Lembranças! escrita por


Capítulo 10
Jantar, às sete, sábado a noite, topa?


Notas iniciais do capítulo

eu sei que eu demorei beleza? ): desculpem, mas eu estava dando um rumo pra fic e tava sem criatividade pra escrever, mas depois de ameaças uhauahauha cá estou eu com um capítulo fresquinho pra vocês tá? Leiam e me digam o que acharam ok? Espero reviews ): pois é meninas e simmmmmmmm, estou com uma história nova, novinha, venham ler, aposto que vocês vão gostar, prometo que n vou demorar pra postar o outro, tá bem? Vejo vocês em breve, xoxo



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POV Flor.

Uma semana era tempo pra caramba, ainda mais comparado que eu via o Ethan todos os dias, mas nada do Vince, nem mesmo um sms dizendo “ei, valeu por ter me salvado daquele porre naquela segunda-feira a tarde” nada. Absolutamente nada.

Naquela sexta-feira eu não tinha nenhuma esperança de algo bom ocorrer nela, quando ouvi o barulho de uma moto.

E não, não era qualquer moto. Era a moto dele, provavelmente com outro cara em cima dela. Para minha infelicidade – ou felicidade – não decidi ainda. Ele tirou o capacete e jogou o topete do lado e sorriu pra mim.

Sim, ele sorriu para mim!

Ele estava mais magro? Mas continuava gostoso do mesmo jeito. Ops, bonito, quer dizer. Sua regata estava um pouco mais larga no corpo e sua calça preta estava larga, deixando a mostra a beirada da sua cueca box azul bebê, ele ainda estava com as mesmas botas, mas a jaqueta de coro, costumeira. Não fazia parte do look. Ele colocou o óculos de sol e veio andando na minha direção, senti meu coração palpitar no peito.

Mas ele foi interceptado por uma multidão de garotas que o alisavam e perguntavam se ele estava bem do “porre.”

– Quanto tempo será que ele precisou para se recuperar de um porre? – a Mia brotou do meu lado, virei a cabeça para encara-la.

– Uma semana? – eu perguntei confusa.

– Ninguém demora uma semana para ficar de boa de um porre. – a Mia disse o olhando. – acho que ele estava viajando. – eu revirei os olhos.

– Viajando? Me poupe Mia, acho que ele estava doente. – eu disse sincera.

Um riso ecoou ao fundo e nós nos viramos juntas, Kaio estava atrás de nós duas.

– Meninas, é obvio. – ele disse sorrindo, eu revirei os olhos novamente e o olhei.

– O que? – eu disse cruzando os braços e esperando a resposta do Kaio espertalhão.

– Ele está namorando! – ele disse sorrindo.

A Mia sorriu, como se ele tivesse dito a coisa mais inteligente do mundo.

– Olha, pode ser! – ela bateu a mão na testa. – ouvi boatos que talvez ele estivesse namorando com a Kramer.

Eu me transportei para longe deles, quando eu olhei pro Vince, ele me encarou e nós ficamos naquela linha imaginária, por sei lá quanto tempo. Eu podia ver que ele estava vindo na minha direção, mas eu simplesmente não conseguia me desvencilhar daqueles dois grandes olhos cinza escuros.

– Perdi muita aula? – meu coração aumento a batida e eu me xinguei mentalmente, talvez ele estivesse ouvindo, tamanha era a altura que ele batia. – tá me ouvindo Flor, eu perguntei e eu perdi muita coisa! – eu balancei a cabeça e abaixei os olhos.

– Claro que sim. – eu assumi minha postura magnânima.

Eu era mesmo engraçadinha.

Ele me encarou com um olhar estranho e depois abriu um sorriso brilhante e foi quando eu percebi, percorrendo meus olhos pelo seu corpo que ele tinha uma grande marca roxa no pescoço.

Isso fez eu obviamente lembrar da afirmação do Kaio, sobre ele ter uma namorada. Aquilo podia ser um chupão não é? Ele pegou meus olhos o encarando e seu sorriso de repente sumiu.

– O que você tá olhando? – ele perguntou sério.

– Tem um chupão no seu pescoço. – eu disse a contra gosto.

– O que? – a voz dele saiu dois tons mais alta.

– Um roxo no seu pescoço, é um chupão. Não tenta disfarçar. – eu cruzei meus braços e ele colocou a mão no pescoço.

– Aqui! – eu apontei para o roxo e nossas peles se encostaram, ele me encarou.

– Um chupão, ah tá! – ele revirou os olhos.

– Vai dizer que você caiu e bateu o pescoço? – eu disse rindo sarcasticamente, ele revirou os olhos novamente e saiu andando.

ME DEIXOU FALANDO SOZINHA, IDIOTA!

Eu tomei meu caminho até o refeitório apertando minha mochila nos ombros, quando vi meu até então melhor amigo/amigo apaixonado correndo na minha direção.

– Hey. – ele disse parando na minha frente, seus cabelos caindo na testa com alguns pingos de chuva, o sorriso sempre aconchegante e caloroso que eu me lembrava.

