- Anne, pense duas vezes antes de fazer alguma besteira. – Disse Kate, seguindo-a.

      - Deixe a garota! Vai ser legal ver com outros olhos alguém ser torturado. – Falou Slaughter, debochado.

      - Relaxa Kate, eu não vou fazer o Slaughter feliz. Eu vou fazer justiça. Vamos atrás do Yohan, a essa altura ele deve estar nas docas.

      Dirigiram-se para o carro e foram às docas. No caminho, Rick pergunta:

      - Tudo bem?

      - Claro, por que não estaria?

      - Você arremessou uma mesa contra a parede.

      - Eu posso estar com alguns nervos à flor da pele, mas estou bem.

      - Isso vai ser demais, principalmente se houver perseguição. – Debocha Slaughter.

      - Se você deixar Yohan fugir, eu farei com que você seja preso com os piores violentadores que tiver na prisão.

      - Ui, fiquei com medinho agora. – Diz Slaughter, irônico.

      - Devia mesmo.

      - Por que eu deveria ter medo de uma pirralha?

      Todos no carro começam a gargalhar. Slaughter pergunta:

      - Qual é a graça?

      - Coitado. Não sabe de nada. – Diz Kate.

      - Não sei o que?

      - Do que ela é capaz. – Diz Johnny.

      Slaughter engoliu em seco e se acomodou melhor no banco. Durante o resto do caminho foi um silêncio total. Chegaram às docas, mas não encontraram ninguém. Anne diz:

      - Droga! Não acredito que ele fugiu!

      - Ou ele nem mesmo chegou a estar aqui. – Afirma Castle.

      - Não pode ser ele é um mafioso. Ele tem que ter vindo aqui pelo menos uma vez na vida.

      - Ele esteve aqui sim. Olha ali na água. – Diz Johnny.

      Todos direcionam o olhar para a água e encontram um policial flutuando com dois tiros nas costas. Slaughter logo o reconhece:

      - Esse é o Carter Johnson. Ele trabalha na mesma delegacia que eu. Só que no setor de imigração.

      - Espera, a troco de que ele está matando policiais da imigração? – Pergunta Castle.

      - Para ninguém poder enviá-lo de volta à Rússia. – Diz Kate.

      - Kate?- Chama Anne.

      - O que?

      - Boa observação, mas, Yohan é da Ucrânia.

      - Tanto faz. Desde que ele seja preso logo.

      - Espera o que é isso? – Pergunta Johnny.

      - Isso o que?

      - Pois é ali na boca do Carter. – Afirma Slaughter.

      Kate pega luvas e retira delicadamente o papel de dentro da boca do policial. Nele estava escrito um recado, que dizia:

      “Caros policiais se estão lendo isso é porque fizeram um excelente trabalho encontrando o policial. Escrevi isto porque quero fazer um acordo. Em uma fábrica abandonada bem próxima daí, terá uma fatiadora. Eu colocarei um corpo falso com minhas roupas para ser fatiado. Vocês me darão como morto e fecharão este caso. Assim, ninguém mais morre e todos nós seremos felizes. Caso contrário, eu matarei cada policial que se meter em meu caminho, não importando o setor em que trabalha. Espero que possamos nos entender.”

                                                                                                                 Joseph Yohan.

      - Nos sonhos dele que alguém vai concordar com isso. – Alega Anne.

      - Mas até que é uma boa. – Declara Slaughter.

      - Ok, por que você está aqui? Ficou entediado por um acaso? – Pergunta Kate.

      - Exato. O movimento na delegacia diminuiu muito com o tempo. Ficou chato.

      - Pode parecer uma boa para você, mas para mim, não é. Os três policiais que morreram merecem justiça. E não vai ser deixando Yohan vagar por aí que eles a terão. Então, se quiser ajudar, seja bem vindo, caso contrário, a saída é logo ali. – Finaliza Anne.

