Hold On - Dramione escrita por karistiel


Capítulo 7
Chapter 7: Study


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, me desculpem a demora!!
Aqui está o capítulo, espero que gostem, beijos!



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Capítulo 7 - Study

O silêncio ensurdecedor do quarto dos monitores já tinha acordado Hermione a horas atrás. Ela estava sentada na cama, enrolada em suas cobertas e com o pensamento longe. A castanha tinha acordado por conta de mais um pesadelo e se recusava a voltar a dormir. Ao invés disso, pegou a caixa de seus pais que tinha guardado no meio de suas roupas e ficou horas a fio observando as fotos que continham ali.

Nada naquelas fotos lhe parecia dizer alguma coisa, embora ela tivesse certeza de que tinha um mistério nas mãos. Irritada por não conseguir pensar em nada, jogou a caixa em um canto qualquer e voltou a se enrolar nos lençóis. Talvez ela fosse na biblioteca no fim da tarde e procurasse por alguma família Giordano nos milhares de livros que lá continham.

"Ron..." Ela sussurrou ao lembrar-se de que teria que encontrá-lo para estudarem juntos mais tarde.

Aquilo seria uma completo desastre. Ela ficaria nervosa, ele também, e os dois ficariam em um silêncio extremamente constrangedor. Hermione tinha que se preparar emocionalmente para isso.

Jogando as cobertas de lado, decidiu levantar-se e se arrumar para o café da manhã no Salão Principal. Essas horas acordada, pensando, tinha deixado-a com um pouco de fome.

Hermione levantou da cama e saiu do quarto. O seu salão comunal estava quase totalmente absorto em escuridão, o fogo da lareira estava quase totalmente extinto e a única luz que tinha no cômodo vinha das duas grandes janelas no lado esquerdo da sala. Ela aproximou-se da lareira e atiçou o fogo, fazendo-o reviver aos poucos. A sala se iluminou e Hermione voltou para o quarto. Pensando bem, ela nem estava com fome mesmo, poderia tomar um banho e ir para a biblioteca procurar o livro de Transfiguração que precisava.

Tomada por uma nova energia, ela voltou a sair do quarto e entrou no banheiro. Seu relógio de pulso marcava 7:15 quando ela saiu do banheiro totalmente relaxada. No quarto, vestiu o uniforme e tentou dar um jeito no cabelo alvoroçado; pegou a mochila e saiu do seu salão comunal mais de vinte minutos depois.

Os corredores estavam vazios àquela hora. A maioria dos alunos deveriam estar dormindo e aquilo só deu mais vontade à Hermione de ir até a biblioteca. Era a melhor hora do dia para ir lá, não havia nenhum aluno para incomodar e ela poderia estudar em paz.

Ela atravessou a porta dupla da biblioteca e entrou. Madame Pince lhe ofereceu um sorriso caloroso e Hermione retribuiu com um aceno de cabeça. Ela caminhou até um dos cantos da biblioteca, colocou a mochila em cima de uma das mesas e foi até as enormes prateleiras procurar o livro que queria.

Quando ela passou por uma das últimas fileiras, ouviu uma voz grossa e arrastada, proferindo palavrões sem qualquer pudor. Curiosa, Hermione foi até o lugar da onde a voz vinha e encontrou Malfoy.

Ele estava sentado, cercado de livros de Transfiguração e pergaminhos amassados. Um tinteiro estava virado manchando uma porção dos pergaminhos amassados e seu rosto estava vermelho do que parecia ser irritação.

"Merda de trabalho!" Ele gritou, se jogando para trás na cadeira, fazendo Hermione se sobressaltar.

Ela estancou no lugar e o viu jogar a cabeça para trás, passar a mão pelos cabelos e soltar um suspiro cansado. Antes que ela pudesse sair dali, ele a notou. Sem graça, ela ficou parada, sem saber o que fazer.

"O que você está olhando, Granger?" Ele perguntou ríspido.

