This Is It escrita por JuuFernandes


Capítulo 10
This Is a Problem




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– Stefan, já sabe, nada de beber, manter o celular ligado, e quando chegar lá, avisar se chegou bem. Não hesite em me ligar. - Alaric dava as instruções a Stefan.

– Eu sei pai, eu sei.

Ele não estava com muita paciência, ainda mais sabendo que se realmente desse alguma coisa errada, ele não poderia chamar seu pai.

– Não sabia que Caroline também gostava de quadrinhos.

– Pois é, eu também não. - Ele disse, tentando se manter calmo. - Vamos Damon. - Stefan estava chamando o primo, que estava recebendo conselhos de sua tia também.

– Vão com cuidado. - Jenna disse, assim que os dois embarcaram no carro.

– Não se esqueça do que eu lhe disse. - Ric disse, e Stefan arrancou.

*

Elena abriu a porta do carro e viu Damon do outro lado do banco.

–Ah. - Ela disse, ao escorregar para perto dele “Vai ser divertido” ela pensou, ao fechar a porta e virar-se para a janela, ficando de costas para Damon. Ele cruzou os braços. Ficaram em silencio, enquanto Caroline embarcava no banco da frente junto com Stefan.

– Vamos para Tijuana! - Caroline gritou, e Stefan deu partida no carro.

Stefan sorriu para ela e olhou para o banco de trás, em busca de um sorriso de incentivo, mas não obteve resposta. Ele saiu da entrada de carros. A viagem para Tijuana tinha começado.

A dourada Mystic Falls ia desaparecendo atras deles. Elena e Damon continuavam em silencio. A cabeça fervilhando. Querendo dizer tantas coisas, mas sem dizer coisa alguma.

No banco da frente, Stefan e Caroline discutiam a respeito da velocidade que Stefan estava dirigindo.

– Estou a 110, onde o limite é 100 – Stefan disse, olhando pro marcador de velocidade.

– 130 é o novo 110. - Caroline retrucou.

– O quê? Quem fala assim? - Stefan perguntou rindo, mas um pouco incomodado.

Ele olhou para ela, e pensou que podia ser um pouco difícil conviver com ela. Ele teria que reajustar seus planos quando voltasse para casa. Colocar um limite na quantidade de reclamações que Caroline estava autorizada a fazer.

Elena e Damon olharam um para o outro. Stefan e Caroline estavam enlouquecendo os dois com aquela discussão. Damon abaixou e pegou uma garrafa de água na caixa térmica. Ofereceu a Elena.

– Não, obrigada. - Ela disse rapidamente voltou a olhar para fora as janela e ignorando Damon.

“Você é que sabe.” Damon olhou para ela, esperando que ela se virasse e ele tivesse coragem para contar tudo o que sentia. Que estava arrependido. Que só tinha deixado Gabrielly beija-lo por que achou que ela estivesse com Matt. Se ele soubesse que ela viria procura-lo, nada daquilo teria acontecido. “Por favor, olha pra mim.”, os olhos de Damon, fixos em Elena, pediam. Mas ela não se virava.

Os pensamentos de Elena fervilhavam. Ela tinha escolhido Matt, mas agora ela estava sentada ao lado do Damon. Algum tipo de brincadeira cruel que o destino estava fazendo com ela. Se ela tinha tomado a decisão, por que estava pensando tudo isso agora, encarando – sendo forçada a encarar – o resultado de sua decisão. Uma dúvida surgiu em sua mente. Ela podia ver a mão de Damon pelo canto dos olhos, e parte dela queria que ele a puxasse e a abraçasse. Dissesse que ela tinha tomado a decisão errada. Ou que a empurrasse e dissesse que a escolha dela tinha sido a correta. Ela apertou os braços contra o peito, tentando forçar a dúvida a ir embora. Por que não tinha sentido isso antes? Antes de ter se entregado ao Matt?

Na frente, Caroline e Stefan continuavam brigando.

– Ainda sem serviço? - Caroline disse, ao olhar para o celular – Isso é um pesadelo. Estou derretendo a 20km por hora nessa carroça, ouvindo essa música.

Stefan aumentou o volume.

