The Daughter Of Darkness escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 11
Nárnia é transformada em cinzas


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY! Oi gente, mais um capítulo aqui pra vocês, e amanhã tenho quase certeza que vai ter outro que eu já comecei a escrever. Gostaria de agradecer a Grazielly, que comentou no capítulo passado, espero que continue acompanhando a minha fanfic. E é só isso. Aproveitem o capítulo



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Acordei no dia seguinte com uma imensa vontade de me trancar no dormitório e nunca mais sair de lá. Infelizmente, a trabalhadora da esquina e suas amigas ainda estavam dormindo, então não iria poder fazer o que era da minha vontade.

Tateei e cômoda e peguei meu celular, eram 6 horas da manhã e Andrew havia me deixado uma mensagem.

Como foi o primeiro dia de aula? Me ligue assim que puder.

Xx Andrew”

Eu até poderia ligar naquele momento, mas imaginei que na Bulgária ele já estaria em aula a uma hora dessas. Me levantei , peguei meu uniforme dos leões e me troquei no banheiro. Ao olhar no espelho notei que a minha cara estava horrível, culpa dos pesadelos que tive a noite, não iria usar maquiagem para tentar esconder as olheiras, apenas lavei bem o meu rosto e tirei um pouco do cansaço aparente por conta da noite mal dormida. Amarrei meus cabelos numa trança e fui atrás de qualquer livro dentro da minha bolsa.

No salão comunal poucos alunos já estavam acordados, me dirigi até o canto mais afastado e passei a folhear o livro “Crônicas de Nárnia”, mesmo sabendo que por ser bruxa eu não passava de mais um personagem imaginário para trouxas, eu adorava ler livros de fantasias e mundos criados, Nárnia era o meu livro favorito. Talvez tenha sido por isso que caí na Grifinória, pelo meu apreço por leões.

“Você tem coragem o suficiente para mudar tudo”

As palavras daquele chapéu falante ecoavam na minha mente, coragem para mudar o quê? Não posso mudar que meu avô foi um bruxo assassino.

“Talvez você não precise viver na sombra de Voldemort.”

Quem disse isso?

“Sua consciência dã.”

Ótimo, não cheguei nem aos 15 e já estou ficando louca. Tem algo mais promissor que isso?

“Lira, não é por causa de um sobrenome que você tem que viver as dores do seu avô. Você pode e tem que mudar isso.”

E por acaso você tem um plano pra que isso aconteça?

“Olha, como sua consciência eu te dou conselhos, não as respostas.”

Ignorei totalmente o fato de que estava ficando louca e voltei a focar na história da última batalha, a minha crônica favorita. O único problema era: como me concentrar se um bando de babuínos selvagens do espécime Babuinus grifinorius não calam a boca?

– Então a cobra que veio parar na casa errada gosta de ler. – Um garoto um pouco mais alto que eu se aproximou, ele tinha olhos azuis e cabelos tão escuros quanto os de James. – Seria uma pena se você não pudesse mais lê-lo – E antes que eu pudesse fazer algo. – Incendio!

Larguei o livro no chão e ele rapidamente virou cinzas. Mantive minha expressão dura e firme, não choraria, não na frente daquele otário.

– Você me deve um livro novo. – Falei calmamente encarando-o.

– O que você disse? – Ele debochou.

Levantei rapidamente e saquei minha varinha nova, encostando a mesma no pescoço do garoto.

– Eu disse que você me deve um livro novo, por acaso é surdo? – Mantive o mesmo tom de voz calmo.

– O que pretende fazer com essa varinha? Me matar? Me torturar? Me obrigar a me juntar aos seus comensais da morte? – O desgraçado riu.

– Se eu tivesse comensais, saiba que você seria a última opção para se juntar a mim, ninguém merece ter a sua companhia.

– Então admite que teria comensais. – Ele sorriu vitorioso. – Interessante saber disso.

Meus dias ao que parece não seriam fáceis daqui para frente, mas no momento tudo o que eu precisava era de uma luz, ou de uma morte. Qualquer coisa para me livrar daquele otário.

– Solte o meu irmão. – A voz de James ecoou.

Tudo o que eu precisava, mais um otário, tem como o dia ficar melhor? Eu acho que não.

Tive meus pensamentos irônicos interrompidos por outra voz.

– Jay, dê uma lição nessa daí... – Rebecca disse com sua voz irritante e estridente. - ... antes que ela mate todo mundo, igual a você-sabe-quem.

Abaixei lentamente minha varinha, e empurrei o Potter que eu não sabia o nome. Ele grunhiu ao dar de cara com o chão. Virei em direção a James e a garota que não merece ter o nome pronunciado pela minha boca.

– Todos sabem que ele está morto, não vejo motivos para não dizer o nome dele, e se quer saber não sou Voldemort, sou Lira, e é isso o que você tem que aprender.

Ela soltou um risinho nervoso ao ouvir o codinome de meu avô.

Em minha opinião Tom era um nome muito melhor, afinal, Lorde Voldemort parece um daqueles nicknames de jogadores de RPG, estilo “Lorde_supremo3000”.

– Aprender o quê? Que você é pior que ele? – James se manifestou.

– O que sabe sobre mim para dizer se sou alguma coisa? – Fitei-o friamente.

– Sei que deve estar querendo se vingar de mim e da minha família. – Ele se aproximou.

