Hurricane escrita por Beija Flor


Capítulo 34
I want you to stay with me tonight.


Notas iniciais do capítulo

HEY *-* Eu nem estou muito animada hoje porque estou morrendo de medo de saber o que vocês vão achar do capítulo. Sério. Eu meio que reescrevi ele milhares de vezes e ainda acho que eu poderia ter feito melhor. Me desculpem se não ficou "aquilo de bom". Mas é. Foi o que eu consegui e sinceramente acho que não poderia ter sido de outro jeito. Mas pelo menos estou postando rápido, não é ?? Enjoy :)

P.S.: Esse é o penúltimo capítulo da temporada, pessoas ... :(



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Pov. Ally

"Amor, eu tive alguns problemas e saí mais cedo. Precisamos conversar."

Sorri com a mensagem de Austin. Eu não o via á poucas horas mas já sentia sua falta. E seja lá o que nós precisássemos conversar, foi uma boa desculpa para que eu pudesse sair da sala 112, aonde Nick ainda continuava sentado em cima da classe, com o olhar perdido.

Eu fiquei calada.

Completamente quieta, acho que meu coração falhou algumas vezes e eu nem parecia estar mais respirando. Eu já sabia disso, eu tinha ouvido aquele dia no parque. Mas isso não fez com que o momento ficasse mais fácil. Não. Nem um pouco. Eu fiquei feliz por ele estar sendo honesto, mesmo que não fosse mudar nada. Mas eu não sabia o que falar.

A mensagem do loiro me salvou de mais alguns longos minutos em um silêncio tenso e constrangedor.

Mas, qual é, o que eu poderia falar ?

"Olha, eu já sabia disso mas não falei nada porque simplesmente não iria mudar o fato de eu já estar apaixonada por outro garoto."

Definitivamente não poderia ser algo assim.

Por isso, permaneci quieta. Mas tive a impressão de que ele gostaria que eu falasse alguma coisa, sei lá, qualquer coisa mesmo. Uma única reação. Mas eu não fui capaz de fazer nada. E ele só deve ter se decepcionado mais ainda quando eu abri a boca pra falar apenas que precisava ir, que tinha algo importante pra cuidar.

Como se tudo o que ele tivesse me falado não fosse importante.

Grunhi, sozinha, no meio da rua enquanto caminhava com passos firmes até a minha casa. Eu me odeio. Pensei em gritar, ou algo assim, por que eu o entendia de certa maneira. Já tive meu coração partido. Já tive momentos em que precisei aguentar Austin com outra garota. E isso era terrível.

Eu sabia como ele se sentia.

Droga, isso realmente não tinha como melhorar.

Tentei simplesmente parar de pensar nisso, mas eu não conseguia tirar as palavras de Nick da minha cabeça.

Encostei o celular no ouvido o ouvindo chamar mas Austin não atendia. Mandei uma mensagem e tentei ligar mais algumas vezes. Nada. Nenhum resultado. Comecei a ficar preocupada e decidi apenas deixar minhas coisas em casa e ir pra sua.

Entrei em casa ainda tentando o ligar.

Se aquela mesma cena já não tivesse se repetindo desde que voltamos de férias, eu acharia estranho chegar em casa e ver meus pais abraçados no sofá, rindo e conversando. Eu ficava feliz por eles estarem se entendendo de novo.

– Oi - os cumprimentei sorrindo para eles.

– Olá querida - minha mãe disse, com seu típico sorriso no rosto.

– Que bom que chegou. - Meu pai disse, também com um sorriso no rosto. Ele foi frio o verão todo então vê-lo assim ainda era chocante.

Os sorrisos deles estavam largos demais, e a melação parecia não acabar nunca. E acho que eles já devem estar,tipo, na terceria lua-de-mel. Eles se olharam, sorrindo agora como cúmplices,os olhos brilhando com algo que deveria ser realmente incrível.

