Memórias By Hermione Weasley escrita por 1FutureWriter


Capítulo 4
A Despedida


Notas iniciais do capítulo

Olá tudo bem? Espero que estejam gostando da história S2



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Na última semana antes do verão, Harry e eu ficamos hospedados na Toca. Rony e eu estávamos sentados perto de um lago, ele encostando-se a uma árvore e eu nele. Quando me olhou, viu que algumas lágrimas escorriam dos meus olhos.

– Você está chorando? O que houve Mione? – perguntou assustado.

– Nada, deixa pra lá – respondi.

– Deixa pra lá? Você está chorando, vai me dizer agora o que está acontecendo! – exclamou ele.

– Estou com saudades dos meus pais. Só de pensar que eles nem sabem mais quem eu sou, é como tirar uma parte de mim! – disse já com os olhos vermelhos.

– Não fique assim Hermione, vamos achar um jeito de resolver isso – respondeu e logo me abraçou o mais forte que pôde, beijando meus cabelos.

Fiquei a pensar naquilo por algum tempo, até que uma ideia brilhante passou em minha cabeça.

– Rony! É isso, eu já sei! Não fiz os meus pais se esquecerem de mim, não lancei nenhum feitiço, só fiz um encantamento para que eles não se lembrassem de mim. – eu disse animada. – Como eu não pensei nisso antes, é só eu desfazer e eles vão se lembrar! – pulei com tanta veemência em seus braços que caímos um por cima do outro.

– Nossa Hermione assim você vai acabar me matando – ele disse rindo feito um bobo.

A felicidade explodia dentro de mim, lágrimas agora de alegria surgiam em meus olhos. Beijei Rony tantas vezes em lugares diferentes de seu rosto que ele logo ficou vermelho. É engraçado que mesmo agora que estamos juntos ele ainda fica com vergonha quando chego muito perto, chega a ser fofo. Se bem que as vezes ele é tão meloso que me irrita com tanto mimo.

– Érrr..., com licença, sem querer interromper os pombinhos, mas já interrompendo, a Sra Weasley está a procura de vocês dois para jantar - Harry disse assim que chegou, meio sem graça por nos interromper.

– Harry! – corri e o abracei.

– O que houve Hermione, por que toda essa felicidade? - perguntou ele assustado

– Eu lembrei, lembrei Harry, vou poder ter meus pais de volta! Só não sei como não tinha pensado nisso antes - respondi

– Nossa Hermione que bom! Você deve estar muito feliz – ele respondeu de volta, também feliz por mim.

– Feliz? Ela quase me matou quando pulou em cima de mim – Rony resmungou ainda vermelho.

– Rony! – falei surpresa

– Que? É verdade, o que não significa dizer que eu não tenha gostado - ele respondeu rindo e fazendo biquinho pra mim, depois pegou minha mão - vem eu estou faminto. Harry foi à frente, e Rony e eu fomos caminhando de mãos dadas pelo campo até a casa.

Já era por volta de 8 da manhã quando Rony acordou. Eu estava no quarto da Gina arrumando minhas coisas quando ele bateu na porta

– O que você está fazendo Hermione? – perguntou.

– Arrumando minhas coisas – respondi simplesmente.

– Como assim arrumando suas coisas? Aonde você vai? – ele agora estava com uma cara triste

Peguei em sua mão e nos sentamos na cama ainda desfeita.

– Rony eu não dormi a noite inteira pensando nos meus pais. Preciso voltar, ir a Austrália e desfazer o encantamento, ter eles de volta, não aguento mais ficar sem eles. – respondi.

– você vai embora, e me deixar? - perguntou com os olhos marejados.

– Não Rony, eu não vou te deixar, mas preciso ir! Quanto mais rápido eu for, melhor – disse de volta.

– E quando você vai voltar? - perguntou novamente.

– Não sei, talvez depois do verão quando começarem as aulas novamente.

– Aulas? Hermione acho que você que está com problemas de memória - falou num tom agora engraçado

– Sim Aulas! Mandei uma coruja para a professora Minerva pedindo permissão para fazer novamente o sétimo ano, afinal não assistimos nenhuma aula e não acho nem justo e nem certo me formar sem ter que passar pelas provas finais. Ouvi dizer que são as piores, o que significa que vou poder testar minha inteligência – expliquei.

– Mas você vai me responder, não vai? Vou escrever todos os dias pra você! – falou como uma promessa.

– Claro que sim Ronald Weasley! E você pode me visitar também, aliás, você deve me visitar! – falei olhando bem dentro de seus olhos.

– Hermione eu quase havia me esquecido! - falou quase pulando da cama.

