Cap 9 - Chega um momento da vida em que o hospital vira sua segunda casa... Ou não...

O hospital de Edo nesse dia recebeu vários pacientes por conta da explosão na estação ferroviária. Em um determinado quarto dois albinos acabaram de ser atendidos, liberando a visita daqueles que esperavam para conversar com eles.

– Danna, Yashiro-kun, vocês já estão melhor?

– Hai Sougo-san, só tive arranhões graças ao Sakata Gin-san. Além disso já recebi alta.

– Oe Souichirou-kun como posso estar bem se fui perfurado na barriga. Alguém me traz leite de morango, preciso repor o açúcar urgentemente.

– Você está um hospital seu viciado de permanente. Fique quieto. Ainda não consigo acreditar que foi você quem salvou o Yashiro-kun. - Hijikata não poderia acreditar que estava com mais uma dívida para com o chefe do Yorozuya.

– Foi apenas uma coincidência Hijikata-san. - Disse Shinpachi. - Não fazíamos ideia de que dentro daquele trem estava o Yashiro-kun, que é sobrinho do Kondo-san.

– Foi uma ótima coincidência né Toshi. Nem posso imaginar o que teria acontecido com o Yashiro-kun se vocês não estivessem lá.

– Gin-san é melhor. ME POSSUA, AHHH.

Sa-chan tentou agarrar o samurai prateado, mas é claro que ela a jogou contra a parede mais uma vez.

– Não foi coincidência Shinpachi. - Gintoki estava levantando da maca e pegando suas roupas para se trocar.

– Como assim Gin-san?

– Gin-chan o que está fazendo?

– Como o que estou fazendo estou me arrumando para voltar para a casa Kagura.

– Oe Danna seu ferimento ainda nem começou a cicatrizar.

– É verdade Sakata-kun, você precisa de repouso e-

– Quem precisa de repouso, Gorila, é o seu sobrinho. Essa situação está pior do que imaginei.

Gintoki foi ao banheiro trocar a sua roupa enquanto os permaneceram no quarto continuavam a conversa.

– Como assim esta 'situação está pior do que imaginei'? Vocês sabem de alguma coisa?

– Também estamos querendo entender viciado em maionese. Oe Megane, use sua função de seriedade na série e diz o que o Gin-chan quis dizer com isso.

– Como se eu soubesse Kagura-chan... Espere, será se tem algo haver com... Gin-san você acha que é culpa deles o que está acontecendo?

O garoto de óculos perguntou a seu chefe logo que ele saiu do banheiro. Gintoki já estava pegando o seu bokutou* quando respondeu.

– A culpa não é de quem você está pensando. No mais vamos voltar a Kabuki-cho, preciso falar com a Baaba.

– OE TEMEE DO QUE É QUE VOCÊS ESTÃO FALANDO? - Hijikata já estava ficando louco por não saber o que acontecia, principalmente porque estava com um mal pressentimento.

– Não te interessa Oogushi-kun. Vamos Kagura, Shinpachi.

– Espere Sakata Gin-san.

Todos viraram e olharam para o dono da voz. O pequeno Yashiro não queria que o seu salvador fosse embora antes de que lhe pudesse falar uma última coisa.

– O que foi garoto?

O albino mais jovem levantou da maca e de pé se curvou levemente.

– Honto arigatou gozaimasu. Serei eternamente grato.

Gintoki olhou surpreso para o garoto a sua frente. Não esperava dele tal ação.

– Não precisa agradecer garoto. Mas pelo menos você não se parece com esses ladrões de impostos. E pode me chamar de apenas Gin-san.

– Hai, Gin-san. - Yashiro respondeu ao Gintoki com um sorriso no rosto.

No mesmo instante, uma onda de barulhos foi ouvida no hospital, gritos de palavras desconexas e desesperadoras se fizeram presente no ambiente.

– Mas o que é que está acontecendo agora? - Hijikata perguntou.

Quando Gintoki abriu a porta um grupo de enfermeiros passou correndo pelo corredor empurrando uma maca com um paciente ensanguentado e logo atrás um grupos de pessoas estava segurando um homem que estava desesperado.

Um homem não, quer dizer, um homem que se vestia de mulher. Essa pessoa era ninguém mais que um velho homem de guerra que era conhecido com Mademoiselle um antigo(a) Devas de Kabuki-cho.

– Saigo- san o que aconteceu?- Perguntou Shinpachi ao homem a sua frente.

– Paako, Pattie, Agomi... Agomi foi atacada. Eles a marcaram. Ela está muito ferida. Ela pode morrer a qualquer momento.

Um silêncio se fez dentre o grupo, todos estavam processando ou tentando entender o ocorrido.

Diante das circunstâncias Gintoki começou a pensar.

E de uma coisa o samurai tinha certeza.

O próximo seria alguém perto dele.

Alguém que está muito perto dele.

Depois de pensar e analisar bem o caso Gintoki foi capaz de soltar apenas um nome.

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– Tae...