– Hã, algo que eu não saiba está acontecendo ? - Perguntei, com um sorriso torto. Eu sempre fui uma pessoa curiosa.

Penny riu sozinha, e balançou as mãos.

– Acho que eu não conseguiria esperar nem mais um dia pra te contar, filha. - Ela olhou para Lester, que assentiu, ainda sorrindo. - Acontece que ... - ela parecia um pouco sem jeito, mas sem esconder a felicidade.

– Mãe, fala logo, tá me deixando curiosa! - Reclamei, a fazendo rir ainda mais.

– Tudo bem, é que ... Bom, filha,lembra de quando você era pequena e costumava perguntar por que não tinha um irmãozinho ? - Franzi a testa. Acho que toda a criança já se perguntou isso em algum momento, não ? Mas é, eu lembrava disso. Eu ficava chateada por ficar sozinha com meus pais, sem um irmão ou irmã. Apenas assenti para ela, ansiosa para aonde essa conversa iria chegar. - Você já está grande agora, mas eu espero que você ainda aprove essa ideia. - Meus olhos estavam arregalados, e eu fiz menção para que ela continuasse a falar, mesmo que eu já saiba quais seriam suas próximas palavras. - Ally, eu ... Eu estou grávida.

Escancarei minha boca em um perfeito "O" enquanto os encarava. Os dois pareciam felizes, com sorrisos grandes e os olhos apaixonados. Mas talvez isso fosse meio estranho, porque: 1) Eu já estava com quase 18 anos. 2) Eu nem sabia que minha mãe ainda podia ter filhos. 3) Simplesmente parecia estranho a ideia de ter um irmão ou minha irmã.

Mesmo assim, eu fiquei feliz. Feliz por eles. Feliz por eu finalmente ter meu sonho de criança realizado. Não pude fazer muito coisa a não ser abraçá-los e dizer o quanto eu estava contente.

– Fico feliz por você não estar assustada. - Minha mãe diz, assim que meu pai saiu da sala. Ela deu um sorrisinho. - Espero sinceramente não descobrir que há algum tipo de chance de você estar também.

Ela cerrou os olhos, parecendo estar brincando mais ainda tendo uma pitada de realidade.

– Bem, parece que não fui eu que não me cuidei. - Falei, no mesmo tom de brincadeira que ainda possuía uma pitada de verdade.

– Precisamos conversar sobre isso ? - Penny perguntou.

– Por favor, não. - Pedi, já contorcendo o rosto e sabendo que sim, ela ia querer falar alguma coisa.

( ... )

Depois que eu finalmente me livrei das conversas chatas e constrangedoras da minha mãe, eu avisei a eles que iria até a casa de Austin.

Não levou muito tempo pra mim chegar lá, morávamos perto. A mãe do loiro atendeu a porta e exibiu um sorriso pequeno quando me viu. Ela parecia incomodada com alguma coisa. Por um momento, pensei que talvez minha presença estivesse atrapalhando, mas não parecia ser.

– Olá, Ally. - Ela disse, disfarçando mesmo seja lá o que a estivesse incomodando. Se eu não fosse tão observadora, talvez não tivesse percebido.

– Olá.

– Entre, querida. - Ela abriu mais a porta e me deu espaço para entrar. - Fico feliz que esteja aqui, talvez melhore um pouco a situação.

A senhora Moon sorriu triste. Fiquei me perguntando qual seria a situação e se isso tinha a ver com o fato de Austin não ter atendido minhas ligações ou respondido minhas mensagens.

Foi quando o pai de Austin apareceu no topo da escada:

– Não adianta. Ele não quer me ouvir. - Senhor Moon reclamava enquanto parecia chateado, desceu as escadas balançando a cabeça como se estivesse duvidando de alguma coisa. Ele também sorriu, tentando disfarçar quando me viu: - Ah,oi, Ally.

– Oi.

