Silence escrita por Natmed


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora para postar o capítulo :( eu vou mudar, então a minha casa está uma bagunça e não tenho tido muito tempo para escrever. Mas assim que possível eu posto o próximo capítulo.



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- Mãe? Onde você está?

- Estou na cozinha, meu anjo.

Quando entrei na cozinha, tive uma visão repugnante. Jack estava praticamente engolindo a bunda da minha mãe, que estava de costas para ele, cozinhando.

Argh!! Que cara nojento. Pigarreei para aquele porco notar a minha presença ali e parar de engolir a minha mãe.

- Que bom que você já chegou querida. Você pensou sobre aquilo que nós conversamos hoje cedo?

E tem o que pensar? Olhei para o Jack de canto de olho e vi que ele estava com um sorriso de triunfo no rosto. Dei um suspiro.

- Mãe, eu não acho que eu tenha muito que pensar. Afinal, a vida é sua. E daqui a um tempo eu vou me formar e ir para a faculdade. Você tem que pensar em você. E não em mim.

- Eu fico muito feliz em ouvir isso. Você não sabe o quanto é importante para mim, que você esteja de acordo com isso. – disse minha mãe me abraçando.

- Eu também fico feliz, Lucy. Que você tenha concordado. – disse Jack com um sorriso estúpido no rosto.

 -Eu imagino.

Nisso o telefone da minha mãe tocou, e ela saiu da cozinha para ir atender.

- Você pode me chamar de Pai se você quiser. – disse Jack debochando de mim.

- Nem que eu estivesse louca eu chamaria você de pai. Você é um merda, isso sim.

- Agora que eu vou morar aqui, nós vamos ter que mudar esses seus hábitos grosseiros.

- Você realmente acha que se deu bem, né? Pois eu vou tornar a sua vida um inferno. Só espere para ver. No final, você não vai achar nem graça. Eu vou fazer você se arrepender de ter concordado em morar aqui.

Antes que ele pudesse responder, minha mãe estava de volta na cozinha.

- O que vocês dois estão conversando? – disse ela, assustando nós dois.

- Estávamos falando sobre o jogo dos Mariners. – disse sorrindo.

- Eu pensei que você não gostasse de esportes, Lucy.

_ Eu não gosto. O Jack estava tentando me explicar o jogo.

- hum... o jantar está pronto. – disse ela, um pouco desconfiada.

- Ótimo.

Depois do jantar subi para o meu quarto e fui direto para o banho. Não estava com paciência para aguentar mais nada. Quando saí do banheiro pude ouvir minha mãe conversando com o Jack na sala.

- Você acha que ela aceitou bem, o fato de você vir morar com a gente?

- Eu acho que sim amor. Escute, você não tem com o que se preocupar. Eu e a Lucy vamos nos dar muito bem. Eu tenho certeza.

Hunf! Otário.

- Eu realmente espero que as coisas deem certo entre nós dois. Eu me preocupo com a Lucy, às vezes. Eu sinto que ela nem sempre é sincera comigo, e isso me incomoda. Eu tenho medo que ela tenha algum problema e não me procure para ajudá-la. Ela é muito fechada. Até isso ela puxou do pai dela.

- Pelo jeito que você fala do pai dela, ele deve ter sido uma ótima pessoa.

- Ele era.

- Então você não tem com o que se preocupar. Você mesma disse que ela é bastante parecida com ele. Ela vai ficar bem.

Se eu não soubesse o quanto ele me odeia, eu até poderia acreditar que ele estava falando a verdade.

Ok... Não deve ser muito difícil. Eu só tenho que encontrá-la e pedir desculpas. Seja lá o que eu tenha feito de errado. Esse era o meu pensamento quando eu sai do carro e fui em direção a escola, na quarta de manhã. Encontrar Ashley não foi tão difícil quanto eu pensei que seria. Ela estava no corredor, encostada no seu armário, conversando com Gabrielle.

- Oi. – disse cautelosa.

- Oi.

- Eu sinto muito por ontem. Eu não faço ideia do que deu no Julian para ele vir falar comigo. Você sabe que eu nunca daria bola para ele sabendo que você gosta dele.