– Não ofenda Death Cab.

– É só um violão e um monte de lamentações. - Ela disse, baixando o volume outra vez.

– Olha só, isso me lembra outra pessoa que reclama muito... VOCÊ! - Ele começou. Por mais que ele gostasse dela, não aguentava mais suas queixas. - Sou eu que estou dirigindo na velocidade em que eu me sinto bem. É a minha música e são os meu salgadinhos...

Caroline olhou a sacola de compras e reviu as opções. Ruffles e Doritos.

– Quantos anos você tem? Oito?

Era isso. Stefan tinha chegado ao seu limite. Se ele não colocasse um fim nisso, agora, continuaria assim para sempre. Ele mudou de pista. - Damon, Elena, digam adeus para Caroline.

– O que você está fazendo? - Caroline choramingou.

– Deixando você no acostamento. - Ele respondeu, mudando de pista novamente.

– Não mesmo. - Caroline pegou o volante.

– O que você está...? - Stefan lutou, virando o volante no sentido contrário. Caroline puxou, mas Stefan fez mais força, e começaram uma guerra pelo volante.

Damon tinha virado para Elena, que tinha virado para frente. “Socorro.”

– Ei, gente... - Damon disse, também um pouco assustado.

Mas Stefan e Caroline nem estavam ouvindo. Caroline puxava para um lado e Stefan puxava para o outro. Ela puxou de novo. Mas dessa vez, Stefan puxou muito forte e eles saíram da pista, e cairam em um terreno arenoso. Damon jogou o braço para proteger Elena de voar para frente, e Caroline começou a gritar.

– Stefan!

Quando o carro saiu da pista ele fez um som estranho. Um estalo e uma pancada. Depois parou repentinamente.

Elena olhou para baixo e viu a mão de Damon na sua frente. Forte. Quase tocando ela. A dúvida ressurgiu. Ela rapidamente foi para trás. Damon tirou a mão.

– Stefan, você... - Caroline abriu a porta com força.

Stefan abriu a porta e saiu atrás dela.

– Não foi minha culpa. Se você não tivesse reclamado tanto, a gente ainda estaria na estrada, e completaríamos a viagem até Tijuana em aproximadamente.. três horas – Ele olhou para o relógio. - Mas agora, quem sabe? - Stefan voltou para o carro e pegou um pacotinho de Doritos no banco de trás. Começou a comer na grama, perto do carro.

– Stefan. - Caroline gritou, correndo para perto dele – O que você esta fazendo?

– Estou fazendo um lanchinho, Caroline. Quer um pouco? - Ele perguntou oferecendo a ela uma mão cheia de doritos.

– Ugh! - Ela virou para Damon e Elena, saindo de dentro do carro. Olhou para Damon. – O que é que a gente vai fazer?

Damon olhou para os pneus. Os dois da frente estava vazios e pareciam completamente fora do eixo.

– Dois pneus furados, e isso parece um eixo quebrado.

Caroline olhou para ele.

– E..?

– Mesmo que tivéssemos dois estepes, o que não temos, ainda assim não teríamos como continuar a viagem.

– Muito bem, Stefan! - Ela gritou, pegando doritos da mãe dele. - E agora?

Damon olhou para Stefan, mas ele parecia não ter plano nenhum. Levantou o celular. Sem serviço. As meninas também tentaram os seus. Nada! Então, Damon pensou na única coisa que podia fazer.

– Vamos andando até o hotel mais próximo, de lá pedimos ajuda.

Elena e Caroline se entreolharam.

– Você tem alguma ideia melhor? - Stefan perguntou a Caroline, enquanto olhava Damon, buscando a confirmação de que isso daria certo. Damon fez que sim.

Os dois foram até a estrada e começaram a caminhar.

Damon e Stefan viraram para as garotas e gritaram.

– Vocês não vêm?

Elena e Caroline entreolharam-se, e olharam para o carro quebrado. Elas não tinham escolha.

Quando acharam uma oficina, e o carro foi rebocado, a noite já começava a cair. Os quatro estavam na sala de espera, de onde receberam a notícia que o carro ficaria pronto na manhã seguinte. Todos suspiraram, mas não tinha outra opção.

