Silence escrita por Natmed


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar, mas é que tive certa dificuldade em escrever esse capítulo. Espero que gostem :)



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Eu me sentia cada vez pior. Nem a água estava mais ajudando a acalmar o meu estômago. Eu estava prestes a sair correndo dali para vomitar na primeira lixeira que eu avistasse. Eu sentia que não devia estar ali. Que algo estava errado.

Relaxe. É só o David. Ele não vai te machucar. São só as neuroses da sua mãe falando mais alto. Repeti isso mentalmente para mim mesma o máximo de vezes possível.

Você está bem Lucy? Você está com uma cara estranha.

Eu estou bem. Só estou curiosa para saber aonde vamos. – disse com um sorriso fraco.

Nós estamos indo a um dos meus lugares preferidos. É possível ver o parque de lá. – disse David sorrindo.

Hum... ok.

Então, o que você pretende fazer depois que terminar a escola? Você está no último ano, certo?

Sim, eu estou. Eu pretendo ir para a faculdade. Mas não tenho certeza ainda do que pretendo cursar.

– Você ainda tem tempo para escolher o que quer fazer. – disse ele com um sorriso fraco no rosto.

– No que você trabalha?

– Eu trabalho no ramo de construção, junto com o Jack. Chegamos. – disse David estacionando o carro.

Ele estava certo. Dava para ver o parque de onde estávamos, e tínhamos uma vista muito bonita dele. Mas tirando isso, não havia mais nada de interessante ali. Estávamos rodeados de prédios. Alguns deles com uma arquitetura bonita e diferenciada. Deveriam ter sido construídos recentemente, pois o resto eram prédios antigos – talvez até abandonados pela falta de iluminação que eles possuíam – com paredes pixadas ou sem cor alguma, uma vez que parecia fazer anos que não eram pintados. Talvez estivessem tentando mudar o lugar, construindo prédios novos em volta. Mas não pareciam estar tendo sucesso. De modo geral, era uma visão deprimente. Não consegui entender o que David havia visto naquele lugar para se tornar um dos seus preferidos.

David tirou o cinto de segurança e virou o seu corpo na minha direção. Imitei o movimento dele e tentei ao máximo não demonstrar o quão nervosa eu estava.

– Então, o que você achou?

– A visão do parque é muito bonita, mas o resto é... – disse olhando ao redor - deprimente.

– É, eu concordo com você – disse ele rindo – mas eu venho aqui pela visão do parque mesmo. É uma visão muito bonita. E com você aqui, fica ainda mais. – disse David tocando o meu rosto.

– Obrigada. – disse sem jeito, sentindo o meu rosto corar.

– Deus! Como eu adoro esse rubor nas suas bochechas. – disse David se aproximando de mim, deixando clara a sua intenção.

– David...

Não tive a chance de dizer a David que não deveríamos fazer aquilo, pois no momento em que seus lábios tocaram os meus, eu não tinha mais vontade de dizer isso a ele. Tentei deixar de lado aquele nervosismo que estava me perseguindo a noite toda e me concentrar no fato de que ele estava me beijando.

David colocou uma mão no meu joelho e a outra no meu cabelo, me segurando no lugar. Quando afastou os lábios dos meus, estávamos ambos sem fôlego.

– Você está mais corada ainda. – disse David sorrindo, ainda segurando o meu cabelo. E perto o suficiente para que eu pudesse sentir o seu hálito quente no meu rosto.

– Eu não estava esperando por isso. – disse sorrindo.

– Não me diga que eu sou o primeiro cara que te beija?! – disse ele debochando de mim.

– É claro que não! Eu não saio beijando qualquer um por ai, mas também não sou uma freira.

David riu da minha resposta a sua pergunta, desviando os olhos dos meus e olhando para baixo.

– É bom saber disso. – disse ele olhando para mim, antes de me beijar novamente, com mais intensidade. Antes de sequer me dar conta do que estava fazendo, eu passei as mãos pela sua nuca e aproximei o meu corpo do seu. David tomou isso como um encorajamento e moveu suas mãos para as minhas costas, me pressionando contra seu corpo.

