A Filha Do Mar escrita por Emm J Ás


Capítulo 10
Pós-Jantar: Nunca mais bebo na vida


Notas iniciais do capítulo

É, na minha opinião esse ficou meio estranho. Enfim, quem julgam são vocês.
Bejinhos e já agradeço por todos os coments, pessoinhas lindas.
Byee



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414770/chapter/10

Abro os olhos devagar. Luz, incessante e ofuscante luz. Aquece meu rosto e meus braços. Fecho os olhos novamente. Deixei a janela do quarto aberta? Não. Espera aí... Abro os olhos novamente. Olho para os lados. O mesmo quarto de madeira, ainda estou no navio. Então não foi um sonho, ou foi tudo um sonho. Sonhei que eu e Luke estávamos juntos em meu castelo, mas que quando era a hora de ele dizer o “sim” eu não ouvia sua resposta. Ele respondia “não” ao padre, e depois saía da igreja. Acho que tenho mais medo de ser recusada no altar do que de me casar. Fecho os olhos e balanço a cabeça. É bobagem, mesmo que nos casássemos, ele jamais diria não. Ou diria?

Abro os olhos novamente, agora já acostumada com a luz. Então olho para o lado, para o calor que aquece meu corpo. Estou aninhada em seu peito musculoso e seu braço me envolve. Ele ainda dorme, roncando baixo. Por um momento fecho os olhos pensando em dormir novamente, abraçando-o mais e aceitando a situação. Então percebo o que está acontecendo.

— Ah! — Grito e me afasto dele. Com o susto eu quase caio da cama.

O que Alex está fazendo aqui? Ele acorda assustado olhando para os lados. Seu peito está nu e ele está coberto com os mesmos lençóis que eu. Ah! Grito novamente, agora em pensamento. O que aconteceu?! Olho para mim desesperada. Ainda uso a blusa roxa e o cinto preto está frouxo (Porque eu não o tirei antes de dormir). Me acalmo. Nada demais, certo? Ainda não sei o que ele está fazendo aqui. Ele olha para mim e parece sorrir, então ele arregala os olhos e se levanta da cama num pulo.

— Vo... — Começo a falar, mas minha cabeça lateja de repente me impedindo. A dor é tão aguda que eu apenas dou um gemido e aperto a cabeça com as duas mãos. A dor passa tão rápido quanto apareceu. — O que está fazendo no meu quarto?!

— Seu quarto?! — Ele parece indignado. Pega sua blusa em cima do criado-mudo e começa a vesti-la.

— Isso, meu quarto. — Cubro-me com os lençóis (Como se houvesse algo para ele ver).

— Princesinha mimada... — Ele resmunga enquanto se dirige à porta.

— Aonde pensa que vai?! — Reclamo levantando-me.

Ele põe a mão nos cabelos castanhos e bagunça-os. Nervosismo? Isso faz lembrar-me de Luke.

— Vou para o meu quarto, antes que a tripulação acorde. — Ele aperta a cabeça e faz expressão de dor. Parece que sua cabeça lateja também.

— Antes me explique o que aconteceu... — Digo. — A gente não...?

— Não. — Ele responde antes que eu termine. Suspiro aliviada. Ele também suspira, o que me irrita.

— Seria tão ruim assim?

Ele olha para mim, de cima a baixo. Faz uma expressão que remete ao nojo. Fico indignada e abro a boca numa exclamação. Ele balança a cabeça, como se estivesse desapontado. Levanto da cama com raiva. Ele sorri debochado. Então num flash eu me lembro do que aconteceu na noite passada, no jantar...

— Não foi o que disse ontem. — Digo. Minha cabeça volta a doer, mas eu reprimo o gemido.

— Do que está falando?

— Você disse que pagaria... — Começo a pensar se é uma boa ideia dizer isso. Sim, é. — Pagaria para me ter.

Minhas bochechas coram ao dizer isso. Agora parece tanta idiotice.