Damon e Stefan não podiam ligar para casa, por que afinal, não estava na convenção de quadrinhos, e sim a caminho de Tijuana. Elena não queria perturbar seus pais, e Caroline não queria voltar de jeito nenhum, ela ainda queria ir para Tijuana.

Precisavam ficar aqui, de qualquer jeito.

– Com licença. - Caroline disse, aproximando-se do mecânico que estava atras do balcão. - Tem algum resort por aqui, onde a gente possa passar a noite até o carro ficar pronto?

O mecânico olhou pela janela e apontou para um prédio destruído com a palavra MOTEL , piscando em neon.

– Aquilo? - Ela perguntou.

– Sim, nosso melhor resort. - O mecânico sorriu, com cara de maníaco. Caroline se afastou, assustada.

– O.K. Obrigado – Damon disse, acompanhando todos para fora da oficina. - Talvez não seja tão ruim por dentro.

– Gosto do seu otimismo, Damon – Stefan disse ironicamente.

O MOTEL não estava em suas melhores condições, e pra variar, tinha apenas um quarto vaga. “Como uma pessoa conseguia ficar por aqui?” Pensou Elena.

– A gente precisa pagar pelos piolhos? - Caroline perguntou ao abrirem a porta do quarto. A cama estava inclinada para o lado e o sofá parecia ter exposto ao tempo, o verão todo. O carpete cheirava a mofo e poeira, e o ar era o denso e quente. - Isso aqui é nojento. A gente não pode ficar aqui.

Damon olhou em volta. O lugar realmente era ruim, mas ele já tinha visto piores. E eles não tinham outra escolha.

– Bom, só se você estiver disposta a andar até o hotel mais próximo.

Caroline olhou para Damon.

– Não, obrigada. Já passei tempo demais andando.

– A gente teve sorte de achar isso aqui. - Elena disse, tentando fazer a amiga parar de reclamar.

– Sabe o seria sorte ainda maior? Se o Cole Trickle não tivesse tirado o carro da estrada.

– Quem é Cole Trickle? - Perguntou Stefan.

– Tom Cruise. Dia de Trovão? - Caroline respondeu, como se Stefan tivesse obrigação de saber.

– Por que não tentamos ser mais otimistas? - Elena disse, tentando encerrar mais uma briga que estava começando.

– O.K. Eu sou otimista. Mas a culpa foi da Caroline. - Stefan disse, olhando para Caroline.

– Eu sou uma pessoa positiva, por isso vou ficar feliz se sair daqui sem uma alergia. - Caroline falou, dando mais uma olhada no local. Foi até o banheiro. - Ugh

Damon olhou para Stefan e para Elena. Para ele já era o suficiente.

– Eu vou procurar alguma coisa para comer. - Ele disse, inventando uma desculpa para sair dali, já procurando a maçaneta.

– Ai meu Deus, Lena! Você precisa ver o que tem aqui nesse banheiro.

Elena olhou para Damon, procurando um modo de sair dali.

– Posso ir com você?

Damon fez que sim, ela sorriu discretamente, e saiu logo após dele.

*

Em Tijuana, Matt e seus amigos já estavam bastante bêbados quando foram encontrar Rebeka e as outras meninas, em algum bar.

Rebeka e as outras estavam dançando em cima do balcão do bar quando Matt e sua turma entraram. Matt sorriu para elas e pediu uma cerveja. Rebeka caminhou pelo balcão e parou na frente de Matt, com as pernas a altura dos olhos dele.

– Oi, Matt – Ele disse em tom de flerte, ao curvar-se para dar um beijo em seu rosto.

– Oi! - Ele disse afastando-se. Ele não tinha certeza se queria alguma coisa com ela. Se queria trair Elena.

Rebeka enlaçou as pernas em volta da cintura dele, puxando-o para mais perto.

– Por favor! - Ela puxou o rosto dele para perto do seu.

Seu doce perfume o intoxicou e ele não conseguiu resistir. Ele a beijou.

Rebeka agarrou-se no pescoço dele para descer do bar.

– Obrigada! - Ela cochichou na orelha dele com um leve toque da língua. - Te vejo mais tarde?

