1 mês depois...

Pov. Narrador

Angeles e Germán resolveram não contar para ninguém na mansão sobre a fuga de Esmeralda e Matías. Eles estavam um pouco preocupados, porém Germán tentava não mostrar essa preocupação na frente de Angeles.

Jade e Pablo tinham se acertado, mas toda vez que conversavam acabavam no assunto da fuga de Matías e Esmeralda, formando outras brigas o que já estava acabando com, praticamente, toda a relação deles.

Faltava uma semana para voltarem as aulas do Studio.

Pov. Germán

Angie e eu estávamos abraçados no sofá da sala. Estávamos muito ansiosos porque há dois dias fomos ao médico e ele achou melhor que fosse parto normal e nós também achamos melhor. A previsão era para semana que vem.

–Angie, como que a jade está? Desde aquele dia não tive notícias sobre ela-Perguntei, foi o melhor assunto que achei.

–Eu conversei com ela esses dias. Jade e Pablo estão pensando em divórcio-Angie diz cabisbaixa.

–O que? Como assim? Por quê?

–Não entendi muito bem já que eles tinha se acertado, mas parece que ainda está acontecendo muitas brigas entre eles e nenhum dos dois está aguentando mais.

–Isso é tão estranho, não faz nem um ano que eles se casaram. Nós estávamos lá, éramos seus padrinhos. É muito estranho.

–Eu sei, mas do jeito que eles estavam apaixonados essa ideia de divórcio sai logo da cabeça deles.

–Você acha?-Perguntei e Angie apenas confirmou com a cabeça.

Ficamos conversando mais um pouco, Angie estava começando a ficar meio estranha. Comecei a ficar meio preocupado com ela até que Olga apareceu e avisou que o almoço estava pronto.

–Eu vou lá chamar a Vilu- Angie disse, mas não achei que ela deveria ir, ela continuava estranha.

–Não, pode deixar que eu vou lá- Eu disse e já ia subindo.

–Germán!- Angie disse, quero dizer, gritou.

–Eu já disse que vou lá chama-los.

–Germán! A bolsa!- Ela gritou de novo.

–Bolsa?-Perguntei confuso.

–A bolsa estourou- Fiquei desesperado. Como? A previsão era só para semana que vem! Por que agora? Como não deu para perceber antes? Se bem que ela estava estranha de manhã.

–Violetta! Federico! Olga! Ramalho!-Comecei a gritar todos da casa.

–O que aconteceu?- Olga disse, a primeira que apareceu lá e logo em seguida Violetta desce as escadas desesperada junto com Federico.

–O que está acontecendo?-Violetta pergunta.

–Angie! Ela vai ter o bebê agora-Disse.

–Então porque não vai levar ela para o hospital ao invés de ficar nos gritando?- Falou Violetta. Me senti um burro nesse momento.

Corri para o escritório, peguei a chave do carro e fui com Angie para o carro. Ramalho foi dirigindo e eu fui a trás segurando na mão de Angie.

–Calma Angie!- Eu disse tentando tranquiliza-la. Na verdade disse mais para me tranquilizar, apesar de já ter passado por isso uma vez estava preocupado.

Ramalho dirigia o mais rápido que ele podia e em questão de minutos tínhamos chegado ao hospital. Ramalho foi embora e eu entrei com Angie rapidamente.

Logo fomos atendidos pelo médico e colocaram Angie em uma maca. Eu iria acompanhar tudo, mas obviamente teria que seguir algumas instruções. Fiquei o tempo todo segurando a mão de Angie. Aquele seria um dos momentos mais importantes de nossas vidas.

Pov. Violetta

Angie estava quase tendo o bebê e papai ao invés de leva-la para o hospital gritou todos da casa, pode isso? Será que foi assim quando eu ia nascer também? Não sei, mas papai não deve ter ficado calmo.

Continuamos na sala, olhando um para a cara do outro sem fazer nada. Comecei a ficar entediada. Federico tinha saído, não sei o que foi fazer só sei que saiu todo feliz.

–Pequenina você não está preocupada com Angie?- Olga me perguntou quebrando o silêncio.

–Não tem motivos para ficar preocupada, tem?-Disse.

–E se acontecer alguma coisa com ela durante o parto? E se acontecer alguma coisa de errado?-Olga disse preocupada e também me deixou preocupada. Olga e sua mania de deixar as pessoas preocupadas.

–Eu não sei! Mas não vai acontecer nada! Eu acho...