Ela deu um passo para trás, assustada com a frieza na sua voz, e parou. Seus olhos se encontraram e ela percebeu que seu olhar não condizia com a frieza de sua voz. Impulsivamente, ela aproximou-se da mesa e consequentemente dele. Uma ruga de dúvida se formou na testa dele e seus olhos seguiram todos os seus movimentos.

Ela puxou a cadeira de frente para ele e sentou-se. Pegou um dos livros que estava aberto em cima da mesa e o pergaminho que ele estava escrevendo alguma coisa.

Malfoy não soube o que dizer quando ela tomou a pena das mãos dele e começou a rabiscar algumas coisas que ele tinha escrito anteriormente no pergaminho.

"Isso está horrível." Ela comentou. "E você não vai encontrar muita coisa nesses livros. Espere um momento."

Ela tornou a levantar e sumir pelo corredor. Atônito, Malfoy apenas observava. Ela voltou minutos depois com um livro grosso e amarelado nas mãos. Ela o jogou na mesa, fazendo a mesma estremecer e uma nuvem de poeira levantar.

"Aqui. Nesse livro você encontra muitas coisas sobre transfiguração de animais para objetos."

Malfoy puxou o livro para si e o abriu. Passou o dedo pelo índice, procurando o que queria e para sua surpresa, encontrou. Abriu o livro com cautela sob o olhar aguçado de Hermione. Desviando a atenção dele, ela puxou a varinha do bolso da saia e limpou a mesa.

"Eu vou deixá-lo a vontade." Ela levantou-se bruscamente, como se tivesse acabado de lembrar de onde estava e com quem. Ele levantou o olhar do livro e a encarou. "Mais tarde eu volto aqui para... hum... fazer o meu trabalho. Até mais."

Ela começou a caminhar mas uma voz a fez parar no meio do caminho.

"Granger." Ele chamou. "Você pode ficar e... fazer seu trabalho."

"Mas eu preciso do livro também." Ela disse sem graça.

"Posso dividi-lo com você." Ele respondeu sem hesitar.

Hermione franziu o cenho e, sem saber realmente porque, assentiu lentamente.

"Vou só pegar minhas coisas na outra mesa."

Ele acenou e voltou a sentar-se e analisar o livro. Hermione obrigou-se a andar tremulamente até a mesa onde estava sua mochila. Ela não compreendia seu nervosismo, talvez fosse pelo fato de que ele era um Comensal da Morte e ainda era difícil ficar na presença dele, ainda mais depois do ocorrido na Mansão Malfoy no ano passado. Ela também não compreendia porque aceitara estudar com Malfoy se teria uma sessão de estudos com Ron mais tarde. Ela interrompeu seus pensamentos quando sentou mais uma vez à frente do loiro.

Levemente constrangida, ela abriu sua mochila, evitando olhar o garoto à sua frente e tirou, com uma fingida calma, meia dúzia de pergaminhos, um tinteiro e uma pena. Com capricho, escreveu no topo de um dos pergaminhos o título da redação.

Depois de ler, Malfoy começou a escrever furiosamente em seu pergaminho. Apesar da rapidez na escrita, sua letra era bonita e totalmente diferente da de Ron que mais pareciam garranchos. Agora, porque ela estava comparando Ron com Malfoy, ela não sabia dizer. Ele finalmente parou de escrever e empurrou o livro na direção dela.

Ela leu algumas páginas e escreveu algumas linhas quando Malfoy a chamou pela segunda vez.

"Granger." Focada no que estava fazendo, ela acenou com a cabeça, mostrando que estava escutando. "Obrigado."

Ela parou de escrever e olhou como se ele tivesse ficado louco. Ou talvez ela tivesse ficado louca.

"Não olhe pra mim com essa cara." Ele resmungou.

"Desculpe, só... foi meio chocante." Ela riu, ainda desacreditada. "A propósito, de nada."

Ele assentiu e voltou a olhar para o trabalho. Hermione ainda o observava quando viu sua testa enrugar. Ela não sabia o que estava passando pela cabeça dele quando, meia hora depois, ele levantou bruscamente e juntou seu material de cima da mesa. Sem dizer nenhuma palavra, saiu pelo corredor e por fim da biblioteca.

