A Filha Do Mar escrita por Emm J Ás


Capítulo 39
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ai meu Deus senhor da minha vida me belisca que eu não estou acreditando!
AAi!!
~(Você pediu.
Eu pedi pra Deus me beliscar, não você Cece! Vish... Doeu.
Enfim. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Como vocês conseguem ser tão perfeitos? Quer dizer, Jesus! Nem creio que tenho seis recomendações!
AI!
Eu não pedi pra me beliscar de novo Cece!!!
~( Ah não, dessa vez fui eu que quis mesmo.
Sai daqui bitch, deixa eu agradecer. Voltando ao assunto:
Muito, muito, MUITO obrigada as perfeitas recomendadoras Boucing Unicors e Apaixonada por palavras!
E é claro, a SrtPontas! Nada me deixa mais feliz do que olhar minhas atualizações e ver que recebi as recomendações mais divas da história desse mundo!!! Garotas! Estou viciada em ler e reler essas recomendações, elas me elogiam muito mais do que precisa! Vocês sabem como deixar uma autora feliz. ;) Kkkk
E mil vezes obrigada pelos diversos comentários em cada capítulo. Esse não é o último capítulo pessoal, mas explica algumas coisinhas que vão lhes dar uma linda esperança. Uuuuu... Suspense. Como eu adoro deixar todos ansiosos. ^^
Então lá vai. Leiam com atenção e não tirem conclusões precipitadas. Bjks!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414770/chapter/39

Enquanto Elizabeth ainda estava presa em La Isla, uma coisa terrível aconteceu em sua casa. Ela não teve a chance nem mesmo de pensar em evitar isso, pois tudo que podia pensar era em como fugir da iminente morte. Luke já havia saído do Andrômeda e encontrado um meio de chegar rapidamente ao seu destino. Carlos e Kalyssa se preparavam para fugir do Andrômeda e se infiltrar num navio de carga que deixava La Isla assim que chegaram lá. Miranda arrumava suas coisas em sua mala e Katherine, conversava com seus pais.

— Estou falando mãe, há algo de errado. — Ela tenta argumentar.

Todos estão juntos na sala do trono, mas Genevieve e Katherine estão de pé. Já seu pai, o rei, está sentado num dos tronos. As cortinas vermelhas estão abertas dando a visão do crepúsculo, mas o que ilumina o salão são as tochas presas às paredes de pedra cuja luz reflete no chão de mármore.

— Querida, nós já conversamos com Galatéia. Está tudo bem, eles concordaram em esperar mais dois ou três dias, quem sabe não tiveram um imprevisto? Minha filha está bem. Elizabeth está perfeitamente bem. — Genevieve fala, mais tentando convencer a si mesma que a qualquer outro. É notável o nervosismo em sua expressão, em seu simples tom de voz.

— Eu sei, ela está bem, mas nós não vamos estar. — Katherine persiste.

— O que a faz pensar isso filha? — Seu pai se pronuncia.

— Um pressentimento. — Ela responde.

Genevieve bufa dando um sorriso nervoso.

— Ora por favor Katherine, um pressentimento? — Ela está incrédula.

— Não meu, de uma raposa. — Ela diz.

Quase podem se ouvir os grilos. O silêncio é mútuo. Com certeza é uma grande surpresa que Katherine tenha consultado uma raposa em Alásia.

— Você disse, raposa? — Seu pai tenta confirmar.

Katherine assente.

— Quer dizer que há uma raposa em nosso reino? — Genevieve fala. — Devemos expulsá-la imediatamente. Katherine, exijo que revele a identidade da raposa.

— Não mãe. — Ela reclama. — Está se prendendo à notícia errada. A senhora sabe como são os pressentimentos das raposas, elas nunca erram. Se ela sente que estamos em perigo, é porque estamos.

— Então é ela? — A rainha continua.

— Mãe! — Katherine tenta chamar sua atenção.

— Desculpe filha, mas não podemos levar isso em consideração. — O rei se pronuncia. — Sabe que não são permitidos quaisquer outros seres não-humanos em Alásia. Nenhum conseguiria passar pela fronteira sem ser descoberto.

— Mas pai...

— Fim da conversa. — Ele diz.

