Lembranças! escrita por Bê
Notas iniciais do capítulo
demorei demorei demorei mesmo... Tava sem animo pra escrever essa fic, sabe como é né galero? UHAUAHU enfim, mas voltei e queria dedicar esse capítulo p linda da Thuany, é sim!! Esse capítulo vai pra você! Façam bom proveito, se apaixonem ainda mais pelo Vince porque ele é lindo, nos vamos depois, xoxo
POV. Vince.
Coloquei minha blusa cinza e minha jaqueta de coro por cima e me olhei no espelho mais uma vez.
– Você tá parecendo uma mulherzinha. – o Liu disse sem tirar os olhos do livro.
O Liu era um cara bacana, moreno, do cabelo liso, nerd... Na verdade MUITO nerd e com um humor pior do que o meu.
– To legal, você acha que ficou legal essa roupa? – ele suspirou e tirou os olhos do livro.
– Sério? Você tá tentando causar boa impressão? – ele abriu um sorriso de lado.
Eu podia ter socado a cara dele até a morte, ou então o jogado para fora do meu quarto, mas eu não podia.
Primeiro: ele era meu melhor amigo.
Segundo: ele era a única pessoa em quem eu confiava mais que a mim mesmo.
Terceiro: ele não me deixa ir à loucura quando... Hum... Bom, ele não me deixa ir à loucura.
– Você pode, por favor, se focar na minha pergunta. Hein, que tal? – eu disse revirando os olhos.
– Ah, claro. – ele sorriu. – se você retocar o batom quem sabe... – joguei a primeira coisa que vi nele, um pente que ele desviou por alguns segundos.
Aulas de Jiu-Jitsu estavam com certeza fazendo algum efeito.
– Vai se fuder Liu, que porra. – me olhei no espelho mais uma vez e peguei o meu celular, mandando uma mensagem pra flor em seguida.
“estou aqui na frente do Morgan, você já está pronta?”
– Boa sorte. – o Liu disse quando eu peguei minhas chaves pra sair.
– Eu sempre tenho. – eu pisquei pra ele e abri a porta para sair.
– Não se meta em confusões. – ele me alertou.
– Farei o possível. – eu disse soltando um risinho.
– Você não fara, por favor Vicente, não faça nada que comprometa sua integridade física ou o quer que tenha sobrado dela. – ele disse tirando os óculos e me encarando.
– Caramba! – eu disse me virando pra ele. – você parece o Ethan.
Ele soltou um risinho e eu pisquei saindo do quarto antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, sai com a moto em direção ao Morgan bem na hora que a Flor fechava a porta do dormitório.
Eu desci da moto ao ver sua roupa. Calça jeans rasgada na altura dos joelhos, tênis e jaqueta.
– Eu adorei sua calça. – eu disse quando ela se aproximou.
– Eu mesmo que fiz. – ela disse jogando o cabelo pro lado, abri o meu melhor sorriso.
Ela fixou os olhos na moto atrás de mim e arqueou a sobrancelha.
– Nós vamos nisso? – ela perguntou.
– Com certeza. – eu disse alisando minha moto.
– Não tem nada mais seguro? – ela perguntou.
– Eu sou a segurança em pessoa. – eu disse piscando. Ela sorriu sarcasticamente e pegou o capacete que estendi à ela.
– Posso saber onde você deseja me levar? – ela perguntou me olhando.
– Ainda não decidi. – eu disse e ela arqueou uma sobrancelha. – mas sobe aí. – sentei na moto e olhei pra, abrindo o meu melhor sorriso. – eu penso rápido, tenho certeza que será em algum lugar bem agradável.
Ela subiu na moto e colocou o capacete.
– Não nos mate. – pude sentir o riso no final da frase, virei a cabeça em sua direção.
– Não propositalmente. – ela arregalou os olhos e eu acelerei a moto.
(...)
– Nossa Vince, você me trouxe em um bar? – ela perguntou atônica, e eu sorri de lado.
– Qual é, você nem entrou! – ela cruzou os braços e fez um biquinho muito charmoso.
– Eu posso ser estuprada dentro desse bar. – meus músculos ficaram rígidos.
– Eu jamais deixaria uma coisa dessas acontecer com você, não seja idiota. – eu disse a olhando, ela amoleceu os braços.
– O que você acha que vamos fazer aí? – ela disse confusa.
Eu peguei sua mão.
– Você não tem ideia.
Quando a gente entrou eu parei para olhar sua expressão.
Não era qualquer lugar, era simplesmente O lugar, o bar era coberto por estofado azul em todos os lados, a luz era mais fraca o que só permitia enxergar o rosto da pessoa de muito perto.
Eu puxei ela pra perto do bar onde a música não era tão alta.
