O Passado Esquecido De Um Sakata escrita por Nana Luce


Capítulo 23
Lição XXIII


Notas iniciais do capítulo

Oeeee... Desculpem a demora...
E ai como foi de Ano Novo??
Passaram vendo o filme de Gintama (lê: rindo, chorando, esperneando, odiando o Sorachi e por fim daisuki Sorachi-sensei...kkk )... ENtão passaram igual a mim...
Vamos a mais um capítulo?!... Com direito a uma surpresinha no final...
Até as notas finais e boa leitura...



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Cap - 23 Não se deve cutucar a ferida ainda não cicatrizada de alguém

Na cabeça de Gintoki se passava todos os momentos em que ele compartilhou com a samurai ruiva. Todos os sorrisos, todas as lágrimas, todas as gargalhadas, as brigas, as angústias, os medos, até a única noite em que eles compartilharam a mesma cama 9 anos atrás após o albino saber da morte de seu sensei, tudo se passava como um flash. O albino ainda não conseguia acreditar que não veria mais aquele sorriso aberto que sempre o aquecia, as palavras doces varias vezes ditas por ela, as vezes que ela lhe dava sermões, mas principalmente, Kami-sama, como poderia ter lhe tirado aqueles olhos róseos, que só passavam paz, segurança e outro sentimento bom ao coração do albino.

Todos perceberam e olharam bem para o albino quando dos olhos deste saíram lágrimas. Lágrimas que mais uma vez fora derramada por algo que aquele homem lhe tirou.

Mais uma vez aquele homem lhe tirava um bem precioso.

– Ora Yashiro, não precisa ficar assim. Eu ainda nem te contei como foi depois que você foi levado pelo seu avô. Acho melhor contar logo, não. Bem, matamos, a Zoe - mãe da bastardinha, Yuan- o marido corno de Zoe, Kanou - irmão de Yuan e Nagisa - a mãe de Koshiro, afinal de contas eles não eram necessários, mas a sua mãe, ela, eu fiz questão de cuidar dela.

– Vai realmente contar tudo a ele Sousuke-dono?

O homem de cabelos pretos chegou até o local onde o grupo estava e se aproximou do velho.

Gintoki reconheceu imediatamente a voz dele. E como não lembrar dessa voz que permeava seus mais tenebrosos pesadelos. Afinal ele havia sido o culpado da separação dos três quando estes eram crianças.

O albino então tentou se soltar, em vão, dos que o segurava. Só havia dor em seu coração. Além do sentimento de vingança.

– Takumi-dono, achei que ficaria com meu neto?

– Resolvi vir até aqui e ver a resolução de perto. Digamos que o seu "neto" não é a melhor das companhias.

– Hahaha... Tem razão, tem razão Bansai-kun é um pouco estranho mesmo. Talvez seja pelo sangue que corre pelas suas veias. Ou pelos atuais companheiros. Mas isso não importa agora. Então, eu devo continuar com a minha historinha, e caso eu esquecer de algo você pode intrometer Takumi-dono.

– Como desejar Sousuke-dono. - Dizendo isso Takumi se colocou ao lado de Sousuke.

– Sabe Yashiro, eu nunca fui a favor da atração que meu filho sentia por aquela mulher. Ele realmente queria se casar com ela. Uma mulher nascida de um relacionamento paralelo. Meu filho, um Kawakami não poderia nunca se juntar com um ser desses.Eu, obviamente, arranjei o mais rápido possível um ótimo casamento para ele. Mas, mesmo assim, ele não deixou de se encontrar as escondidas com ela. E no fim, você nasceu. Um filho. Primogênito. Enquanto a verdadeira mulher meu filho não conseguia engravidar nem de uma menina. Bem, só tinha uma coisa que eu nunca negaria sobre a sua mãe. Ela era bonita. Muito bonita. Seu corpo inteiro era muito bonito. Após eu ter pego o poder de Osaka novamente, tirado todos do meu caminho eu fiz dela minha, como eu poderia dizer, bonequinha de luxo. Pena que ela só aguentou o agitação de nossas noites por um mês...

As palavras de Sousuke atravessaram a mente dos que o ouviam, ninguém precisou ir mais fundo em seus pensamentos para imaginarem o que este homem fez a mãe de Gintoki.

As palavras ecoavam na mente e no coração do samurai prateado.

Não bastava o que aconteceu com Sawari e esse homem lhe fala dessa maneira o que fez com sua mãe. Não que ela fosse a mais presente. Não que ele se lembrasse dela e muito menos tinha algum sentimento. Mas, o albino já estava esgotado, tinha, até mesmo, desistido de lutar, porém estas palavras o fizeram lembrar de tudo o que havia ocorrido, todas as dores físicas, todas as lágrimas, todo o desespero que esse homem colocou em sua vida e na vida daqueles que cresceram e conviveram com ele. Esse homem simplesmente destruiu tudo como se aquelas pessoas não fossem nada. Gintoki não iria permitir que isso continuasse dessa maneira. Ele não iria permitir que acontecesse o mesmo com aqueles que, agora, estavam ao seu lado.