Matt ficou olhando enquanto ela se afastava com os olhos fixos em seu traseiro. Virou um gole de cerveja.

*

Caroline finalmente saiu do banheiro vestindo uma pequena camisola. Mas Stefan estava irritado demais com a situação para se importar. Ele passava pelos canais que não pegavam na televisão, tentando encontrar alguma coisa para assistir.

– Sai da cama. - Caroline começou. - Quanto antes eu for dormir, mais cedo esse pesadelo acaba.

Mas Stefan não se mexeu. Só olhou para ela, e fez sinal para que fosse para o sofá encardido.

– Eu não vou dormir naquela sofá, se é isso que você está pensando. Ele está manchado e fedendo. Você vai dormir lá.

Stefan olhou para ela.

– Depois dessa propaganda? Não, obrigado. - Ele se virou e fechou os olhos. - Boa noite.

– Sai da cama, Salvatore. - Caroline caminhava nas pontas do pé pelo carpete.

– Não,

– Onde está seu cavalheirismo, Stefan?

– Cavalheirismo não existe mais, Caroline.

Caroline ficou enfurecida. Ela foi marchando para o outro lado da cama. Cuidadosamente, entrou entre os lençóis, de forma que eles não se encostassem.

– Se você fizer qualquer movimento, corto a sua jugular.

– Quanta intimidade. - Stefan disse, rindo baixo.

Ela o lançou um olhar cortante, como se lançasse adagas. Mas nada o intimidava. Era tudo parte do seu plano, com o tempo, ela iria se aproximar dele.

*

– Fandangos, ou Doritos? - Damon perguntou a Elena, quando pararam diante de uma máquina de salgadinhos do lado de fora do Motel.

– Tanto faz, pega qualquer um. - Elena respondeu. Ela não queria escolher.

– Pra mim também tanto faz, então... - Ele pensou na outra decisão que não era sua, era a decisão dela. - Não posso decidir por você. Nunca pude.

– Então acho que a gente vai morrer de fome. - Elena retrucou, pensando que Damon poderia te-la ajudado.

– Uh-huh. Você vai deixar de ficar brava comigo algum dia? - “Você havia tomado a decisão, eu não tive escolha.”

Não estou brava com você. - Ela respondeu rapidamente.

– Sei... - Damon esfregou os dedos nos sapatos, segurando sua raiva, sua mágoa, e seu arrependimento.

– Por que eu estaria brava com você? - Ela perguntou fingindo desentendida.

“Você realmente quer que eu dia isso por você?” Ele pensou.

– Ãhn, por você ter me pego, com outra garota?

– Acho que era uma mulher... - Elena retrucou. A imagem de Damon com Gabrielly resugiu dolorosamente. - Mas por que eu me importaria?

– Não sei... Não deveria ser um problema, certo?

– Não é um problema. - Ela disse, já perdendo a paciencia.

– Fandangos ou Doritos? - Ele disse, apontando para a máquina novamente.

– Tanto faz, Damon. - “Eu não vou escolher, Já fiz minha escolha, não dificulte ás coisas ainda mais.” - Pouco me importa o Fandangos. Pouco me importa o doritos. E realmente não me importa que você estivesse com outra garota. - “Você também fez uma escolha” - Ou mulher, que seja.

– O único motivo para eu estar lá com ela, foi por que eu vi você e Matt. Juntos. - Ele disse, finalmente a deixando saber como se sentia.

“Por que não me disse, por que não me deu um sinal?”

– Eu não tinha voltado com o Matt.

Damon deu um passo para trás. “O que foi que eu fiz?”

– Mas agora vocês estão juntos, não estão?

– Sim. - Ela respondeu. “Você chegou tarde demais”

– Ótimo. - “Perdi minha chance.”

– Ótimo. Não precisamos magoar um ao outro.

Ele concordou.

– A propósito, você podia ter batido antes de entrar. - Ele voltou ao assunto. Mas ela respondeu imediatamente.

– Você já pensou por que eu fui te procurar?

– Todos os dias. - Ele fez uma pausa e olhou nos olhos dela.- Está é a sua chance. Esclareça as coisas, me conte.

