Pov. Germán

Violetta ficou muito feliz, mas não tanto quanto eu. Era um menino, meu garotinho. Angie também estava muito feliz.

–Papai, quando vou poder ver o meu irmãozinho? Quando vou poder ver Angie? Já decidiu o nome? Me fala?- Vilu estava completamente ansiosa.

–Não sei, Vilu. Sobre o nome... Eu pretendo conversar com Angie primeiro.

–Não! Me fala! Me fala! Lembra que você que iria escolher se fosse menino? Me fala!

–Não vou falar! Apesar de termos feito esse acordo eu ainda tenho de falar com Angie.

–Feio- Ela disse e me mostrou a língua.

–Não é só porque agora tem um irmãozinho bebê que você precisa agir igual

–Eu não estou agindo igual um bebê- Ela disse e me mostrou a língua de novo.

–Não, claro que não!-Digo irônico e também rindo da atitude dela.

Minha conversa com Vilu terminou ali e então fui falar com Ramalho para chamar Angélica, apenas tinha deixado Angie sozinha para ligar para ela. Aí tenho a surpresa de ver todos da mansão aqui. Apesar de que me facilitou um pouco eles já terem vindo para cá.

Ramalho foi buscar Angélica e Olga foi junto, não entendi o motivo. Eu voltei para o quarto onde estava Angie, ela estava com o nosso garotinho nos braços acho que tinha acabado de amamenta-lo.

–Ele está dormindo?-Perguntei.

–Não- Diz Angie, ela estava com um enorme sorriso e é tão bom vê-la assim.

–Posso segura-lo?

–Claro-Angie diz me entregando o bebê e com cuidado eu o segurei. Depois do parto eu não tive muito tempo para vê-lo direito. Ele era uma pequena cópia de mim, exceto pelos olhos que são completamente verdes como os de Angie. Ele tinha os olhos da mãe- Incrível como ele é parecido com você, né?

–Sim, mas os olhos são verdes- Disse admirando meu filho.

–Só por isso- Angie disse e eu devolvi o bebê para seus braços- Quando o pessoal vai vir aqui?

–A Vilu está lá fora com aquele León, ela está louca para saber o nome.

–É mesmo, qual nome você escolheu? Você que iria escolher, lembra?

–Sim, mas não achei justo escolher sozinho.

–Mas o trato era que se fosse menino você escolheria.

–Mas agora eu quero sua ajuda. Lembra dos nomes que eu disse? Eu pensei que você poderia escolher entre eles, Pedro, George, Luiz e Alejandro.

–Eu gosto de George... Mas você que tem que escolher, Germán.

–Agora você já escolheu... Então é o nosso pequeno George-Digo me ajoelhando do lado da cama e passando a mão na cabecinha dele.

–Mamãe vai vir?

–Ramalho e Olga foram busca-la.

–A Olga foi junto?

–É... Muito estranho- Digo, rio e Angie ri logo em seguida.

Angie e eu ficamos conversando mais um pouco e paparicando George até alguém aparecer na porta, era Angélica acompanhada de Ramalho, Olga e Violetta.

–Meu pequenino!- Gritou Olga e foi na direção de Angie.

–Mais baixo, Olga e Cuidado!-Angie falou.

–Me desculpe! Ele é tão fofo-Olga disse.

–Então papai, qual o nome?- Violetta me perguntou.

–George- Dissemos em uníssono.

–Então é meu pequenino George- Falou Olga.

–Lindo nome, quem escolheu?- Perguntou Angélica.

–Foi Germán- Angie fala.

–Muito bom, Germán.

–Obrigado-Digo.

Todos ficaram lá, eu podia ver o quanto Angie estava irritada com aquele tanto de gente, mas por sorte um médico apareceu lá.

–Não é recomendado ficar tantas pessoas aqui- Ele disse.

–Tudo bem. Nós já vamos sair, não é Olguinha e Ramalho? Vamos deixar apenas a vovó aqui- Vilu fala.

–Sim pequenina, mas vamos tirar uma foto primeiro- Olga disse e tirou uma câmera de dentro do bolso. O que? Ela fica andando com uma câmera no bolso?- Poderia tirar para nós?- Olga entregou a câmera para o médico.

–É... Claro-Respondeu o médico pegando a câmera. Ele tirou a foto, devolveu a câmera para a Olga, checou mais algumas coisas e saiu.

Angélica ficou mais um tempo lá, ela é realmente uma boa avó. Depois o médico voltou para o quarto.

–Já podemos ir embora, Doutor?- Pergunto.

–Sim, vim avisar sobre isso mesmo. Já podem ir- O Ele disse e percebi uma expressão de alívio vinda de Angie, eu sei o quanto ela odeia hospitais.

Angie Terminou de arrumar tudo, colocamos uma roupinha que Angélica trouxe em George e saímos do quarto. Olga, Ramalho, Violetta, Angélica e aquele... Leon estavam nos esperando. Pablo e Jade também estavam lá, aparentemente tinham chegado depois, mas não pareciam estar brigados

–Angie! Germán!- Falou Jade vindo em nossa direção.

–Oi Jade- Angie disse a cumprimentando, porém com cuidado já que estava segurando George.

–Oi-Disse.

–Que coisa mais fofa! Ele é a cara do Germán, tirando os olhos- Diz olhando George.

Ficamos conversando com Pablo e Jade enquanto Ramalho levava Violetta, Olga e Leon para a mansão, mas logo ele voltou e fomos para casa.

Entramos na mansão e Angie foi direto para o quarto que tínhamos organizado, o quarto de George e eu fui atrás. Ela o colocou no berço, escorou na beirada e começou a observa-lo.

–O que tanto olha nele?-Pergunto a abraçando por trás.

–É tão estranho- Angie diz ainda olhando George.

–O que é estranho?-Pergunto confuso.

–Há pouco tempo eu tinha ódio de você por ter levado Violetta embora- Doeu escutar isso, ela tinha ódio de mim?- Mas aí eu me apaixonei por você, mas tentando fugir disso é claro. Então você descobre que era tia da Vilu e quase tenta leva-la embora de novo- Me senti mal por isso- Desiste de fazer isso e depois quase se casa com outra mulher, eu quase vou embora, mas agora estamos aqui no quarto do nosso filho! Nosso filho! Inacreditável, não é?

–Sim, o que parecia ser impossível nem era tão impossível assim.

–O nosso amor foi mais forte, não é mesmo?- Angie disse e não a respondi, apenas a segurei pela cintura e a beijei, mas fomos interrompidos pelo choro de George- O que aconteceu? Está bem bebê? Está com fome? Vem cá- Angie o segurou, ela estava desesperada.

–Calma Angie, não deve ser nada demais-Disse tentando tranquiliza-la.

–Mas ele não choraria a toa. Deve estar com fome.

–Você acabou de amamenta-lo Angie!

–É verdade! Então o que é?- Não disse, apenas fiz um gesto para que ela me entregasse o bebê e ela me entregou- O que vai fazer?

–Ele deve apenas estar com sono- Disse e comecei a nina-lo no meu colo. Um tempinho depois ele havia dormido nos meus braços.

–Como fez isso?-Angie me perguntou.

–Eu tive que fazer a Violetta dormir várias vezes- Digo e coloco George no berço.

Eu apaguei a luz do quarto, mas apesar disso Angie e eu continuamos lá olhando George dormir.