O Sorriso Psicopata escrita por Wendy


Capítulo 13
Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas desse site



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414259/chapter/13

Há tempos eu estava esperando por uma chance e lá estava ela: Jack fugia após um assassinato e eu tinha a polícia ao meu lado.

–Essa será uma missão perigosa... Eu não aconselharia uma simples menina sem experiência participar... –Dizia o policial até ser interrompido por Daniel:

–Patrick... –Patrick parou no mesmo instante. Daniel estava pensativo. – Essa menina pode ser de grande ajuda em nossa missão, principalmente pelo fato de conhecer o procurado. E acredite, ela possui grande habilidade, eu posso garantir.

–Bem... Creio que não posso duvidar já que o Senhor está afirmando. –O parceiro de Daniel se dirigiu para mim. –Você tem certeza disso?

–Absoluta.

Patrick suspirou brevemente antes de Daniel dizer com confiança:

–Vamos à caçada.

***

Um pouco longe dali, Jack estava em um bar de estrada, onde muitas pessoas jogavam e comemoravam com muita bebida e conversas altas.

–Me dê sua melhor bebida! –Pediu ele ao homem que secava copos á sua frente, colocando dinheiro sobre o balcão.

Não demorou muito para que uma dose estivesse nas mãos de Jack e ao saborear um gole, este desceu queimando sua garganta. Logo depois, a sensação de queimaduras aumentou ao engolir o resto, porém, ele adorava essa sensação.

–Mais uma dose, por favor! –Jack ergueu o copo e o bateu no balcão, logo, ele encheu-se com mais bebida.

Enquanto Jack pensava em seu próximo passo, enquanto girava seu copo com um resto de bebida, um carro aproximava-se do local.

Daniel dirigia com Patrick ao seu lado e eu no banco de trás. Estávamos em uma estrada deserta, por isso, Daniel podia dirigir na velocidade que quisesse que por sinal, estava incrivelmente acelerada, como eu nunca havia presenciado na vida.

Patrick estava com um celular, recebendo notícias da polícia de onde Jack estaria.

–Estou vendo! –Disse ele. –É aquela construção logo á frente!

–Aquilo parece um bar... Ah, não me diga que nosso criminoso é um bêbado também? -Daniel estava ansioso.

Patrick riu e informou à polícia que desceriam do carro em breve. Meus olhos fitavam o bar que ficava cada vez mais próximo, apesar de mil pensamentos, eu não conseguia imaginar o que realmente poderia acontecer naquele lugar.

Dentro do bar, a TV mudou de sua programação normal (um programa de entrevistas) para o noticiário. Uma repórter se roupa social e cabelos marrons caídos sobre os ombros dava as notícias mais recentes: “Após investigações do assassinato na Mansão Louise, que mostramos no noticiário mais cedo, há relatos de que o culpado pelo assassinato está sendo procurando pela região, por isso é recomendado que tomem cuidado ao andar pelas ruas e tranquem bem suas casas, lembrando que todo cuidado é pouco. Para mais informações, iremos entrevistar ao vivo um dos policiais que estão investigando o caso”. Enquanto a repórter falava, uma imagem de Jack apareceu ao lado da mulher e continuou durante a entrevista.

Por um minuto todos do bar pararam o que estavam fazendo, incluindo Jack, porém, este não ficou paralisado por muito tempo e logo saiu correndo em direção ao seu carro. Quando o Barman olhou aterrorizado em sua direção, o homem já estava saindo de seu bar. Um som de tiro foi ouvido do lado de fora. Logo, os outros clientes se deram conta de que havia um assassino cruel entre eles e ficaram em silêncio por algum tempo, até algumas conversas em tom baixo começarem a surgir. Todos estavam com medo de sair do bar e encontrá-lo lá fora, apesar de terem uma imensa vontade de ir para casa e se trancar lá dentro até escutarem a notícia de que ele não estava mais por ali.

Daniel tinha uma arma apontada para a porta do bar, ele havia atirado no pneu do carro de Jack enquanto Patrick e eu íamos para os fundos prestando atenção em todas as janelas, mas logo voltamos, Jack estava lá.

Jack estava paralisado, haviam o pegado de surpresa. Peguei a arma que Daniel havia me emprestado e a apontei para Jack, pegou algemas. Eu não poderia matá-lo naquele momento, precisava de alguma ideia, assim como ele.

Jack ergueu suas mãos lentamente.

–Não dê nem um passo e não tente nada! –Gritou Daniel enquanto aproximava-se do assassino, juntamente com Patrick que guardou sua arma e estava preparado para algemar o criminoso.

Jack estava me encarando. Aquele sem dúvida alguma era o olhar mais frio que eu já havia visto. Aproximei-me também.

