Because It Has To Be So? escrita por Melissa


Capítulo 3
That Should Be Me




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Assisti as outras aulas quieta no meu lugar sem falar com ninguém, na aula de educação física me troquei e fui me sentar na arquibancada. A Ju e a Fatinha estavam sentadas do meu lado conversando sobre a tal festa.

Meninas em suas posições.

A Luana disse e a Fatinha e a Ju foram até lá.

Vi meu fofo vem aqui rapidinho por favor.

Ela chamou ele me olhando com o mesmo sorriso de sempre, juro que se ela mexer comigo eu quebro a cara dela.

O que você quer Lu?

Ele perguntou não muito animado.

Era só um beijo.

Ela disse o agarrando ele retribuiu o beijo mas não na mesma vontade que a dela, me deitei na arquibancada e fechei os olhos para não ver a tal cena.

Lia por que você não vai mais treinar?

Escutei a voz do Fera um pouco alta já que estávamos longe um do outro. Abri meus olhos e o olhei.

Nada Fera, só perdi a vontade.

Eu disse e meu olhar encontrou o do Vitor, voltei a fechar meus olhos.

Será que perdeu a vontade ou é por que não é capaz de ser do time de torcida.

Escutei a Luana falar.

Ou deve ser para não aturar mais a sua voz de taquara rachada.

Disse sem nem abrir os olhos.

Aposto que ainda foi por que não é capaz, não foi capaz nem de ficar com o garoto que a amava.

Ela disse e eu abri os olhos, virei minha cabeça e a olhei.

Pelo menos ele me ama ou amou, conforme-se que o que ele sentiu ou sente por mim ele nunca sentiu ou sentirá por você.

Disse dando um sorriso falso e ela me olhou irritada.

É mas ele está com quem agora? Comigo ou com você? Ah, é comigo.

Ela disse sorrindo, aquilo me feriu muito.

Luana cala a boca antes que eu perca minha paciência.

Disse fechando novamente meus olhos.

Lia se conforme, o Vitor agora é meu e ele não te ama mais.

Aquilo me subiu a cabeça, quem ela pensa que é para dizer o que o Vitor sente ou não?

Mais uma palavra comigo e você morre sua desgraçada.

Eu diss calma de olhos fechados.

Lia eu não tenho medo de você, pode me ameaçar o quanto quiser.

Fechou a cota de palavras comigo.

Eu disse, me levantei muito rápido e sai correndo em sua direção. Empurrei ela e comecei a bater com toda a minha raiva.

Lia amiga calma, você vai acabar sendo expulsa.

A Ju dizia mas eu não estava nem aí.

Posso ser expulsa mas vou feliz.

Disse dando mais um soco no rosto da Luana ela conseguiu se virar ficando por cima de mim e me olhou com sua boca e seu nariz sangrando.

Lia você é a única que sabe que fui eu que fiz tudo aquilo não é? E é horrível ninguém acreditar no que você diz, e pior ainda é você saber que ele está comigo, que é comigo que ele fica agora, que sou quem ele beija, que sou eu quem ele abraça e que sou eu com quem ele faz amor.

Ela disse baixinho só para mim, ela sabia exatamente como me ferir, ela não sabia bater mas ela conseguia magoar meu coração. Acho que se ela estivesse me batendo com um taco de beisebol a dor seria menor.

Dói não é?

Ela disse com um sorrisinho cínico e eu não tive mais forças para nada, meu choro começou e ela adorou me ver naquele estado.

Eu disse que ia acabar com você e acabei.

Ela disse saindo de cima de mim e me olhando em pé sorrindo. Me levantei rapidamente ainda chorando e sai correndo para o vestiário.

LIA ESPERA.

Escutei o que parecia ser a voz do Vitor.

O QUE VOCÊ QUER? FAZER COM QUE EU SOFRA MAIS? POR QUE VOCÊ NÃO ME MATA LOGO, VITOR? A DOR SERIA MUITO MENOR.