– Oi. – eu disse sorrindo, ele passou os braço pelo meu ombro.

– Faz tempo desde que conversamos, né? – ele estava tentando uma abordagem direta, seria difícil recuar assim.

– Você esteve ocupado cuidando do seu irmão. – minha voz saiu mais amarga do que eu gostaria que realmente saísse.

– Desculpe Flor, eu... – o braço dele ficou rígido. – ele precisava de mim, desculpe não ter te avisado. – eu encarei o caminho, eu levarei pelo menos dois minutos até a sala e a aula ainda ia demorar uns quinze para começar.

Ficar com o Ethan e discutir nossa relação/seu irmão idiota ou ir e ficar sentada na sala ouvindo o Kaio me contar suas novas relações amorosas?

– Eu... Bem, preciso ir. – minha voz saiu baixa, ele me encarou.

– Espera! – ele parou na minha frente. – eu sei que eu meio que fui um... idiota aquele dia. – ele sorriu, e eu amoleci. – te beijando e tudo mais, mas... Eu achei que outro iria fazer se eu não fizesse e bom... – ele mordeu o lábio. – bom, eu queria que você saísse comigo esse final de semana, que tal?

– Ethan... – eu tentei falar baixo, mas ele segurou meu rosto.

– Flor, pra gente conversar, sozinhos... Vicente! – a voz dele teve um tom irritado no final.

– Vicente? Como assim sozinhos com o Vicente? – eu disse confusa.

Ele se soltou de mim e andou até o irmão que estava discutindo com outro garoto, ele era do time de futebol, a Mia estava atrás, se abraçando e com os olhos vermelhos.

Corri até ela, minha melhor amiga me abraçou. Eu reconheci na hora o garoto que estava discutindo com o Vince, era o Michel, um bonitinho que eu era afim no semestre passado.

– Já chega bonitões! – o Ethan se meteu entre os dois.

– Ela queria me beijar, ô idiota! – o Michel gritou para o Vince que olhou para trás. A expressão dele foi uma confusão quando ele viu o meu rosto.

Quando o Vince virou o rosto para o Michel de novo, um soco foi dirigido a sua face, o garoto caiu no chão e logo em seguida eles começaram a se socar, a Mia limpou os olhos anestesiada com a briga e eu fiquei chocada quando vi sangue escorrendo pelo nariz do Vince.

– ETHAN! – eu gritei. O Liu, magicamente, apareceu ali e tirou o Vince de cima do Michel enquanto o Ethan empurrava o garoto pra longe.

– QUAL O SEU PROBLEMA? – o Liu gritou para o Vince e eu fiquei completamente confusa e com medo por ele.

Com os nervos tão a flor da pele assim, não duvidava nada que ele fosse o próximo a apanhar.

– Ele estava tentando agarrar a Mia. – a voz do Vince saiu irritada.

– Seu nariz está sangrando. – o Ethan disse assustado, o Vince colocou a mão no nariz e eu me aproximei em seguida.

– Tudo bem. – ele tirou a camisa e colocou sobre o nariz sangrando.

Minha atenção se desviou para seu abdômen e para as tatuagens que se perdiam no mesmo local, um pouco abaixo do umbigo...

– Vocês estão bem? – eu perguntei baixo, o Ethan me olhou.

– Sim, tudo bem. – O Ethan respondeu e o Vince gemeu.

– Droga... – a voz dele saiu baixa.

– O que foi? – o Liu perguntou alarmado.

Eu não entendia porque tamanha preocupação com o garoto, afinal de contas ele era maior de idade e bem forte a proposito.

– Meu nariz não para de sangrar. – Liu ficou tenso.

– JÁ CHEGA GENTE, A BRIGA DOS GOSTOSÕES É POR MIM CAUSA! – a Mia começou a gritar e as pessoas começaram a se dispersar.

Em poucos minutos a camisa estava encharcada de sangue.

– Vince... – eu disse preocupada.

– Ethan... – Liu o chamou, ele me olhava.

– Flor... Me desculpa, eu não... – eu sorri de lado.

O Vince me encarou com aqueles olhos cinza, e falou com o pano no nariz.

– Mia, não acostuma não, não é sempre que vou sair na porrada por você. – ela sorriu.

– Obrigado gatão. – ela piscou e eles saíram andando rapidamente pelo campus.

Eu fiquei parada olhando enquanto eles iam embora, olhei de relance pra minha melhor amiga que tinha um sorriso no rosto de satisfação.

– O que? – ela perguntou, depois de eu lançar pra ela meu melhor olhar acusatório.

– O que você estava pensando Mia? Sério? – ela deu de ombros.

– Eu precisava chamar a atenção do Riley de alguma forma, o Vince apenas me ajudou. – eu suspirei e sai andando, quando ela percebeu que eu estava indo embora, gritou atrás de mim. – EI FLOR, ESPERA! – ela ficou do meu lado em segundos.

