The Daughter Of Darkness escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 10
Chegada, escadas e Rebecca


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, alguns imprevistos aconteceram essa semana e não pude postar. O capítulo não ficou lá essas coisas, mas dá pro gasto e espero que gostem. COMENTEM POR FAVOR!



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Sabe aquelas cenas de filmes aonde enquanto você anda o tempo ao seu redor parece mais devagar? Bem... Eu me sentia assim naquele momento. Assim que o chapéu gritou a minha casa, um silêncio constrangedor se instalou no salão. Olhei para a mesa da Sonserina que parecia chocada, os grifinórios pareciam não acreditar e nas outras casas os alunos pareciam curiosos. O silêncio logo foi embora, trocado pelo de som de palmas vindas da mesa da Grifinória, aparentemente os alunos mais velhos não se importaram tanto quanto os mais novos, apenas aparentemente.

Pelo menos eles são educados.

Andei mais depressa até a ponta da mesa, minha recente amiga ruiva estava lá sorrindo e fazendo sinal de positiva, tudo parecia bem, até o momento em que me sentei.

Como se ao meu redor existisse um campo de força, todos se afastaram, exceto Rose. Olhei para os lados com as sobrancelhas erguidas e aqueles que olhavam para mim baixaram as cabeças ou desviaram para o outro lado. Seriam anos bem difíceis os próximos.

– Hey! Anime-se, você está na melhor casa de Hogwarts, bem-vinda a Grifinória! – Rose abriu os braços e sorriu mais do que já sorria.

– Obrigado Rose, parece que o pessoal não me curtiu muito. – Desviei minha atenção para o resto da mesa.

– Eles ainda não te conhecem, mas logo vão perceber que Lira Riddle é só mais uma de nós.

– É o que espero. – Suspirei.

Assim que os alunos do primeiro ano foram selecionados, a diretora McGonagall disse algumas palavras e anunciou o início do banquete, o que instaurou o início de risos, barulhos de mastigações e conversas. Era um caos, mas um caos no bom sentido, o que poderia ser chamado de diversão.

Eu e Rose conversávamos sobre qualquer coisa, desde as mais inúteis às mais importantes.

– Então ele veio e disse pra minha mãe que...

– Rose,podemos conversar? - Um garoto interrompeu a história que eu contava, ele tinha cabelos castanhos bem escuros, quase pretos, e olhos castanho-esverdeados. Encarei-o quase ao mesmo tempo em que a ruiva, ergui as sobrancelhas em forma de interrogação esperando que ele se apresentasse, mas fui ignorada. – Agora.

– Não posso James, estou conversando com uma amiga.

– Amiga? – Ele me encarou como se eu fosse um daqueles insetos estranhos que ninguém quer ver em casa, tipo uma barata. – Vem logo Rose.

– A gente se fala DEPOIS.

James bufou irritado, porém não parecia ter se dado por vencido.

De repente um par de mãos tampa a minha visão.

– Adivinha quem é Lira?

Aquela voz doce de criança e o cheiro de lírio eram inconfundíveis, havia me esquecido que ela era dessa casa.

– Oi Lily. – Disse tirando as mãos dela dos meus olhos.

– Você devia ter me contado que era uma Riddle. – Lily disse se sentando do meu lado.

– Por quê?

– Porque eu teria pensado numa forma de te apresentar a todo mundo sem te constranger, além do mais você teria mais amigos, afinal eu tenho muuuuitos primos.

– Lily e Rose! O pessoal está esperando as duas, então vamos, agora! – James cruzou os braços impaciente.

– Que continuem esperando. – Rose disse rápida e afiada. – Não quero saber deles.

– Concordo com a Rose, além disso, já levantei uma vez e me sentei, não quero ter o trabalho de repetir o processo. – A ruiva 2 apoiou a cabeça no meu ombro, soltou um bocejo e sorriu para James.

– Você não tem opção Lily, sou seu irmão mais velho, e por isso papai te deixou sob a minha responsabilidade.

As duas red heads soltaram uma gargalhada.

– Jay, é claro que eu tenho opção, você é quem não tem. - Ele encarou a irmã com uma feição confusa. – Ou você me deixa ficar aqui, ou eu conto para os nossos pais o que aconteceu no verão passado. – Ela sorriu cínica e James engoliu seco.

– Gente, eu acho isso tudo desnecessário. – Resolvi me intrometer na conversa atraindo os olhares dos três. – Seus amigos estão esperando vocês, acho que eles não iriam gostar de ser trocados por mim, vão lá, eu vou ficar legal.

– Nem ferrando que eu vou te trocar pela companhia da Rebecca. – a Weasley cruzou os braços.

Sorri para a minha amiga enquanto James parecia incrédulo.

– Tudo bem, eu vou. – A Potter suspirou. – Mas...

– Mas o quê Lily? – O irmão da garota parecia que iria explodir de impaciência.

– A Lira bem que podia sentar com a gente e com o pessoal.

Fiz que não desesperadamente com a cabeça. Não estava a fim de ficar com indigestão pela cara de bunda do James, nem de ver a tal Rebecca massacrar a imagem de Rose (até porque não seria divertido socar a cara de alguém logo no primeiro dia de aula).