Isso foi uma piada?É pra rir agora ou depois?

Vingança. – Soltei uma risada alta o suficiente para acordar os ET’s de Marte. [N/A: Sim, a escritora acredita em aliens.] – É claro, por que não? Aí eu mato todo mundo e boto as cabeças num espeto, eu sempre quis fazer isso, seria simplesmente demais. Estou até me perguntando como eu nunca pensei nisso.

– Me poupe das suas ironias Riddle, não preciso delas, aposto que tudo isso é um disfarce. Diga-me, como conseguiu manipular o chapéu?

– Jay, vamos sair daqui, estamos desperdiçando tempo e saliva com isso aí. – Rebecca abraçou James por trás.

– Antes eu tenho um recadinho pra ela. – Ele tirou os braços da garota de si mesmo. – Mantenha-se longe da Rose e da Lily, senão as coisas vão ficar ruins pro seu lado e eu terei que apelar para o meu pai. – Se virou e saiu com o irmão e com Rebecca pelo quadro.

Naquele momento eu não sabia se estragava toda a ilusão dele de que o Sr. Potter não me conhecia e que me odiava tanto quanto ele, ou se simplesmente ignorava-o e o deixava quebrar a cara sozinho

– Ainda me deve um livro novo Potter! – Gritei o mais alto que pude e notei os olhares espantados de alguns grifinórios. – Que foi? Nunca viram alguém revoltada por causa de um livro? – Revirei os olhos e fui sozinha para o salão principal (conseguindo sobreviver as escadas vivas.).

No dia anterior não tinha parado para prestar atenção no salão, mas naquele momento eu percebi o quão bonito era o lugar. Ao invés de ter um teto sobre a minha cabeça, eu tinha a visão de um céu bonito e ensolarado, deveria ser algum feitiço especial. Notei também que mesmo sendo um castelo muito antigo, tudo ali era belamente conservado, como se o tempo nunca afetasse nada por lá. As mesas eram longas o suficiente para aconchegar todos os alunos e os brasões das quatro casas decoravam as paredes do salão.

Levei um susto quando um fantasma passou por mim, literalmente por mim.

– A senhorita não deveria ficar parada por aí, deveria estar junto aos seus amigos no café-da-manhã. – O fantasma era um homem com aparência do século XVIII, e tinha bigodes e cabelos encaracolados de cor espectral.

– Digamos assim que eles não gostam muito de mim. Poderia saber quem seria este senhor com que falo?

– É muito educada em me chamar de senhor querida, tudo mundo sempre fala “O fantasma da Grifinória” ou “Nick quase-sem-cabeça” ou “O tio que fica atravesando paredes.”...

– Nick quase-sem-cabeça? – Soltei um risinho baixo, não sabia como fantasmas por ali reagiam quando irritados.

– Digamos que o carrasco não tinha um machado muito afiado. – Puxou a cabeça revelando que a mesma podia sair do lugar, porém havia algo que a segurava, tipo um pedaço de pele. – Não há problema em ficar chocada querida, todos ficam. Diga-me seu nome agora que já me apresentei.

– Lisandra Riddle, pode me chamar de Lira.

O fantasma me avaliou de cima abaixo.

– Que interessante, uma Riddle que veste dourado e vermelho, deve ser realmente diferente, espero que esteja muito bem na Grifinória. – Ele sorriu.

Por que todo mundo não pode ser igual a ele?

Decidi não despejar minhas frustrações nele, então apenas sorri e assenti. Iria me despedir quando outra pessoa falou primeiro.

– Então você é a Riddle – O fantasma se vestia como um barão, a diferença era que sua roupa parecia manchada de sangue, e as correntes que carregava eram muitas, logo se parecia mais com um presidiário recém esfaqueado do que com um barão. – É uma pena o que o chapéu fez com você, aquela coisa a cada dia que passa fica mais maluca, estava comentando com os professores que a seleção deveria ser feita por outra coisa, onde já se viu? O sangue de Salazar Slytherin na Grifinória.

– Talvez nem todo mundo seja igual, independente da herança familiar. – Falei um pouco intimidada pela face irritada do fantasma do barão.

– Hunf, bobagens. – E saiu flutuando até a mesa dos sonserinos.

– Aquele era o Barão sangrento – Nick falou – Não gosto dele, mas é o único que consegue parar o Pirraça, o fantasma mais chato e irritante deste castelo.

– Assustador.

– Concordo, agora tenho que ir ver os outros alunos, me acompanha senhorita?

– Claro.

Caminhei ao lado do fantasma e me sentei novamente na ponta mais afastada, e olhei para a porta, Rose era carregada por algumas garotas até a ponta oposta da mesa, ela me encarou e sussurrou algo como “desculpe”. Lily vinha atrás com os braços cruzados, uma carranca estampada no rosto e escoltada pelos irmãos, ao me ver sentada ali ela fez um sinal com a cabeça apontando para James e revirou os olhos.

Esse dia tá bom hein? Arranjei 3 inimigos, minhas únicas duas amigas não podem sequer falar comigo e meu único companheiro de conversa a partir de hoje vai ser um fantasma, que maravilha!

Peguei um bolinho da mesa e me dirigi de volta ao meu dormitório, peguei o livro de poções e fui atrás da minha sala de aula nas masmorras.


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Notas finais do capítulo

COMENTEEEEM



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