Fomos caminhando para a próxima aula, quando eu me lembrei da nariz do Vince.

– Você viu como o nariz do Vince estava sangrando? – eu perguntei pensativa, mas a Mia não me respondeu. – Mia? – eu perguntei e me virei, ela estava estática há alguns passos de onde eu estava, olhando fixamente a cena.

Melissa, a ex namorada do Vince jogando seus cabelos loiros na cara do Riley, ex namorado da minha melhor amiga, Mia.

– Oh, droga! – eu disse andando até ela, tarde demais, a Mia já estava gritando com o dedo na cara da Melissa, enquanto tinha os cinco dedos espalmados na cara do Riley, olhei a cena toda de longe, achando graça.

– Essa sua melhor amiga viu... – quando olhei pro lado vi o Ethan, já com a expressão normalizada.

– Acho que ela nunca vai tomar jeito. – eu franzi o nariz.

– Nunca. – ele afirmou rindo e depois me olhando de soslaio.

Senti minhas bochechas começarem a ficar vermelhas.

– Então? – ele perguntou ficando sem graça também.

Ethan era bonito e legal e inteligente e um bom amigo... A Mia tinha me dito pra ser uma boa amiga e dar uma chance pra ele, mas isso podia significar dar uma chance pro meu melhor amigo e não pra um carinha que eu realmente gostasse, e não era lá muito legal depois se não déssemos certo, ele ia ficar chateado e tudo ia virar uma grande bola de neve, eu podia prever.

Fiorela Stanley sempre tão, pessimista!

– Tudo bem. – eu sorri, e ele abriu um sorriso caloroso, daqueles que eu era acostumada a receber. – pode me pegar às sete ok? – ele assentiu e me deu um beijo na bochecha.

– Você não vai se arrepender! – ele disse já se afastando para o prédio de economia.

– Tomara que não. – eu sussurrei quando ele já estava longe o suficiente para ouvir.

Deixei a Mia resolvendo sua vida com seu ex namorado e ex amiga e fui pra aula de história, sentei na segunda fileira do lado de um garoto de cabelos cacheados e muito falante, quando o professor começou a aula dele.

Estávamos no momento mais interessante da aula quando o professor ia contar uma das histórias de amor mais comentadas nos livros quando alguém bateu na porta e um Vicente de camiseta branca e óculos escuros apareceu.

– Atrasado Vince. – o professor disse chateado por ter que parar a aula.

– Tive um problema no caminho professor, as meninas da fileira de trás ficaram agitadas e eu revirei os olhos.

Tudo bem que ele era um gato e bem lindo e interessante, mas era só o Vince.

HAHAHHAHAHAHHAHAHHAHA, ok. O que eu estou falando?

O Vince entrou e sentou na carteira na frente da minha, deslizando por ela e sorrindo para as garotas que estavam ao seu lado.

O professor recomeçou a aula e eu não conseguia parar de olhar pro garoto a minha frente, ele se espreguiçava, mexia na pulseira que tinha no pulso, via as horas no celular, recusava as milhões de mensagens que chegava no celular de CINCO EM CINCO minutos.

Enfim quando a aula acabou, eu suspirei irritada por ter perdido a aula de história que podia mudar minha vida, peguei minha bolsa e sai me arrastando até a porta.

– Psiu. – alguém fez atrás de mim, quando me virei Vince estava encostado no batente, a sala estava quase fazia.

– Como que tá o seu nariz? – eu disse me aproximando dele, ele sorriu, tirando os óculos escuros do rosto.

– Sem lesões. – ele disse sorrindo, e pela primeira vez eu vi um sorriso verdadeiro vindo ele. É minha gente, é.

– Que bom então. – eu corei e olhei pro outro lado, ele soltou uma risada charmosa.

– Então, que tal sair comigo no final de semana? – ele falou me encarando.

Os olhos cinza tomando uma cor mais escura, os músculos do braço se flexionando, eu sorri.

– Você arranja uma companhia melhor. – virei as costas e sai andando pelo mar de gente, balancei a cabeça negativamente e quando pensei ter me livrado dele, o Vince apareceu na minha frente.

– Que rude que eu sou, - ele sorriu e pegou uma rosa que estava na roseira ao nosso lado, entregando pra mim. – un fiore ad un altro fiore*, – eu peguei a rosa e a olhei, ele sorriu mais largo dessa vez. – só um jantar no sábado a noite, sete horas, eu e você nada demais, topa? – eu estava pronta para recusar quando ele me encarou. – vamos lá Flor, só um jantar.

– Só um jantar. – eu mordi o lábio para conter o sorriso.

– Só um jantar, te pego as sete no sábado, não vá furar hein! – ele segurou meu queixo e aproximou o rosto do meu, senti seu hálito roçar no meu e ele sussurrou - il mio fiore*.

Então ele saiu andando pelo campus, até eu o perder de vista.


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Notas finais do capítulo

* = Uma flor para outra flor.
* = Minha flor.
E sim, ele está falando em Italiano, até mais ver amores



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