Katherine cruza os braços.

— Vocês deviam acreditar em mim. Só me digam que vão preparar os exércitos, só isso...

Genevieve suspira.

— Vou ver o que posso fazer Katherine. Agora por favor, retire-se. — Ela responde.

Katherine faz a sua reverência, mas não esconde sua insatisfação, logo depois sai do recinto.

¬¬¬

— E aí, conseguiu convencê-los? — Miranda pergunta quando Katherine entra no quarto. Ela bate a porta que faz um estrondo.

Miranda fecha a mala e faz força para encaixar o trinco. Mas consegue e suspira passando as costas da mão na testa.

— Não. Eles são tão cabeças duras... De onde será que veio isso? — Katherine se joga na cama fofa.

— Deve ser mal de família. — Miranda sorri.

— Não sorria. Estamos em perigo.

— Bem, eu estou fazendo minhas malas. Vou embora antes que o pior aconteça. — Miranda começa. Ela puxa os cabelos ruivos para o ombro direito. — Sabe como são os pressentimentos das raposas.

— 99,999% de estarem certos. Quase nunca erram. — Katherine se senta na cama observando Miranda guardar cada mísera coisa em sua bolsa de alça. Um pente, uma caixinha com um anel dentro, uma prenda de cabelo. E algo reluzente... Um espelho? Ela guarda rápido na bolsa.

— O que é isso? — Katherine pergunta.

— Um espelho. — Miranda responde.

— Mirã, detalhes. Você não sabe mentir. — Katherine se levanta.

Miranda suspira e hesita, mas então pega de novo o caco de vidro na mão. Aquele pequeno espelho que ela pegou de seu armário, o que sua mãe te deu. Ela mostra para Katherine.

— Um espelho mágico? — Katherine logo reconhece.

Miranda assente.

— Hum, muito útil. Há muito tempo eu não via um, são raros.

— Tanto quanto um coelho de três olhos. — Miranda responde. Ela guarda o espelho cuidadosamente. — Quando eu estiver fora das fronteiras de Alásia vou usá-lo para procurar a Elizabeth. Tenho quase certeza de que ela também tem acesso á um.

— Pressentimento de raposa? — Katherine pergunta esperançosa.

Miranda ri.

— Sim, pressentimento de raposa. — Ela acena com a cabeça.

— Então eu vou com você. — Katherine fala.

Ela sai do quarto antes que Miranda possa protestar, e em menos de cinco minutos ela aparece com uma mala de mão e uma de rodinhas, as duas de couro, todas perfeitamente arrumadas para uma viagem longa.

— Como você é tão rápida? — Miranda fica surpresa.

— Como você eu também tenho pressentimentos. E o meu pressentimento quando pisei nesse castelo foi de que eu não ficaria muito tempo aqui. Nem desfiz as malas.

— Perfeito. — Miranda sorri e volta a encher sua bolsa com suas coisas.

— Quando vamos?

— Quanto mais cedo melhor.

¬¬¬

Chega a noite quando Miranda não consegue mais dormir. Durante a madrugada algo lhe diz que não pode passar nem mais uma noite em Alásia, o ataque será pela manhã. Ela levanta rapidamente e troca de roupa, colocando o vestido mais leve que tem e sapatilhas. Prepara seu cabelo ruivo com uma trança lateral caindo sobre seu ombro esquerdo e pega suas malas. Mas antes de abrir a porta ela tem um pensamento. Não posso deixar todo mundo aqui... Preciso avisá-los.

Mas a primeira pessoa que vem à sua mente é Katherine. Ela sai do quarto e segue o corredor. Tenta ir o mais rápido possível, mas com o peso que carrega é difícil ser rápida. Então ela prefere usar outro artifício para não ser vista pelos guardas. Antes de passar pelos primeiros soldados ela para, respira fundo e fecha os olhos. Já fez isso várias vezes, só precisa praticar mais. É como andar de bicicleta, não importa quantos anos se passem. Miranda usa toda a concentração que tem. E num breve segundo ela simplesmente desaparece. Fica completamente invisível. Abre os olhos e quando olha para seus braços ela sorri. Achou que não conseguiria.