— Eu estava bêbado. — Ele diz sorrindo. Seu sorriso me enraivece. — Não confie na palavra de um bêbado.

— Você disse que me ensinaria a usar uma espada. — Digo cerrando os dentes e mudando de assunto.

Ele franze o cenho, como se fosse difícil lembrar-se disto. E é. Não lembro com clareza de quase nada antes da noite passada. Minha cabeça ainda dói e sinto ânsia de vômito. Nunca mais vou beber na vida.

— A princesinha vai se machucar... — Ele fala como se fosse um aviso. Sinto minha pele queimar de raiva. Sinto vontade de socar a cara dele. Também sinto o mar se agitando a nossa volta. Minha culpa?

— Que seja. — Retruco. — Preciso saber me defender.

— Ótimo. — Ele ri debochando de mim.

— Ótimo! — Parecemos duas crianças.

Ele cruza os braços, ainda me olhando de cima a baixo. Corro até ele com raiva e bato a porta em sua cara. Não machucou, ele saiu rápido, mas ainda ouço seu riso idiota. Como eu fui chegar a esse ponto? Precisar da ajuda de um idiota desses... Arg.

A ânsia de vômito se torna incontrolável. Corro até a janelinha aberta de meu quarto.

¬¬¬

Com seus cabelos brancos dançando em seus ombros ela desfila pelo corredor. Seus olhos azuis-turquesa saltam de excitação, seu ânimo evidente. O salto das sapatilhas de couro faz um som alto, que ecoa por todo o barco. Kalyssa jamais se sentiu tão poderosa. Então ela chega ao salão de jantar, e toda a sua animação se esvaece.

Estão todos ali, desmaiados, roncando depois do jantar. Carlos está jogado em cima da mesa, os cabelos loiros desgrenhados como os de uma criança. Ele abraça o braço musculoso de Law como se fosse um ursinho de pelúcia. O resto está jogado no chão ou se agarrando à madeira da mesa. Kalyssa suspira e põe as mãos na cintura. Ela sopra uma mecha de cabelos que se punha sobre sua testa.

— Alô? — Ela se aproxima mais da mesa, rebolando pelo caminho.

Ninguém lhe dá atenção, ninguém acorda. Ela sorri maliciosamente quando uma de suas presas fica à mostra. Qual a melhor coisa a se fazer para acordar um grupo de piratas depois de uma noite se embebedando?

Ela bate as palmas alto, duas vezes e logo depois com os dois punhos bate da mesa de madeira. O barulho é tão alto que Carlos se estremece e acaba caindo da mesa, levando consigo Law que acorda atordoado. Sony põe as mãos nos ouvidos e acaba caindo para trás junto com a cadeira de madeira. Todos já estavam meio acordados só de ouvir as palmas, mas a batida foi muito alta. Todos têm uma dor de cabeça alucinante. Ressaca.

— Acordem vagabundos!! — Kalyssa grita animada, batendo palmas novamente.

— Ai... — Drobt reclama e se levanta de sua cadeira. Ele se desiquilibra e quase leva um tombo, mas se segura à mesa. — O que pensa estar fazendo Kaly?

— É... — Vinny diz com a mão na cabeça. Sua bandana vermelha está frouxa sobre os cabelos ruivos. — Já ouviu falar em gentileza?

— Ouvi sim. — Kalyssa diz com um sorriso e com as mãos nos quadris. — Mas eu nunca a conheci pessoalmente.

— Caralho... — Tom diz sorrindo e apoiando as mãos na mesa, cambaleante. — A noite foi massa...

— Demais... — Law também ri caído no chão. Carlos já está se levantando.

— Vamos logo beberrões, vamos ao trabalho. — Kalyssa exige. — Controlei a rota durante a noite, vamos às nossas tarefas.