Olga ficou falando sobre o quanto estava preocupada e que podia acontecer alguma coisa ruim com Angie e o bebê. Estava ficando muito preocupada. Nessas horas não é muito adequado ficar com ela, não mesmo.

–Mas Violetta e se...

–Não Olga! Não vai acontecer nada, está bem? Fica calma!- Disse com incerteza, depois de ficar escutando Olga falar de tudo que podia acontecer já estava acreditando que algo ruim aconteceria.

–Pode acontecer sim! Podem... –Olga ia dizendo, mas por sorte meu celular começou a tocar. Era Leon.

–Me desculpa Olguinha, tenho que atender- Disse e atendi ao telefone.

Ligação on

–Alô? Vilu?

–Oi Leon.

–Oi meu amor! Tudo bem aí?

–Mais ou menos, Olga está desesperada aqui.

–Por quê?

–Angie vai ter o bebê.

–Mas isso é motivo para desespero?

–Para a Olga é... E o pior é que ela está me deixando preocupada.

–Quer que eu vá aí?

–Seria muito bom, vou te esperar.

–Estou indo para aí, tchau.

–Tchau.

Ligação off

Desliguei meu telefone e Olga voltou a falar na minha cabeça. A Olga é uma pessoa legal, cozinha muito bem, está conosco há muito tempo, mas não estou aguentando ela falar que pode acontecer algo.

–Olga! Para! Não vai acontecer nada! Papai vai estar com ela, vai ter vários médicos lá e vai tudo ocorrer bem. O.K.?

–Mas pequenina... –Olga dizia até alguém abrir a porta. Era Ramalho, finalmente!

–Ramalho! Poderia explicar para a Olga que não vai acontecer com a Angie e com o bebê?

–Por quê?- Ele perguntou.

–Porque a Olga está quase tendo um ataque de desespero aqui.

–Mentira!-Olga gritou.

–Mentira? Sério? Então tá-Disse irônica.

–Olga, não vai acontecer nada. Eu acabei de deixa-los no hospital- Ramalho disse, ele percebeu o desespero da Olga.

–Mas Ramalho... - Olga começou a dizer e Ramalho a abraçou.

Ramalho ficou acalmando a Olga. Ótimo! Agora fiquei de vela, muito legal. Por sorte não demorou muito e a campainha tocou, era Leon.

–Leon! Que bom que chegou!- Disse e o abracei.

–Por quê?- Ele perguntou e eu apenas apontei para Ramalho e Olga.

–Entendeu?

–Sim- Ele disse e riu.

–Não é para rir!

–Não parece- Ele disse e continuou rindo. Eu resolvi olhar para Ramalho e Olga e pior que Leon tinha razão era meio engraçado. A Olga estava quase esmagando Ramalho.

–É verdade-Disse e ri. Nós dois ficamos rindo ali.

Depois de terminarmos de rir ficamos sentados no sofá e Olga foi à cozinha junto com Ramalho. Foi aí que eu me lembrei de que tínhamos esquecido o almoço, mas deixamos para lá.

Fiquei o resto da tarde com Leon e comecei a ficar preocupada quando deu aproximadamente 8h. Tinham se passado 8 horas e nenhuma notícia, papai não ligou, não mandou mensagem. Nada.

–Leon, estou preocupada.

–Por quê?

–Não tivemos nenhuma notícia até agora e se a Olga estiver certa? E se aconteceu alguma coisa? E se...

–Calma Vilu, não aconteceu nada.

–Você tem certeza?- Disse.

–Pede para o Ramalho te levar no hospital, se quiser eu vou junto-Leon sugeriu.

–Eu vou fazer isso mesmo.

Chamei Ramalho e ele aceitou me levar ao hospital. Olga e Leon foram junto. Assim que chegamos fomos na recepção. Disseram que eles ainda estavam lá dentro. Fiquei mais preocupada.

–Calma Vilu, está tudo bem-Leon tentava me tranquilizar.

–Eu espero.

Ficamos na sala de espera. Passou um bom tempo e nada. Fiquei abraçada com Leon o tempo todo.

–Vilu? O que faz aqui?-Era papai, finalmente! Ele estava com um sorriso enorme no rosto.

–Ficamos preocupados-Falei.

–Mas por quê? Se tivesse acontecido algo eu avisava.

–Bem, a Olga me deixou um pouquinho preocupada.

–Olga... Entendo muito bem.

–Papai, a Angie está bem? Onde ela está? E o bebê?

–A Angie está muito bem, em breve poderemos ir embora e... Parabéns pelo seu irmãozinho!

–Irmãozinho? Eu não acredito!- Disse alegre. Era um menino.