Hurricane escrita por Beija Flor


Capítulo 35
In the end, everything was the same as a hurricane.


Notas iniciais do capítulo

Hello everyone :) Eu não estou pronta pra isso. Tipo, é o último capítulo da 1º Temporada e eu estou tipo, surtando aqui. Eu ainda não acredito que Hurricane está pronta. Não é possível que já esteja acabando. Passamos por tantas coisas juntos ... Bem, antes que eu me esqueça, preciso dedicar esse capítulo á Jess Jackson (a linda da Jéh) que fez uma recomendação maravilhosamente maravilhosa para a estória. (JKLHGFDJKLHGFD) SÉRIO, MUITO OBRIGADO, EU FIQUEI MUITO EMOCIONADA COM SUAS PALAVRAS E AINDA NÃO ACREDITO QUE ACHE TUDO AQUILO ... MUITO OBRIGADO :33 Eu amo muito cada recomendação, cada review, cada palavra carinhosa que eu recebo de vocês. De verdade. E a autora aqui está depressiva com esse final, eu sei que tem a Segunda Temporada, mas já vai ser com outro nome, então esse é o "fim" de Hurricane. E eu ainda me lembro de quando tive a ideia pra fic ... Awn, muitos momentos ... Enfim, o link das músicas do capítulo estão aparecendo, certo ? Um aqui no início e depois mais pro final. Por favor, ouçam essas músicas enquanto leem o capítulo. É importante. APROVEITEM O ÚLTIMO CAPÍTULO DE HURRICANE PESSOAS DIVAS !! :D

P.S.: Eu juro que era pra ter saído menor, mas eu em empolgo hehehe.



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(Best Mistake)

Pov. Ally

Eu me sentia deslocada.

Nunca gostei muito de festas, e eu realmente não estava no clima de alguma nesse momento. Mas era a festa de 18 anos do Dez, então, eu não tinha escapatória.

Sem mentira alguma, mas aquela casa tinha virado uma boate. Os móveis retirados e várias luzes, música alta e tinha até um DJ. E só hoje mais cedo, que eu fui saber que quem planejou tudo foi a Trish. O que é, eu achei muito estranho. Por que ela faria alguma coisa pelo Dez ? Ela provavelmente teria benefício por isso em alguma coisa, ou sei lá, não estava se sentindo bem.

Mas é, Trish é bem extravagante e essa era a palavra perfeita pra descrever essa festa.

– Qual o problema ? - Austin perguntou em meu ouvido, seus braços me rodeando e sua respiração quente fazendo cócegas no meu pescoço.

– O prazo está acabando - resmunguei, e com todo aquele barulho, ele só podia ouvir por que estava colado em mim.

– Não fala assim - ele falou. - A gente combinou de apenas aproveitar, lembra ? O resto é depois.

Suspirei alto, com um grande peso em mim.

– Uma semana - murmurei. - Só temos uma semana.

Austin me virou pra ele, eu costumava ter um pouco de receio quando seus olhos ficavam escuros daquele jeito, era feroz. Mas atualmente, aquilo me atraía muito mais pra ele.

Sua língua invadiu minha boca de forma bruta e rápida. Fui encostada na parede ao lado enquanto suas mãos dançavam pelo meu corpo me fazendo suspirar pesado, desejando senti-lo mais.

Tínhamos passado quase todas as noites juntos nos últimos dias, e nunca parecia o suficiente. Não quando eu sabia que ele iria embora logo e que ficaríamos sem nos ver por quase 1 ano.

Suas mãos apertaram minhas coxas com força, enquanto ele distribuía beijos e mordidas do meu pescoço até a minha clavícula.

– Austin - o chamei - Não estamos sozinhos.

– Ninguém tá olhando pra gente.

– Mas estamos em público, em uma festa.

Ele grunhiu, aceitando que eu estava certa mas ainda bravo por isso. Se afastou um pouco mas ainda me segurando pela cintura.

– Podemos fugir daqui. - Seus olhos brilharam com a ideia, e eu apenas ri. - Podemos ir pra minha casa, ou pra sua, ou pra praia ... Podemos fazer aonde você quiser. - Dei um tapa no seu braço, mas me permitindo rir. - Que foi ? Precisamos viver momentos inesquecíveis, nos arriscar um pouco.

