Alicia escrita por Sky


Capítulo 4
Capítulo 4 - Pegamos detenção.


Notas iniciais do capítulo

É galera, eu troquei o nome por que achei mais bonito. Mas e vocês, preferem qual? O que acharam da imagem?
Desculpem pela demora, enfim, hoje eu não fui na aula e tirei um tempinho pra postar. Acho que vocês vão gostar, por que, rola um climinha...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/413946/chapter/4

– Desculpe, não bato em Chihuahuas! - Sorriu divertido.

– Arg. seu... Seu... - ele riu. - Eu. Estou. Toda. MOLHADA! POR SUA CULPA!

– Hey - ele fingiu estar indignado colocando uma mão no bolso da calça e a outra no peito -, a culpa não é minha se você fica sentada no chão da calçada nessa chuva igual a uma pata choca.

– Pat...

– E eu posso saber o que você faz aí fora? - interrompeu-me.

– Estou sem a chave. - respondi relutante.

Acredite: Não é NADA legal se rebaixar ao inimigo.
Imagine você na chuva; A pessoa que você mais odeia passa com o carro e te molha a cara com a poça d'água; Ai imagine-se dizendo: Eu estou sem a chave por que meus PAIS esqueceram-se de mim, quebrei meu celular por que não penso duas vezes antes de agir e sou uma idiota e agora estou passando essa tremenda humilhação por sua culpa, já que VOCÊ me molhou e VOCÊ, VOCÊ, VOCÊ, mora na mesma rua que eu.

– Como? - Ele não parecia acreditar. - Ãh, enfim, entra no carro que eu estou começando a me molhar - ele virou-se abrindo a porta do carro. Dei de ombros.

– Eu já estou toda molhada!

– Mas eu não. Vamos.

Revirei os olhos.

– Você? Oferecendo-me carona? Não, muito obrigada. Vai que assim que eu sentar no banco do carro será ejetada e logo depois morta ou que você me trancara no carro junto com um macaco mais psicopata que você.

– Olha, isso magoou. Enfim, fique ai e morra de frio. - Deu de ombros fazendo um beicinho e logo entrando no carro. Cretino.

Caminhei relutante até o carro com mau gosto (pegando os resquícios do meu celular) e joguei-me no banco na frente.

– Que foi? - perguntei emburrada assim que notei que ele olhava-me estranho.
Jeremy riu dando de ombros e ligando o carro.

– Nada. Mas então, onde pretendia ir?

– Eu iria ligar para Camila ou Jess... Acho que Jessy deve estar em casa... - falei pensativa.

. . .

Acordei com algo extremamente pesado caindo sobre meu estômago, o que me fez sentar na cama improvisada dando um grito. Olhei ao redor e no mesmo momento reconheci o quarto em que estava. Ao meu lado Camila se arrumava apressadamente e Jessica já estava levantando, dizendo um "desculpa" e correndo pro banheiro.

– O que? - Levantei da cama improvisada cambaleando.

– Estamos atrasadas! - Camila disse afoita procurando algo no closet de Jessica. - Já são 9 horas!

– SANTA MÃE!- Gritei e começando a correr.

Escovei meus cabelos e logo prendi em um rabo de cavalo alto. Nota mental: nunca mais dormir as 4 da manhã, se no outro dia tiver aula.

Isso não teria acontecido se meus pais não tivessem que posar na casa da vovó em Santa Catarina (não me levando junto, eu repito), e ainda por cima esquecendo-se de me dar as chaves reserva. Por culpas de meus pais, eu admito: Se não fosse Jeremy, eu teria chegado totalmente en-so-pa-da na casa de Jessica e pegaria uma pneumonia. Algo que eu achei o cúmulo, (com C maiúsculo, só pra acrescentar), foi terem levado Geovana e terem esquecendo-se de mim. Por quê? Por quê? Alguém sabe responder! ARRÃ! Não tem resposta cabível pra isso, simplesmente e infelizmente, esqueceram-se de mim!

Assim que Jessica saiu do banheiro, a atropelei e fui escovar os dentes.

. . .

Sai correndo pelo corredor torcendo para não ser pega pelo espetor, Filtch, que por causa do maldito já peguei 3 detenções. Não iria mesmo pegar a quatro só por estar atrasada... 1 hora.
Enfim, eu já havia perdido a primeira aula e deveria estar prestes a acabar a última, e eu até teria me refugiado no banheiro feminino se na metade do caminho eu não desse literalmente de cara no abdômen de alguém... Com... Gominhos...! Olhei para cima. Argh!

– Atrasada? Deve ter ficado a noite toda pensando em mim - sorriu sedutor. Revirei os olhos.

– O que deu em você hein? Deixa-me passar - tentei me afastar, mas ele segurou meu pulso com força.

– Tsc, tsc, tsc! Não!