– O que foi? – respondi com outra pergunta.

– Bem agora que você vai ter seus pais de volta, eu tenho que pedir permissão.

– Hã? O que? Permissão? – respondi com uma cara de quem acabara de ver o bicho papão.

No fundo eu sabia o que ele ia dizer, só não estava nem um pouco preparada para ouvir. Minhas pernas estavam trêmulas, as mãos suadas e meu rosto mais pálido como uma vela, eu estava em completo e perfeito pânico e ele por incrível que pareça percebeu!

– Hey! Não precisa ficar assim – ele falou pegando no meu queixo e levantando meu rosto para poder olhar nos meus olhos – não precisa se desesperar.

– Desesperar? Eu não to desesperada, de onde tirou essa ideia maluca? – respondi.

– Ah não está? Então porque você está pálida, com as pernas tremendo e as mãos suando? – disse maroto.

– E desde quando você se tornou tão detalhista? – perguntei tentando fugir do assunto.

– Bem desde que se trate de você! E eu te conheço muito bem srta Granger! Sei que está com medo de eu ir falar com seus pais e eu também estou, mas isso pra mim é importante, e pelo que eu saiba isso é como se fosse uma tradição no mundo dos trouxas, você me disse isso! Lembra? – falou.

– É lembro – respondi ainda sem graça.

– Pois é! Olha Hermione eu nunca tive a coragem de dizer pra você tudo o que sinto, mas acho que essa seria a melhor hora. – disse ele. Agora era ele quem estava trêmulo e com as mãos suadas e geladas – Eu nunca tive sorte com garotas, isso você sabe perfeitamente bem, nunca fui o mais bonito ou o mais inteligente, pelo contrário, sempre fui o mais medroso e desastrado, e mesmo assim você está comigo. Nunca fui bom em feitiços, nunca tive certeza de nada na minha vida, só tem uma coisa que eu sempre tive certeza: eu sempre fui apaixonado por você, na verdade eu acho que desde que eu te vi a primeira vez naquele trem, desde aquele dia eu soube que nenhuma outra garota ia fazer eu me sentir assim. Mas eu só me dei conta de verdade quando te vi junto com o Victor Krum no baile, só ali que eu vi o quanto fui estúpido em não te convidar pra ir comigo, por não me declarar logo pra você! Eu te amo Hermione Granger, e é por isso que eu insisto em conhecer os seus pais, pedir permissão para namorá-la, para que eles saibam o quanto você é importante na minha vida, o quanto eu quero ficar com você, não só agora, mas por toda vida. Não imagino minha vida daqui a 50 anos com uma mulher que não seja você. Você é perfeita Mione, perfeita pra mim.

Rony declarou-se pra mim com tanta verdade nos olhos, e ao mesmo tempo com receio da minha reação, mas o que ele não fazia ideia era que o meu medo já tinha desaparecido e como os olhos completamente cheios de lágrimas não me contive e comecei a chorar, não de tristeza ou nervoso, mas de alegria, por saber que ele sentia por mim o mesmo que eu sentia por ele, e sem esperar pulei em seu colo e o abracei o mais forte que consegui.

– Eu também te amo, com todas as minhas forças, sempre te amei. E você está errado quando diz que não é o mais bonito, você é sim, pra mim! Não me importa se você é desastrado e medroso, eu escolhi você Rony, é com você que eu quero viver. Só me importa o que está aqui – disse colocando a mão em seu coração e ficamos abraçados por quase 10 minutos até que voltei a arrumar minhas coisas e ele ficou ali me olhando com aquela cara de bobo que só ele tem.

– Espera, não fecha a mala agora, eu já volto não demoro – disse e saiu correndo do quarto.

– Bom dia Hermione – falou Gina acordando do seu sono pesado. Acho que ela não ouviu o que conversamos, menos mal assim que eu não fico constrangida.

– Bom dia Gina, dormiu bem? – perguntei.

– Muito bem, obrigada! Pra que essa mala? – perguntou agora curiosa.

– Eu vou pra Austrália, vou recuperar a memória dos meus pais – respondi com os olhos brilhando.

– E quando você vai?

– Hoje à tarde, quero ir o mais rápido possível – respondi animada.

– Ah sim, boa sorte então – falou.

– Obrigada Gina!

– Pronto voltei! – disse Rony, carregando um embrulho e um casaco.

Gina levantou-se da cama e foi em direção ao banheiro.

– O que é isso? – perguntei curiosa.

