Pov. Annabeth.

         -Nossa, Annabeth, eu não acredito que você fez isso. Disse meu irmão.

         -Eu sei nem eu acredito, mas eu precisava falar isso. Disse eu.

-Eu sei, mas é que, tipo, Atena te renegou, ela não vai fazer mais nada por você. Disse Jason.

-Eu sei. Digo.

-Ah pessoal eu não sei do que vocês estão se queixando, Annabeth fez apenas o que nós deveríamos ter feito faz tempo, ela tinha que se vingar pela morte de Percy. Disse Drew.

Ela estava sendo legal comigo, e com até que bastante pessoas, quando Clarisse derrubou nela suco de uva, ela nem gritou tanto.

-Ela tem razão. Disse Piper.

-Percy. Gritou a mãe de Percy, só agora que eu tinha percebido que ela e Paul haviam ido até o caixão. – Meu filho, por que?????

Todos ficamos quietos, a temperatura que havia voltado ao normal, caiu novamente.

De repente Thalia se ajoelha no chão e fecha os olhos, um ritual muito antigo para os semideuses, é como se você um minuto de silêncio, mas nele nós só pensamos as coisas boas que aconteceram com o herói.

Então todos começaram a se ajoelhar, menos eu, eu fiquei de pé só encarando o caixão, Paul tentava afastar a Sally do caixão, mas ele mesmo não conseguia se afastar.

Depois de um tempo quando eles conseguiram sair de perto do caixão, eu me aproximei.

Percy estava arrumado, usava as roupas do acampamento e tinha agora um colar com uma concha azul, estava segurando sua espada e também o colar de contas, estava com o cabelo bagunçado como sempre e em seu rosto pendia um quase imperceptível sorrisinho. Ele estava com uma aparência comum como se fosse levantar a qualquer momento e perguntar o que estava acontecendo, e quem havia morrido.

Não dava, comecei a chorar quase que instantaneamente, não acreditava que ele havia sido tirado de mim tão rapidamente quanto se tira um doce de uma criança.

-Percy. Eu disse. – Por que?????

-Uhum. Pigarreou Quiron – Eu acho que devemos preparar a mortalha dele.

-Não. Digo eu surpreendendo tanto as pessoas, quanto a mim mesma.

-Não???? Por que não????Perguntou Luke.

Pude me lembrar do que ele disse em um momento que estávamos no tártaro.

“Ah meus deuses, Percy, eu quero morrer, quero que queimem logo a minha mortalha.” Havia dito eu.

“ Eu não.” Havia dito ele.

“Porque????”. Eu perguntei na época.

-Porque ele me disse que se morresse, gostaria que a mortalha dele fosse só queimada depois da batalha, assim se nós a queimássemos depois da batalha ele saberia de alguma forma que nós haveríamos vencido, e se nós não a fizéssemos, ele pelo menos sentiria que tivesse participado dela. Digo eu.

Todos começam discordar imediatamente, todos queriam que um herói como Percy fosse honrado.

-Ela esta certa, isso faz sentido, se ele morreu para se sacrificar pela gente, foi tudo por essa bendita guerra, ele queria participar, então eu acho que nada é mais justo do que fazer a vontade dele. Disse Reyna.

-É, mas porque podemos confiar no que essa ai diz, por que devemos ouvi-la, e fazer o que ela nos manda???? Perguntou algum campista.

Éle tem razão, eles não têm motivo nenhum para me escutar e fazer o que eu mando.

-Por que Percy confiava nela, e se ele confiava nela, isso quer dizer que nós também podemos confiar nela. Disse Clarisse.

-É. Disse outro.

Então todos começaram a concordar, então certamente tudo o que eu dissesse eles fariam, tipo o chefe mandou.

 -Então nós podemos deixar o Percy no chalé dele, acho que é pra isso que o colar que Poseidon colocou nele serve, para conservar. Disse eu. – E bom, eu acho que nós ainda poderíamos honrá-lo, que tal depois do jantar nós falássemos coisas sobre ele, para ele????

-Sim, isso é uma ótima ideia criança. Disse o Quiron.