Quando Patrick estava quase o algemando, Jack rapidamente avançou para frente, torcendo a mão de Daniel e retirando sua arma, que feriu as mãos de Patrick com duas balas e rapidamente veio em minha direção. Jack era veloz, inteligente e forte, assim conseguiu tirar com facilidade a arma de minha mão. Eu nunca iria ganhar de uma pessoa como ele, que já havia enganado inúmeras pessoas, incluindo oficiais da polícia e outros criminosos.

Ele retirou uma pequena faca de seu bolso e a encostou em meu pescoço. Enquanto segurava minhas mãos com tanta força que achei que meus pulsos iriam ser espremidos. Daniel pegou sua arma reserva e apontou para Jack enquanto seu parceiro sentia suas mãos queimarem com o sangue que não parava de escorrer.

–Vamos acabar com essa brincadeira, – O hálito de Jack fedia bebida. Daniel estava preocupado comigo e com Patrick, mas estava indeciso sobre o que fazer. – Do contrário... –Ele aproximou a faca de minha pele e logo, um fio de sangue apareceu.

–Você tem razão... Vamos terminar logo com isso. –Daniel jogou sua arma e ergueu as mãos. Havia ódio em seus olhos. –Solte a menina.

Jack sorriu levemente e antes que eu pudesse notar, havia uma faca em meu braço direito, que correu até o ombro, desenhando uma enorme linha vermelha que ardia como fogo. Minha dor e raiva misturaram-se em um grito.

–Quanto tempo, priminha... –Sussurrou o homem ao tirar a faca e me empurrar direto para o chão antes de correr para o carro em que eu e os policiais viemos.

–Você... –Daniel estava com tanta raiva que era possível ver seu corpo tremendo.

Enquanto o assassino fugia mais uma vez, Daniel entrou desesperado no bar, onde conseguiu um carro emprestado. Algumas pessoas corriam para suas casas enquanto outras ajudavam Patrick e eu a entrarmos no carro e fomos levados rapidamente para o hospital mais próximo, que infelizmente, ficava próximo da delegacia e não era tão perto assim.

Ao finalmente chegar na cidade, depois do que pareciam ter sido dias na estrada, fomos rapidamente atendidos e passamos a noite no hospital.

No dia seguinte encontrei Patrick no corredor.

–Eu disse que você não deveria ter ido.

–Eu teria feito tudo de novo... Bem, talvez nem tudo. –Olhei para o meu braço enfaixado, assim como as mãos do policial.

Ele sorriu levemente.

–Quer saber? Eu também.

***

Alguns minutos mais tarde, o médico disse que já poderia ir para casa. Caminhei em direção à sala de espera, onde a repórter de um jornal informava a fuga do assassino da mansão Louise.

Enquanto fui em direção à porta prestando atenção nas palavras da repórter, me deparei com algo familiar.

–Thomas...

O ruivo encarou o lado em que eu estava e logo falou em voz baixa:

–Jane?...

–Uau, você se lembra! –Brinquei.

–Como eu poderia esquecer? –Thomas estava com um belo sorriso em seu rosto, onde seus olhos encontravam-se cobertos por óculos de sol.

Sentei-me ao seu lado e contei sobre minha viagem e alguns lugares que visitei. Logo depois, ele me contou que suas irmãs haviam falado que me encontraram e como ele ficou ansioso para conversar comigo novamente. Também contou sobre como a cidade não havia mudado nada desde que saí e como ele ficou triste ao saber que eu iria embora.

–Eu realmente sinto muito pelo o que aconteceu naquele dia... Na festa de Halloween... Eu fiquei muito preocupada ao te ver... –Minha voz falhou ao lembrar-me daquela cena.

–Não precisa se lembrar disso! Eu estou ótimo e o que importa é que você voltou e está aqui, né?

Ao ver o sorriso de Thomas, sorri também. Eu estava realmente feliz por ter o encontrado, mesmo que em um hospital.

Uma médica de cabelos vermelhos presos em uma trança chamou o garoto de óculos escuros ao meu lado, que perguntou se eu poderia lhe acompanhar para podermos conversar um pouco mais.

Segui a médica que no levou para uma sala de espera menor e logo Thomas foi chamado de novo. Enquanto ele estava dentro de uma sala de exames, caminhei pelos corredores do hospital, até encontrar uma sala com mais pessoas: Uma médica lia os medicamentos que seu paciente desacordado deveria receber:

–Vejamos... –Dizia ela. – Esta parece ser sua injeção... Ops! – A médica deixou o medicamento cair e pegou outro do bolso em seu jaleco, sussurrando. –Essa parece bem mais apropriada!

A doutora aplicou a injeção no pobre paciente, até que minutos depois, o aparelho que nos permitia ver os batimentos cardíacos ao lado da cama, mostrou uma linha reta. O paciente havia morrido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí, o que acharam? Ficou bom? Ficou ruim? Ficou ótimo? Ficou horrível? Ficou legalzinho? Ficou uma droga?

Comentem o que vocês acharam *^*

Até o próximo õ/