Depois de um tempo comecei a sentir dor nas costas, só então percebi que estava pressionada contra a porta do carro. Sem fazer a menor ideia de como David havia saído de seu acento sem que eu percebesse.

David pediu passagem na minha boca com a sua língua, o que eu cedi de bom grado. Tudo estava indo bem... até ele começar a subir a sua mão pela minha barriga.

– David, pare com isso. – disse tirando a sua mão de dentro do meu suéter.

– Ah Lucy, qual é?! – disse ele beijando o meu pescoço e subindo uma mão pela minha coxa.

– David! Eu disse para parar! – disse empurrando-o pelos ombros.

– Eu sei que você também quer isso. Não precisa ficar se fazendo de inocente. – disse ele vindo na minha direção.

– Eu não quero isso! – disse empurrando ele de novo. – Que tipo de garota você acha que eu sou?! Muita obrigada pela carona, mas daqui eu vou sozinha. – disse pegando minha bolsa e abrindo a porta do carro.

– O quê?!! – disse David me olhando atônico.

– Eu não vou transar com você David. – disse saindo do carro e indo em direção a rua mais próxima. Ouvi David sair do carro e bater a porta com violência.

– Ah mas você vai. – disse ele com um tom de voz estranho, que me fez virar e olhar para ele, que estava parado ao lado do carro.

– O que?

– Eu disse, que você vai transar comigo.

Por um segundo, eu não acreditei no que estava ouvindo. Até ver que ele estava me encarando, com um olhar convencido. Raiva tomou conta de mim.

– Ah é?! – disse colocando as mãos nos meus quadris. – E o que você vai fazer?! Me obrigar?!

Encarei David com olhar raivoso, que foi se dissolvendo conforme o sorriso malicioso dele crescia.

– Talvez.

Um arrepio subiu pela minha espinha. Mas quanto mais eu o encarava, mais aquele sorriso de quem havia ganhado um jogo se espalhava pelo seu rosto. Convencendo-me de que ele não estava mentindo. Ele pretendia obter uma transa. Eu querendo ou não.

Mesmo as minhas chances sendo baixas, me virei e corri o Maximo que minhas pernas permitiam, sem saber direito para onde ir. Se eu tivesse sorte, eu conseguiria correr o suficiente para encontrar alguém e pedir ajuda. Mas eu nunca fui do tipo de pessoa sortuda. Quando achei que estava a uma distância considerável de David, senti algo agarrar o meu suéter por trás e me jogar para o lado, fazendo com que eu me chocasse com uma parede e caísse no chão. Mesmo no escuro pude ver onde estava. Eu havia corrido para um beco entre os prédios.

Que ótimo! Além de não correr o suficiente, ainda fui na direção errada. Pensei comigo mesma enquanto tentava achar um jeito de sair dali.

David estava parado na minha frente recuperando o fôlego.

– Você não vai fugir de mim lindinha. – disse ele sorrindo e se aproximando de mim. Chutei a sua perna com toda a força que tinha derrubando-o no chão, e me levantei as pressas para sair correndo dali.mas não fui muito longe, pois David agarrou o meu tornozelo, me fazendo cair de cara no chão.

– Você é teimosa, hein lindinha?! – disse ele subindo em cima de mim.

– Me solta! – gritei enquanto me debatia embaixo dele, tentando de tudo quanto era jeito sair dali.

Parecia que todos os meus esforços eram em vão. Eu batia nele com toda a força que eu tinha, e ele parecia não sentir nada. A sua única reação ao meu ataque, era rir. Como se eu estivesse lhe fazendo cócegas ao invés de estar socando o seu peito.

Ele era mais forte do que eu. Muito mais. Eu não tinha chance contra ele. E quanto mais esse pensamento se grudava no meu cérebro, mais desesperada eu ficava.