– Querida, você poderia nos fazer um favor ? - A mãe de Austin me perguntou. Algo realmente de muito ruim estava acontecendo, mas assenti. - Olha, seria muito melhor se Austin lhe falasse isso, mas eu não faço a menor ideia do que você vai achar, então, bem, é melhor você sentar. - Ela apontou para o sofá, e um pouco confusa e retraída, eu sentei ali.

Pov. Austin

Meus pais não acreditaram em mim.

Toda aquela história da Cassidy pareceu bem real pra eles. Nós brigamos,discutimos e isso não levou a nada porque eu continuo sendo o errado. Até mesmo quando eles disseram que estava tudo bem, que eles acreditavam em mim, eu não acreditei nas palavras deles. Meus pais só queriam acabar com aquela discussão ridícula.

De qualquer maneira, o foco de tudo era essa maldita mudança. Como eles puderam esconder isso nesses últimos dias ? Eles já sabiam disso á semanas. Semanas. E esconderam de mim. E ainda falaram sobre como Chicago é incrível e que eu vou adorar morar lá.

Mas não. Eu não iria.

Minha vida não estava lá, meus amigos não estavam, minha namorada não estava. E agora, eles iriam tirar isso de mim.

Ouvi batidas na porta do meu quarto.

– Vai embora. - Resmunguei com a cabeça encostada no travesseiro.

– Austin ? Sou eu. - A voz de Ally soou do lado de fora. Levantei da cama rápido demais, quase tropeçando em uma almofada que eu tinha deixado cair.

– Vem cá. - A puxei para meus braços quando já tinha abrido e fechado a porta. Ela retribuiu o abraço, me apertando forte, do mesmo jeito que eu a apertava. - Eu preciso de você.

– Está tudo bem. - Seu tom não era de pergunta, como eu imaginava. A afastei um pouco para poder ver seu rosto, mas manti minhas mãos na sua cintura. Eu ia falar alguma coisa, mas ela me beijou. - Eu já sei de tudo. Seus pais me explicaram. - Ela disse, quando nos separamos.

– Eu ... - Minha voz estava um pouco embargada. Talvez porque eu não acreditasse que isso está mesmo acontecendo.

– Ei, não precisa dizer nada agora. - Ally disse, parecendo lidar muito bem com isso. - Eu não quero que você vá. Não quero mesmo. - Notei que seus olhos estavam quase cheios de lágrimas. - Eu queria poder te trancar no meu porão pra você não ir pra longe de mim, - ela riu, passando as mãos pelo meu cabelo - mas acho que não posso fazer isso.

– Você poderia tentar. - Falei, com um sorriso se formando em meu rosto. - Eu não me importaria se você me sequestrasse.

– Sabe, esse deveria ser um momento triste. - Ela disse, parecendo pensativa enquanto algumas lágrimas caiam de seu rosto. As limpei com meu dedo.

– É um momento triste.

– Mas não precisa ser. - Ela disse. - Isso já aconteceu antes, lembra ? Eu passei três anos fora.

– É até engraçado que tudo conspire contra a gente. - Falei, sem humor algum.

Sentamos na minha cama e eu falei sobre a história da Cassidy, que meus pais tinham facilmente omitindo quando contaram sobre a mudança para ela. Passei as mãos por suas pernas enquanto a beijava delicadamente de novo e de novo.

– Acha que vão ficar fora por quanto tempo ? - A morena perguntou parecendo apreensiva com a minha resposta.

– Eu não sei. - Suspirei. - Eu sei que assim que eu fizer 18 anos, eu vou voltar pra cá.

Eu estava decidido nisso. Eu não passaria mais tempo fora. Quando eu for legalmente maior de idade, não vou precisar de permissão pra nada e meus pais entenderiam de qualquer jeito.

– Só alguns meses. - Ela murmurou.

– Longos meses.

Ela me beijou de novo agarrando meus cabelos e mordendo meus lábios. Eu estava com raiva disso estar mesmo acontecendo comigo. Retribui seu beijo com a mesma intensidade, separando nossas bocas por alguns segundos enquanto beijava seu pescoço. Ally passou as pernas em volta da minha cintura e minhas mãos estavam acariciando sua pele por baixo da blusa.