Comecei a gritar com ele.

Calma Lia, que negocio é esse de morrer?

Ele disse preocupado.

VITOR FORAM APENAS DOIS DIAS E EU NÃO AGUENTO MAIS A LUANA JOGANDO NA MINHA CARA QUE FEZ TUDO AQUILO, E AGORA ESTÁ COM VOCÊ ENQUANTO EU ESTOU AQUI, MORRENDO AOS POUCOS.

Disse chorando muito.

Lia calma.

Ele disse tentando me acalmar.

NÃO VITOR EU NÃO CONSIGO, NÃO CONSIGO MAIS...

Eu ia dizendo mas de repente fiquei tonta e não vi mais nada. Abri meus olhos devagar e eu estava em uma sala branca, senti alguém segurando minha mão, olhei para o lado e vi o Vitor me olhando preocupado, olhei para nossas mãos juntas e puxei a minha para perto do meu corpo. Fechei meus olhos, para não vê-lo.

Você está melhor, Lia?

Ele perguntou.

Depende da sua definição de melhor.

Disse ainda de olhos fechados.

Oi meninos.

Escutei alguém entrar no quarto do hospital, abri meus olhos e era o medico.

Oi doutor.

O Vitor disse e eu apenas olhei o medico.

Bom senhorita Lia, como está se sentindo ?

O médico perguntou me olhando melhor.

Quer mesmo que eu responda ?

Perguntei e o medico me deu um sorriso compreendendo o que eu disse.

Parece que seu caso não é nada grave, você só está com fome. A quanto tempo você não come algo ?

Tem três dias que não consigo comer nada, apenas tomei alguns copos de água e comi algumas besteiras mas mesmo assim não foi nada demais.

Disse e ele me olhou preocupado.

Lia você precisa comer, vou te dar alta agora mas você tem que comer.

Ele disse e eu balancei a cabeça.

Vou tentar.

Eu disse.

Ela irá comer.

O Vitor falou para o medico.

Ninguém te perguntou nada.

Disse ainda olhando para o medico. O medico me deu alta e eu me levantei para ir embora, o Vitor passou meu braço pelo seu ombro e me segurou pela cintura. Sentir ele me abraçando novamente era ótimo, mas sei que ia sofrer muito mais depois.

Posso andar sozinha.

Eu disse me soltando dele e saindo da sala, fui em direção a sala de espera e o pessoal estava todo lá.

Irmãzinha você está bem ?

O Diego disse correndo na minha direção assim que me viu, junto dele veio todos os outros.

Calma gente eu estou bem.

O médico disse que era fome, ela não come nada á três dias.

O Vitor disse do meu lado.

COMO ASSIM VOCÊ NÃO COME Á TRÊS DIAS DONA LIA?

O Diego gritou comigo.

E como assim você está gritando em um hospital, senhor Diego?

Eu disse baixo e ele soltou um ops.

Você irá comer um hambúrguer enorme, com um copo gigante de refrigerante e uma porção enorme de batata frita.

O Gui disse me abraçando pelos ombros.

Gui seu retardado, ela precisa de algo saudável.

O Vitor disse dando um tapa na cabeça do Gui.

Vitor você melhor que ninguém sabe que para a Lia não existe algo mais saudável que um bom hambúrguer, batata frita e refrigerante.

O Fera disse me abraçando pelo lado onde o Vitor estava fazendo ele se afastar.

Vamos comer.

Eu disse e abracei o Gui e o Fera pela cintura. Saímos fomos á lanchonete, fizemos nossos pedidos mas não sei se ia conseguir comer.

Lia Martins trate de comer esse hambúrguer.

O Diego disse do meu lado.

Eu perdi a fome, Diego.

Eu disse sem animo.

Não perdeu não, abri a boquinha.

Ele disse pegando meu hambúrguer e fazendo aviãozinho, todos começaram a rir.