-Então tá, até o jantar disse eu.

Então sai correndo e me tranquei dentro do chalé 3.

Eu estava péssima, estava tentando ser forte, mas não dava, eu o amava tanto, eu não acredito que eu não o terei mais, tudo o que ele queria, é o que eu quero agora, uma família.

Percy era minha família, esta certo que eu tinha o meu pai, mas a muito eu não acho que aquela família não era o que eu podia chamar de minha, também tinha minha mãe Athena, ou pelo menos ex-mãe, também tinha meus irmãos, Thalia, Luke, e todos do acampamento, mas eles não eram meus, não eram algo muito intimo, eram todos meus amigos, mas Percy, ele sim era minha família, ele era quem me acolhia quando tinha algum problema, ele era quem eu podia confiar plenamente.

Ele, ele, ele.

Não aguentei e fui dormir, faltavam poucos dias para a guerra acontecer e eu ainda não tinha conseguido fazer a bendita estatua fazer alguma coisa, e agora tinha tudo isso com Percy, eu não aguentei e desmaiei de exaustão.

E tive um sonho,

Eu estava em uma espécie de gruta escura, e lá estavam 2 pessoas, um cara e uma garota.

Tomo um susto quando percebo que a garota era a garota dos sonhos de Percy, alta, esbelta, bonita, atraente, eram essas as palavras que a descreviam.

O cara estava tentando curá-la, pois pelo que parecia, ela havia sido cortada por uma espada, um machucado feio.

E tomo outro susto quando o garoto se vira.

Se aquelas 4 palavras podiam definir a garota, 1 única palavra podia definir o garoto.

Percy.

Ele era idêntico ao Percy, era alto, magro, tinha o cabelo meio bagunçado e tinha belos pares de olhos.

-Você está se sentiido melhor.???? Pergunta ele.

-Muito. Diz ela com uma voz fria, mas seus olhos mostram uma mistura de irritação e alegria. – Mas, você não tinha que ter ido me ajudar, eu sei me virar muito bem sozinha.

-Claro, se com se virar sozinha você quer dizer quase morrer, eu estou totalmente de acordo. Disse Percy.

-Cala a boca, seu patético. /disse ela.

-Oh, amo elogios, não se esqueça que você também é patética. Disse Percy.

-Ah santo Jupiter, eu mereço isso???? Pergunta ela.

-Ah, também te amo. Diz o cara.

- Eu sei. Diz a garota.

-É, mas eu sei que você sabe que me ama. Diz percy com uma voz sedutora.

-Ah, mas nem em um milhão de anos. Diz a garota se aproximando do Percy.

-É???? Então porque você vai me beijar agora??? Pergunta ele.

- Por que eu gosto de brincar com você. Diz ela.

Quando eles estavam para se beijar eu e eles escutamos uma voz, entando na gruta.

-Pessoal não sabem o que eu encontrei. Diz uma garota que tinha todas as descrições da garota numero um e mais um pouco.

-O que. Diz a garota numero 1 sem tirar os olhos do Percy.

-Bom, encontrei ervas do campo, de nada.

-Até que enfim, pensei que você não iria chegar com o remédio nunca. Disse Percy.

Agora quando paro para reparar mais nele, percebo que ele não é o Percy , pois não é totalmente igual a ele,o garoto tem cabelo cor chocolate negro, e os seus olhos são uma mistura de um azul escuro intenso, um verde-mar profundo e um castanho escuro muito forte. Ele também parece mais velho, apesar de aparentar ter 16 anos.

-Bom, vou chamar os outros. Diz a garota numero 2. Então ela sai deixando os dois sozinhos.

-Então aonde estávamos????? Pergunta o falso Percy.

-Acho que em lugar nenhum. Diz a garota com um sorrisinho de maldade, sedutor e um tanto malicioso.

-Você é uma garota má. Diz o garoto.

-Eu sei, mas acho que isso não é novidade. Diz a garota.

Então eu acordo com o som das cornetas, mas não as cornetas do jantar, percebo que ele já foi, é agora.

É agora que será o “enterro”.