Ela hesitou, queria contar tudo para ele. Contar que tinha ido escolher ele. Queria que ele estivesse sozinho, esperando. Que isso seria o fator decisivo dela, mas nada do que ela queria que acontecesse aconteceu.

Mas agora não. Ela estava com Matt, não podia mais voltar atrás.

– Doritos, eu odeio Fandangos. - Ela já tinha feito a sua escolha.

*

Matt levou Rebeka para seu quarto de Hotel, decidido. Elena não descobriria nunca. Ele fechou a porta e diminuía a luz. Caíram na cama, rindo.

– Você tem...?

Matt fez que sim e começou a procurar na mala pelas camisinhas. Rebekka sorriu e começou a tirar a roupa. Sua roupa lentamente caindo ao lado do seu corpo. Os lábio de Matt tocaram os dela.

– Não podemos contar... - Matt começou.

Reeka colocou o dedo nos lábios dele.

– Eu sei.

Matt respirou aliviado.

*

– Elena... - Damon começou, enquanto caminhavam lentamente de volta para o quarto de hotel. - Eu sinto muito.

Elena olhou para ele. Nada daquilo era para estar acontecendo, era para ela estar com ele. E não o oposto disso. Ela estava com a dor no peito, de tudo que ela tinha feito. Mais um pouco e ela desabaria.

– Eu sei...

O celular de Elena começou a tocar, era o seu pai.

– Tem um minuto filha? - Ele perguntou.

Elena voltou a olhar para Damon.

– Sim. Está tudo bem?

Damon olhou para Elena. Sabia que aquilo não era bom.

– Não, não exatamente. - John respondeu.

Elena ficou nervosa. Ela sabia que isso não era bom. Damon olhou para ela, e entrou, sentindo que ela precisava de privacidade.

– O que foi? - Elena perguntou ao seu pai, enquanto se sentava no corredor do lado de fora do quarto de hotel.

– Não tem um jeito fácil de dizer isso. - Elena sentiu seus olhos encherem de lágrimas. - Quando você voltar para casa, amanhã, eu não estarei aqui. Sua mãe e eu, estamos...

Mas Elena já sabia o que ele iria dizer. Ela tinha ficado em casa e sentido a tensão, mas tinha negado.

– Estão se divorciando, não é?

Damon estava arrumando o sofá cama. Stefan e Caroline estavam dormindo de costas um para o outro na cama. Damon parou de estender o lençol sobre a cama. Ele podia ouvir pelas paredes finas e tinha vontade de atravessa-las para poder abraçar Elena. Não se importava com o que tinha acontecido entre eles. Ele ainda se importava com ela.

Elena estava em choque do lado de fora do quarto, enquanto seu pai tentava se explicar no telefone, mas ela mal conseguia ouvir. A vida dela estava desmoronando bem à sua frente. A monotonia tinha se transformado em catástrofe e ela queria fugir.

As lágrimas escorriam por seu rosto. E quando ela entrou, tentou escondê-las de Damon.

– Posso dormir no chão, se...

– Tudo bem... - Elena disse, tirando as sandálias e deitando-se no sofá-cama.

O silêncio caiu sobre o quarto enquanto os dois, se deitavam. Juntos, Sozinhos. A quilômetros de distância. Deitados tão perto.

Damon virou-se para ela. Queria abraça-la. Mas não podia.

– Elena... - Ele disse, limpando ás lágrimas de seu rosto, que teimavam em cair. - Eu sinto muito. - Ele disse, pela segunda vez na noite.

– Obrigada. - Ela disse, querendo que ele a abraçasse, pegasse sua mão, e dissesse que tudo ficaria bem. Mas ele não fez isso. E ela adormeceu. Com ás lágrimas secando em seu olhos.

*

Matt abraçou Rebeka enquanto ele pegavam no sono em sua cama. Seus corpos estavam suados e exaustos. Ele olhou para ela e sorriu. Nenhum dos dois contariam.