– Claro que não. – Suspirei com o protesto de James. – E por que justo ela? – Apontou seu indicador na minha direção.

– Abaixe esse dedo torto James, não quero a sua companhia, muito obrigado. – Falei rispidamente.

– Que bom. – Sorriu falsamente. –Agora vamos Lily!

– Mas Jay...

– Nem mais nem menos, vamos Lily. – Puxou o braço dela e saiu andando.

Idiota.

– Então – Rose pegou uma torta de abóbora. – Gostou de conhecer James?

Não, não mesmo, nunca vi mais otário na vida.

– Não.

– Acredite, Albus é pior.

Ótimo, mais idiotas.

Sair daquele lugar e chegar até o dormitório foi literalmente uma jornada. Primeiro, tive que enfrentar uma multidão enfurecida de alunos querendo sair ao mesmo tempo pela porta do salão principal. Segundo, quase me perdi da Rose incontáveis vezes. E terceiro quase achei que ia morrer naquelas escadas móveis. Quando cheguei à frente do quadro da mulher gorda, meu cabelo parecia ter passado por um furacão.

– Você tá bem? – Rose estava exatamente igual a quando saímos do refeitório, como ela havia conseguido? Também desejava saber.

– O que você acha? – Respondi um pouco ofegante por correr nas escadas numa tentativa de ter certeza que elas não se mexeriam antes que eu saísse delas.

– Acho que você correu uma maratona, ou pisoteada por uma horda de alunos apressados.

– Talvez as duas opções. - Respondi tentando arrumar meus cabelos de forma decente.

A ruiva riu e se encaminhou ao quadro dizendo uma senha algo do tipo “Fogo de dragão”, o mesmo se abriu e logo estávamos no salão comunal da Grifinória. O lugar possuía várias poltronas e sofás de couro ocupados por alunos mais velhos que conversavam alegremente. As paredes eram forradas por uma espécie de tapeçaria vermelha estampada por leões dourados. Na parede entre as escadas que definiam dormitórios masculinos e femininos havia uma lareira de mármore claro.

– Aonde eu vou dormir? – Perguntei a Rose.

– Vem, vou te ajudar a descobrir isso. – Ela me puxou até uma garota alta de cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, e que parecia dar ordens aos alunos do primeiro ano. – Natasha! – Ela se virou e o distintivo preso ao seu uniforme cintilou.

– O que foi Weasley? – Natasha notou minha presença. – Ah... A novata. Sou Natasha Smith, a monitora-chefe. E você deve ser a Riddle que não é cobra.

– Lira. – disse secamente. – Onde vou dormir?

– Junto com outras três quartanistas, o terceiro dormitório a esquerda, a cama que estiver sobrando é sua. – Se virou rapidamente balançando o rabo de cavalo loiro e voltou a organizar os alunos do primeiro ano.

Rose ao meu lado parecia estranhamente aflita.

– O que foi?

– Isso não é bom.

– Isso o quê?

– Você vai ficar no mesmo quarto que a Rebecca.

Droga.

Engoli a seco e subi as escadas sem nem ao menos me despedir da ruiva, logo me vi encarando a porta do meu dormitório, abri devagar a porta de carvalho. Lá dentro três garotas conversavam animadamente. Uma era loira dos olhos esverdeados, a outra possuía cabelos lisos negros e traços orientais e por fim a última tinha cabelos castanhos claros encaracolados e olhos negros. No momento as três pararam a conversa para me encarar.

– Licença. – Fechei a porta atrás de mim.

– Quem é você? – A loira me encarou com nojo. Acho que não precisava de muito para saber quem era a Rebecca. – Ah, nem se apresente, você é a futura líder dos novos comensais da morte. – As outras garotas ao lado dela soltaram gargalhadas.

Ridículas.

– Sou sua nova colega de quarto. – Localizei meu malão próximo a única cama vazia, teria chego lá muito mais rápido se um braço branco não me impedisse. – Você, por favor, poderia me deixar passar, Rebecca?

– Vejo que sabe o meu nome. – Ela riu de novo. – É claro que sabe, sou a aluna mais popular de todo esse colégio.

– Digamos assim que não é tão difícil de te localizar, afinal, putas não são tão difíceis de serem achadas.

– O que você disse?!

– Como é trabalhar na esquina? Agradável? Quanto ganha por noite?

Se havia uma coisa nesse mundo que eu adorava era provocar alguém e continuar com um sorriso inocente estampado no rosto. Ninguém, repito, NINGUÉM mexe comigo e saí impune.

– Olha aqui Srta. Lady-das-trevas, eu posso tornar a sua vida um inferno nessa escola, e isso não é uma ameaça, é uma promessa. É bom você ficar bem quietinha no seu canto e abaixar seu tom de voz, senão as coisas podem ficar bem complicadas pra você, ouviu?

Empurrei o braço dela e fui me arrumar para dormir.

Pode vir Rebecca, escolheu a pessoa errada para infernizar.


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Notas finais do capítulo

COMENTEMMMMMMMM



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