Então Miranda pega sua mala e ajeita sua bolsa em seu corpo. Os dois ficam invisíveis ao mesmo tempo em que ela os toca. Depois disso é só andar pelo castelo sem fazer barulho. Ela precisa chegar ao quarto de Katherine.

Miranda é rápida, mas quando chega à porta do quarto de Katherine ela suspira. Dois guardas estão ali, de pé e de olhos bem abertos. Não há como ela entrar no quarto de Katherine sem que eles a notem. E ela não havia pensado nisso.

— O que eu vou fazer...? — Ela acaba sussurrando.

Um dos guardas a ouve, embora não tenha identificado que palavras foram ditas. Ele empunha sua espada imediatamente atacando o ar com uma expressão de medo. Em resposta a sua atitude o outro guarda também pega sua espada. Miranda se afasta tentando não rir. Isso lhe dá uma ideia.

— O que foi isso cara?! — O guarda que não ouviu Miranda falando pergunta. Este é louro com olhos castanhos.

— Eu ouvi alguém... — O moreno de olhos escuros diz, ainda com sua espada apontada para o ar.

— Ahh. — O outro ri dele e abaixa a espada. — Agora você acredita em fantasmas?

— É sério cara, minha mãe era médium. — Ele fala certo do que diz, mas sua expressão engraçada impede que ele possa ser levado a sério. — Ela via gente morta...

O loiro põe a mão na testa e revira os olhos. Depois suspira de tédio e se recosta na parede, então volta a rir quando vê que seu parceiro ainda está atento com a espada apontada para o nada.

— Pare com isso, não existem fantasmas.

O moreno suspira vencido. Mas Miranda não pretende deixa-lo mal em frente ao outro guarda, ela pensa nisso como uma boa ação.

— Uuuuuu... — Miranda pronuncia docemente a uma distância segura.

Sua imitação de um fantasma provoca medo não só no guarda moreno, mas também no louro que dizia não acreditar em fantasmas. Os dois levantam suas espadas, mas eles tremem tanto que Miranda precisa pôr as duas mãos na boca para abafar seu riso. Quando ela faz isso ela solta suas malas, fazendo-as reaparecer para os humanos. Os dois guardas batem na parede atrás deles, quase caindo na porta do quarto de Katherine.

— O que é isso?! Quem está aí!? — O moreno grita com sua voz trêmula.

Miranda olha o jovem louro cuja pele está esverdeada. Pela sua aparência parece que ele vai vomitar. Ele fica paralisado encostado na parede sem dar um pio.

— Uuuuuuú! — Miranda continua.

Ela pega as duas malas e as ergue no ar, tomando o cuidado e a concentração para não deixa-las invisíveis. Quando os guardas veem as malas flutuando eles não conseguem evitar. Ouve-se um grito agudo e assustado. O moreno joga sua espada na direção da mala maior, atingindo-a em cheio. O louro que gritou caiu no chão e abraçou seus joelhos enquanto tremia de medo. Ao ver que não houve resultado o moreno bate em retirada deixando o outro guarda sozinho.

— Fantasma! Fantasmaaa! — Ele corre pelo corredor gritando.

Com certeza esse vai ser despedido.

Miranda olha para sua mala onde a espada está cravada. Droga. Ela pensa. Essa mala foi muito cara! Espero que não tenha rasgado nenhuma das minhas roupas... Então ela se lembra do outro guarda, que ainda está ali tremendo de medo.

— O q-que você q-quer espírito? — O louro gagueja entre as palavras e levanta a cabeça lentamente, capaz apenas de ver os objetos caídos no chão. Mal sabe ele que Miranda está invisível bem na sua frente.

— A alma dos incréeedulos... — Ela faz novamente a voz de fantasma.

Os olhos do louro se arregalam e ele se levanta tão rápido que bate com a cabeça na parede. Meio tonto ele olha para trás, então vê a espada do outro guarda sendo retirada da mala onde antes estivera e flutuando apontada para si. Ele grita como uma menininha e corre tão rápido que tropeça no meio do corredor, mas segue engatinhando o resto do caminho até não ser mais visível.

— Ahahaha! — Miranda cai no chão segurando sua barriga de tanto rir.