Atordoada, Hermione continuou a olhar o local onde ele estivera antes, tentando entender o que tinha acontecido mas nada lhe vinha à cabeça. Tentando ignorar a chateação que crescia em seu peito, voltou a atenção para o pergaminho pela metade.

Quase uma hora depois, Hermione saiu da biblioteca ao som do sino de início da primeira aula. Ela correu para o sexto andar, onde ficava a sala de Runas Antigas. Era a primeira aula da semana daquela matéria e Hermione estava ansiosa para participar. Chegou na porta da sala no exato momento em que os alunos começavam a entrar.

A aula de Runas Antigas era bastante calma. Sendo uma das disciplinas facultativas, muitos alunos se recusavam a incluir Runas em seus horários. Era uma matéria bastante difícil e uma das que Hermione mais gostava. Ao todo, tinham doze alunos. Dos doze, oito eram Corvinais, dois eram Lufanos e os outros dois eram ela e Malfoy.

Ela sentou-se na primeira carteira da fileira direita, enquanto Malfoy sentou na primeira fileira do lado esquerdo. Arriscando uma olhada para ele, Hermione sentiu-se frustrada ao perceber que ele agia como se nada tivesse acontecido de estranho entre os dois a alguns minutos atrás.

A professora saiu de trás da mesa e começou a aula. Hermione pouco conseguiu prestar atenção com os pensamentos perdidos no garoto ao seu lado.

O sino tocou novamente e com toda calma do mundo Hermione arrumou suas coisas para ir para o Salão Principal almoçar. Ainda não tinha visto seus amigos e queria muito encontrá-los.

Rapidamente ela desceu todos os andares até o Salão Principal e encontrou Ginny na entrada.

"Hermione!" A ruiva chamou.

"Como vai, Ginny?" Ela cumprimentou enquanto se juntava a Ginny na caminhada até a mesa da Grifinória.

"Eu vou bem, mas você pelo visto, nem tanto."

Hermione olhou para a amiga, pensando se contava ou não o que havia lhe acontecido.

"Estou nervosa, só isso." Mentiu.

"Por causa de Ron não é? Sou uma gênia!" Ginny se vangloriou aos risos.

"Você ainda me paga Ginevra." Hermione murmurou segundos antes de as duas sentarem na mesa ao lado dos meninos.

"Hermione, não temos te visto mais no café da manhã." Harry comentou.

"Ando muito ocupada com os deveres de monitora e os trabalhos de casa." Ela desconversou.

"Sabe que nós sempre podemos te ajudar, não é?" Ron perguntou, deixando Hermione corada com tanta convicção.

"Sei sim, Ron, obrigada."

(...)

Draco não estava com fome e também não tinha a menor vontade de sair do conforto de sua cama. Ele queria fumar, mas não queria ir até a Torre de Astronomia e encontrar com a Granger. Não depois do que tinha acontecido na biblioteca mais cedo.

Ele preferia manter a distância e não dar chances dela se aproximar. Ele conhecia bem o tipo de pessoa que ela era; bondosa, corajosa, determinada e acima de tudo estúpida. Estúpida porque era capaz de sentir pena dele. E ele não queria ninguém para sentir pena dele como ela estava fazendo.

Uma batida na porta o acordou de seu devaneio. Irritado com a interrupção, levantou para abrir a porta.

"O que é?" Perguntou impaciente para o menino segundanista na sua frente.

O garoto se encolheu ao som cortante de sua voz e deu um passo para trás. Era possível que o garoto conhecesse a natureza de seu passado, todos conheciam. Cruzando os braços, Draco esperou que o menino falasse o que queria.

"Tenho um recado da diretora. Ela quer que você vá até a sala dela antes do fim do almoço. A senha para entrar é essa." O menino estendeu um pergaminho enrolado em uma fita de cetim vermelha.

Puxando o papel da mão do garoto, Draco fechou a porta sem se importar em agradecer e voltou a se jogar na cama. O que aquela velha queria agora?