– Que lugar é esse Vince? – ela disse me olhando de soslaio.
– Não vamos ficar aqui, vem comigo! – puxei ela pra andar entre as pessoas novamente, até conseguirmos chegar do outro lado do bar, onde tinha uma enorme sacada, cumprimentei o segurança que trancou assim que passamos.
Tinha uma mesa posta com velas e os pratos, na frente da sacada que dava vista para a cidade inteira iluminada pelas luzes, batia um vento ali, mas nada que fosse congelante, só o suficiente para que ela quisesse sentar do meu lado para se sentir aquecida.
– Você fez tudo... – eu sorri.
– Pensei enquanto fazíamos esse caminho, acho que meu amigo ali leu meus pensamentos. – ela olhou pro John, e depois pra mim.
– Vince... é lindo! – eu sorri, sincero.
– Que bom que você gostou, achei que pudesse achar tudo exagerado demais!
– Está perfeito. – eu a ajudei a sentar na cadeira e depois sentei na sua frente.
Ela ficou me encarando, e eu sustentando seu olhar como se só tivesse nós dois ali, começamos a ignorar a batida frenética que vinha de dentro da casa noturna há alguns metros de nós.
Era bom ter contatos, deveria agradecer a minha mãe depois. Pedi uma comida simples, algo que a Fiorela gostasse, nada como comida francesas, cogumelos alucinógenos, lesma com nome difícil ou então ovas de peixe que custavam o olho da cara.
– Bife com batata frita? – ela perguntou rindo quando o garçom trouxe a nossa comida.
– Épico! – eu disse abrindo um sorriso largo.
– Com certeza. – fiz mais algumas gracinhas com a comida enquanto ela ria e dizia que eu era o máximo.
Depois – com a ajuda da Mia, é claro. – pedi peti gato que era a sobremesa predileta da Flor.
– Posso saber quem te ajudou a fazer tudo isso? – ela perguntou enquanto colocava mais uma garfada do peti gato na boca.
– Eu fiz sozinho. – fiz careta.
– Ah, fala sério! – ela grunhiu e depois sorriu charmosamente. – a Mia? Sua mãe? Alguma alma feminina? – ela disse olhando em volta.
– A sobremesa tive ajuda da Mia. – ela sorriu de lado, olhando para o prato. – o lugar, eu costumava vir aqui pra pensar algumas vezes quando não tinha essa balada ainda, os garçons foi ideia da minha mãe, eu queria fazer algo com McDonalds e batatas murchas. – eu peguei uma batata frita do prato e balancei o que arrancou da Flor um riso leve que me fez querer sorrir com ela.
– McDonalds é com certeza a sétima maravilha do mundo. – eu sorri.
– É isso que eu digo. – nos sustemos o mesmo olhar por uns cinco segundos.
Senti algo se iniciando em mim, como um clique. Algo que eu deveria evitar, algo que eu não podia deixar emergir porque meu tempo é curto. Eu não tinha direito...
Ou eu tinha?
– Acabaram senhor? – o garçom perguntou pra mim, custei a desviar o olhar do dela, mas encarei o garçom.
– Sim, podem retirar.
Eles começaram a retirar os pratos e eu me levantei com a Flor.
– Vem comigo? – chamei, ela estendeu a mão e eu puxei seu corpo para perto do meu, passando meu braço pelo seu pescoço.
– Onde você está me levando? – ela perguntou.
Parei no mirante para ela poder admirar a vista.
– Você sempre traz garotas para jantar e admirar o mirante? – ela perguntou sorridente, eu abri um sorriso de lado.
– Não, nunca trouxe ninguém. – fui sincero, ela soltou uma risada de lado.
– Qual é o real motivo desse jantar, Vince? – ela levantou o rosto para me encarar e eu percebi o quanto seus olhos eram bonitos. Caramba.
– Tem que ter um motivo? – soltei uma risadinha nervosa e ela continuou séria.
– Tem. – ela afirmou baixo.
Você tá no mirante com a garota, acabou de pedir pra sua mãe contratar um dono de bar pra fazer o jantar de vocês dois e ela encara a sua boca como se fosse a última coca-cola do deserto, eu podia... Não! Eu DEVERIA beija-la, não é mesmo?
– Talvez tenha. – eu sussurrei subindo minhas duas mãos para a sua nuca, ela ficou na ponta dos pés e eu finalizei o espaço entre as nossas bocas com um selinho.
Ela puxou minha cintura, colando os nossos corpos e puxou a ponta da minha camiseta. Pedi passagem pra minha língua em sua boca e ela cedeu a mesma.