Sem perceber acaba abandonando sua forma transparente e se mostrando apenas uma garota ruiva de dezesseis anos rolando no chão dando várias gargalhadas.

A porta do quarto de Katherine abre. Ela aparece com seu cabelo castanho escuro preso num coque no topo da cabeça e com uma camisola branca acima do joelho, o que seria considerado por muitos uma vestimenta indecente, mas que ela não se importa em trajar já que é apenas para dormir.

— Que tumulto é esse? Estou tentando dormir! — Ela reclama.

Então olha para o chão e vê Miranda se recuperando com dificuldade da euforia de cena tão cômica. Miranda se levanta e bate com as mãos no vestido como se se limpasse da poeira. Então ela encara Katherine com uma expressão séria. Esta não se demora muito, logo Miranda já está a gargalhar novamente.

— O que aconteceu? — O riso de Miranda é tão contagiante que Katherine não consegue evitar um sorriso, mesmo que sonolento.

— Você precisa contratar novos guardas. — Miranda diz, então pigarreia para interromper o riso. Ela arruma a trança de seu cabelo tentando parecer apresentável, mas sabe que depois de rolar no chão isso é muito difícil.

Katherine finalmente ri. Então ela olha para o resto do corredor e vê as malas de Miranda jogadas no chão, mas não vê com atenção a marca da espada na mala maior. Ela para de rir.

— Já está indo?

Miranda olha para trás, para suas malas, e então lembra-se de seu objetivo indo ali. Para de rir, encara Katherine e assente.

— Achei que não seria justo sair sem lhe avisar. — Ela diz. — Ainda há uma chance para você fugir.

— Mas ainda é noite, você disse que não havia perigo dormirmos aqui hoje. — Katherine abre mais a porta de seu quarto, deixando um caminho.

Miranda entende o recado e pega suas malas se dirigindo para a porta do quarto. Ela entra a deixa suas malas lá. Antes de fechar a porta Katherine olha para todo o corredor, certificando-se que ninguém viu Miranda entrando ali.

— Eu sei... — Miranda diz desanimada e de cabeça baixa. — Mas a sensação ficou mais forte. Eu sou inexperiente, mas acho que devemos ir embora imediatamente.

Miranda levanta o olhar para Katherine. Katherine suspira e se senta em sua cama. Com certeza esta não é uma boa notícia. Ela fecha os olhos tentando pensar com clareza.

— Desculpe-me princesa. — Miranda diz. — Mas eu lhe avisei.

Katherine encara Miranda.

— Não me venha com cordialidades Mirã. Você é minha amiga, pode me chamar de Kate. — E logo depois suspira.

— Você é igual a Elizabeth. — Miranda diz se aproximando mais um pouco. — Ela também insistia para que eu a chamasse de Liz.

— Pois deveria fazê-lo. — Kate ainda está de cabeça baixa, pensando. — Depois de hoje você não é mais uma criada. Se vamos fugir, você não deverá obedecer a mais ninguém.

— Bem princes... — Katherine levanta a cabeça para olhá-la. — Digo, Kate. Acho que fugir não é a palavra certa. Soaria melhor algo como escapar, ou se salvar...

— Não se prenda a detalhes. — Katherine se levanta impaciente, mostrando um lado responsável de si que Miranda nunca vira antes. Ela suspira depois de pouco silêncio. — Preciso avisar meus pais. É minha última chance.

— Ótimo. É melhor se arrumar logo, o sol nascerá em breve. — Miranda olha para a janela do quarto, que exibe o céu negro se clareando pouco a pouco. — O ataque será pela manhã.

As duas se encaram por um segundo, compartilhando de um sentimento que não queriam ter. O de estar prestes a abandonar o lugar ao qual se pertence.

¬¬¬

Katherine sai do castelo com suas malas, Miranda a segue. O céu já está claro, provavelmente são seis horas da manhã, mas o sol ainda não apareceu. Ainda se podem ver as duas luas se afastando lentamente no céu.

— O que aconteceu lá? — Miranda pergunta correndo para acompanhar Katherine. A herdeira de Alásia não é muito mais alta que Miranda, mas tem pernas muito mais longas e consideradas atraentes. Com certeza uma garota muito diferente da que saiu de casa obrigada pela mãe para continuar seus estudos e se preparar para ser a rainha do reino de seus pais.