Carlos tem cabelos louros e lisos, um pouco grandes demais para um garoto (Não para um pirata). Ele tem um charme gentil que encanta Kalyssa. É sexy, com seus músculos definidos e olhos pretos como a noite... Ela ainda poderia se divertir muito com ele, mas ele nem lhe dá bola. Tudo bem por ela, ela está interessada mesmo é no Alexander. A gente podia ficar de novo.

Ela ri batendo na mesa três vezes com a palma da mão. A maioria põe as mãos nos ouvidos reclamando. Carlos dá um sorrisinho e anda para frente. Ai. Acho que ele não viu a mesa na sua frente. Bateu em cheio nela e caiu no chão de novo. O som foi engraçado. Kalyssa gargalhou, mas tentou abafar o riso com a mão, por respeito à beleza exótica de Carlos. Ela estende a mão a ele, que geme e fecha os olhos.

— Quero dormir... — Ele reclama.

— Vamos logo vagabundo. — Ela diz e lhe dá um tapinha no rosto (Não muito forte, apenas para acordá-lo).

— Tá. — Ele diz como quem cede depois de alguém insistir muito. Ele se levanta rápido demais e cambaleia para o lado. — Eu tenho que parar de beber...

— Já é a milésima vez que você diz isso. — Kalyssa sorri e ajuda-o a andar.

Os outros também reclamam, mas no final acabam indo também. Kalyssa segue o corredor com Carlos apoiado em seu ombro. No caminho ela encontra Jack batendo à porta de Emily e chamando-a. O que será que aconteceu? Bem, todos sabem que o garoto é super afim dela. Ela sabe também, só finge não ver. Será que dessa vez finalmente aconteceu alguma coisa? Kalyssa se anima com a possibilidade. Ela e Emily não se dão muito bem (Talvez por ela ter tentado roubar o Andrômeda e mesmo assim a tripulação tê-la aceitado ali. Kalyssa foi a única contra isso.), mas ela gosta de um romance proibido. Um humano de quatorze anos e uma fada de dezenove? Nada comum. Super interessante.

Eles sobem a escada para o convés. Lá em cima Kalyssa encontra Alex, que chama muito sua atenção. Ele deve ser o único garoto no mundo que sabe lidar bem com a bebida. Mesmo depois de uma noite inteira de porre ele ainda consegue treinar esgrima com excelência. Kalyssa é fascinada por lâminas, ela adora espadas, e agora ela vê suas duas de suas coisas favoritas se exibindo no terceiro convés. A espada de serras de Alex e um garoto lindo e sem camisa. Parece a cena perfeita, mas aí Carlos se solta dela e vai até ele.

— Fala aí Alex. — Ele diz e estende a palma da mão.

Alex retribui o cumprimento, batendo sua mão na dele e depois dando um soco em seu punho. Tudo muito amigável e sorridente. Kalyssa faz expressão de desgosto. Ela se aproxima dos dois, se aproximando de Alex e se escorando em seu ombro.

— E aí Carlos. — Alex diz. — Como foi a noite depois que saí?

— Nada demais. Estamos mais interessados no que você fez. — Carlos o olha e pisca com um olho. — Se divertiu muito com a princesa?

Alexander ri, quase como se gostasse da ideia. Kalyssa não fica nada feliz. Aliás, seus olhos se tornam felinos e ferozes. Ela cruza os braços com a mandíbula cerrada.

— Não. — Alex responde. — A gente só desmaiou na cama.

— Pô cara... — Carlos se decepciona. — Mais sorte na próxima vez.

— Ok. — Alex ri.

— E então... — Kalyssa interrompe, ainda enraivecida. — Falando na princesinha, cadê ela?

— No quarto, eu acho. — Alex diz se afastando de Kalyssa e amarrando um pano branco na mão direita. — Ela ficou com raiva quando acordou.

Carlos ri e põe a mão na cabeça novamente. Dor de cabeça, latejante e dolorida. Kalyssa ri de sua dor. Por que eles ainda bebem então?

— Prometi que a ensinaria a lutar. — Ele diz.

