Guerra Z. - História Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 13
Ep 12 - Lucy - Caçadores de cabeças.


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o último capítulo da semana, então só segunda-feira tem mais e.e Lembrando que Domingo volta a quarta temporada de TWD, Rick tá mais fodelão ainda, espero que a quarta temporada seja melhor que a segunda que pra mim foi a mais fóda até agora.


Espero que gostem do capítulo.



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Um mês depois. Dia 13 de Fevereiro.

O inverno se foi de vez, agora vivemos minha preferida estação do ano. Primavera. Um acordo fora feito e Nikolai teve seu bando despachado em nossa área, junto a ele veio um garoto que recebeu destaque, seu nome é Logan. Um garoto de quinze anos que é inteligente até demais. Ele consertou moveis, aparelhos e recebeu grande mérito entre todos. Sven cada dia estava mais apreensivo e obcecado pela cabeça de Muller. Marcie sabe pouco sobe o homem. Mary se recuperou e passa por uma fisioterapia para tentar mover a mão junto a Angelo, Charlie e Helena. O homem, Nikolai é de grande ajuda também, entrou no lugar de Connor e sempre ajuda quando pode.

É manhã, o sol árduo ilumina o pátio do condomínio, estou sentada tocando violão para as crianças. Entre elas estão Katie e Alessa que se tornaram amigas. Um de meus dons é cantar, tenho uma bela voz. Tiberius, Mikayla, Haruka e entre outros estão ao redor me ouvindo.

Canto minha musica favorita de Johnny Cash, ela se chama “Hurt”. Uma canção que toca meu coração e o de muitos... Lembro-me de meus familiares, dos momentos que passei... Será isto o fim mesmo? Já se passaram quatro meses e nada.

-Eu amo esta canção. – diz Haruka enxugando as lágrimas em seu rosto. As crianças escutam atentamente e sorrindo com os olhos brilhantes, isto é gratificante.

-Não sabia que cantava tão bem Lucy. – diz Tiberius junto à namorada. Sorrio ao terminar a canção. Todos aplaudem.

-Costumava cantar para minha mãe quando ela não conseguia dormir... Ela tinha câncer...

-Eu lamento... – diz Haruka segurando minha mão. Sorrio agradecendo, todos se levantam.

Vejo Sven perto da plantação que criamos conversando com Dim e Nikolai. Deixo o violão de Viktor encostado e sigo até os três.

-Não temos espaço para tantas pessoas. Temos que tomar devidas providencias. – diz Dim ajeitando o chapéu de cowboy.

-Que providencias? Sair por ai atirando em busca de um espaço para colocar os bois? Não se esqueça de que temos pouquíssimas balas e problemas. Um deles se chama Muller e sua gangue de merda! – diz Sven irritado.

-Você tem que pensar Sven, pare de ser egoísta! – Dim fala.

-Egoísta? Onde vamos achar um lugar para abrigar tantas pessoas? Porque só eu penso nessa merda?

-Ei! Parem de discutir, eu tenho algo em mente. – se manifesta Nikolai. Paro ao lado dos três.

-O que? Diga. – nós três o fitamos.

-Podemos arranjar um local seguro, que seja do tamanho desta área. Então teremos dois pontos, mas uma só comunidade. Isso será usado como vantagem, distribuiremos comida, munição, roupas e pessoas. É questão de adaptação. – não é um plano ruim, mesmo que seja difícil controlar duas comunidades ao mesmo tempo.

-E onde encontraríamos tal lugar?

-Existe um armazém abandonado não muito distante daqui. Dois quilômetros por ai. Fica na parte oeste da cidade.

-É seguro lá? Eu sei qual armazém está falando, pertencia a Bill Kellas, um ricaço do interior. – digo interessada na ideia de Nikolai.

-É! Este mesmo! Os muros são altos, portões resistentes, só temos que limpar a área e pronto.

-Limpar? Quão sujo está o local? – indaga Sven.

-Médio.

-Números.

-Da última vez que eu estive lá eram quarenta. Costumava ser um acampamento para refugiados, mas não deu certo.

-Ótimo! Descarte este plano. – diz Sven se irritando mais ainda. Dim o interrompe.

-Não, é um bom plano. Só precisamos de munição.

-Sei onde arranjar a munição necessária. Eu disse que o plano era completo, confiem em mim. – diz Nikolai, todos o encaram sérios. Principalmente eu. – qual o melhor lugar para arranjar armas do que a casa de um contrabandista?

-O que? – todos dizem ao mesmo tempo. Ele assente sorrindo de braços abertos.

-Sim! Temos um contrabandista na cidade xerife, você nunca o viu, mas eu o conheço. Seu nome é Garret. Ele vive nos subúrbios perto do porto. Sei exatamente onde encontra-lo.

-Acho que está se enganando, não existe nenhum contrabandista de armas na cidade.

-Sim, existe. Mas as armas eram vendidas para empresas grandes, ele não as vendia por aqui. Usava Vineville como faixada. – Dim torce seu cara desentendido e boquiaberto. Sven sorri vendo uma oportunidade. Também me entusiasmo com o contrabandista Garret.