*

Ela se sentia segura. Quando acordasse seu amado estaria do seu lado. Todos os problemas seriam pagados e ela saberia que era ele. Elena acordou de seu sonho e encontrou o braço dele sobre ela. Mas não era Matt, era Damon . Ela tinha seu cheiro e absorveu a imagem de sua mão, tão forte e suave, em volta dela a abraçando. Dizendo que as coisas ficariam bem. Deixou a mão dele ficar lá, enquanto fechava os olhos novamente. Era ele.

Damon acordou e lentamente tirou o braço de sima de Elena, sem saber o que ela acharia daquilo se acordasse.

*

Rebeka acordou e viu que Matt já tinha saído. Ela saiu da cama e vestiu suas roupas para voltar ao seu quarto. Ela tinha certeza. Repetiriam a noite.

*

– A gente deveria ter acordado Damon e Elena. - Stefan falou a Caroline, enquanto estavam sentados no restaurante do motel, tomando café da manhã.

– Isso é totalmente nojento. - Ela deu uma mordida na torrada. - Mas eles estavam tão bonitinhos juntos.

– Nossa Caroline, você realmente tem sentimentos aí dentro. - Ele tomou um gole de café.

– Quieto Stefa. É muito cedo para suas gracinhas.

– Vocês gosta das minhas gracinhas. Fala sério Caroline. E sabe o que mais você gosta? De mim.

– Isso por que você é mentalmente instável. - Ela comeu um pouco de seus ovos.

– Veja como quiser, mas os fatos falam por sim. Devo lembra-la do momento que eu gosto de chamar de 'momento em que você me beijou perto da piscina na festa de aniversário do meu avô'?

– Do que você está falando?

– Eu sei que a negação é um mecanismo poderoso. - Stefan colocou o garfo sobre o prato. - Mas é hora de conversamos sobre isso, Caroline, não acha?

– Duas palavras, Stefan: Sem língua.

– Você concordou em fazer essa viagem para o México comigo.

– Eu precisava de uma carona. - Ela respondeu rapidamente.

– Dormimos na mesma cama.

– Eu não ia dormir naquela sofá. O cheiro dele era... - Ela olhou para os ovos. - Igual ao desses ovos.

– Encare os fatos. - Stefan olhou nos olhos dela. - Nossa química é inegável.

– Sabe o que é inegável, Stefan ? - Caroline pegou o seu garfo, sem querer admitir, que talvez, Stefan estivesse certo. - A dor que esse garfo vai causar quando eu enfia-lo no seu olho. - Stefan olhou para ela, um pouco assustado, Ela colocou o garfo em cima da mesa. - Eu sofro de surtos repentinos de raiva. - Ela sorriu.

– Vou pagar a conta. - Ele olhou para ela sem jeito, e levantou dali.

Elena deixou a água morna do chuveiro cair sobre seu corpo. A dor das notícias de seu pai ainda estavam nela. Uma tinta insolúvel, permanente.

– Cadê a Elena? - Caroline perguntou,, quando ela e Stefan retornaram ao quarto do hotel.

– No banho.

– Espero que ela esteja de chinelos.

Stefan entregou a Damon um potinho e isopor. - Trouxe o café da manhã de você. O carro já está pronto, já trouxeram, esta estacionado ali na frente. Já podemos ir.

Damon olhou para a porta do banheiro. Continuava fechada. - Não tenho certeza se vamos.

– O que? - Caroline perguntou, chocada.

– Acho que o pai de Elena antem ligou, com más notícias.

Elena saiu do banho com os cabelos ainda molhados.

– O que está acontecendo? - Caroline perguntou. Mas a expressão de Elena já dizia tudo. - Eles estão se divorciando? - Elena confirmou com a cabeça e Caroline foi até ela. A abraçou, ela entendia essa dor. - Como você quiser, Lena. Mas se posso dar minha opnião, como filha de pais separados, você não gostaria de estar em casa agora. - Ela a abraçou de novo e se afastou. - Vamos para Tijuana. Nos divertir. A vida vai voltar a ser um saco quando voltarmos.

Elena olhou para Damon procurando seu apoio. Uma decisão. Ela precisava da ajuda dele.

– Talvez ela esteja certa, Elena. - Damon disse, chegando mais perto. Era essa a confirmação que ela precisava.

– Vamos para Tijuana.


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