Eles saíram do carro à paisana. Direcionaram-se ao parque e procuravam discretamente algum telefone público. Algo que parecia ser invisível, pois não havia em lugar algum. Deram muitas voltas pelo parque, até finalmente encontrarem um telefone que teve os fios cortados. Johnny analisou os cabos e disse:

      - Eles foram cortados recentemente. Para dizer a verdade, foi logo depois que a ligação foi efetuada.

      - Digital? – Pergunta Anne.

      - Aqui, tem uma parcial. E muito bem visível, quase como se a “testemunha” quisesse ser encontrada.

      - Ou não tem ideia do que é sigilo. Ele pode ser despreocupado ou ter algum problema mental. Mas aqui não é lugar para teorizar. Vamos! – Diz Kate.

      Chegando à delegacia, Kate e Rick veem um rosto bem familiar. Era alguém que eles não imaginariam ver novamente na delegacia. Gates aproxima-se deles acompanhada da pessoa e anuncia:

      - Detetive Beckett, Sr. Castle. O detetive Slaughter se ofereceu para ajudá-los no caso dos policiais.

      - Bom ver vocês novamente. Abriram um negócio de babá? – Pergunta Ethan, debochando.

      - Ele era desse jeito antes ou isso foi recentemente? – Pergunta Anne, sarcástica.

      - Do que você está falando? Que jeito?

      - Um babaca total, cheio de mimimi.

      - Se me admira, é só falar.

      - Nem em um milhão de anos. Agora, com licença que eu vou levar o telefone sem fio aqui – Diz, indicando o telefone em sua mão. – para uma análise.

      - Escuta aqui Slaughter, se você fizer algo que atrapalhe essa investigação ou que a coloque em perigo, terá que aprender a andar sem pernas ou braços. Entendido? – Diz Kate, odiando o momento.

      - Entendido, mas que tal se nós saíssemos primeiro?

      - Ei, vai com calma aí. Senão o seu problema vai ser comigo.

      - Foi mau escritor, não sabia que ela estava com você.

      - Vamos parar de palhaçada e falar sobre o caso. Dois policiais da 74th mortos a tiros. Jack Henson e Derek Jones. Eles...

      - Trabalhavam na imigração e investigavam uma máfia hispânica que entrou no país ilegalmente. Eu os conhecia, eles eram gente boa.

       - Ok. Antes que pergunte qual é a do telefone, recebemos uma ligação de uma pessoa anônima que dizia que sabia quem tinha matado os policiais, mas em troca queria US$ 10.000.000.

      - Bem careiro para só um nome. Mas e a das crianças?

      - É só um estágio.

      - Ok, o telefone está sendo analisado e o sangue das minhas roupas também. O resultado de ambos sai em 15 minutos. – Diz Anne.

      - Que amor. A menininha tá bancando a detetive. – Debocha Slaughter.

      - A “menininha” no caso tem uma arma de verdade, e não hesitaria em atirar em quem atrapalhasse ela. Então, me atrapalhe, e é um homem morto. Tente me machucar, e é um homem morto. Ouse se voltar contra mim...

      - E eu sou um homem morto. Só que eu não sou tapado. Ou lesado. Vamos investigar o caso logo.

      - Castle, isso é pipoca? – Pergunta Kate.

      - Aham, é de manteiga. Quer um pouco?

      - Não, obrigada.

      - Beckett, as análises estão prontas.

      - Obrigada Espo. Vamos.

      Receberam os resultados. Mas o dono da digital não era conhecido ou fichado.

      - Ramon Hernandez. Braço direito do chefão da máfia hispânica, Pablo Garcez. Ficha limpa entrou na máfia há algumas semanas. – Afirma Espo.

      - No mínimo se arrependeu do que fez dentro da máfia e quis se redimir. – Diz Kate.

      - Consegui um número de telefone para rastrearmos ele. Atualmente está... Aqui?

      De repente, o elevador se abre e de dentro dele sai um rapaz de 23 anos, machucado e aparentando medo. Ele começa a falar:

      - Por favor, me ajudem.

      - Claro, são US$ 10.000.000. – Diz Anne.

      - Ah, vocês são os policiais para quem eu liguei.

      - Exato, e eu só disse aquilo para você se ligar. Vamos te ajudar, se você nos der a informação que queremos.

      - E o que vocês querem?

      - O nome do assassino de Jack Henson e Derek Jones.

      - Claro, mas não aqui. Na sala de interrogatório, vamos Ramon.

      Ramon entra na sala, seguido de Kate, Rick e Anne. Logo começa a falar:

      - Antes de eu dizer o nome, eu quero saber que tipo de proteção eu vou ganhar.

      - Te mandaremos para o Programa de Proteção à Testemunha. Mesmo esquema, muda de cidade e de identidade. Agora nos diga o que queremos saber. Diz Kate.

      - Ok, mas antes, saibam que ele é muito poderoso.

      - Oh, por amor, fala logo. Não é como se fosse o Presidente certo?

      - Está certo. Não foi presidente nenhum. Foi... Joseph Yohan.

      - Quem? – Perguntam os três, em uníssono.

      - Joseph Yohan, chefe da máfia russa The Yohan’s.

      - Onde nós o encontramos? – Questiona Anne.

      - Fica fora disso criança.

      - Kate, Rick. Deixem-me um pouco a sós com ele.

      Relutantemente, eles saem da sala. Mas ficam cuidando pelo espelho. De repente, Anne arremessa a mesa contra a parede e começa a gritar:

      - VOCÊ ACHA QUE ISSO AQUI É ALGUM TIPO DE BRINCADEIRA? TÁ ACHANDO QUE AQUI É GTA? EU TENHO QUE PRENDER UM ASSASSINO E VOCÊ... ESTÁ ME ATRAPALHANDO. ENTÃO SE VOCÊ QUISER A MALDITA PROTEÇÃO, FALE TUDO O QUE SOUBER SOBRE JOSEPH YOHAN. E então, eu lhe mando para o Programa de Proteção à Testemunha.

      - Ok, Yohan contrabandeava cocaína para cá. Mas por algum motivo ela nunca chegava. Então ele decidiu trazer pessoalmente. Só que ele não tinha visto então ele forjou um e ficou aqui até os dias de hoje trabalhando junto com a máfia de Pablo. Devido às ações com drogas, os policiais da imigração descobriram sua localização e seu visto forjado. Yohan tinha que se livrar deles de algum jeito. Isso é tudo o que ei sei, eu juro.

      Saindo da sala de interrogatório, Ane diz:

      - Eu vou fazer com que aquele filho da mãe nunca mais veja a luz do dia.