– Você é maluco, Moon.

– Eu sei. - Ele sorriu, mordendo os lábios. - É que a cada segundo em que continuamos aqui eu só consigo pensar em tirar a sua roupa.

– Isso é bem doentio. - Eu disse, realmente imaginando se depois de tudo, eu ainda coraria com um comentário daqueles. Talvez um pouco. Senti meu rosto quente, mas eu não dava mais tanta importância.

Eu passei meus dedos delicadamente pela sua face e seus cabelos. Será que era realmente possível que o mundo ficasse mais colorido quando estávamos juntos ? As coisas aconteciam por aí. Pessoas morrendo, dramas de família, gente sofrendo e perdidas no mundo. E eu tinha meu lugar. Sempre tive. Mas quando olho para trás agora, parecia que nada era certo, que sempre tinha algo faltando.

Agora não tem mais.

Percebi que temos mesmo um buraco dentro de nós esperando por ser preenchido. Muitos não notam até que tem o que lhes faltavam. Como eu. Mas todo ser humano, não importa o quão pior ele seja, ainda merece ser amado. Ainda merece se sentir bem consigo mesmo.

Pelo menos é como eu enxergo o mundo agora. Bem mais brilhante.

– Tudo bem, mais eu ainda quero te propor algo: Que tal só um passeio ? Pela praia, só nós dois, a luz da lua ... Isso é romântico pra você ? - Austin perguntou, parecendo indeciso.

– Desde quando você quer ser romântico ?

– Eu sou romântico. - Ele disse, incomodado pela minha pergunta. - Do meu jeito. Mas você não pode negar isso.

– Do seu jeito destorcido. - Eu ri. - Tudo bem, eu entendo. E topo o passeio. Mas a gente vai mesmo sair da festa agora ? Dez não vai ficar chateado ?

– Ele nem vai perceber. - Falou. - De qualquer jeito, como você mesmo disse, temos apenas uma semana. Precisamos aproveitar. - Ele sorriu, e foi inevitável não sorrir de volta enquanto me perguntava aonde isso de estar apaixonada me levaria algum dia.

( ... )

Ele tinha razão.

Aquilo era mesmo romântico. A luz da lua era forte e brilhante; estava cheia. O mar calmo enquanto corríamos na beirada dele como duas crianças. Aparentemente, a praia estava deserta. Isso porque já era de noite, um pouquinho tarde também.

E eu agradecia por isso.

Poderíamos ficar correndo, rindo, brincando, nos beijando, sem se importar se alguém estaria vendo ou não.

Depois de alguns minutos, paramos um pouco com a brincadeira. O clima descontraído, divertido e totalmente relaxado ainda estava presente. Austin tinha a expressão calma, mas séria, me pergunto se ele estaria pensando na mesma coisa do que eu. Porque mesmo com a gente tentando levar isso da melhor maneira possível, haveria o momento da despedida.

E eu juro, eu estava mesmo me acostumando com a ideia.

Não aceitando, não tendo em mente que seria fácil, porque poderia ser qualquer coisa, menos isso. Doeria não poder vê-lo pessoalmente, o abraçá-lo,beijá-lo, sentir seu cheiro do meu lado até que eu pegasse no sono.

Mas isso aconteceria de qualquer jeito.

E o pior disso tudo, era que iriam ser quase um ano. E muita coisa pode acontecer nesse tempo. As ideias e possibilidades não paravam de brotar na minha mente e eu queria poder fazer parar, mas era impossível. E isso me assustava terrivelmente.

– Sabe, eu queria te dar um presente antes de você ir. - Eu falei, tentando fazer com que voltássemos a conversar e me ajudar a esquecer as ideias malucas da minha cabeça.

Austin sorriu de canto, meio malicioso, meio sarcástico.

– Eu acho que sei o que você pode me dar. - Eu bati em seu peito com a mão livre, já que a outra estava entrelaçada na sua. - Brincadeira. Você poderia parar de me bater, né ? Seria um ótimo presente.

– Estou falando sério.