Seu mundo rui. Quem ela acha que é? Não. Kalyssa fica com ódio da garota, ódio. Ensiná-la a lutar? Mas é só uma princesinha! Tem guardas para isso, não precisa aprender a lutar! Suas unhas quase viram garras. Sua pele pálida avermelha sutilmente e a pupila alongada de seus olhos cresce. Se acalme. Você acaba com a vadia depois.

Alex segura o cabo da espada com força, com o pano enfaixado nela. Nem ele nem Carlos olham para Kalyssa. Ela se sente invisível, como sempre foi. A lembrança de seu passado só a irrita mais. Lágrimas quase rolam por suas bochechas.

— Vai dar uma espada a ela? — Carlos pergunta animado.

— A gente pode comprar uma na Ilha Karley. — Ele fala. — Mas por enquanto ela pode treinar com uma espada mais leve. Ela teve dificuldade com a minha.

Claro que ficou visível. Kalyssa observou enquanto Alex corria em direção a filha do mar, queridinha que quase afundava o navio em ondas. Pouco tempo atrás, quando ela lutava com o capitão do outro navio, Kalyssa também a observou. Uma menina assustada e desengonçada, totalmente atrapalhada. A espada guiava mais ela do que seus punhos. Ela riu enquanto sua espada fazia cabeças rolarem, usando sua velocidade e charme, incrivelmente superior à Elizabeth. A princesa foi uma completa negação.

— Estava pensando... — Alex se vira para Kalyssa, mas ela ainda está perdida em pensamentos. — Você não pode emprestar sua espada para ela? Ela é leve como uma pluma.

Kalyssa ouve e se vira para ele com um baque. Isso é sério?

— Ahm... Não. — Kalyssa revira os olhos. — Eu nunca daria minha espada nas mãos dela.

Ela cruza os braços e recua um passo dos dois. Ela sabe, desde que terminou seu namoro com Alex, que a situação entre ela e a tripulação é tensa. Ninguém mais aguenta seus foras, suas preferências. Ela foi se tornando insuportável, pouco a pouco. Mas ainda assim eles a aturam, e ela não muda seu jeito de ser. Um dia já foi uma garota meiga e gentil. Hoje é amarga.

— Tudo bem, pedirei à Emily. — Alex diz, evidentemente insatisfeito.

Ótimo, perdi mais pontos. Chega de dar em cima dele por hoje. Chega.

Kalyssa sai dali sem dar uma satisfação. Carlos e Alexander continuam conversando, os dois apoiados no parapeito do convés, observando o mar. Kalyssa só pensa no que vai fazer para arruinar a vida de Elizabeth. Entregá-la aos piratas do Rei não é o suficiente. Ela precisa sofrer.

¬¬¬

Ressaca. Esse é o nome da pior coisa que pode acontecer a um ser vivo. Eu juro, com todas as minhas forças, nunca mais vou beber. O barco balança com as ondas. Eu já tinha me acostumado com isso, mas agora não consigo mais me equilibrar. Ando pelo corredor batendo nas paredes a cada movimento sutil. Chego à escada antes do que imaginava. Parece que aprendi a andar por esses corredores mais rápido do que pensei.

Subo um degrau, dois, três. A escada é pequena e só dá para passar um por vez, bem apertada. Seguro no corrimão enferrujado quando quase caio. Quatro, cinco, seis. Já posso ver a luz clara do céu, faltam poucos degraus. Sete, oito. Kalyssa aparece bem na minha frente, tampando minha visão. Olho para ela de baixo. Ela já é mais alta que eu, e eu ainda estou na parte baixa da escada. Me sinto diminuída. Termino de subir a escada e olho-a. Ela me encara com seus olhos felinos como se quisesse me estraçalhar neste segundo.

— Oi. — Digo.

Ela cruza os braços. Faço o mesmo.

— O que foi? — Pergunto.

— Nada. — Ela diz e dá um sorrisinho.

Depois se vira e sai andando.