As vezes eu me pegava pensando em tudo o que estava acontecendo entre nós. Eu sempre soube que gostava dela, sempre fomos amigos. Mas não, eu nunca imaginaria que me apaixonaria por ela ou algo assim. Eu nem sabia o que era isso antes. Era forte demais. E muito novo. Eu gostava de tê-la em meus braços, gostava dos sons que saíam da sua boca toda vez que eu a tocava. Gostava de como ela me repreendia sempre que eu passava dos limites, mesmo que ela gostasse disso.

– Eu vou esperar por você. - Ally disse,um pouco ofegante por causa dos beijos.

Percebi outra coisa naquele momento: Eu a amava demais para fazê-la passar por isso. Talvez não fosse tanto tempo assim, quase 1 ano, eu acho. Mas essa coisa de ficar esperando por uma pessoa é realmente uma droga. Eu sei disse porque eu já esperei por ela. Éramos só amigos na época, e foi horrível. Fico imaginando como seria agora.

– Não. - Protestei. - Eu não posso fazer isso com você. Não posso te deixar ficar presa assim em mim, eu não posso. - Balancei a cabeça.

Ally franziu a testa.

– Austin, está tudo bem. Eu te amo, eu vou esperar por você.

– Eu também te amo - falei, ela me encarava com o olhar perdido. - E por isso mesmo que eu não posso fazer isso com você.

– Eu ... Então, é isso ? - Ela parecia brava agora. - Você vai terminar comigo ?

– Ally ...

– Não! - Ally gritou, saindo de cima de mim e se afastando o máximo possível, sem me deixar tocá-la de novo. - Não acredito que você realmente ache que isso vai mudar alguma coisa. Não acredito que você não vai mesmo querer tentar! - As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto, e eu me senti cada vez pior por estar fazendo isso. - Talvez você esteja certo, - ela disse, agora mais baixo - Talvez não valha a pena.

– Não diz isso. - Pedi, me aproximando dela,enquanto a mesma recuava alguns passos.

– Você que está dizendo - ela cuspiu as palavras.

– Não foi o que eu disse.

– Eu não quero saber.

A prendi contra a parede, com meus braços a impedindo de sair. Olhei bem em seus olhos antes de começar a falar:

– Você não faz a menor ideia de como isso é dificil pra mim. Eu não quero ir embora, eu não quero deixar você, não quero nada disso. Mas eu não tenho escolha. E você está errada, eu acho que vale a pena, mas não acho que você mereça isso, não acho que seja bom você ficar me esperando durante todo esse tempo, imaginando quando eu voltaria, quando nos beijaríamos de novo ... E se você conhecesse outra pessoa ? - Engoli seco minhas próprias palavras. Mas era a verdade. - Você perderia a chance de ser feliz por ainda estar presa á mim, Ally. Eu não quero isso.

– E o que você quer ?

– Eu quero que você fique comigo esta noite. - Eu disse, a voz firme e os meus olhos concentrados nela, esperando por sua reação, esperando que ela entendesse. - O resto é depois.

A beijei de novo. Com minhas mãos a apertando forte e talvez um pouquinho mais convencido por ela corresponder no mesmo instante. E era isso o que eu queria. Queria tê-la enquanto eu ainda podia. Enquanto eu ainda tinha tempo pra isso.


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Notas finais do capítulo

Então ?? Como ficou ?? Muito tenso ? Maluco ? Ruim ? Sem noção ?? Me digam nos reviews :) A opinião de vocês é muito importante e é o que me motiva a escrever.
Ah, eu e a GarotaInvisível começamos a campanha #NickStayWithMe que tem tudo a ver com esse cap, usem a hashtag se vocês também querem isso :D A gente se vê no último capítulo da primeira temporada meus divos *-*

XOXO



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