— Não quero conversar sobre isso. — Kate responde.

Ela acabara de sair do quarto de seus pais com cara emburrada. Mas embora expresse mais raiva do que qualquer outro sentimento, Miranda pode ver em seu olhar que no fundo ela tem medo e receio de ir embora. Com certeza não deve ser fácil para ela abandonar os pais.

As duas chegam até a costa mais rápido do que imaginavam. Um barco nem muito grande nem muito pequeno espera por elas, com apenas dois servos. Um garoto de aparentemente doze anos e cabelos desgrenhados, e um homem de uns vinte e cinco anos com uma cicatriz atravessando o olho esquerdo. Miranda entra no barco sem hesitar, jogando primeiro suas malas. Mas quando nota que Katherine não subiu, ela se vira confusa.

— Ande logo princesa, os exércitos de Galatéia chegarão em breve. — Ela fala em sussurros, como se a certeza que ela tem lhe fosse um perigo.

Katherine joga suas malas dentro do barco com Miranda, mas ela ainda não sobe.

— Desculpe Miranda, não posso ir. — Ela responde. Antes que Miranda abra a boca ela continua. — E eu pedi para me chamar de Kate.

— Mas... — Ela não tem palavras. — Como pode fazer isso? Você vai morrer Kate!

— Não vou deixar meus pais aqui sozinhos. Apenas certifique-se de que Liz está a salvo, não posso perder também minha irmãzinha também.

As palavras de Kate carregam pesar. Como Miranda não percebeu antes? Ela é uma raposa, deveria ter pressentido isso. Não, ela só pressente o perigo. Mas ela sabia que Katherine não queria abandonar a família, ela devia ter imaginado que isso aconteceria.

— Mas e você? Suas malas... Quer deixa-las comigo?

— São todas as minhas coisas. Apenas cuide bem delas, são preciosas. — Kate abaixa a cabeça.

O servo mais velho, com a cicatriz no rosto, aparece atrás de Miranda. Katherine faz para ele um sinal com a cabeça, assentindo. Miranda olha para trás e então para frente, quando nota a corda que prendia o barco ao cais já está solta e a leve correnteza começa a mover o navio. Ela corre até a borda do barco se segurando no parapeito.

— Kate! — Ela fala alto. Elas ainda não estão muito separadas.

— Se cuide Mirã. E não se preocupe comigo, eu tenho um plano. — Katherine sorri, mas Miranda não consegue sorrir.

O que foi que ela conversou com seus pais que a faz agir desse jeito? Não importa. Katherine já virou as costas e começou a caminhar de volta para o seu castelo. O barco já está distante demais para que Miranda possa dizer algo que a princesa ouça. Não há mais volta. E o sol está nascendo, no horizonte ele já tinge o céu com cores rubras e alaranjadas. A visão seria bela se Miranda não estivesse tão preocupada.

O pior é que ela não tem destino, não sabe para onde vai nem o que vai fazer. E quando já está a uma distância razoável da ilha em que se encontra o reino de Alásia, ela vê algo que faz seus olhos se encherem de lágrimas pesadas. Seu pressentimento estava correto, ela não errou dessa vez.

Uma esquadrilha se aproxima de seu antigo lar, vários navios grandes e preparados com seus canhões apontados para o castelo. E em suas velas o brasão de Galatéia em azul e prata fazendo o sol refletir direto em seus olhos. Seu rosto arde. Nada de pior poderia acontecer. Ela apenas corre e se esconde no barco, impedindo a si mesma de ver a destruição de sua casa e rezando em silêncio para que Katherine e sua família se salvem. Para que todos os camponeses, criados, guardas, soldados. Para que fiquem vivos.

Mas ela sabe que isso não vai acontecer.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Saibam que tudo dito nesse capítulo já estava marcado para acontecer desde o primeiro capítulo de A Filha do Mar. Em minha mente! Muaahahahahahahah! Raio de esperança? Será que Katherine morreu? E os pais de Liz, conseguiram fugir?
Mais uma vez, quem odeia Galatéia levanta a mão!
OOOO/////



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha Do Mar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.