Aquele maldito choque percorreu meu corpo quando iniciei o beijo. Suas mãos puxavam a minha cintura e eu já queria encurtar qualquer distancia que havia entre o nosso corpo, mas ela finalizou o beijo rápido demais.
– Vince... – ela sussurrou com a boca ainda próxima demais da minha.
Eu finalizei a distancia novamente com outro selinho e ela sorriu me fazendo abrir um sorriso em seguida também.
– Flor. – eu disse sussurrando.
– Porque você é assim? – ela perguntou fechando os olhos, eu deixei minha mão escorregar para o seu pescoço, acariciei sua pele.
– Assim como? – perguntei baixo.
– Perfeito demais. – ela abriu os olhos instantaneamente e eu a encarei.
O que diabos eu estava fazendo? Exatamente aquilo que o Liu tinha me dito pra não fazer.
“Não se meta em encrencas”
E lá estava eu, me metendo na maior encrenca da minha vida. Caralho, era só uma garota.
Era só a flor, com o cabelos castanhos claros caídos sobre os ombros, os olhos verdes me encarando, o sorriso mais encantador que eu já vi na vida.
– Você me achava um idiota. – eu disse baixo, ela abriu um sorriso sarcástico.
– Você é um destruído de corações. – meus músculos ficaram tensos e ela percebeu.
– Não propositalmente, acredito. – ela tentou reverter a situação.
– Tem razão. – eu disse concordando com a afirmação dela, mas não a segunda, mas sim a primeira.
Tudo estava caminhando para que eu quebrasse o coração dela.
Cá entre nós, sabemos onde isso vai parar. Isso não é um filme de princesas da Disney.
– Aquela conversa fiada de que eu era a menina mais bonita da faculdade não colou tá?! – ela disse desviando a atenção dos meus pensamentos.
– Hã? – perguntei confuso.
– Aquela história de: eu apostei que ficaria com você, definitivamente não colou. – eu sorri.
– Você ficou caidinha. – ela cerrou os olhos e eu abri um sorriso largo.
– Posso te dar um fora sem nem pensar no seu nome de noite. – ela disse me soltando e cruzando os braços, encarando o mirante, eu aproximei a boca do seu ouvido e sussurrei baixo:
– Que pena, porque eu penso em você todos as noites. – um sorriso quis brotar no canto dos seus lábios, mas que ela disfarçou com uma tosse forçada.
– Como você é ridículo. – ela disse baixo.
– Como você é linda. – ela virou automaticamente a cabeça pra mim e eu puxei o seu rosto aproveitando para roubar um beijo, que foi recebido e retribuído de forma calorosa.
Ficamos trocando beijos até tarde quando ela pediu que eu a levasse embora, fomos o caminho todo em silêncio e quando chegou em frente ao seu dormitório ela desceu da moto e me entregou o capacete, coloquei em cima da moto.
– Enfim, em casa. – ela disse olhando para trás e suspirando.
– É. – eu disse baixo, ela se aproximou de mim, entre as minhas pernas e apoiou na moto.
– Obrigado. – ela disse com a boca próxima a minha.
– De nada. – coloquei minha mão na sua nuca e rocei os nossos lábios, ela abriu um sorriso de lado, tímido enquanto eu mordi o seu lábio lentamente.
Podia ficar beijando ela pra sempre, ali, na frente daquele dormitório, escuro, a noite, só nós dois... Mas como sempre, ela finalizou o beijo rápido demais.
–Boa noite Vince. – ela me deu um beijo na bochecha e se afastou.
– Ei! – eu a chamei e puxei seu pulso pra perto de mim de novo.
– O que? – ela perguntou confusa.
Eu aproximei meu corpo totalmente do dela e beijei a sua bochecha lentamente, sussurrando no final do beijo:
– Boa noite Flor, até amanhã. – soltei um risinho no final da frase e fui até a minha moto, e acelerei com vontade.
Cheguei no meu apartamento meio tarde, mas as luzes da sala estavam acesas.
Isso significava que o Liu tinha ficado estudando calculo 2 até tarde.
– Garoto! – o Liu gritou quando eu entrei, me virei assustado.
– Ai seu doente! – coloquei a mão sobre o coração.
– Onde você estava? No motel? Você disse que ia me ajudar a estudar calculo 2 quando chegasse. – eu andei até a cozinha e ele me seguiu.
– Tive o encontro com a Flor hoje, esqueceu? – perguntei.
– Não, mas não achei que demoraria tanto até ela... – ele parou de falar e me encarou. – Vince? – ele perguntou.
– O que? – eu disse saindo dos meus pensamentos e o encarando.
– Você se meteu em alguma confusão? – ele perguntou.
Cerrei os olhos pra ele e encostei na bancada.
– Acho que eu gosto dela. – eu sussurrei.
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