– Não lute contra mim lindinha, é inútil. Eu sou duas vezes o seu tamanho. Relaxe. Talvez você até goste. – sussurrou David no meu ouvido.

Tentei novamente tira-lo de cima de mim, quando ouvi David rasgando a minha meia calça. Olhei para baixo com a visão embaçada devido às lágrimas que corriam soltas pelo meu rosto, e o vi tentar tirar a meia calça do seu caminho. Juntei os meus joelhos o máximo que podia, chegando a sentir um pouco de dor devido à pressão que estava exercendo sobre eles. David olhou para mim com um olhar de puro ódio.

– Ok Lucy, você está começando a me irritar. – disse ele lentamente. – Você não quer me ver irritado, quer? Se você for uma boa menina e se comportar, eu vou ser gentil com você.

David agarrou os meus joelhos, os separando com certa facilidade. Eu já não possuía mais forças para lutar contra ele. Eu estava esgotada. A única coisa que me restava era implorar. Não faria nenhuma diferença eu fazer isso ou não. David já havia tomado a sua decisão, e não mudaria de ideia só porque eu estava pedindo. Mas esse era o meu último recurso, e eu tinha que tentar. Não podia desistir. Eu tinha que saber que havia tentado de tudo. Que tinha dado o máximo de mim para sair daquela situação.

– David, por favor, não faça isso! Por favor1 eu prometo não contar a ninguém o que aconteceu. Só me deixe ir! Por favor! – implorei, soluçando por causa do choro.

David parecia não ter escutado uma palavra do que eu havia dito. Senti suas mãos entre minhas pernas e comecei a me debater novamente, com menos intensidade que antes. David agarrou 0s meus pulsos com uma mão e me imobilizou, enquanto rasgava a minha calcinha com a outra. Me desesperei e comecei a gritar pedindo ajuda. Senti algo pesado bater no meu rosto, me fazendo olhar para o lado e sentir gosto de sangue na boca. David havia me dado um tapa para me fazer parar de gritar.

– Cale a boca! Ninguém vai ouvir você lindinha. E se ouvirem, não vão fazer nada. Você só está piorando as coisas para você.

David abriu sua calça e senti sua ereção na minha coxa.

Deus, não! Por favor! Isso não pode estar acontecendo. Faça-o parar! Por favor! Por favor! Eu deveria estar em casa agora! Eu devia ter pegado carona com a Ashley. Eu não devia ter pegado carona com ele. Eu sou tão estúpida!

– David, por favor! Me deixe ir! – disse chorando.

–Cale a boca ou eu vou bater em você de novo. E dessa vez ser pra valer. – disse David praticamente rosnando.

Continuei chorando e implorando para morrer naquele instante, para não ter que passar por isso, até que senti uma pressão entre as pernas, seguido de uma dor excruciante. Comecei a gritar novamente implorando por ajuda.

– Cale essa boca! – disse David agarrando a minha mandíbula tão apertada que eu tinha certeza que ficaria uma marca arroxeada no local.

– Me solta! Por favor! – disse tentando me debater embaixo dele, mas sem ter sucesso, pois estava com as mãos imobilizadas. – Por que você não foi atrás de uma prostituta? Ela teria prazer em fazer o que você quisesse!

– Porque eu prefiro muito mais a sua bucetinha virgem e apertada. – sussurrou David no meu ouvido, se movendo dentro de mim de forma brutal.

Era isso. Estava acabado. Eu poderia morrer naquele momento que não me importaria. Na verdade, seria até uma coisa boa se ela viesse.

Fechei os olhos o máximo que podia e apenas esperei ele terminar, tentando o máximo possível me desligar do que estava acontecendo. Depois de algum tempo senti um peso ser tirado de cima de mim e sabia que ele havia terminado. Abri os olhos e vi David de pé na minha frente fechando a calça.

– Obrigado lindinha, por ter me deixado ser o seu primeiro. – disse ele se virando e indo embora.


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