Não importava as consequências.

O demônio iria destruir o monstro.

Com uma força, que nem mesmo o próprio saberia dizer como, Gintoki puxou um de seus braços e jogou um dos homens que o segurava sobre o outro fazendo com que os dois o soltassem, depois inclinou-se com força para frente e o homem que o amordaçava caiu a sua frente. Ele pegou a katana de Sawari lhe deu e foi, mais uma vez em direção aquele monstro.

Dessa vez Sousuke foi pego de surpresa.

Gintoki conseguiu o ferir no ombro esquerdo. Um ferimento profundo, que jorrava sangue.

Quando preparava outro ataque Ryuugo se jogou na frente do albino, mas agora Gintoki estava preparado e partiu para atacá-lo.

Gintoki via que estava em suas mãos a chance de vingar a morte da samurai ruiva.

Takumi aproveitou que a atenção do samurai prateado estava em seu adversário tentou atacá-lo pelas costas, mas foi interceptado por Hijikata.

– ATAQUEM. MATEM A TODOS. - Sousuke, irado, deu a ordem a seus homens.

A guerra havia começado.

~//~

Em um ponto, razoavelmente longe do embate, uma pessoa estava a frente de um espelho enquanto trocava de roupa. Essa pessoa olhava para seu reflexo enquanto se xingava mentalmente pelas cicatrizes que permeavam seu corpo.

– Tsch, já não basta ter demorado para fechar ainda vai demorar para sair essas drogas de cicatrizes.

– Ora o que você queria, eu dei o melhor de mim sabia?! - Uma mulher loira resmungou á pessoa de frente ao espelho.

– Não é sua culpa Akari-chan, mas, poderia ter chegado antes não.

– Hunf. Ainda reclama. Você queria, por acaso, que todos me vissem?! Era para eu estar em Osaka junto do meu amado Kyo. E não aqui com você e o idiota do Tora.

– Não precisa ser tão má Akari-han. Eu também queria estar com a Yuka-han. Aquele Kyo-han provavelmente nem deve estar protegendo ela direito.

– Calem a boca vocês dois. Não veem como a minha situação está terrível. Ahhh... essa cicatriz na minha coxa não vai sair.

– Para de reclamar, foi você que deixou ficar assim, olha o estado da sua roupa, nem parece que era algo que podia ser vestido. agora é só trapo.

– Para de reclamar você Baaba. Isso foi preciso.

– Temee... Preciso. Não vejo a necessidade disso. E qual é a desses dois aqui?

– Tora e Akari-chan vieram para cá para me ajudar. E também servir de ponte para sabermos notícias sobre Osaka e contato com o inimigo.

– Notícias sobre Osaka? Contato como inimigo? Como assim? - A velha perguntou a tal pessoa.

– Ahh Tora você está atrasado. Vai logo. Já estou quase saindo daqui.

– Hai, hai. Já vou indo Ha-han. Sayo' Baa-san, Akari-han. - Despediu-se Tora das três pessoas presentes.

– Ha-han, Ha-han, o quão idiota ele consegue ser?

– Tanto quanto você?

– O quão sem graça você consegue ser, Akari-chan?

– Garotas, ou coisa assim, não briguem. Ei, qual é a dessa roupa chinesa. E curta ainda por cima. Tá pensando em virar cortesã de cosplay?

– Hã?! Cortesã de cosplay? O que é isso? Esqueceu a minha origem Baaba. Temos o costume de nos vestimos assim. E é desse tamanho para ajudar na hora de usar todas as minhas habilidades.

– Que seja. Você tem certeza que vai voltar para lá.

A pessoa suspirou, olhou pelo espelho o reflexo de seus próprios olhos, percebeu que eles estavam mudando da cor azul para um tom de violeta claro, olhou então para o reflexo da velha e disse.

– Já era para eu ter voltado. Demorou muito para dar reação, se Akari-chan não estivesse aqui provavelmente não teria nem iniciado a fechar meus ferimentos. Mas meus olhos estão quase normais, então estou quase 100%.Tenho que terminar isso logo. Ele não conseguirá sozinho. Mas não se preocupe.

Terminou de se vestir, apanhou as duas katanas e o guarda-chuva preto e se dirigiu a saída. Mas antes de sair se voltou a velha e disse a ela.

– Eu fiz uma promessa. Ainda não é a hora de eu morrer. Ainda preciso ver o sol nascer, ao lado dele. Até o amanhecer Otose-baa-san.


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Notas finais do capítulo

E ai... quem será essa pessoa misteriosa?? Que poderes ela tem? Seria a mulher-maravilha? Seria Angelina Jolie em Salt? Seria a Mãe Dinah??...
Sexta no Globo Repor... Ops...
Apenas no próximo capítulo galerinha... Ou não...
Bjks da Nana e até o próximo...



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