      - Ok, deve ter um caso mais legal que esse na minha delegacia mesmo. Adeus. – Diz Slaughter que se direciona para a saída.

      - Ótimo, já estava me cansando dele. Vamos ver se Yohan está na fábrica. – Diz Johnny. Logo, todos saíram.

      Não muito longe dali...

      - Aqui é o Slaughter falando.

      - Ora, ora. Slaughter, velho amigo. Quais as novidades?

      - Os policiais estão a caminho.

      Ouve-se uma risada maléfica do outro lado da linha. Logo, ele fala:

      - Excelente trabalho meu amigo. Sua recompensa será entregue em breve.

      Kate estaciona o carro a alguns metros da fábrica. Logo, todos descem e se direcionam a fábrica. Entrando lá, eles veem uma cena muito macabra. Diria digna de ser escrita por Castle. Eles viam corpos de policiais de todas as partes do país. Todos baleados e pendurados como se fossem animais. Eles escutam uma risada maléfica, seguida de uma fala:

      - Olá policiais, sejam bem vindos à Casa de Horrores Joseph Yohan. Só aqui vocês encontram policiais de todas as partes do país.

      - Seu covarde! Mata todos esses policiais de surpresa, mas, quando chega alguém para você lutar cara a cara, você se esconde na saia da mamãe como um bebezinho chorão! – Esbraveja Anne.

      - Escuta aqui criança, eu não tenho tempo para brincadeiras. Então, vai passear no parque com o seu pai e me deixe resolver o problema com os adultos.

      - Seu desgraçado! – Após dizer isso, Anne atira contra uma cabine de vidro que tinha no 2º andar do prédio. Em seguida, surgem de todos os cantos, capangas armados até os dentes, cercando-os:

      - Eu preciso parar de ser tão imprudente.

      - Você acha? – Perguntam os três ao mesmo tempo.

      E começa uma batalha, tiros são disparados de todos os lados para todos os lados, assim, limitando os locais de esconderijo deles. Mas, ao olharem em volta, veem que quase todos os capangas se mataram, devido à péssima mira, restando apenas Yohan e dois brutamontes. Logo, os quatro se direcionam ao telhado, onde tem um helicóptero esperando Yohan. Kate diz:

      - Aonde você vai Yohan? A festa nem começou ainda.

      - Espera Kate, aquele ali não é...

      - Slaughter. Eu devia ter imaginado que tinha um dedo podre seu nisso tudo.

      - Foi mal gente, mas o salário de mafioso é muito melhor.

      - Olá Yohan, eu acho que temos contas a acertar. – Declara Anne.

      - Concordo plenamente. Que tal uma luta mano a mano? Sem armas. Só no soco.

      - Pela primeira vez eu concordo com você.

      - Ah é, como se eu fosse deixar. – Alega Kate.

      - Não se meta na briga. – Diz Slaughter, segurando- a pelo braço.

      - Solta ela. – Esbraveja Rick, dando um soco no rosto de Slaughter.

      Neste momento, o segundo brutamonte parte para cima dos dois, começando outra briga. Anne e Yohan começam a sua luta, quando Johnny entra no meio para ajudá-la. Ela logo diz:

      - Eu me viro. Vai ajudar Kate e Rick.

      - Nem morto eu vou deixar você...

      - Vai. Tudo bem. Eles têm dois brutamontes em cima deles e eu tenho somente o Yohan para enfrentar. Vai.

      Relutantemente, Johnny se afasta de uma luta e entra na outra. Mal chegou e foi logo pulando nas costas de Slaughter, o desequilibrando. Foi uma luta intensa. Anne imobiliza Yohan, que diz:

      - Você tem sido uma pedra no meu sapato, garota. Mas eu vou resolver isso agora.

      No momento em que os dois brutamontes são arremessados ao chão, é disparado um tiro. Logo, um corpo com expressão de surpresa, vai ao chão, perdendo muito sangue.