Olhando no relógio, viu que faltavam menos de vinte minutos para o fim do almoço. Ele abriu o pergaminho e leu a senha. O pedaço de pergaminho voou de sua mão e se converteu em cinzas no meio do caminho até o chão. Levemente impressionado, Draco saiu do seu dormitório, passando pelo Salão Comunal da Sonserina, que estava completamente vazio, e saindo pela porta de madeira que dava em um corredor escuro das masmorras.

Caminhando a passos rápidos, rapidamente chegou ao sétimo andar. Draco parou em frente a Torre da Gárgula e murmurou a senha.

"Honra."

A Gárgula moveu-se e afundou na parede, abrindo espaço para a escada que levaria até a porta do gabinete da diretora. Ele pisou na escada e a Gárgula voltou a se mover, tampando a passagem. Draco subiu as escadas e hesitante, bateu na porta. A voz da diretora pediu que ele entrasse e assim ele o fez.

Ao entrar, Draco parou de súbito poucos centímetros depois da porta. A primeira coisa que viu foi a diretora, sentada atrás da mesa que uma vez fora de Dumbledore, com um olhar bastante severo. A segunda coisa que viu foram seus amigos. O motivo de Blaise e Theo estarem ali, ele descobriria em breve.

Desfazendo a sua expressão de surpresa, voltou a se aproximar dos três.

"Por favor, sente-se sr. Malfoy."

Draco sentou ao mesmo tempo que lançava um olhar interrogativo a Blaise, que estava mais próximo de si. O moreno apenas deu de ombros e voltou a olhar para a frente.

"Bom, o motivo de eu tê-los chamado aqui é muito importante-

"Nós não fizemos nada, não importa o que lhe disseram diretora, não foi nossa culpa!" Theo começou. A diretora levantou a mão, pedindo silêncio e Draco viu a sombra de um sorriso no rosto da velha bruxa.

"Não foi por isso que os chamei aqui, sr. Nott." Theo suspirou aliviado. "Eu os chamei aqui para informar que de acordo com uma reunião entre o corpo docente da escola e o Ministro da Magia, vocês, assim como mais uma dúzia de alunos, terão mais uma matéria obrigatória daqui em diante. Nós decidimos que vocês frequentarão as aulas de Estudo dos Trouxas até o fim do ano."

Um silêncio tenso caiu sobre os três alunos sentados à frente dela. Draco ficou sério e apertou com força o braço da cadeira. Blaise levantou uma sobrancelha e entrelaçou as mãos como se estivesse esperando que a professora dissesse que aquilo tudo era uma brincadeira e eles podiam voltar para suas vidas normais. Theo parecia confuso, abriu a boca e fechou algumas vezes até que finalmente encarou a diretora e falou.

"Se não fizemos nada por que estamos sendo castigados?" Perguntou.

"Isso não é um castigo sr. Nott, veja isso como uma nova chance de se re-integrarem na sociedade bruxa, de serem bem vistos. Façam disso uma oportunidade para mostrar que mudaram, principalmente você, sr. Malfoy. Não daremos mais espaço para preconceitos."

Draco balançou a cabeça em negação.

"Eu me recuso." Falou firmemente.

"Não pode. Ou aceitam, ou serei obrigada a expulsá-los de Hogwarts."

Por dois segundos, Draco pensou em levantar sua varinha contra ela e azará-la por tamanha ousadia, mas felizmente o pensamento foi rápido e passageiro. Aquilo fazia parte das milhares de consequências que ainda cairiam sobre suas costas. Ele não podia ser expulso da escola àquela altura do campeonato, não quando ele estava sob a vigilância do ministério.

Até aquele momento, Blaise tinha sido o único que não tinha se pronunciado ainda.

"Eu posso aturar uma vez por semana alguém falando sobre trouxas." Ele comentou dando de ombros.

"Ótimo sr. Zabini." A diretora deu-lhe um sorriso simpático e depois olhou para os outros dois, aguardando resposta.

Theo olhou de Blaise para Malfoy e por fim, assentiu. Draco estava perdido em seus próprios pensamentos quando ouviu a diretora chamar seu nome.

"Sr. Malfoy?" Ele finalmente levantou o olhar para ela.