Não vou abrir.

Disse apertando os lábios e ele riu.

Você vai comer sim.

Ele disse me dando o hambúrguer. Dei uma mordida de nada, e logo veio a fome em dois segundos devorei o hambúrguer e as batatas fritas.

E é porque não estava com fome.

O Gil disse rindo de mim. Depois de todos comerem o Diego me deixou em casa, assim que entrei joguei minha bolsa no chão e me joguei no sofá me lembrando de tudo o que a Luana disse para mim, comecei a chorar. Odeio ficar assim, até que me lembrei que sempre que ficava triste com algo eu tocava. Fui até meu quarto, em meu closet e peguei meu violão que fazia muito tempo que não mexia nele. Saí andando e fui me sentar no jardim da minha casa, olhei no relógio do meu celular e ainda eram cinco da tarde então dava para eu ficar um bom tempo ali antes da minha mãe chegar. Me sentei, arrumei o violão, fechei os olhos e comecei a tocar.

Todo mundo está rindo na minha mente
Rumores se espalhando
Sobre essa outra garota

Você faz o que você fez
Quando fez comigo?
Ela te ama do mesmo jeito que eu posso?

Você se esqueceu de todos os planos
Que fez comigo?
Por que querido, eu não

Deveria ser eu, segurando sua mão
Deveria ser eu, te fazendo sorrir
Deveria ser eu, isto é tão triste
Deveria ser eu, deveria ser eu

Deveria ser eu, sentido seu beijo
Deveria ser eu, te comprando presentes
Isto é tão errado, eu não posso seguir em frente
Até você acreditar, que deveria ser eu
Deveria ser eu...

Senti a sensação de ser observada, abri os olhos que já estavam cheios de lagrimas e vi o Vitor, parado perto da calçada da minha casa me olhando, senti as lagrimas caírem e comecei a cantar o olhando nos olhos.

Você disse que precisava
De um tempo pelos meus erros
É engraçado como você usou este tempo
Para me substituir

Você pensou que
Eu não te veria no cinema?
O que você está fazendo comigo
Está levando ela onde nós costumávamos ir

Agora se você está tentando partir o meu coração
Está funcionando, porque você sabe

Deveria ser eu, segurando sua mão
Deveria ser eu, te fazendo sorrir
Deveria ser eu, isto é tão triste
Deveria ser eu, deveria ser eu
Deveria ser eu, sentido seu beijo
Deveria ser eu, te comprando presentes
Isto é tão errado, eu não posso seguir em frente
Até você acreditar, que deveria ser eu

Enquanto cantava as lagrimas caiam, ele também chorava me olhando. Continuei a cantar olhando para ele.

Eu preciso saber se eu deveria
Lutar por amor ou desistir
Está ficando mais difícil aguentar
Essa dor no meu coração...

Depois disso não consegui mais cantar só me restou o choro, ele correu para o meu lado.

Lia por que tem que ser assim ?

Ele perguntou chorando, me levantei com o violão na mão e o olhei.

Porque VOCÊ escolheu assim.

Disse enfatizando o você.

Por que você fez aquilo comigo ?

Ele perguntou ainda chorando.

Vitor o que você quer ?

Perguntei sem querer discutir novamente que eu não fiz nada.

Só vim saber se você estava melhor.

Ele disse secando suas lagrimas com as costas das mãos.

Não, não estou.

Eu disse me virando e entrando em casa. Antes de fechar a porta, fiquei olhando ele que ainda estava no jardim da minha casa me olhando.

Ainda amo você.

Ele disse em quase um sussurro.

Eu também amo você.

Eu disse fechando a porta, me encostei nela e sai deslizando até sentar no chão. Fechei meus olhos, a única coisa que queria naquele momento era sumir, como ele pode dizer que ainda me ama e fazer tudo aquilo comigo?


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Notas finais do capítulo

Choreeei :(
Comenteem Daqui a Pouco Junto e misturado