Encarei fixamente o ser desprezível na minha frente, este apenas me olhava assustado. Parecia que acabara de ver um fantasma.

_ como escapou de lá sua insolente?! – questionou o Dr surpreso

_ digamos que eu contei com ajuda – respondi enquanto encarava o grupo atrás de mim com um sorriso, eles retribuíram sorrindo também – mas isso não é o caso, eu quero me divertir agora.

Quanto mais eu me aproximava, mais ele recuava até bater de costas com a parede e deslizar até. Os guardas tentaram me impedir, mas logo foram imobilizados por Arme e Lire.O azulado suava muito e demonstrava medo,eu sentia isso.

_Lunna não tente mata-lo, também precisamos fazer umas perguntinhas a ele! – gritou arme tentando se manter concentrada em segurar o guarda.

_ isso!Você não po-pode fazer ne-nenhum mal a m-mim,vocês pre-precisarão de minhas in-informações a-afinal – mencionou enquanto gaguejava em uma tentativa patética de se safar.

Meu rosto não tinha nenhuma expressão, me agachei até o nível de sua cabeça e fixei meus olhos nos dele.

_ okay-falei dando os ombros

Por um momento pude notar sua expressão ficar aliviada.

_Mas se eu não posso te matar pelo menos vou fazer sofrer um pouquinho– respondi com o mesmo sorriso psicopata dele.

O semblante relaxado foi substituído por um de pânico. O velhote colocou uma mão em uns dos bolsos do seu jaleco, retirando um objeto que lembrava um apito.

_ Nem pensar-retruquei.

Peguei a kusarigama e comecei a rodar a extremidade da corrente que continha o peso pra depois lançar nele. Como esperado, a corrente se enlaçou no seu braço esquerdo e com apenas um braço segurei a mesma e joguei o azulado contra a parede, fazendo um buraco enorme atrás dele. De imediato ele soltou o objeto e eu simplesmente o esmaguei quebrando-o.

_Sabe a minha vontade é matar você da forma mais dolorosa possível, sorte sua – disse caminhando na sua direção, o mesmo parecia desacordado. –Não é hora de dormir velhote, eu quero brincar mais um pouco. – aleguei puxando seus cabelos forçando-o a ficar consciente.

_ sua vadia. – balbuciou cuspindo sangue em minha cara.

Passei a mão na minha cara e dei um soco forte no seu rosto. Não deixei ele nem reagir, segurei o cabo da foice apontando pra seu peito onde ficava o coração.

_Me perdoe se eu errar nas primeiras tentativas, ainda estou meio zonza por causa da injeção-falei sarcasticamente, dito isso,comecei a perfurar sua pele evitando os órgãos vitais.

Sangue espirava na minha cara e apenas me divertia com aquilo. Sua expressão de agonia era um deleite pra mim. Eu ia fazer muito mais quando sinto uma mão tocar no meu ombro seguida de uma voz doce me fazendo acordar pra realidade.

_Já chega Lunna,se continuar vai mata-lo. - disse Ryan calmamente – entendemos que sua vingança é importante, mas pense que ele será de maior importância vivo.

_Não, tá tudo bem, eu compreendo – respondi soltando a arma pra depois passar a mão na minha cara pra limpar a sujeira. – pelo menos eu pude tortura-lo um pouco

Na minha frente o Dr. Estava quase sem vida. A Arme tentava curar a maioria dos seus ferimentos pra que não morresse. Virei meu rosto e vi que os dois guardas se encontravam no chão inconscientes.

_Acho que já é hora de se encontrar com o grupo, aposto que todos já vasculharam todo o castelo, Vamos! – antes de sair do meu lado, passou a mão nos meus cabelos os bagunçando,soltei um pequeno sorriso com o ato.

De repente o chão começou a tremer e o teto ameaçava desabar

_ Essa não! Tudo isso aqui vai desmoronar. Pessoal peguem a papelada e o Doutor.Temos que sair daqui urgentemente. – ordenou a elfa.

Começou a correria.

De um lado, Arme pegava os papeis e de outro, Ryan segurava o velho pelos os ombros. Depois de tudo feito, começamos a correr pelos corredores até chegar nas escadarias.Partes do teto já caiam dificultando a fuga.

_ Droga, se continuar assim seremos soterrados! – bradou Arme segurando fortemente a papelada.