— Ahm? — Não entendo, mas ela não explica. Passa por mim e desce as escadas praticamente me empurrando. Ótimo. Muito legal.

Olho para todo o convés. Meu preferido é o primeiro convés, o mais alto. Aliás... Eu ainda não entrei naquela salinha que há lá em cima. Operação exploração do Andrômeda: Ativada.

— Aonde você vai? — Ele me pergunta quando já estou indo até a escada.

Viro-me devagar. Sei que ele vai reclamar, aparentemente aquela sala é dele, mas não estou nem aí. Ainda estou com raiva por ele ter dormido no mesmo quarto que eu. Cruzo os braços observando-o. Estou cansada de ser a baixinha aqui, ele me olha de cima com esses olhos verdes e um sorriso torto. É tão idiota o modo como ele ainda consegue ser bonito. Idiota.

— Nenhum lugar que te interesse. — Respondo rigidamente.

— O barco é meu. — Ele cruza os braços. — Tudo que acontece aqui me interessa.

— Tudo, menos a minha vida. — Sorrio debochada. — Se vou a algum lugar ou não, isso não importa.

— Não sei se você esqueceu... — Ele se aproxima. — Mas você foi sequestrada, lembra?

Fico calada e desvio o olhar. É estranho lembrar que na verdade fui sequestrada. Eu desejo estar neste navio como desejaria estar em meu castelo, sinto como se fosse minha casa. Lembrar que não faz muito tempo eu fui trazida para cá a força, é esquisito.

— Preciso saber aonde você vai. Como vou saber que não vai fugir?

— Fugir para onde? — Rio dele. — Fala sério, é água para todos os lados.

— É, você está certa. Mas pela demonstraçãozinha que você deu ontem de manhã, eu acho que o mar não te incomoda.

Abaixo a cabeça. Ainda não estou familiarizada com essa parte de mim. Às vezes esqueço que posso controlar o mar. A água...

— Não vou fugir. — Digo. — Quero conhecer meu pai.

Ele se afasta, aparentemente surpreso. Será que ele não imaginou que eu quisesse saber o que aconteceu? Quer dizer, meus pais não são meus pais... Isso me deixa curiosa. Sinto saudade dos meus pais... Mas quero saber, quero encontrar esse Rei dos Mares. Eu sei disso. Achei que todo mundo também soubesse.

— Então vai seguir a rota conosco sem resistir? — Ele pergunta, tentando confirmar o que falei.

Assinto. Uma brisa suave bate em meu rosto, empurrando meus cabelos para trás. A sensação é boa, fecho os olhos por um segundo. Quando os abro novamente vejo que Alex sorri para mim, sua expressão mil vezes suavizada. Parece satisfeito, parece feliz.

— E então... — Fico corada pelo jeito com que ele me olha. — Você disse que me ensinaria a lutar...?

Ele balança a cabeça, como se estivesse voltando de uma viagem à lua. Ele desvia o olhar de mim, olhando para o leme do navio, lá no primeiro convés.

— Sim. — Sua voz é rouca e grave. — Acho que Emily pode te emprestar uma espada. — Ele olha para mim. — Ela não as usa muito, nem vai sentir falta.

— Tudo bem. — Rio. — Então acho melhor ir pedir a ela né?

— É. — Ele ri baixo.

Ele vira para a escada e começa a descê-la. Viro-me para ela também, mas algo chama minha atenção ao longe. Uma ilha, não muito longe daqui. Uma montanha enorme com várias cabanas e uma floresta espessa. Uma praia com areia branca e água cristalina. Pessoas andando pelo cais sorridentes com seus cabelos esvoaçantes e tudo mais. Como posso ter vivido minha vida inteira sem nunca ter vindo a este lugar? Tenho certeza de que lugar é esse: A Ilha Karley.

— Não vem? — Ele pergunta, já tendo descido as escadas.

— Claro. — Desvio o olhar da ilha e começo a descer as escadas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!