But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 18
Capítulo 16: Nice to meet you


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o Nyah! reabriu, que bom!! Já estava com saudades :3
Bem, aqui vai o capítulo que devia ter postado a semana passada, o tão esperado jantar - sqn xD
Amanhã ou Domingo posto outro capítulo, ok? Ou talvez deixo programado, j´que agora podemos fazer isso...

Boa Leitura!



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A entrada era simples, mas elegante, ainda continuava a ser como eu me lembrava apesar de haver algumas diferenças, parecia mais…luxuosa? Não sei ao certo. Fui desviada das minhas avaliações por uma voz feminina proveniente da cozinha, era a mãe de Nathaniel, eu conseguia reconhecer a sua voz. Sempre fora o meu forte, até me diziam que identificar vozes era comigo!

–Oh já chegaram! Olá, sou Sophie, mãe de Nathaniel como já deves ter percebido, prazer. O meu marido e a minha filha já devem estar a descer.

Estava prestes a cumprimentá-la quando oiço passos a aproximar-se, olho em direção às escadas e vejo uma figura masculina a descer, era sem dúvida alguma o pai do loiro. Este aparentava uma expressão rígida, de certo modo aborrecida em ver-me.

–Boa noite. – Disse com uma voz grossa que não tinha mudado nada.

–Boa noite. Agradeço desde já o convite para este maravilhoso jantar. Perdão, ainda não me apresentei, o meu nome é Aya Wilde, muito prazer. – Apresentei-me utilizando o meu nome completo de propósito, apesar de não gostar de fazê-lo esta era uma ocasião especial e eu tinha de causar uma boa primeira impressão.

–Wilde? Da família de empresários Wilde Company? – Questionou com uma sobrancelha erguida.

–Essa mesmo. – Respondi, percebendo os olhares espantados que Nathaniel e a sua mãe me dirigiam.

–Bem, que tal sentarmo-nos? O jantar já está quase pronto. Nathaniel podes ir chamar a tua irmã? – Declarou Sophie quando se “recuperou”.

–Vou já! – Respondeu Nathaniel começando a subir as escadas.

–Aya, por aqui. – Chamou-me a senhora encaminhando-me para a sala de jantar, atrás de mim seguia o pai do loiro.

–Sim, obrigada. – Agradeci sem saber realmente porquê, entender aquela linguagem formal era complicado, até chegava a ficar surpresa comigo mesma por ser capaz de fazê-lo quase naturalmente.

Sentei-me onde Sophie pediu, de seguida a mesma retirou-se para a cozinha deixando-me sozinha com o pai de Nathaniel. Este observava-me discretamente, provavelmente ponderando se eu seria ou não uma boa futura nora, evitei o contacto visual, aqueles olhos verdes incomodavam-me de certo modo.

Fui salva pela chegada dos irmãos, nunca na minha vida pensei alguma vez que um dia iria agradecer a Ambre por ter aparecido, mas há uma primeira vez para tudo, então porque não!? Quando a rapariga pousou os seus olhos em mim pareceu surpresa, porém a sua feição mudou no minuto seguinte para uma raivosa. Provavelmente estava a matar-me interiormente ou a então a torturar-me, de qualquer maneira não importava os olhares que ela me mandava ou os seus significados, eu sempre devolvia-lhe com um sorriso completamente falso e de certa forma cínico.

Sophie chegou logo de seguida com a comida, pousou-a na mesa e sentou-se no seu lugar. O seu marido estava sentado à cabeceira, com Nathaniel do lado esquerdo e eu à esquerda dele, Ambre estava à minha frente e não parava de me olhar com cara feia, disfarçando sempre que alguém (senão eu) a olhava, a sua mãe estava sentada à sua esquerda.

O jantar seria arroz de marisco, a comida não era algo assim tão extravagante, no entanto eu percebi que os ingredientes que levava não eram propriamente baratos, o que não era nada de mais para uma família rica como a de Nathaniel. A minha família também possui diversas posses, contudo isso nunca me agradou, o dinheiro estraga as pessoas, apodrece as suas almas.

–Então Aya diz-me, quando conheceste o meu filho? – Perguntou Sophie para quebrar o gelo.

–Ahm…Nós conhecemo-nos desde crianças, eu nasci e morei aqui até à cinco anos, depois estive a viajar com os meus pais e agora voltei. Eu e Naki, perdão, Nathaniel eramos amigos de infância, muito chegados até. Agora reencontrámo-nos e pronto…

–E quando se reencontraram? – Perguntou o pai de Nathaniel subitamente.

–Há algum tempo.

–E namoram desde quando? – Continuou com o seu interrogatório.

–Desde há umas semanas para trás…

–E isso é para durar? – Questionou com um tom claramente duvidoso.

–Esperamos que sim, não é Naki? – Interroguei o loiro enquanto me virava para ele e sorria da forma mais amorosa que conseguia.

–S-Sim é Ayki. – Gaguejou levemente, deixando o seu pai desconfiado.

Apertei os meus punhos com alguma força. Eu estava a esforçar-me para agradar e agora tudo podia ir por água abaixo por causa de um simples gaguejo. Continuámos a nossa conversa com diversos assuntos, a maior parte sobre mim ou a nossa relação, até que a pergunta inevitável chegou.

