Lembranças! escrita por


Capítulo 9
O príncipe e o sapo.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demorei pra caralhoooooooooo, mas eu meio que estava sem inspiração para escrever e acabou que saiu isso aí, capítulo RIDICULO, eu sei. Mas o próximo vai ser melhor porque eu vou abrir os leques da história e tal e vai ficar mais legal, prometo amores (yn
Reviews seriam bons ok? Digam se gostaram, se querem mudar alguma coisa e até breve, amo vocês ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/413379/chapter/9

Aquela altura eu não estava falando com nenhum dos dois, até porque eu não tinha visto o Ethan nos dois que se seguiram, e o Vince fazia questão de fingir que não estava me vendo, mesmo quando eu estava ao lado da Mia e ela gritava seu nome, ele nem sorria de volta quando eu mandava um sorriso de lado.

Ele era um imbecil.

Naquele dia especifico minha melhor amiga não tinha ido à aula comigo e eu estava adianta demais, sentei na escadaria dos Morgan decidida a falar como Ethan aquele dia, mas quem eu vi, na verdade foi quem estava me ignorando.

– Está montando campana na frente do meu dormitório? – aquela voz fez todos os meus pelos eriçarem e eu virei a cabeça automaticamente para a figura parada na minha frente.

Cabelo despenteado, blusa branca de gola V, calça jeans e botas de coro, o sonho de todas as garotas naquela faculdade, simplesmente recém saído do chuveiro.

– Não para falar com você, é claro. – respondi mal humorada.

Ele deu um sorriso malicioso de lado e sentou do meu lado.

– Para falar com quem? Com o seu príncipe encantado? – a voz dele saiu mais irônica que o normal.

– Te interessa? – olhei para os meus pés, tentando não me concentrar na sua voz melódica e no seu perfume.

– Claro que... – ele aproximou a boca do meu ouvido e eu arrepiei ao sentir sua respiração no meu ouvido. – não. – ele respondeu e depois soltou uma risada baixa, ele se afastou novamente e minha respiração acelerou.

Calma Flor, calma. Respire, respire.

Merda, como respira?

– Ele não está na faculdade esses dias, minha mãe... Exigiu sua presença para algumas... – ele suspirou alto. – alguns – ele se corrigiu. – problemas de família.

– Hum. – eu continuei olhando para os meus pés.

– Vai dizer que ele não te falou isso? – a voz dele agora estava curiosa.

“Não Vince, ele não falou, não desde que nos beijamos. Mas você também não falou comigo, então tudo bem.”

– Claro, mas eu me esqueci. – menti.

– Claro, claro. – ele revirou os olhos e se levantou, naquela hora passou uma garota rebolando na frente do Morgan e sorriu para ele, Vince deu o seu melhor sorriso.

Não podia deixar de lado os fatos, ele era mulherengo.

– Sinceramente – eu usei todo o meu sarcasmo. – eu não sei o que as garotas veem em você. – eu me levantei e peguei minha bolsa e sai andando, acho que ele ficou chocado demais para responder.

– Você quer que eu liste em ordem alfabética ou cronológica? – a voz dele estava no meu ouvido e eu me virei bruscamente, ele estava perto demais.

Eu podia sentir sua respiração quente no meu rosto, seus olhos cinzas fitando cada expressão do meu rosto.

– Pode começar pelos meus olhos. – ele sorriu maliciosamente, - minha pegada... – ele puxou minha cintura pro seu corpo e minha respiração acelerou. – pelo meu beijo... – ele roçou os lábios nos meus e beijou o canto da minha boca.

Fechei os olhos e me concentrei na voz da Mia.

“Seja difícil”

Não, ela não estava falando naquela situação, não quando o garoto da faculdade me abraçava daquele jeito na frente do campus todo, não era possível.

Era impossível ser difícil naquelas condições.

– Nada que eu já não tenha provado. – forcei minha voz a sair e abri um sorriso morno.

Vicente Hall Walker me encarou incrédulo, sua expressão de nada me deixou triunfante, eu me soltei dos seus braços e dei um tchauzinho.

– Até mais. – e virei as costas, abri um sorriso enorme.

Mia vibraria quando eu contasse a ela como eu me livrei do maior garanhão da faculdade.

– Fl... Flor? – me virei abruptamente, ali, atrás de mim eu o vi.

Quanto tempo que eu não o via? Desde o meu primeiro ano? Talvez o nono ano?

– Kaio? – minha voz saiu baixa, fui preenchida por uma multidão de sentimentos, precisei piscar duas vezes para ter certeza que aquilo não estava mesmo acontecendo.

(...)

Kaio não era nada mais e nada menos de que o amor de minha vida desde que eu tinha, sei lá, um ano de idade?

Claro que ele era o meu amor, ele tinha cabelos loiros, olhos azuis e um corpo que, pelos Deuses.