- Eu sei. Eu não fiquei chateada com você. Foi infantilidade da minha parte, mas é que... eu fiquei com ciúmes, por ele ter ido falar com você. Poxa, eu estou a tanto tempo tentando chamar a atenção dele e ele me ignorou completamente.

- Ele é um babaca Ash. – disse Gaby.

- Eu sei, mas eu sempre tive uma quedinha pelos babacas.

- Concordo – Gabrielle e eu dissemos em uníssono.

- É melhor nós irmos logo, o professor já está bravo comigo por causa do trabalho. É bem provável que eu vou ter que refazê-lo. – disse Gabrielle indignada.

- Então Ash, você falou com os seus pais sobre a festa? – perguntou Gabrielle, enquanto nos dirigíamos a nossa mesa na cantina.

- Falei.

- E como foi?

- Ah, você sabe... o mesmo de sempre. A minha mãe foi a favor e o meu pai contra. Mas ela acabou convencendo ele a me deixar ir. – disse Ashley dando de ombros.

- E a sua mãe Lucy? O que ela disse?

- Eu não falei com ela ainda.

- Mas a festa é amanhã. – disse Ashley, como se o que eu tivesse dito não fizesse sentido.

- Eu sei, eu vou falar com ela hoje.

- Você vai falar mesmo, ou vai inventar uma desculpa de última hora para não ir à festa?

- Eu vou falar com ela hoje à noite, Ashley.

- Tudo bem, eu só perguntei. Não precisa ficar nervosinha. – disse Ashley, com as mãos para o alto em sinal de rendição.

- Desculpa Ash, eu não quis ser grossa. É que eu não estou numa boa hoje.

- Por quê? O que aconteceu?

- O Jack vai morar lá em casa. – disse, fazendo uma careta ao pronunciar o nome dele.

- Sério?! Que droga. – disse Gabrielle.

Ao contrário da minha mãe Ashley e Gabrielle sabiam de tudo sobre os meus constantes desentendimentos com o Jack.

- Mas a sua mãe não falou nada para você sobre ele morar com vocês? A tia Lauren não costuma fazer isso. – disse Ashley pensativa.

- Ela falou. Ela veio me perguntar o que eu achava.

- E o que você disse? – perguntou Gabrielle.

- Eu disse que por mim tudo bem.

- Já não estou entendendo mais. Eu pensei que você odiasse esse cara.

- Se você tivesse visto a cara da minha mãe quando ela veio falar comigo, você entenderia. Eu não podia dizer não para ela. Não com ela me olhando daquele jeito. E sim, eu odeio esse cara, mas não há muito que eu possa fazer. Ele a faz feliz. E eu não vou tirar isso dela. Além do mais, é por pouco tempo. Daqui a pouco eu vou para a faculdade, e não vou mais precisar ver a cara dele.

- Bom... você que sabe. O ódio é seu mesmo.

Ao chegar em casa, a ficha de que Jack iria morar conosco finalmente caiu, ao ver a sala tomada por caixas. Eu acho que, no fundo... bem no fundo, eu esperava que essa coisa toda fosse só um sonho. Ou que alguém fosse aparecer e dizer que tudo não tinha passado de uma brincadeira. Ou qualquer coisa que o impedisse de morar com a gente.

Urgh! Além de morar aqui, ainda vai encher a casa de porcarias, pensei comigo mesma ao fechar a porta da frente.

A minha casa tinha a mesma decoração desde que eu me conheci por gente. O meu pai havia construído e decorado a casa. E logo em seguida a havia dado de presente a minha mãe.

Se ele tocasse em qualquer item que tivesse pertencido ao meu pai, eu esqueceria qualquer acordo não verbal que nós tínhamos, de não discutir na frente da minha mãe e usaria todo o meu “vocabulário especial” com ele. E em seguida o mataria. Ou algo parecido. As possibilidades eram infinitas.

- Ô garota! Você poderia fazer algo de útil ao invés de ficar aí, parada na porta com essa cara de idiota?! Algo do tipo, sei lá... me ajudar com essas caixas?!!

Arqueei a sobrancelha e dei um sorriso maldoso.

- Você só pode estar brincando. De jeito nenhum eu vou ajudar você! Se vira amigo. – disse subindo as escadas para o meu quarto.


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