McGonagall sabia que, dos três, Malfoy seria de longe o mais difícil de aceitar aquela condição. Mas embora soubesse que ele recusaria de primeira, ela também sabia que ele era inteligente e astuto. Ela via nele uma determinação que só tinha visto em uma outra pessoa, em Hermione Granger. E McGonagall queria que ele usasse essa determinação para algo bom. Ela acreditava que Malfoy poderia mudar e se tornar a pessoa que sempre deveria ter sido e não uma cópia fajuta de seu pai.

"Tudo bem." Draco resmungou, fazendo a diretora sorrir abertamente.

"As aulas começam na semana que vem, aqui estão os horários. Estão dispensados."

Assim, os três saíram do gabinete da diretora e se dirigiram para sua Sala Comunal. No meio do caminho, Draco despediu-se dos amigos e no fim do corredor, subiu as escadas da Torre de Astronomia. Não importava se ela estivesse lá, ele precisava fumar e pensar. Por sorte, ela não estava.

(...)

Hermione saiu da aula de Poções acompanhada de Ron. Harry e Ginny tinham se despedido minutos atrás dizendo que iriam namorar. Ron tinha ficado irritado mas Hermione tinha conseguido acalmá-lo quando chegaram ao retrato da Medusa.

"Você não pode controlar o que sua irmã faz, Ron." Hermione brigou. "E ela já está grandinha o suficiente para se cuidar sozinha." Ela finalizou.

Ron ouvia tudo de cara feia, como sempre fazia. Ignorando os comentários que a mulher dos cabelos de cobra fazia para Ron, os dois entraram no Salão Comunal dos Monitores.

Hermione jogou a mochila no sofá e tirou os sapatos no caminho até a cozinha. Da porta, ela viu Ron sentar-se no sofá e observar a sala.

"Quer um chá?" Ela perguntou.

"Claro." Ele sorriu.

Hermione entrou na cozinha e esfregou as mãos suadas. Estava no auge do nervosismo e tinha inventado a desculpa do chá para poder pensar no que fazer. Respirando fundo, pegou a chaleira no armário e a colocou no fogo. Minutos depois, o chá estava pronto e ela ainda não sabia como se comportar. Antes de sair da cozinha com as duas xícaras, resolveu que se comportaria como sempre. Ou assim tentaria.

"Aqui está." Ela ofereceu uma das xícaras.

Os dois tomaram o chá em silêncio e quando acabaram, cada um pegou seus trabalhos na mochila.

"Hermione, me empresta as anotações de História da Magia?"

Ela olhou para ele com reprovação mas puxou alguns pergaminhos e deu para ele.

"Se precisar de algum livro pode pegar lá na biblioteca no fim do corredor." Ele assentiu e passou a olhá-la intensamente.

Envergonhada, Hermione desviou o olhar mas ainda conseguia sentir os olhos dele presos nela. Nervosa, ela abriu seu livro de poções e começou a fingir interesse no que lia. Ela agradeceu a Merlin quando ele desviou o olhar. Mas, minutos depois, foi obrigada a olhar para ele de novo, quando ele levantou e caminhou até a biblioteca. Ela soltou o ar que estava prendendo desde que tinha voltado da cozinha e soltou um suspiro de alívio. Acabando com o fingimento, começou a realmente se concentrar na leitura e no dever de casa que o Professor Slughorn tinha passado a pouco tempo atrás.

Ron voltou alguns minutos depois com uma pilha de livros de História da Magia. Impressionada, Hermione sorriu para ele, aprovando sua conduta.

Quando o relógio apontou 20 horas em ponto, Ron levantou meio misterioso e começou a juntar suas coisas.

"Posso saber aonde vai?" Hermione perguntou com uma sobrancelha arqueada.

"Eu estou cansado, acho melh-

"Ron..." Hermione chamou, deixando claro que sabia que era mentira.

Derrotado, ele terminou de juntar suas coisas.

"Tenho que cumprir detenção." Ele murmurou quase inaudivelmente.

"O que foi que fez dessa vez?" Hermione suspirou.

"Nada." respondeu bruscamente.

E com isso, ele deixou uma Hermione indignada para trás.

 


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