– Bem, isso aqui é um porta retrato com uma foto nossa, e isso aqui é um casaco pra quando você tiver saudade sentir meu cheiro, como eu sei que você gosta eu peguei no meu armário, assim você não esquece de mim quando tiver lá em Austrália – disse ele sorrindo achando graça.

– E você acha mesmo que eu iria te esquecer? Depois de tudo que dissemos um pro outro ainda pouco? – perguntei agora levemente irritada.

– Claro que não, mas vai que aparece um trouxa bonitão e você se encante por ele. E se ele quiser roubar você de mim – disse ele no tom mais irônico possível.

– Ronald Weasley! É incrível a sua capacidade de transformar um momento tão perfeito como esse que tivemos em uma grande...grande..

– Grande...grande ... grande o que? – disse e me puxou pela cintura e me deu um beijo que tirou meu fôlego.

– Ah! Pronto vai começar a melação, deixa ela respirar Rony! Bem vou procurar o Harry – falou Gina quando voltou ao quarto, mas saindo logo em seguida, nos deixando sozinhos.

[...]

Depois do almoço em família despedi-me de todos, um por um, só não me despedi do Rony, pois ele iria me acompanhar até Londres, onde partiria para a Austrália.

– Hermione minha querida, tenha uma boa viagem e volte logo, você faz muita falta a todos nós! E mande noticias – falou Molly.

– Obrigada Sra Weasley, prometo escrever sempre – respondi.

– Boa viagem Hermione e tenha cuidado lá – disse Harry e veio me abraçar.

– Vamos Mione, senão você vai acabar perdendo o trem – Rony falou de expressão triste – se bem que você poderia ficar.

– Rony já conversamos sobre isso, e logo eu estarei de volta. Vem, vamos, estou super ansiosa para ver meus pais. Até logo a todos, vou sentir saudades.

E assim partimos. Rony pegou o carro do Sr Weasley para me levar. Saímos um pouco mais cedo do que era previsto porque queria ter um pouco de tempo a mais com ele. O dia estava perfeito, não estava muito quente e nem frio demais, um perfeito dia de primavera, os campos bem verdes e as árvores floridas. Conversamos sobre nós, sobre o que queríamos fazer agora que terminamos os estudos, bem ele terminou, eu continuarei, farei o último ano novamente. Ele achava loucura minha, mas eu acho extremamente importante e necessário. A estação de Hogwarts Express estava bem cheia, muitos estavam indo para casa, eram filhos de trouxas assim como eu, mas diferença era que seus pais provavelmente estavam os esperando no mundo trouxa ao contrário dos meus que nem me reconheceriam.

– Bem, chegamos – disse Rony, que pegou minha mão e a beijou – eu vou sentir saudades. Promete pra mim que você vai me escrever?

– Claro que sim Ron! Vou escrever todos os dias, contando tudo que está acontecendo comigo enquanto estiver lá. Eu também sentirei saudades de todos, mas principalmente de você – disse, depois o abracei e o beijei. Um beijo rápido, mas o mais doce que já havíamos dado um ao outro. Saímos do carro e ele foi carregando a minha mala que só continha roupas, todo o resto estava dentro da minha bolsa.

– Espere! Eu esqueci completamente, eu também tenho uma coisa pra você – falei e peguei na minha bolsa um pequeno colar de prata, um daqueles que contém pequenas fotos. Por fora continha desenhos de abstratos de Dragões, uma das paixões do Ron, e por dentro continha a mesma foto que ele deixou de lembrança pra mim. Com uma legenda abaixo que dizia “You & Me Forever and Ever”. Pude ver em seus olhos que ele tinha ficado emocionado mesmo sem saber o que tinha por dentro, mas se segurou para não chorar.

– Hermione é o presente mais lindo que eu já ganhei, e olha que a mamãe adora me dar presentes. A diferença é que os dela são horríveis! – disse ele achando graça.

– Mas você nem abriu pra ver o que tem dentro – respondi.

– Mas tenho certeza que vou adorar – respondeu de volta e quando abriu o colar seus olhos brilharam um brilho que acho que nunca tinha visto. – você é perfeita sabia?

– Sabia, é claro, e você já deveria saber disso! Veja está enfeitiçado por “SEPLASIUM”, toda vez que você o abrir, vai sentir o meu perfume – expliquei.

– Isso é demais – respondeu.

Despedimos-nos e entrei no trem escarlate. Sentei-me em um lugar próximo as janelas e fiquei olhando lá de dentro até que o trem começou a ficar em movimento. A estação ficava cada vez mais distante até que parecesse somente um grão de areia em meio a todo o resto.


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Notas finais do capítulo

No próximo Capítulo ... O Reencontro



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