Dia - X escrita por Chiye


Capítulo 10
Capítulo 10 - Reunião


Notas iniciais do capítulo

Olá humanos!!! Faz realmente muito tempo... Como vão?



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Depois de muito tempo encarando a porta aberta, O Doutor disse:

--Estou com um mau pressentimento.

Continuamos quietos. Sarah se levantou depois de um tempinho.

--É minha casa. –Disse ela. –Vou olhar lá fora.

Ela começou a andar.

--Pode ser perigoso! –Disse O Doutor. Mas ela não lhe deu atenção. Não olhou para trás. Foi indo, indo... E saiu da TARDIS.

--Está tudo normal aqui. –Disse ela. Ouvimos os latidos de Black, o cão. –Acho que é segu...

Mas a porta da nave se fechou às suas costas. Nós três corremos até lá, tentando abri-la. Mas a porta não cedeu.

--Tudo bem ai? –Berrou O Doutor.

--Aqui está tudo normal... –Disse Sarah. –Não entendo por que...

--Acho que devíamos nos preocupar conosco. –E disse. Um arrepio percorreu minhas costas. Me lembrei daquela sensação de déjà vu de quando entrei na TARDIS pela primeira vez. Ao meu lado, Mellany tinha uma expressão muito semelhante.

--Vai ficar tudo b...—Mas o senhor do tempo não conseguiu terminar sua frase. A TARDIS estava novamente se deslocando, nos arremessando contra as grades.

Quando a TARDIS parou novamente, ninguém se mexeu.

--Será que a Sarah está bem? –Perguntei, sem me dirigir a ninguém em especial. O Doutor começou a fuçar no painel com sua chave de fenda sônica, então sua expressão ficou tensa, como se tivesse notado algo.

--Ela vai ficar bem. –Disse ele, ainda mexendo nos controles. –Vamos, garota... –Sussurrou. –Não pode ser...

--Onde estamos? –Perguntou Mellany, baixinho.

--No passado. –Respondeu ele.

Ficamos quietas enquanto ele tentava fazer a TARDIS funcionar, mas nada aconteceu.

A nave não o obedecia. Ele suspirou.

--Vamos sair. –Anunciou.

--Mas... –Comecei, mas ele me interrompeu.

--Não podemos desmaterializar. –Explicou ele. –Ou saímos ou ficamos aqui para sempre. E é melhor vocês saírem junto, ou vão correr o risco de ir parar sabe-se-lá onde, caso a TARDIS decida sair de novo.

Mellany balançou a cabeça, como se concordasse com o que O Doutor dissera. Ele, por sua vez, simplesmente esperou que saíssemos e nos seguiu.

Mas a TARDIS continuou parada, esperando com a porta aberta. O Doutor a fechou, mas mesmo assim a nave continuou lá.

Uma coisinha de nada que é vital você notar, leitor. A TARDIS se livrou de Sarah por que não era essencial ao plano dos senhores do tempo da Instituição. E era perigoso. Perigoso demais. A nave não queira colocar em risco ninguém mais além do necessário. Era parte do plano se livrar d’O Doutor também, mas isso não deu certo. Então fomos os quatro. Os quatro, sim. Eu, Mellany, O Doutor e...

--Stevan! –Eu disse, alguns segundos mais tarde. Acabou que o passado no qual estávamos era a época de Stevan. Ele estava correndo em nossa direção, sorrindo. Então ele era da mesma dimensão minha também. Todos da mesma dimensão.

--Olá. –Cumprimentou ele. Então seus olhos bateram na TARDIS, que estava meio escondida atrás de uma árvore.

Uma coisa era Mellany, que vinha do futuro e tinha visto a série, saber da TARDIS. Outra coisa era Stevan, que vinha de uma época antes da série. Ele olhava encantado para a nave. Então se adiantou, aos pouquinhos, e pousou a mão sobre ela.

--Eu cheguei a duvidar se tinha sido verdade. –Disse para si mesmo.

Agora definitivamente O Doutor parecia prestes a desmaiar, cair no choro ou até bater em alguém.