Bufei impaciente. – O que você quer?

– Um beijo, talvez? - ele fez um biquinho se fingindo estar a pensar.

– O QUE? - Gritei, mas logo me repreendi pelo ato. - Quer dizer, o que? É algum tipo de pegadinha onde você espera que eu diga sim e depois você me condena pelo resto da vida dizendo que eu sou caidinha por você?

– O que? Não! - negou mais rápido do que o esperado.

– Sou sua inimiga, não sua ficam-te!

– Então, acho que você não sairá daqui tão cedo.

Sabe o quanto isso é estranho para mim?

– Você sabe que isso nunca será possível! - sorri presunçosa. Dessa vez ele quem bufou.

– Ok, passamos muitas etapas. Que tal um encontro? - cedeu. Eu estaria prestes a dizer não quando ouvi a voz do s.r. Filtch:

– Ei, parem aí! Você mocinha!

O bom é que eu estava de costas.

–... Ou, vou te entregar. É você quem está de mochila, não eu. - ele sorriu mais uma vez, vitorioso.

Raciocine: o seu inimigo convidar-te para um encontro é como você atravessar uma enorme fenda com leões prontos para te abocanhar e tudo isso em apenas uma corda bamba.

Tentei soltar-me de seus braços, mas ele era mais forte.

– Me solta.

– Acho que não.

Maldito, deve agradecer muito ao sr. Filtch por isso. E isso me faz odiá-lo ainda mais. Filtch maldito. Filtch, que porcaria é Filtch?

– Ok! E se eu for pega, você morre!

Ele sorriu presunçoso e começamos a correr.

– Voltem aqui seus pestinhas! - Ouvimos Filtch gritar. Começamos a correr mais rápido rindo.

– Corre, corre! - gritei quando vi que ele se aproximava.

Corremos um pouco mais rápido, ainda rindo. E foi neste momento que ouvimos um estrondo, nos viramos a tempo de ver o espetor cair de bunda no chão com um balde na cabeça (que continha água).

– Voltem aqui seus pentelhos! - Ele levantou e saiu correndo atrás da gente de novo, tentando tirar o balde de cima da cabeça. Rimos mais ainda e apertamos o passo.

– Não acredito que estou rindo com você! - Admiti.

– Acredite!

Não deu nem tempo de completar 10 segundos e o velho já havia esbarrado na tia da limpeza, que o praguejou por estar molhando o chão.

Depois de termos virado o corredor nem sinal de Filtch. Caímos na gargalhada.

– Você ainda me deve um encontro... - disse sentando-se no chão com as costas nos armários. Ambos esta vamos ofegantes.

– Eu sei... - disse calma, sentando também.

Eu nunca pensei que teria um encontro com Jeremy. Quer dizer, não com O Jeremy. Mas valeu a pena. A cena foi cômica. Se você me visse você me daria razão.

– Onde vai dar esse encontro? - Perguntei finalmente. - O que você está aprontando?

– Nada. Só quero um pouco de paz.

Encaramos-nos e caímos na gargalhada de novo. Fomos interrompidos por um barulho de balde batendo no chão. Olhamos para i lado e vimos Filthc, todo molhado e com um balde no pé, que agora ele tirava. Parecia raivoso e acredite, se ele tivesse bombas de canhão, colocaria-as em nossa direção.

– Corre! - Jeremy gritou me levantando pelo pulso.

Começamos a correr mais uma vez, só que mais rápido. O espetor Filtch parecia estar possuído.

Pense bem: 2 jovens correndo a plenos pulmões e aquele velho ranzinza de 40 e poucos anos atrás da gente. O que iria dar?

. . .

–... E você mocinha? Eu esperava bem mais da senhorita. Hora, chegar atrasados...

– Hã, apenas ela chegou atrasada e... - Jeremy interrompeu a diretora, que pareceu mais furiosa ainda.

– Silêncio Sr. Becker! Zanzando pelo corredor e ainda por cima pregando peças no pobre Sr. Filtch... Dispensados.

Fomos andando em direção ao pátio em silêncio.

– Maldito senhor Filtch! - murmurei sentando em baixo de uma árvore. Becker riu, e sentou-se ao meu lado.

– Aquele velho corre. - rimos.

Ficamos mais uma vez em silêncio.

– Sabe, tudo tem seu lado bom... - disse pensativa.

– E qual seria eu e você, na detenção, hoje, limpando um bando de troféus que ninguém mais liga, a qual eu poderia ir treinar com o meu time?

Eu o encarei calmo.

– Eu não vou mais precisar sair com você - disse séria enquanto ele se aproximava, olhando entre meus olhos e boca.

E o pior de tudo, é que eu fazia o mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E AGORA: O QUE TODOS ESPERAVAM: " ROLA, OU NÃO ROLA BEIJO?
Beijinhos até meus amores!