Ryan parecia serio agora, se agachou para colocar o corpo no chão. Então se curvou até colocar as mãos no piso. Uma luz forte surgiu e quando ela se dissipou revelou um grande lobo alaranjado com alguns pelos verdes.

_ como esperado de um druida – dei um meio sorriso.

Pude ver que ele sorria também quase imperceptivelmente, mas dava pra ver. O mesmo fez sinal pra que subíssemos e assim fizemos. Coloquei o azulado na minha frente com certa brutalidade, não ia morrer por causa disso mesmo.

Assim que nós montamos, Ryan correu em disparada rumo à saída. Tive que prender minhas pernas com força pra evitar que caísse. Enquanto corria, desviava com habilidade das pedras que caiam e ultrapassava os obstáculos facilmente.

_ estamos quase lá Ryan, só mais um pouco. –alertou Lire.

De fato, a porta se encontrava poucos metros da gente, entretanto, uma parede rochosa se formava na nossa frente. O lobo não se abalou,ao contrario,flexionou um pouco as patas de trás e depois deu um grande salto passando pela muralha e finalmente passamos pelos portões.

_ eu achava que iríamos morrer – comentou a roxinha suspirando aliviada.

_ eu também concordo com você – disse

O alaranjado se esparramou na grama fofinha arfando fortemente. Estava exausto. Lire se aproximou dele fazendo carinho na sua cabeça.

_ Obrigada Ryan – disse dando um sorriso doce pra ele.

O mesmo começou a balançar o rabo como se fosse um cachorro. Ri discretamente depois dessa. Em seguida outra luz apareceu e Ryan voltou a sua forma humana.

_ onde estão seus companheiros? – perguntei olhando para todos os lados procurando algum resquício de pessoas.

_ Ficamos de nos encontrar em uma parte densa da floresta. – respondeu a loira apontando pra um determinado local da floresta.

_ Dessa vez eu levo o velhote, pode não parecer, mas eu sou forte – falei me gabando um pouco.

_ótimo, os outros devem estar preocupados – alegou a maga.

Peguei o velhote e marchamos até o local onde Lire indicou. Barulhos estranhos cercavam a floresta. Deveria ser os animais noturnos. Caminhamos mais um pouco até que vimos uma luz alaranjada fraca. Corremos e chegando lá percebi que era tipo um acampamento. Olhei mais pro lado e vi varias pessoas ao redor de uma fogueira. Estava comendo alguma coisa que deduzi ser coelho pelo cheiro. Eles estavam olhando pra nós agora, devido ao barulho que fizemos.

_ Chegamos pessoal! – gritou a baixinha acenando pro grupo.

_ e temos bastante coisa aqui – comentou a loirinha, olhando pro azulado em meus ombros.

_Ficamos bastante preocupados com vocês – disse uma rosada se levantado pra abraçar os três.

Ela não parecia me notar. Eu fiquei escondia atrás deles, mas quando ela levantou a cabeça me olhou com curiosidade.

_ e quem é você? – questionou me avaliando minuciosamente.

_ err...Eu me chamo Lunna – respondi um pouco envergonhada pela maneira que ela me olhava.

Depois de me olhar mais um pouco, ela sorriu abertamente e me deu um abraço super apertado dando pulinhos.

_Eu sou Amy, a diva das divas – disse soltando do abraço, mas sem soltar as minhas mãos – vamos ser amigas Lunna!

Eu corei um pouco, faz tempo que eu não faço amigos e não os vejo.

_ cer-certo – corei gaguejando um pouco.

A rosada deu pulinhos de alegria batendo palminhas. Depois ela segurou meu braço me arrastando até o grupo que olhava um pouco assustado pela alegria de Amy.

_ gente essa é Lunna e é minha nova amiga! – gritou dando espaço pra que todos me vissem.

Todos cravaram seus olhares em mim, fiquei constrangida. Olharam-me com curiosidade. Não conseguia olhar pra ninguém, até que desviei meu olhar pra uma certa pessoa.Ela me era familiar,me aproximei pra olhar um pouco melhor e quando descubro dei um sorriso de deboche.

_ Você??!! – Bradou olhando surpreso pra mim e se levantando também.

_ ora, ora, mas se não é o caçador daquele dia. – indaguei sem tirar o sorriso de deboche do meu rosto.