– Eu também. - Ele disse. - Mas você não precisa me dar um presente, eu não quero,não aceitaria. Eu que deveria deixar uma lembrança com você.

– Por que ?

– Porque é certo. Eu que vou embora.

– Isso não é certo, é só uma visão sua.

– Uma visão certa.

– Nem tanto. - Falei. E isso fazia sentido pra mim. - Você se lembra daquele ursinho que você ganhou pra mim naquele parque na Austrália ? - Ele assentiu. - Eu acho que o perdi, naqueles dias em que estávamos brigados, se lembra ? Eu realmente estava brava.

– Você matou o ursinho. - Ele acusou.

– Não foi bem assim. - Me defendi. - Mas ele teve um final trágico nas mãos da minha mãe, não foi minha culpa.

O loiro riu.

– Então ela o matou.

Eu ri.

Ficamos poucos minutos em silêncio depois disso. Paramos um pouco para admirar melhor a lua. Acho que senti meus olhos se encherem de lágrimas por um segundo simplesmente por olhar a droga da lua. Eu não estava bem.

Mas as lágrimas ficaram presas e completamente impedidas de saírem. Então eu olhei para Austin.

– Você costumava ser um erro. - Falei. - Eu pensei assim uma ou duas vezes enquanto ainda estávamos de férias, parecia tudo tão ... errado.

– Eu sei. As vezes ainda parece.

– Mas você foi o melhor erro que eu já cometi. - Admiti. E era verdade. Eu não me arrependia de nada. - Acho que tenho que te agradecer por tudo. Minha vida seria tão sem graça ... - Ele riu por um instante. - Mas de verdade, obrigado.

– Acho que também tenho que te agradecer. - Austin começou. - Sabe se lá que droga eu estaria fazendo agora se você não estivesse comigo. Obrigado.

Sorrimos um para o outro e logo nos beijamos, sozinhos na praia, a água chegando nos nossos pés, e a lua iluminando a tudo, sendo a única a ver e testemunhar aquilo.

Criamos mais um momento inesquecível.


(Hurricane)

Pov. Austin

Eu não sei como foi que a semana passou tão rápido.

Parecia que o universo não estava colaborando comigo.

Eu não queria ir embora. Não queria ter que começar minha vida em um lugar novo quando tudo o que me importava estava aqui.

E eu estava com medo de ir embora. Com muito receio de tudo o que poderia acontecer nesse tempo,e isso me atormentava. Não queria perdê-la.

Mas eu também precisava fazer cara de forte, como se eu estivesse bem e dizer que tudo daria certo. Quando eu não fazia a menor ideia do que poderia acontecer. E eu fazia isso porque era melhor, melhor pra ela. Ou pelo menos eu acho.

Ontem á noite, enquanto estávamos na sua casa e Ally fingia estar levando isso numa boa, eu a fiz prometer que não iria até o aeroporto. Que ela não me veria embarcar no avião, que ela não precisava passar por isso. E ela concordou.
Pelo menos era o que eu achava.

Mas agora estávamos nós, justamente no aeroporto. Faltava apenas 5 minutos para o voo sair e eu ainda não conseguia entender porque ela fazia tanta questão de vir até aqui.

– Eu precisava. - Ela disse.

– Mas não deveria. Você prometeu. - A adverti.

– Eu sei, eu sei. - Ally abaixou a cabeça por um segundo antes de me olhar de novo. - Eles queriam se despedir também. - Ela apontou para Dez e Trish, que estavam logo atrás dela.

– Tudo bem. - Me dei por vencido.

Me despedi de Dez e Trish rapidamente enquanto o ruivo parecia mesmo estar chorando. Eu meio que ri com isso, mas era bom saber que iriam sentir minha falta. Depois, eles apenas se afastaram um pouco, dando espaço para eu me despedir de Ally.

Eu adorava o fato dela estar aqui. Mas seria mais difícil pra nós dois aqui, a poucos minutos de eu embarcar. Ela me abraçou forte, sem dizer nada. Poucos segundos depois podia sentir suas lágrimas na minha roupa e eu não sabia o que fazer para confortá-la.

– Eu não sei o que te dizer. - Admiti. - Eu sinto muito por isso estar acontecendo, eu não queria fazer isso com você.