–Como é que descobriram que gostavam um do outro?

–Bem, eu não sei dizer ao certo, simplesmente aconteceu. Não posso dizer que sou uma experiente no amor porque não sou, mas o que sinto por Nathaniel é diferente, maior, algo que nunca senti antes. Quando ele se confessou, disse que gostava de mim, e queria namorar comigo eu não sabia o que responder, mas sabia que os meus sentimentos iam para além da amizade, por isso aceitei. – Aquelas palavras custavam sair, falar em amor, algo que não sei o que é, algo demasiado grande para eu entender.

–Mas espera aí! Tu no outro dia disseste-me que não querias saber do meu irmão! Como explicas isso? – Questionou Ambre, provavelmente para me fazer passar por mentirosa. Engoli em seco discretamente e expliquei-lhe com a primeira desculpa que me veio à cabeça.

–Nós tínhamos combinado manter a nossa relação em segredo…Eu não gosto muito de espalhar pelos sete ventos a minha vida pessoal, além disso eu confio em Nathaniel e acho que não há problema nenhum em não contar a toda a gente com quem eu namoro ou não.

A loira cruzou os braços indignada, sem mais nenhuma arma para me atacar. Depois do prato principal, Sophie trouxe a sobremesa, esta era uma tarde gelada caseira de frutos silvestres, após todos terminarmos o pai de Nathaniel tossiu para chamar a atenção.

–Bem, já todos devem saber a verdadeira razão deste jantar, eu deverei dar ou não a minha aprovação acerca do vosso relacionamento, já isso irá influenciar o futuro do meu querido filho. Tendo em conta diversos aspetos acho que não tenho nada contra o vosso namoro, mas para comprovar tudo o que disseram neste jantar eu tenho um pedido. Aya o que me diz?

–Se estiver ao meu alcance eu gostaria de satisfazê-lo.

–Claro. O meu pedido é simples: Quero comprovar a seriedade da vossa relação, o que estão dispostos a fazer por ela, por isso gostava que acolhesse o meu filho na sua casa por uma semana, serão sete dias e ele dormirá lá, ou seja, terão de conviver como um casal, é óbvio que se for necessário pedirei a aprovação dos seus pais.

–Não será necessário. É só isso?

–Sim.

–E quando começa a sua estadia?

–Hoje, mas não contará como um dia, apenas amanhã a contagem começará.

–Certo, Nathaniel deverá fazer as malas então?

–Sim. E aviso já: não quero “brincadeiras” durante esta semana. – Afirmou olhando para mim. Estava prestes a passar-me da cabeça, como assim? O Nathaniel, na minha casa? Comigo? Brincadeiras? Mas eu sou o quê?

Reuni todo o meu autocontrole e subi ao quarto do loiro para o ajudar com as malas. Nathaniel não disse uma palavra, mas assim que fechou a porta do seu quarto olhou-me com uma cara triste e disse:

–Aya, eu…

–Não digas nada, é o melhor. – Cortei séria. Se esta conversa começasse agora era provável que não acabasse bem, primeiro precisava de assentar toda a informação na minha cabeça e só depois pensar no resto.

–Mas… - Tentou novamente, porém eu lancei-lhe um olhar mortal fazendo com que o loiro percebesse que o melhor seria ficar calado se quisesse sair daquele quarto ileso.

Escolhemos as coisas mais importantes a levar, como material escolar, produtos de higiene e algumas roupas, já que não podíamos levar tantas de uma só vez concordamos que viríamos buscar mais amanhã, juntamente com mais alguma coisa que nos pudéssemos ter esquecido.

Despedimo-nos da sua família da maneira mais amigável possível, já que não estava com paciência alguma e a única coisa que conseguia era sorrir falsamente. Por sorte Ambre tinha-se trancado no quarto pedindo para ninguém a incomodar.

O caminho de regresso foi feito em silêncio, acho que Nathaniel estava com receio de falar comigo. Eu já estava mais calma, mas também não estava com vontade de falar. Mal chegámos a casa dirigi-me para a cozinha, por delicadeza não tinha comido muito em casa do loiro, então estava esfomeada, comi qualquer coisa em grande emoção, uma longa conversa esperava-me.

Quando voltei para a sala deparei-me com Nathaniel a arrumar o sofá, ia perguntar-lhe o que estava a fazer, mas ele adiantou-se:

–Eu hoje durmo no sofá, depois amanhã vemos melhor o que fazemos, talvez devêssemos arranjar um colchão desdobrável.

–Mas…

–Não há problema, a sério não te preocupes.

–Está bem, se quiseres alguma coisa diz. Já deves conhecer mais ou menos a casa por isso desenrasca-te, não é? – O loiro assentiu. -Então, boa noite.

–Boa noite.

Subi até ao meu quarto de deitei-me no chão, apenas com as pernas em cima da cama, para pensar. Como é que eu lhe ia dizer que tinha uma cama a mais e ainda por cima no meu quarto?


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Notas finais do capítulo

E então? Que acharam do pedido? Interessante, não?

Próximo Capítulo: Capítulo 17: Courage Aya, courage.

Bye bye and Kisses

@Marril .



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