Mas esse não era o problema, o problema é no primeiro ano do colegial ele começou a namorar, depois de ter me beijado! Isso foi o cumulo, eu o exclui de todas as minhas redes sociais, lembro-me de ter sofrido como uma boboca, e eu ainda gostava dele quando vim pra faculdade, fato completamente desnecessário para uma garota idiota como eu.

E agora ele estava na minha faculdade, na minha frente e me chamando pelo apelido que ele colocou em mim.

O apelido que pegou desde então.

– Flor, quanto tempo! – ele me abraçou. SÉRIO. ELE. ME. ABRAÇOU. Eu retribui o abraço da pior forma possível, porque eu não podia negar os fatos, ele estava ainda melhor do que aquele garotinho magricela que eu conhecia desde quando eu nasci.

– Pois é. – eu disse ficando vermelha, ele me analisava, com certeza vendo o quanto eu tinha mudado daquela garota que não tinha nada, para uma que atraia o olhar de dois dos garotos mais bonitos da faculdade.

TOMA KAIO.

Ele olhou para os lados e para as garotas que andavam e soltou um suspiro alto, isso me fez lembrar a pergunta que veio na minha mente a primeira vez que eu o vi.

– O que você tá fazendo aqui? – perguntei, ele sorriu de lado e piscou algumas vezes.

– Vou fazer faculdade com você, não é máximo? – ele sorriu ainda mais largo. – tipo, a gente é melhor amigo desde criança!

WTF?

Amigos desde criança? Senti vontade de vomitar na sua cara.

– Nossa, que legal. – eu sorri de lado e sem completo sucesso pela careta dele, mas ele não deixou se abalar pela minha expressão nada calorosa.

(...)

– Que merda! – Mia gritou no meio do campus e as pessoas nos olharam. – Kaio Rupert é o cara mais gato que eu conheci e você sempre foi apaixonada por ele, mas que diabos ele faz aqui? – ela disse jogando as mãos para o alto, nessa hora vimos ele descer as escadas e jogar seu cabelos loiro para o lado, as garotas suspiraram.

Não, não era culpa dele, ele sempre fazia isso, a culpa era da beleza idiota dele!

Mia também suspirou quando ele passou por nós e deu um daqueles sorrisos de ator de filme romântico vê o amor da sua vida pela primeira vez. Nós duas o acompanhamos com o olhar quando demos de cara com um Vince e um Ethan de sobrancelhas franzidas, Mia deu um sorriso malicioso e virou o rosto pro meu.

– Eu preciso reviver o passado. – ela me deu um beijo estalado na bochecha e saiu correndo.

Vince ficou parado no mesmo lugar, de olhos cerrados. Já Ethan veio andando até mim, ele não parecia nada contente, bom. Éramos dois pela conta.

– Quem é aquele garoto? – ele perguntou cruzando os braços.

– É o Kaio. – eu disse sorrindo de lado, queria me esconder em um buraco.

– Sério, o Rupert? – a voz atrás de mim me fez pular, eu olhei e o Vince parou do lado do Ethan, encarei aquelas duas figuras nervosas na minha frente e senti meu estomago girar.

– O que é isso? Vocês estão me deixando constrangida. – franzi meu cenho.

Ethan suavizou sua expressão, mas Vince ainda estava sério, me encarava especulativo, querendo saber o que diabos estava acontecendo. Eu sustentei seu olhar e acho que por tempo demais, porque Ethan pigarreou.

– Acho que eu posso lidar com ela agora, Vince. Obrigado. – sua voz estava repleta de sarcasmo e o Vince quebrou nosso contato visual rapidamente.

– Hum, certo. – e ele saiu andando, Ethan trocou de perna e fez uma breve careta de dor.

– Está tudo bem? – eu perguntei vendo sua expressão voltar ao normal rapidamente.

– Claro, porque não estaria? – ele mordeu o lábio de novo e fechou os olhos, eu segurei seu braço e o puxei para o banco.

– Ethan, o que foi? – ele sentou no banco e mandou eu ficar em silêncio.

Eu o obedeci enquanto ele respirava baixo, depois de uns cinco minutos ele ficou normal e me olhou.

– Eu fiz uma pequena cirurgia. Micro na verdade. – ele disse me olhando.

– Onde? Para quê? Porque você não me contou? – eu o enchi de perguntas, ele sorriu de lado.

– Não posso Flor, desculpa. – ele franziu a sobrancelha. – aliás, você não pode contar pra ninguém isso.

Eu estava pronta para discutir com ele, quando Kaio e Mia brotaram na minha frente, ambos tinham um sorriso de comercial da colgate no rosto.

– Flor! – Kaio disse sorrindo, eu sorri de volta e o Ethan suspirou. – e hãn... – ele fez careta.