-Ele está vivo?

-Não sei. Isto que quero descobrir.

-Então vamos fazer uma visitinha ao nosso amigo terrorista. – Sven assovia para Thomas que estava cuidando da van. Ele o olha surpreso. – prepare a carroça, vamos dar uma voltinha.

O grupo que Sven reuniu não foi muito grande. Ele levou a minha pessoa, Nikolai, Tai e Andew se ofereceu para ir conosco.

Estou na parte traseira da van junto a Andrew enquanto Nikolai ficou na frente com Sven no volante. Ela ajeita seus pertences na mochila e os homens conversam.

Olho para o teto inquieta, depois para a garota. Desde que ela chegou não conversamos direito. Ela prende seus cabelos e me pega a encarando.

-O que? – balanço a cabeça, quase que me perdi em meus pensamentos.

-Nada, é que não tivemos a oportunidade de nos conhecermos. Meu nome é Lucy e o seu é Andrew não é?

-Sim, eu a conheço. Falaram muito bem de você, corajosa, bela e tem uma voz angelical.

-É... – digo com as bochechas avermelhadas. Ela sorri estendendo a mão, a cumprimento.

-Você não tem medo?

-De que?

-Disso.

-Ah... É claro que tenho. Você não tem?

-Não... Eu tenho medo dos vivos. Estas criaturas não têm culpa do que lhe ocorreram, foi tudo culpa dos vivos.

-Concordo com você. Todos dizem que é a ira de Deus, mas eu acredito que não. Foi tudo proposital, nós somos os culpados.

-Me lembro de que diziam na TV que o governo não tem nenhuma relação com isso. Botaram a culpa na China e Iraque.

-Que infantis. Mesmo sendo americana eu tenho certeza que a culpa é deles. Aqueles experimentos malucos, Area-51, illuminatis, homens repteis! – ela ri e depois coloca a mão na boca segurando a gargalhada. Sven se intromete na conversa.

-Illuminatis, homens repteis docinho? Quanta imaginação. – ele também ri. Fecho a cara não entendendo o motivo da graça.

-Me desculpe, mas foi engraçado. – diz Andrew. Aceito as desculpas e a conversa continuou durante toda a viagem.

Uma hora de viagem e finalmente chegamos ao local destinado.

Vejo pelas janelas o porto da cidade, não tem nenhum barco ali. As ruas são estreitas e as casas grandes e todas grudadas, é bem parecida com as construções da década de mil e setecentos quando ocorreu a revolução americana. Sven desce armado com seu fuzil, faço o mesmo junto a Andrew. Carregamos armas brancas. Eu um bastão e ela um machete que recebeu de Charlie.

-É aquela casa. – Nikolai aponta uma casa do outro lado da rua. Alguns infectados vêm cambaleando em nossa direção.

Acerto um na cabeça com uma forte pancada. Andrew aproveita a situação e o golpeia na cabeça com o machete, ela se afasta já ofegante. Nikolai corta o pescoço de um com sua faca e depois golpeia o outro no crânio o matando.

Sven acende um cigarro encostado na van e vendo tudo. Acerto um no joelho, ele se enverga e o finalizo friamente. Andrew decepa o braço de um zumbi magro, ela se assusta e dá passos para trás. Nikolai crava sua faca na cabeça da criatura e o mata.

Sobraram quatro. Dois vem em minha direção. Giro o bastão e dou um golpe tão forte que a ponta do bastão se arrebenta com o impacto. Um já foi. Nikolai atinge o rosto de um zumbi gordo e o atravessa. Andrew tem dificuldades em acertar o zumbi que a cerca. Mas por fim o atinge na testa ficando o machete.

Já o último tem a cabeça atingida quatro vezes por meu bastão, o derrubo e espanco-o esmagando seu crânio pútrido e fedido. Com o tempo se acostuma com o cheiro terrível, não vomito mais.

-Por aqui. – Nikolai nos guia. Sven deixa a van e também o segue.

À frente vejo a casa, o gramado está limpo, ela é toda de madeira, janelas enfeitadas com barricadas e pregos. Tem sangue em frente à porta, o segundo piso está com as janelas trancadas, cortinas as cobrindo. Nikolai para em frente à porta de madeira.

-Garret? Sou eu, Nikolai. – ele bate na porta algumas vezes. Sven fuma encostado no corrimão. Olho para os lados preocupada. – Garret! – a porta se abre e uma escopeta de combate acinzentada é apontada para a cabeça do russo. Ele levanta as mãos rapidamente e larga sua faca, me assusto junto a Andrew e lá na porta se encontra um homem muito magro, cabelos escuros e compridos, barba muito longa e sem camisa, ele está tão desnutrido e aparenta os sinais de Anemia.

-Quem é... – ele olha fixamente para Nikolai que está assustado com o tamanho da arma. Sven continua com o cigarro na boca e só esperando por alguma ação de quaisquer lados. Engulo o seco. – Nikolai! – o homem abaixa a arma sorrindo, sinto um alivio no peito e respiro sossegada agora.