– Eu sei. - Ela disse, a voz embargada e ainda abraçada a mim. A apertei mais forte, desejando que tivéssemos mais tempo, mas acabou. O prazo tinha se esgotado.

– Eu vou voltar, lembra ? - Tentei fazê-la se sentir melhor. E me fazer sentir melhor também. Eu odeio despedidas.

Ouvimos a última chamada do voo e meus pais estavam apressados do outro lado do lugar. Me dando tempo e espaço, mas ainda me lembrando de que precisávamos ir.

– Eu te amo. - Ally disse , sua voz maçante cortando cada pedaço de mim. - Muito.

Eu a beijei de leve, sentindo seus lábios suaves sobre os meus e sabendo que seria a última vez por um longo tempo.

– Eu também te amo. - Respondi, passando um dos meus dedos sobre suas lágrimas que continuavam a cair, insistentes. - Muito.

Ela tentou sorrir, sem muito sucesso e logo deu um passo para trás, me deixando ir. Mas eu segurei suas mãos, querendo sentir seu toque em mim outra vez, como nas noites em que passamos juntos quais ela sempre me fazia carinho, quais eu ficava encantado por perceber o quanto eu estava apaixonado.

– Você tem que ir. - Me encorajou. Bradando firmemente, tentando estabelecer sua voz.

– Eu deixei uma coisa pra você. Eu disse que deixaria uma lembrança. - Ally me olhou curiosa, e eu dei um sorriso. - No seu quarto, em cima da cama. Espero que goste.

Eu realmente tinha pensado em presentes e coisas assim, mas no final, tudo parecia estúpido. Estúpido porque nem uma coisa cara e comprada apenas por ser bonito poderia descrever o que eu sinto por ela. E já fazia alguns dias em que nós decidimos viver apenas os momentos. Não esquecendo de nada, e aproveitando enquanto durasse.

Bom, espero que ela entenda.

O urso de pelúcia era uma boa lembrança de quando estávamos nas férias. De como nos beijamos aquele dia na chuva no meio de uma rua qualquer em Sydney, de como nos apaixonamos logo em seguida. Estava junto com um bilhete que dizia: "Pelos bons e velhos momentos inesquecíveis." E já que ela não tinha mais o ursinho que tínhamos ganhado naquele dia ... Me pareceu bom.

A olhei por uma última vez antes de soltar sua mão e me virar para o portão de embarque sabendo que, a partir dali, não estaríamos mais juntos, eu não a veria todo o dia, não a beijaria, não poderia senti-la perto de mim.
Seria um ano longo. Muito longo.

Mas depois de tudo pelo o que passamos, tanto na Austrália quanto em Miami, eu tinha a certeza de que tudo aquilo era como um furacão. Que sempre seríamos instáveis como um e imprevisíveis também. E eu gostava disso. E sabia que ela também.

Ainda estava pensando nisso quando finalmente embarquei.


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Notas finais do capítulo

Bom, aposto que alguns devem ter achado meloso demais, dramático demais, chato demais. Mas eu amei. Estou apaixonada pela minha própria estória e por esse final. Eu odeio despedidas, mas então lembrem-se de que ainda tem a próxima temporada, então vamos ver se eu consigo diminuir minhas lágrimas. (Sim, eu estou chorando, me matem.) Espero sinceramente que tenham gostado tanto quanto eu. Muito obrigado pelos reviews, favoritamentos, recomendações (ameças de mortes, surtos, gritos, histerias ... ) é, tudo isso aí. Eu amo demais vocês pessoas, ninguém entendo o quanto. E eu amo escrever. Vocês nunca vão se livrar de mim ~olhar assassino~ JKLHGFDJKLHGFD' Muito obrigado por tudo :33 Eu ainda não vou marcar a estória como terminada porque vou avisar aqui quando postar a Segunda Temporada, okay ?? Isso pode demorar um pouco ... Preciso estar pronta para mais uma vida com vocês, e minhas ideias precisamos estar prontas e a criatividade e inspiração lá em cima ... Mas enfim, até a Segunda Temporada :) Obrigado a quem leu Hurricane e que realmente se interessou pela estória. Mil beijos pessoas divas :33

XOXO