– Ethan. – eu disse apontando para meu melhor amigo. – o nome dele é Ethan, Kaio. – Kaio sorriu de novo.

– Sou o amigo dela, prazer cara. – Kaio estendeu a mão para ele e o Ethan apertou mesmo de contra vontade.

– Estou vendo o quão amigo dela você é cara. – pela primeira vez a voz do Ethan soou sarcástica e eu o encarei, ele suspirou baixo. – desculpa Flor, preciso ir... – ele fez a careta de novo e levantou.

Mia me encarou chocada.

– Mas que diabos está... – viramos e olhamos Liu, o colega de quarto do Ethan o encontrar, parecia que eles estavam brigando e em seguida os dois começaram a correr, o Ethan meio feio porque ela visível que ele estava correndo meio mancando, acho que ele estava com dor.

– Tem algo errado com ele? – a voz do Kaio cortou o clima ruim, e a Mia sorriu.

– Nada baby, Flor vamos apresentar o campus pro Kaio, vem! – Mia me puxou pela mão e eu comecei a andar, mas minha mente estava presa na expressão dos dois correndo para o Morgan Hall.

.

.

.

.

POV Vince.

Eu estava respirando, mas estava doendo cada vez mais, fechei meus olhos e me concentrei em não gritar de dor.

Eu tinha que reunir toda a minha coragem e ir procurar pelo meu irmão caçula, mas eu simplesmente estava travado, minhas pernas estavam travadas de dor, eu não conseguia mexe-las, eu tinha que me lembrar das coisas que minha mãe me disse: “Se concentre em outra coisa que não seja a dor Vince, se concentre em borboletas.”

Mas caralho, eu odeio borboletas!

Eu estava sentado no chão, segurando as lágrimas que estavam querendo escorrer pelos meus olhos e eu soquei a parede duas vezes.

– Droga! – eu disse apertando os dentes pelos meus lábios, eu conseguia sentir o gosto do sangue, mas minhas pernas ainda doíam mais. Porque mesmo que eu vim aqui beijar uma garota do segundo ano que nem tinha a bunda tão grande assim mesmo?

Ah é! Porque a imbecil da Fiorela estava sorrindo feito uma pateta para o príncipe mais imbecil da face da terra.

Rupert.

– MERDA! – eu gritei com toda a força dos meus pulmões quando os músculos da minha perna começaram a se repuxar.

– Quem está aí? – ouvi uma voz desconhecida e suspirei com força, eu era orgulhoso o suficiente para não chamar ninguém para me ajudar.

Eu precisava do Ethan, só do Ethan.

– Quem... Quem tá aí? – a voz soou novamente, eu mordi o lábio de novo e fechei a mão em punhos.

Ouvi passos se distanciando e cedi.

– Sou eu, Vince, me ajuda? – minha voz saiu em um sussurro e eu fechei os olhos, a dor estava tão forte que eu estava perdendo os sentidos.

Os passos correram em minha direção e eu precisei fazer uma força imensa pra enxergar quem era.

– Vince, o que diabos você tá fazendo aqui? Bebeu demais foi? – era a Flor. – eu te deixei faz duas horas e você enche a cara?

– Chama o Ethan. – eu sussurrei.

– Não, vem, eu vou te ajudar a levantar. – ela me puxou pelo braço, a dor deu outra pancada e eu gemi.

– Não Flor, chama o Ethan. – eu encostei a cabeça na parede e ela pegou seu celular e digitou uma mensagem, em seguida guardou o celular no bolso de novo.

– Chamei, o que aconteceu com você? – ela disse baixo.

– Eu... – eu respirei fundo. – eu bebi demais. – controlei os temores que começaram a passar pelo meu corpo.

– Você bebeu o que? Vince isso não é normal! – ela suspirou alto. – sua irresponsabilidade passa os sentidos. – ela revirou os olhos, eu dei um sorriso de lado.

Ela ficava mesmo encantadora quando ficava irritada.

– Isso é verdade, eu sou irresponsável.

– Vince, eu estou te procurando! – Ethan olhou pra mim e pra Flor alguns segundos e depois deu um sorriso pra ela. – pode ir, eu cuido dele Flor. – ela fez careta.

– Tudo bem. – ela saiu mesmo contrariada e o Ethan se abaixou do meu lado, o Liu me encarava surpreso.

– Tá doendo muito? – ele disse apertando meu joelho e eu soltei um suspiro alto.

– Pra caralho Ethan, me tira daqui.

– Liu? – o Ethan o chamou.

O garoto encarou o amigo e abaixou os olhos, Liu pegou o celular e discou a emergência, chegava a hora de pararem com aquela farsa.

– Estou ligando para a ambulância.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews p deixar a tia Bê felizzzzzzzzzzz