--Você conhece a TARDIS? –Perguntou, depois de respirar fundo.

Stevan acenou afirmativamente com a cabeça.

--Então é assim que se chama? TARDIS. –Ele saboreou um pouco a palavra.

--Onde tem um café ou... Um pub ou... Qualquer coisa do gênero por aqui? –Perguntou O Doutor.

--Logo ali. –Disse Stevan. –Me sigam.

Nós o seguimos. O lugar era um café local pequeno, porém muito chique. As pessoas olhavam de forma estranhas para as roupas minhas e de Mellany. Stevan também, embora não comentasse.

--Stevan, você vai me contar como conhece a TARDIS. –Disse O Doutor, depois que a garçonete trouxe os cafés. Novamente parecia assustador, sério. Não foi de se admirar que Stevan contasse tudo o que sabia. Ele contou sobre a silhueta que veio lhe visitar quando era pequeno, das histórias que lhe contara e dos sonhos que tivera. Um dos sonhos era incrivelmente parecido com um que eu já havia sonhado. Lembra, leitor? Aquele que eu contei. Aquele que sonhei na minha primeira viagem na TARDIS. O Doutor estremeceu quando Stevan citou o relógio que ficava ao seu lado no sonho.

--EI! –Exclamou Mellany alto, de repente. –Já tive um sonho assim antes!

E desatou a contar o sonho, que também incluía ela deitada em uma cama, cercada de pessoas estranhas e com um relógio do lado. Agora eu estava definitivamente assustada. Qual a chance de a TARDIS trazer O Doutor para a nossa dimensão, se recusar a sair dela e o levar a encontrar com três pessoas que tiveram o mesmo sonho, sonho o qual havia um relógio? Meio movida pelo medo, falei sem pensar.

--Também sonhei isso. Naquele dia no laboratório em que você ajudou com o foguete.

--Por que não contou antes? –Perguntou ele.

Baixei a cabeça. Não sei por que não havia contado. Talvez estivesse com medo.

O Doutor ficou em silencio por um enorme momento. Olhei para Mellany. Ela continuava encarando seu café. Parecia prestes a chorar. Olhei então para Stevan. Ele estivera olhando para mim e, assim que me viu olhar, sorriu timidamente e desviou os olhos.

É claro que O Doutor sabia o que aquilo significava. Estava muito feliz. Muitíssimo. Mas estava também preocupado. Afinal, podíamos ser qualquer um... E se nossas consciências haviam sido trancadas durante a guerra, podíamos até estar do lado dos planos malucos de Rassilon.

Mas ele se decidiu. Devia correr o risco. Nem que fosse para nos matar depois.

--Vamos para a TARDIS. –Disse ele, se levantando e indo embora. Nós três o seguimos, tensos.

O Doutor havia acabado de compreender o por que da nave estar agindo de maneira estranha. Se livrara de Sarah por que obviamente a garota não tinha um relógio. Achara os outros dois. Agora, os levaria ou para uma quarta pessoa, ou para os relógios. Estava tão ansioso que seu estomago revirava.

Assim que entramos, a TARDIS piscou suas luzes nos dando as boas vindas. Enquanto a nave partia, com um enorme tranco, expliquei a Stevan que sim, era maior por dentro.

Então a nave parou. Nós também. Acho que nosso subconsciente já havia captado o tamanho da situação. Mas não podíamos esperar para sempre... O Doutor foi na frente e abriu a porta. Nós o seguimos.

Estávamos em um lugar enorme, lindo e impossível que cheirava fortemente a perigo.


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Notas finais do capítulo

Então, novamente não tenho nada para dizer aqui. Essa sou eu. :3
Tá, vou tentar... Estou no meu quarto, na TARDIS. O Doutor me deixou pilota-la e quase fomos parar no centro de um buraco negro. Ele está uma fera. Acho melhor ficar fora de suas vistas por algumas horas... Ele está concertando o console. Mas eu juro que foi sem querer.
Faz tanto tempo desde que a história que estou contando aconteceu... Tanto tempo...Tenho saudades.
Mas, fora isso, por aqui vai tudo bem. E ai, leitor?



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