que você está sentindo? – Sr. Rubens dizia, desesperado.

– É uma dor, aiai, vai nascer... – o drama da garota chegava a ser tanto que todos na sala riam, sabendo que tudo não passava de fingimento, menos o professor.

– Venha, vou te levar pra enfermaria – ele disse.

A garota se remexeu desconfortável, olhando para o ruivo que segurava uma bolinha de papel na mão e reprimia o riso com a outra.

– Ah, não precisa, já passou. – ela disse – Obrigada professor, você é muito bom nessas coisas.

– Mas eu não fiz...

– Qual era mesmo a pergunta? Sobre o asteroide...

– Ah sim, bem turma... – Sr. Rubens se afastou de Trish e voltou à frente da sala, continuando a explicar sua matéria. Mas ainda ali, separadas por uma fila de cadeiras, estavam duas melhores amigas, uma sorrindo e a outra tentando não sorrir, segurando o orgulho que estava quase na beira do precipício.

– Ei, psiu... – Ally chamou. Trish olhou pra ela e em seguida para o Austin. Os dois sorriam pra ela e murmuravam “obrigado”, mas a mesma virou o rosto, novamente tentando não sorrir com toda aquela situação.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Confesso que to com umas ideias aqui, e que eu to cansada de ficar enrolando tanto nessa fic... Só to dizendo que, tipo, vou começar a desenvolver as coisas. A fic já tá no capítulo 35, e bom, não teve muita coisa até agora. Não queria que ela ficasse muito longa, mas eu não vou prometer nada a vocês. Não sei se o fim está próximo, isso ainda vou decidir, mas até lá seguimos com o que aparecer em minha mente.
Espero que tenham gostado!
Mil beijos, da titia Cyn aqui :33