-Sim... Garret? – o homem abraça o russo com a arma em mãos ainda. Depois faz sinal com a mão para que entre.

-Quem são estes? Quem é ele? – ele indaga Nikolai quando vê Sven se aproximando sossegadamente.

-É Sven, ele é um... Amigo. – Garret não se precipita e manda todos entrarem.

A casa dele é bem organizada e escura. Algumas velas iluminam o local e existem várias trancas na porta principal. Sentamo-nos na sala, ele coloca a escopeta de canto e sorri.

-O que posso oferecer? Não tenho nada!

-Não tem de oferecer nada Garret. Nós viemos lhe fazer uma proposta. – diz Nikolai. Sven fuma lá dentro também, o dono da casa o encara e diz.

-Não fume dentro de minha casa. – Sven solta a fumaça na direção do homem o provocando. Aperto sua perna com força e ele cessa.

-Apague isto Sven. – o encaro me irritando. Ele franze sua testa sorrindo e apaga o cigarro na mesa. Garret o olha também irritado.

-Garret! – Nikolai consegue chamar atenção do homem que se vira.

-O que?

-Viemos lhe fazer uma oferta.

-Que oferta?

-Você ainda tem aquelas armas? – Garret fica em silencio por um tempo e depois toma voz.

-Sim, por quê? Vieram me roubar? Hein! – ele se levanta gritando. Andrew se espanta e Nikolai o acalma.

-Não, é uma oferta. Queremos parte das armas e em troca lhe daremos algo. – ele se senta.

-O que vieram me ofertar? Dinheiro? Adoro dinheiro.

-Você é idiota? O que fará com dinheiro agora? – diz Sven sentado de maneira desleixada. Aperto sua perna novamente chamando atenção do mesmo.

-Não importa, eu amo dinheiro. – ele diz dando ênfase a cada palavra.

-Mas não temos dinheiro Garret, queríamos lhe oferecer outra coisa.

-Uma das garotas? Gostei da lourinha. – ele aponta para Andrew que faz cara de nojo e me olha.

-Não, não é uma garota.

-Então o que é?

-Comida, suprimentos.

-Comida? Eu tenho tudo o que preciso aqui. Quero outra coisa.

-O que você quer?

-Hum... Não vão me dar dinheiro, não vão me dar a garota...

-Ele está me irritando. – Sven diz baixo me fitando. Garret fica pensativo por alguns instantes.

-Diga Garret, do que precisa? – indagou Nikolai. O contrabandista então diz de vez.

-Quero que matem uma pessoa e que me tragam sua cabeça. – todos se entreolham espantados com o pedido do homem. Sven se manifesta.

-Matar uma pessoa? Sério?

-Sim.

-Quem? – questiona Nikolai.

-Asher Jonah Júnior. – Nikolai se põe a frente no sofá com uma expressão séria.

-Asher?

-Sim, dizem os passarinhos que ele foi internado no manicômio da cidade vizinha.

-Manicômio? Quer que matemos um louco? Por quê? – diz Sven confuso.

-Nada de perguntas, eu o quero morto e só isso. Tragam sua cabeça e lhe darei metade de minhas armas e munições. – um silêncio de dois minutos prevaleceu naquela sala. Sven olhando para Nikolai e tentando entrar em um acordo mental um com o outro.

-E se ele já estiver morto? – pergunto e todos me olham, Garret responde.

-Se estiver morto é só trazer sua cabeça e receberão o prêmio do mesmo jeito.

-Trabalho fácil. – diz Sven, Nikolai ainda desconfia.

-Vocês têm cinco dias.

Sven estava sorrindo, Nikolai desconfiado, Andrew assustada e eu confusa. Matar um homem e receber armas em troca, se for tão fácil assim algo deve estar bem errado.


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Notas finais do capítulo

Acontecimentos paralelos:

—Helena fez uma consulta com Emma e acabou descobrindo a causa da depressão da menina. Ela se sente excluída em meio a tantas pessoas, por fim Helena levou Emma ao pátio onde ela se juntou a Thomas e os outros a pintarem os apartamentos. Foi um dia bem agitado e animou a garota.
—Charlie ficou no terraço bebendo e fumando escondido de Mary.
—Angelo começou a flertar com Mary enquanto a ajudava com fisioterapia em seu apartamento. A garota mesmo envergonhada mostrou algum interesse no jovem.
—Haruka passou o dia pintando seu quarto com Mikayla.
—Tiberius, Mark e Logan jogaram poker no outro terraço apostando doces e camisinhas.
—Viktor ficou com Emma pintando um apartamento. Ele mostrou interesse na garota e flertou um pouco com a mesma.


Escolhas de relacionamento:

Emma: Viktor mostrou interesse na garota, mesmo se sentindo só ela ainda tem a personalidade forte. Cabe a dona escolher o que fazer, aceitar um possivel relacionamento com Viktor ou negar.

Mary: Angelo começou a flertar com a garota e ela gostou. Ambos podem ter personalidades distintas mas se identificam bastante. Cabe a dona decidir o que fazer.



O próximo capítulo apresentará dois novos personagens: Fred (Doyle) e Angnel.

Flw e até.